N. I.E. M’s



Todos os sete estavam tomando café da manhã no Salão Principal. Estavam nervosos, mas Lily estava mais que todos. Como ela já tinha comido na Ala Hospitalar estava com os olhos fechados e murmurando todas as coisas que ela lembrava para o primeiro teste, naquele dia, que seria de Transfiguração. Todos falavam para ela ficar calma, mas ela não ouvia, ou fingia não ouvir.


Estava desesperada. Queria que chegasse logo a hora para fazer o exame, mas ansiava por isso, pensando que não iria fazer um bom test. Provavelmente ela deve ter decorado o livro inteiro, desde os agradecimentos até as notas finais.


Finalmente soou o sinal das sete da manhã, e todos os alunos foram para suas respectivas salas, menos os do sétimo ano, que ficaram no Salão Principal esperando que fosse arrumado. Todos sentaram onde a professora McGonagall falou para se sentar, colocou todas as provas em cima da carteira, e então:


- Podem começar. Terão quatro horas até o fim do exame.


 


- Bom, até que não foi ruim essa semana não é? – Lily disse, suspirando, sentada a margem do Lago Negro, com todos a sua volta.


- Não foi ruim? Você quase que se mata e mata a gente por seu descontrole – Anna disse erguendo uma sobrancelha, enquanto todos riam.


- Pra mim foi meio difícil. Acho que não consegui muitas notas boas – Pedro disse.


- Calma Rabicho. Tenho certeza que conseguiu – Remo disse consolando o amigo, que sorriu timidamente.


- Então gente, semana que vem já é a formatura – Sirius disse se espreguiçando.


- Como passou rápido – Carol disse tristemente.


- Pois é. Depois não tem mais Hogwarts – Anna disse.


- Nem me lembre disso. Vou sentir tanta falta – disse Lily triste, encostando a cabeça no ombro de Tiago.


- A gente vai se separar, é isso? – Tiago perguntou.


- Bom, eu, você e a Lily, provavelmente não – Sirius disse.


- Por quê? – todos perguntaram em uníssono.


- Vamos ser aurores né gente – disse Sirius – Nosso treinamento vai ser o mesmo.


- É mesmo – concordou Lily – E vocês? Que vão fazer? – ela continuou, olhando para Pedro, Remo, Carol e Anna.


- Eu vou ser professor de DCAT – Remo disse.


- Acabou de SAR da escola e quer voltar. Tem amo próprio não Aluado? – Sirius brincou.


- Eu sou ótimo em ensinar – Remo se defendeu.


- Bom, eu quero ser curandeira – Carol disse.


- Não é surpresa – Lily disse sorrindo.


- por quê? – Carol perguntou, levantando uma sobrancelha.


- Você é delicada e ama ajudar as pessoas – Lily respondeu, dando de ombros.


- Eu quero fazer algo que nunca me deixe ficar parada – Anna disse animada.


- Jornalista investigativa? – Lily perguntou.


- É. Pode ser. – Anna concordou sorrindo.


- E você Pedrinho? – perguntou Tiago.


- Eu não sei. Até agora – disse triste – Não consegui muitos N. O.M’s e não pude continuar nas aulas importantes como Poções e Transfiguração.


- Mas você se deu bem em Herbologia, e um pouco em Feitiços – Remo lembrou.


- Pode fazer algo com isso – Lily disse, sorrindo bondosamente.


- É! Acho que sim – Pedro concordou, se animando um pouco.


- Mudando um pouco de assunto – disse Anna – que vão vestir na formatura meninas?


- Mudando um pouco de assunto? Fugiu totalmente do assunto – Sirius disse rindo, e Anna mostrou a língua para ele.


- Bobão. É sério gente. Não vai ter mais visitas para Hogsmeade, então não dá pra comprar roupa – ela continuou.


- Você tem milhões de roupas Anna – Carol disse.


- Que eu já usei – se defendeu.


- Você usa o mesmo uniforme todo dia, criatura – Tiago se intrometeu.


- Mas é a formatura – Anna disse indignada – Último dia que vamos estar na escola. Preciso arrasar.


- Só pra mim, se for – Sirius disse olhando-a bravo, e todos começaram a rir.


