Natal



Natal


O Natal aproximava-se, e os Professores andavam atarefados com reuniões. 


Daphne, tal como Harry, escolheu ficar.


- Eu vou-te explicar: se quiseres uma descrição de uma família complicada, informa-te sobre os Greengrass. O meu avô tornou-se o primeiro Hufflepuff numa família com uma forte tradição de Slytherin. Mas ele, e depois o meu pai, que, também, se tornou um Hufflepuff, acreditavam realmente que os princípios dos Slytherin eram e são errados. Imagina a desilusão deles quando eu fui sorteada. – Daphne explicou. – Não que eles não o esperassem. Eu adoro os meus pais, mas nós não nos damos realmente bem. Estou melhor aqui.


Harry não sabia o que dizer. Odiava os Dursley, e sabia que eles o viam apenas como um fardo, nem se preocupavam o suficiente para sequer existir a hipótese de eles se desiludirem com as atitudes dele. Não fazia ideia do que era realmente discutir com o pai, e não se relacionar com alguém, apesar de a adorar. Secretamente, ficou feliz por Daphne ficar.


- Além disso, teremos mais tempo para investigarmos o Flamel. – Acrescentou a morena.


Draco foi para a Mansão Malfoy, e o resto dos Slytherin, também. Na realidade, Harry e Daphne foram os únicos Slytherin a ficar nas férias.


- Achas que podes perguntar aos teus pais sobre o Flamel? – Daphne perguntou a Draco.


- O meu e o Snape são melhores amigos…corremos o risco que o Snape descubra…- Draco suspirou.


- É melhor não. – Concluiu Daphne.


Tinham as salas e os dormitórios só para eles, o que ao início foi estranho, mas rapidamente se habituaram. Voaram pelos terrenos da escola, jogaram xadrez, e exploraram os dormitórios dos restantes Slytherin e descobriram que Marcus Flint escrevia as senhas da Casa de Banho dos Prefeitos num papel, e arriscaram tomar um longo e divertido banho. E praticaram duelos.


No dia de Natal, Harry recebeu: uma caixa de chocolates de Draco, a dizer para ele não reclamar apesar de já ter recebido uma Nimbus; uma “music box” onde um feiticeiro poderia com um simples feitiço inserir as suas músicas preferidas e reproduzi-las onde quisesse, funcionava como um MP3 ou Ipod Muggle. E Daphne já a enchera com as suas músicas preferidas.


- É um facto, que não conhecer Bandas não muggles, e acredita que existe muita música no mundo mágico. – Daphne disse, quando Harry abriu.


Harry oferecera-lhe um livro de truques para aplicar em amigos e inimigos, juntamente com um kit de brincadeiras mágicas da Zonko, ela adorou. Para Draco enviara um livro de feitiços que sabia que o amigo queria há muito tempo. O loiro agradecera-lhe nesse mesmo dia.


Mas melhor prenda foi, também, a mais misteriosa: um manto de invisibilidade, que vinha com a simples nota “o teu pai deu-me isto antes de morrer, usa-o bem”


E Harry e Daphne deram-lhe uso imediato.


Exploraram a secção reservada da biblioteca, e encontraram o Espelho de Erised, que fazia as pessoas verem os desejos mais profundos do seu coração.


Harry viu-se a si mesmo, vestido com a gravata de Slytherin, com Draco e Daphne a seu lado e com os seus pais atrás, vivos e orgulhosos do que ele se tornara. Os olhos de Daphne olharam para o Espelho, e encheram-se de lágrimas, e afastou-se.


- Daph, Daph…- Harry agarrou-a. – O que foi que viste no Espelho?


- O que é que aquele Espelho faz, Harry? – Ela perguntou. – Que magia é aquela?


- Não sei…- Harry murmurou.


- Eu tinha um irmão…um irmão gémeo…E, uma vez, nós tínhamos oito anos, e estávamos juntos a uma encosta escarpada… Estávamos a brincar, quando o meu pai apareceu de repente e tentou assustar-nos, na brincadeira…eu assustei-me mesmo e saltei para trás…o Hunter estava atrás de mim, e empurrei-o sem querer…ele caiu da encosta…e ninguém conseguiu reagir a tempo…ninguém conseguiu evitar que ele… – Daphne chorava. Harry abraçou-a. – Eu…essa é uma das razões pelas quais eu passo a maior parte do meu tempo fora de casa.


- Tu viste o Hunter no espelho, tal como eu vi os meus pais. – Harry murmurou.


- Mas os mortos não voltam, Harry. – Daphne sussurrou.


Nenhum deles quis voltar ao Espelho…por muito mais que a imagem lhes agradasse, tornava a realidade demasiado dolorosa.


Por outro lado, após umas semanas na Secção dos Reservados, ocultos pelo novo manto de Harry, conseguiram encontrar o que procuravam sobre Flamel.


 


- A Pedra Filosofal. – Daphne apontou entusiasmada para o livro. – O Malfoy vai delirar quando souber.

 

 

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N/A: 1. Eu adoro a Daphne, espero que também estejam a gostar dela.

    2. Eu sei que este capitulo está mega lamechas, ainda assim espero que não tenha sido totalmente desagradável

     3. Aquela comparação entre o Harry e o James foi essencialmente para salientar as diferenças entre ambos...

     4. Continuam a agradecer-se comentários.

 

Kaos: Aquele Troll foi a prova que este Harry Potter é capaz de matar a sangue-frio. Prometo dar o meu melhor, quando chegar à parte do Quirrell.

 

 

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Comentários (1)

  • Xandevf

    Estou adorando essa versão, mas o Harry podia ser o divisor de aguas dos cobrinhas, e ser o responsável pela recuperação da casa, e não um cara rancoroso e preconceituoso, e adoro o Draco como amigo dele, sempre gostei muito desse personagem, como gosto muito do Neville, da Luna e da fámilia Wesley, entendo o caminho diferente do personagem na sua trama, mas a familia wesley é um ponto importante da hístória. Bem que ele poderia começar por ajudar a Luna e o Neville, trazendo os pra o seu grupo. 

    2013-03-08
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