Cornélio Fudge



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sufilena


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 14




Lumus!


Olá leitores.


Trago boas notícias! Depois de semanas de trabalhos, lutas, planejamentos e decisões, consegui acertar minha agenda em definitivo quanto às postagens de fanfics. Ficou decidido que as postagens dessa fic ocorrerão às QUINTAS-FEIRAS. Caso por qualquer motivo que seja eu não puder postar um capítulo na quinta, deixarei um aviso explicando exatamente porque.


Espero que gostem desse capítulo!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 14 - Cornélio Fudge


Obviamente, Ash, Rony e Mione ficaram muito surpresos e até um pouco incrédulos quando Harry lhes contou o que tinha visto no diário, mas depois, foram obrigados a concordar: o apreço do guarda-caças por bichos nem um pouco inocentes já era conhecido deles. Fazia bastante sentido que ele quisesse soltar um bichinho "fofinho" para soltar as pernas e algo acabasse dando muito, muito errado.


Mas, provavelmente por serem amigos de Hagrid, havia uma certa resistência em acreditar no que acontecera.


- Você pode dizer de novo como foi que essa coisa do diário funcionou? – Ash perguntou, virando as páginas do caderninho com curiosidade.


- Eu já disse, eu escrevi. Só isso. – Harry disse, emburrado, pegando o diário de volta. O objeto já passara tantas vezes nas mãos dos amigos que daqui a pouco ia começar a desfolhar, ou algo do tipo.


- Talvez Riddle tenha pego a pessoa errada. – Mione comentou.


- Sinceramente Hermione, quantos monstros você acha que cabem no castelo? E se Riddle ganhou um prêmio, os ataques devem ter parado depois que ele pegou Hagrid, não é?


- E quem foi que disse a ele para entregar o Hagrid, afinal de contas? – Ash retrucou.


- Ela tem razão. Parece até coisa do Percy. – Rony resmungou.


- Não, ela não tem. – Hermione comentou. – O monstro matou alguém gente. Matou. Com alunos petrificados nós quase entregamos o Malfoy, o que, surpresa, seria uma injustiça.


- Bem, nós nos importamos em pesquisar antes, não importamos? O que é mais do que aquele merdinha merece. – Rony comentou, ainda irritado.


- E é isso que devemos fazer: pesquisar.


- Ah, claro. – o ruivo continuou. – Vamos até Hagrid perguntar a ele "Olá Hagrid, você por algum acaso andou soltando algo peludo e selvagem pelo castelo ultimamente?"


E depois de toda a discussão, decidiram não fazer nada se não houvessem mais ataques. As mandrágoras estavam quase prontas para a poção, Pirraça se cansara de cantar "Ah Potter podre" e até Ernie MacMillan não estava mais sendo tão desagradável.


- Vai ver com a escola toda alerta o monstro se acorvadou. – Rony sugeriu aos sussurros em uma aula de Herbologia. Era uma boa teoria em que se acreditar.


...


O feriado de Páscoa chegou, mas não foi oferecendo descanso. Era hora dos alunos do segundo ano escolherem as matérias novas que pegariam no terceiro ano. Hermione gastou dez minutos inteiros para explicar porque Harry não podia desistir de poções ("seria ótimo me livrar da cara do Snape"), Rony de Defesa Contra As Artes das Trevas ("a única coisa que eu aprendi foi a fazer papel de retardado. E a não abrir gaiolas com diabretes.") e Ash de Feitiços ("de que adianta? Não to aprendendo nada mesmo..."). Depois disso veio o festival de recomendações: Hermione queria pegar todas as matérias, o que não era surpresa. Harry estava perdido ouvindo Percy falar sobre ambições e onde você quer chegar, e não sabia o que fazer pois a única coisa na qual se achava bom era quadribol. Ele e Rony acabaram marcando as mesmas matérias, Adivinhação e Trato das Criaturas Mágicas, e Ash se decidiu por essas duas mais Runas Antigas.


- Você está maluca? – ela perguntou, olhando formulário de Hermione que além dessas três também incluía Aritmância e Estudos dos Trouxas. – Como vai dar conta disso tudo?


- Você não dá conta de escola, coral e quadribol? Pois bem. Eu posso dar conta disso aqui.


Ash tinha o argumento de que coral e quadribol eram passatempos, e não coisas com deveres de casa, mas muito provavelmente Hermione achava esse tanto de matéria passatempo também, então a Potter não disse nada. Em vez disso, olhou para o final da mesa, vendo Neville se perder com dezenas de cartas e recomendações da família que, obviamente, só estavam deixando o garoto mais confuso ainda.


- Pobre Neville. – ela comentou. – Com esse tanto de ajuda ele só vai se sentir atrapalhado.


Os três amigos olharam para onde Ash observava, mas no fim das contas Neville pareceu escolher as que achava mais fácil, e guardou as cartas discretamente no fundo da mochila.