- Nós damos um jeito Anna. Relaxa - Lily disse ainda rindo.


 


- Está mais aliviada Lily? – Tiago perguntou.


- Estou sim. Posso respirar melhor agora – ela sorriu.


- Ainda bem. Não aguentava mais seus gritos histéricos, falando que não ia conseguir passar, se descontrolando com tudo – ele brincou.


- Idiota – Lily disse, sorrindo – A lua está tão linda – sorriu mais ainda.


- Verdade. Ainda bem que não é Cheia. Imagina ser cheia faltando uma semana pra formatura. O Aluado ia ficar igual você – Tiago disse olhando para a namorada. Estavam deitados na grama, perto do Lago. Já se passara totalmente do horário de irem para a Sala Comunal, mas eles não estavam ligando, nem mesmo Lily. Ela queria passar cada segundo restante aproveitando de tudo no castelo já que tudo iria acabar em uma semana. Estava muito triste, mas ela não queria demonstrar isso, mesmo todo mundo já sabendo. Ninguém iria sentir mais falta de tudo aquilo do que Lily.


- Não acredito que tudo vai acabar – ela suspirou triste.


- Não fica assim meu bem. Acabou a escola, mas vai começar muitas outras coisas – Tiago disse, olhando para ela, tentando consolá-la.


- Você não sabe o que eu sinto Tiago, toda vez que eu venho para Hogwarts, em todos os anos. E a coisa mais maravilhosa do mundo. Tudo é diferente pra mim. Na minha casa não tem nada disso, e quando eu chego aqui, parece que é outro mundo, um mundo totalmente paralelo a minha realidade. Um mundo distante, inimaginável, até inexistente. Todos vocês, mesmo que foi pouco, sempre tiveram contato com a magia – ela disse olhando para Tiago.


- Eu sei Lily, mas agora que você está aqui, e está acabando, não quer dizer que vai voltar a ser como antes de você conhecer tudo isso. Você vai ter uma nova vida, e eu vou estar nela – ele sorriu para ela, acariciando sua face. Ela fechou os olhos ao sentir o toque de sua mão quente, e sorriu.


- Só você pra fazer eu me sentir feliz quando estou prestes a chorar – ela disse ainda de olhos fechados.


- É pra isso que estou aqui – ele sussurrou bem perto dela. Ela pôde sentir o hálito quente e bom dele misturando-se com o seu. Sentiu os lábios doces dele tocando os seus de forma delicada.


 


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- Nós não vamos nos ver mais, com tanta frequência – Sirius disse olhando para Anna, enquanto andavam pelo corredor escuro e deserto do sétimo andar.


- Merlin atendeu minhas preces. Obrigada – Anna disse brincando, erguendo as mãos para o alto.


- É assim então Anna Prett? – Sirius disse, fingindo estar bravo com ela. Colocou uma mão em cada braço de Anna, e a empurrou para a parede, encostando seu corpo no dela em seguida. – E sabe o que eu acho? – ele abaixou um pouco a voz. Aproximou sua boca no ouvido dela – Você vai sentir muita falta de mim – ele sussurrou, e sorriu, ao percebeu ela tremer, sentindo a respiração dele em seu pescoço.


- Vou mesmo – ela sussurrou, roucamente. Voltou a olhar para ela e sorriu. Colocou as duas mãos na cintura dela, puxando-a mais para si, se que era possível, aproximou seus lábios dos dela e já começou a beijá-la rapidamente. Logo suas línguas se entrelaçaram no beijo.


Ele apertava a cintura dela, puxando para si, para colar seus corpos, para não deixar nenhum milímetro de distância entre os dois, e ela entrelaçava seus dedos entre os finos fios de cabelo dele, e alternando para a nuca, onde começava a arranhá-la. Ele abaixou a mão e começou a percorrer a bunda e as coxas de Anna, apertando-as, e puxando-as, um pouco, para si. Ela desceu, também, as mãos, pelo tórax de Sirius, pressionando-o.


Anna sentiu algo se materializar nas suas costas, e parando o beijo, olhou assustada para a porta que acabara de aparecer.


- Que é isso? – ela perguntou curiosa, olhando para a porta, e passando os dedos pela mesma.


