"Só um ruivo pode chamar outro



  


Já havia passado uma semana desde a volta para Hogwarts, e tudo se regularizou. As companheiras de dormitório eram as mesmas – Marlene, Mary, Alice e Hestia - Já haviam achado Mary, depois de horas de preocupação, e estava  se matando pelo fato de agora ser monitora chefe e ter várias responsabilidades.


Lily andava pelo castelo apressadamente, carregando sua pena, uma dúzia de pergaminhos e os livros respectivos para as aulas do dia. Estava atrasada para a aula de poções, sua aula preferida, com seu professor preferido. E odiava quando perdia algo. A ruiva sempre teve um certo jeito para a matéria - na verdade, gostara inicialmente por influencia do ex-melhor amigo Severus Snape – e nunca mais conseguiu abandoná-la. Minutos depois andado para lá e para cá entre os corredores da escola, reconheceu a antiga sala em que passara horas de seu dia, e caminhou até ela – agora, diminuindo o ritmo -  entrando com certa delicadeza, esperando que o professor não a notasse.


 Infelizmente essa ação não fora conquistada, Slughorn logo notou os cabelos de fogo entrarem na sala chamando a atenção de todos.


- Srt. Evans! Está quinze minutos atrasada – disse o professor com o tom de reprovação na voz. Afinal, ela nunca havia se atrasado nos últimos  4 anos – Você precisa de um par.


 Lily pode perceber o quanto a sala estava lotada, vários alunos da Corvinal e Grifinória misturados entre si.


- Sr. Bulstrode. Faça o favor. – apontou para o garoto da corvinal que habitava o canto esquerdo da sala, o lugar mais isolado por sinal. Onde o sol batia entre as janelas transparentes, sendo ao mesmo tempo o local mais iluminado.


 Quando a grifina se aproximou pode ver de perto os detalhes do rapaz. Ele tinha um porte fino, mas com um certo destaque nos ombros e nos braços, como se tivesse músculos levemente invisíveis. O nariz pouco longo e levemente arrebitado, e o labo inferior levemente maior que o outro. Mas o que mais surpreendeu a garota fora os seus cabelos, com um misto de cor Laranja Acobreado, qualquer um naquela sala poderia notar seus cabelos ruivos e as sardas que dominavam todo o rosto, acrescentado pelos seus olhos amendoados. 


 O garoto se curvou para Lily, abrindo espaço entre a pequena mesa em que abrigava um pequeno caldeirão e alguns ingredientes de poções.


-- Olá – a garota fora a primeira a pronunciar timidamente.


-- Imagino que seja Lily. Lily Evans. – falou o outro em tom de resposta. O nome dela dançava na boca dele, como se estivesse saboreando uma palavra nova. – Sou William, mas me chame de Will.


  Evans não se surpreendeu ao ver que o companheiro sabia o seu nome, era bastante conhecida em Hogwarts, em uma parte boa e em uma  parte ruim. A boa era que, todos sabiam que era uma nascida trouxa talentosíssima, muito famosa entre os professores. A ruim era que outra parte da escola via ela como uma sangue ruim que não merecia estar ali. Por sorte de Lily, aquela era a pequena parte.


  Afastando de seus pensamentos, a ruiva acompanhou a explicação que Will lhe dera sobre a poção que estavam fazendo, e o que iriam utilizar agora. Não levou muitos minutos para que reconhecesse que o seu parceiro de trabalho era tão bom quanto ela, não era à toa que ele não precisava de ajuda. Minutos se passaram, até que eles foram a primeira dupla a acabarem as 5 poções no tempo que Slughorn determinou, agora restando nada de mais para se fazer.


-- Você é bom em poções – Lily quebrou o silencio, tentando lançar olhares para o colega.


-- Não tanto quanto você. – respondeu. Qualquer um poderia notar a timidez e a sinceridade em sua voz. – Sei como você domina a matéria, é a aluna preferida de Slughorn. 


-- Bem – começou – Não deveria ser, você têm tanto potencial quanto eu, é o caso que esteja na Corvinal, suponho. – apontou para o uniforme azul e bronze que o rapaz usava.


-- Nem todos corvinos são inteligentes se quer saber.  – o tom seco, e quase grosso de Will abalou Lily por um segundo.


-- Mas deveriam, não? " A Casa dos que tem a mente sempre alerta, onde os homens de grande espírito e saber sempre encontrarão companheiros seus iguais"


Will riu com a citação de Lily.


-- Vejo que sabe muito sobre minha casa. Ou.. – parou ele, como se estivesse fazendo uma brincadeira – Tem uma memória muito boa.


-- Sou atenta, só isso. – disse por final. Apesar de ter ouvido ele dizendo algo sobre “Você deveria estar na Corvinal”, mas deveria ser imaginação da ruiva.


 Antes que Will pudesse dizer algo mais, o professor começou a passar nas mesas dos alunos avaliando cada poção, e fazendo alguns comentários alegres. Sempre levantando um sorriso encorajador para os outros estudantes.


-- Acho que isso de poções entre a gente é coisa de ruivo. – sussurrou ele, dando a entender que era uma piada.


-- Ahn? – Lily estava confusa – Isso não faz sentindo.


-- É como o velho ditado diz; “Somente um ruivo pode chamar outro ruivo de...ruivo.” – ele terminou aquela frase com um sorriso. Sorriso que Lily não conseguiu entender.


N/A: Capítulo pequeno de novo! Mesmo assim espero que tenham gostado. Só queria adiantar logo o Will, já que ele vai ser um personagem importante para a história. Próximo cap vai ser dedicado somente aos marotos, pois por enquanto a vida da Lily anda meio monótona. 

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