- A Sala Precisa – Sirius disse, sorrindo.


- A o quê? – Anna perguntou, voltando a olhar para ele.


- É uma Sala que aparece do jeito que nós pensamos. Se quiser que ela seja um jardim, ela será. Se quiser que ela seja um banheiro, ela será. Um armário de vassoura, ela será. – explicou, dando de ombros.


- E você sabia disso e nunca me disse – ela ergueu uma sobrancelha.


- Eu não era o único – tentou se defender.


- Mas um motivo para me contar – ela disse, indignada.


- Calma meu bem – ele disse risonho.


- Nós poderíamos ter feito tanta coisa antes – Anna disse, olhando marotamente para Sirius, que parou de sorrir, e a olhou como se fosse um ET.


- O quê? – Sirius perguntou erguendo uma sobrancelha.


- Você entendeu – ela disse, agora séria.


- Você realmente quer? Tem certeza? – a olhou bem profundamente nos olhos.


- Absoluta.


- Esta é a hora certa?


- Com certeza.


- Não vai se arrepender depois?


- Nem um minuto sequer. – ela disse, passando a mão pelo rosto dele, delicadamente. Ele sorriu, e seus olhos brilharam, pela primeira vez. Então os dois atravessaram a porta, e ela se fechou às suas costas.


 


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- Mas se você for mesmo ser professor, você vai viajar muito – Carol disse, olhando para Remo.


- Isso – ele disse triste. Estavam sentados um na frente do outro em um sofá, na Sala Comunal.


- Nós não vamos nos ver nunca – ela disse triste.


- Não vai ser assim Carol. A gente vai se ver – Remo disse passando a mão pelo rosto de Carol.


- Não Remo. Vamos nos ver quatro, ou cinco vezes no ano.


- Carol, isso vai ser preciso – ele disse suspirando.


- Claro que não. Podemos nos ver sempre que quisermos – ela disse, olhando seriamente para ele.


- Se eu prometer que nós vamos nos ver pelo menos uma vez no mês você não fica mais brava comigo? – perguntou esperançoso.


- Duas vezes – ela sorriu.


- Tá bom então. Duas vezes – ele sorriu, e ela assentiu. Ele colocou a outra mão na cintura de Carol, e apertou-a de leve. Chegou mais perto dela e selaram os lábios. Remo começou a puxar o lábio inferior de Carol, bem de leve, demorando a soltá-lo no final. Ela começara a acariciar ora a nuca, ora os cabelos de Remo. Ele começou a aprofundar o beijo, explorando cada canto da boca dela com sua língua.


O beijo foi se intensificando cada vez mais, e foi então que ele vez uma coisa que jamais fez na vida: começou a passar as duas mãos pelas coxas de Carol, apertando-as, e tentando trazê-la para si, tentando colar os corpos, tentando fazer a distância entre seus corpos diminuir. Passou uma mão para debaixo da coxa dela, apertando mais ainda. E então ela passou sua perna por cima da perna de Remo, e sentou nem suas coxas, dobrando os joelhos. Nenhum dos dois parou o beijo por estarem assustados com as reações um do outro. Nem perceberam nada, na realidade, estavam tão envolvidos no beijo que não ligaram para mais nada.


Remo continuava a apertar mais ainda a coxa de Carol, e ela passou as mãos para as costas dele, arranhando-as um pouco intensamente. Neste momento ficaram sem ar, mas não queria parar o beijo. Foi com muita relutância, em abas as partes, para separarem seus lábios. Os dois se olharam, e as faces estavam rosadas. Sorriram um para outro, demonstrando estar tudo bem, e que não ligavam para nada daquilo. Então recomeçaram o beijo, que foi se intensificando ainda mais que antes.


 


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Pedro andava, bem devagar pelos corredores. Não queria ser pego por nenhum monitor àquela hora da noite, não queria justificar o porquê de estar fora da cama tão tarde. Nunca fez uma coisa dessas antes, tirando as aventuras em noite de Lua Cheia, mas sempre estava acompanhado dos outros marotos, e ainda debaixo da capa da invisibilidade.


- Até que enfim chegou. Não temos o tempo todo pra isso – uma voz arrastada disse ao avistar o vulto baixo de Pedro.


- Me desculpa, mas eu tive que despistar o Remo – Pedro disse se defendendo.


- Ah, o coleguinha lobisomem – desdenhou Lúcio Malfoy – Tinha que ser proibido essas criaturas na escola. Isso é ridículo.


- Ele não é mau – Pedro disse.


- Defendendo seu amigo? Se é que pode chamar aquilo de amigo – Lúcio cuspiu as palavras.


- Ele se importa comigo – Remo baixou os olhos.


- Então seu lugar não é aqui Rabicho. Vai lá lamber os pés do Potter e do Black – Severo disse com repugnância.


- Se eu fizesse isso eu nunca estaria aqui, não é mesmo? – Pedro desafiou.


- Uh. Está mais corajoso? Está honrando sua casa? – Bellatriz Lestrange desdenhou.


- E se for? – Pedro desafiou novamente.


- Você está nisso tudo para servir o Lord das Trevas, e não bancar o corajoso. – Bellatriz olhou com nojo para Pedro. – E ainda dizem que grifinórios são fiéis.


- Não estamos aqui para brigar Bella – Lúcio interrompeu.


- Nunca consigo ficar calada para um projeto de grifinório – desdenhou mais uma vez.


- Cala a boca Bellatriz – Severo disse.


- O que eu tenho que fazer? – Pedro interrompeu-o.


- Você tem que ser o espião. – Severo continuou.


- Espião? – Pedro ergueu uma sobrancelha.


- É. Tem que ser amigo deles, descobrir as coisas que estão fazendo, e depois passar as informações para gente. Eu soube que o Potter, o Black e a sangue-ruim vão ser aurores. Seja mais amigo deles. Sempre vão saber dos ataques dos aurores. – Lúcio explicou.


- Só isso que tenho que fazer?


- E não ser pego. E não dar muito na cara. Mas como é idiota, tome mais cuidado ainda – Bellatriz disse, com um sorriso irônico.


- Cala a boca Bellatriz. Você não está percebendo que está só atrapalhando? – Severo disse, olhando reprovador para a garota de cabelos totalmente pretos e enrolados, com os olhos azuis acinzentados.


- Se eu tivesse atrapalhando, não teria isso – ela disse, olhando com desprezo para Snape, e levantando a manga esquerda de sua blusa, mostrando um crânio, eu da boca, saía uma cobra se enrolando.


- Você me entendeu Lestrange. Não se faça de idiota – vociferou Severo.


- Tá bom gente. Não dá pra brigar entre nós – Lúcio se interpôs entre os dois.


- É só isso que tenho que fazer então? – Pedro continuou, como se nada tivesse acontecido.


- Só isso – Severo assentiu, ainda olhando feio para Bellatriz.


- Então tá. Eu estou indo. Pega mal eu estar em uma conversa civilizada com cobras – Pedro disse, olhando com desprezo para Bellatriz.


- Vai lá, projeto de grifinório – ela desdenhou, sorrindo com desprezo.

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N/A: Penúltimo capítulo cry/ Pois é, mas uma vez está acabando, mas desta vez não terá a continuação :/ Mas calma, último capítulo vai ficar emocionante WE AHUAHUHAUAUHA
LeleCangane: Obrigada ném *-* Ai gemt, não aguento, até que não seria má ideia, mas eu preciso terminar com isso sabe. Se der algum tempo eu escrevo uma fic como prólogo, não vai ser prólogo, vai ser mais uma fic, mas você entendeu AHAUHAUUAH
Gabriela Belone: Obrigada linda. Esse tá mais ou menos, sei lá, o último é o melhor, e tinha que ser né, como sendo o último *-*
Enfim, obrigada por continuarem lendo, obrigada por estarem marcando, e eu recebi mais um voto, não sei de quem, mas eu fico super feliz, demais mesmo, quem foi por favor, me fale que eu vou hugar você HUAHUAHUHAUH E eu vi novos leitores, sejam bem-vindos. Acho que é isso, xox. 

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Comentários (1)

  • LeleCangane

    Aai que lindooooo!!!!! Posta logo o próximo, pq eu necessito dele muitomuito mesmo haha :) Bjos e não nos abandone :)

    2013-04-16
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