...


Quando Olivio disse que estava determinado a vencer a Lufa-Lufa no sábado, não estava brincando. Ash e Harry treinavam todos os dias depois do jantar, e à exceção de quadribol e dever de casa não tinham tempo para quase mais nada. Ash ainda tinha o coral todas as tardes de terça e se não fosse por Hermione estaria deixando de entregar um monte de deveres de casa.


E foi na sexta-feira antes do jogo que um Harry e uma Ash secos (finalmente as chuvas tinham parado), mas infinitamente cansados, entraram na sala comunal. E então deram de cara com o Neville desesperado que veio correndo dormitório masculino abaixo.


- Harry! – ele chamou. – Harry, eu não sei quem foi, juro!


- Quem foi o que? – o garoto perguntou preocupado. Neville foi voltando escada acima e Harry foi atrás, seguido de perto por Rony. E então, ele chegou no dormitório e achou todas as suas coisas reviradas: cama bagunçada, malão aberto, coisas espalhadas pelo chão, páginas soltas de "Viagens com Trasgos"...


- Minha nossa, Harry... – Rony comentou, ajudando o amigo a arrumar a cama. Dino e Simas apareceram em seguida.


- O que aconteceu? – Simas questionou.


- Bem – Dino comentou. – parece que alguém estava procurando alguma coisa. – o rapaz deduziu, ajudando Simas a recolher algumas das coisas espalhadas pelo chão.


- E achou... – Harry murmurou, ao terminar de empilhar seus livros. Então pegou Rony pelo braço e o arrastou para fora, recolhendo Ash e Mione no caminho.


- O diário sumiu. – ele murmurou.


- O que? – elas perguntaram.


- Alguém levou. – Rony respondeu. - Alguém revistou o quarto do Harry, tava tudo uma zona...


- Mas como pode isso? – Mione perguntou. – Só alguém da Grifinória teria a senha!


O quarteto se olhou. Isso queria dizer que... Não. É claro que não era alguém da Grifinória. Não podia ser! Não podia, certo?


- Bem. Exatamente. – Harry respondeu.


...


A manhã de sábado estava perfeita para uma partida: com sol, mas não muito, brisa fresca, clima ameno... Wood estava verdadeiramente animado, dando um discurso motivador no café da manhã, ao qual Harry e Ash só prestavam meia atenção. Hermione sugerira que Harry reportasse o roubo do diário, mas isso implicaria em explicar sobre o objeto, o que ele não queria ter que fazer. Agora os quatro olhavam de rosto em rosto, tentando encontrar uma expressão culpada.


E então, quando parecia que tudo tinha se acertado...


"Matar... Me deixe matar..."


Harry deixou seu garfo cair no prato.


- Harry? – Hermione chamou.


- A voz. – o menino murmurou. – A voz voltou.


Então a garota bateu na testa.


- Eu acabei de entender uma coisa! – ela exclamou, se levantando. – Vou à biblioteca!


O trio acompanhou com o olhar Hermione se levantando e correndo escola adentro.


- E então. O que foi isso? – Harry perguntou, ainda preocupado com a voz.


- Vai saber. – Rony respondeu. – É a Hermione, não é? Se tem um problema, vá para a biblioteca.


E, seja lá o que a garota tinha ido fazer na biblioteca, levou muito tempo. Até a hora do jogo ela não tinha voltado, e Rony seguiu sozinho até as arquibancadas. Ash e Harry ouviram à mesma ladainha pré-jogo de Wood, mas um pouco mais persistente uma vez que ele "estava com o dedo na taça, dava pra sentir", e então saíram para o campo.


Estavam em vias de subir nas vassouras quando a professora McGonagall apareceu segurando um megafone púrpura, e o balãozinho de esperança no peito de Olivio murchou assim que ouviu o que ela dizia.


- O jogo foi cancelado! Todos os alunos devem retornar às suas salas comunais imediatamente! Os monitores os guiarão!


- O QUÊ? – ele resmungou, apertando a vassoura na mão. – Mas professora, temos que jogar! A taça...


- Cancelado, Wood! Porque ainda não está seguindo o Percy de volta para a torre?


- Aaaaah, fala sério...


- Potters, vocês vem comigo. – ela disse, apontando os gêmeos. E então se virou para Rony, que descera correndo para averiguar a confusão. – É melhor você vir também, Weasley.


O trio estava com uma sensação ruim. De certa forma, parecia que algo que envolvesse os três não ia ser boa coisa, e sentiram um aperto estranho no peito. Seguiram McGonagall pela escola e à medida que percebiam que estavam se aproximando da Ala Hospitalar o aperto só aumentava.


- Vai ser meio chocante para vocês – a professora começou, abrindo a porta da Ala Hospitalar. – houve outro ataque. Um duplo.


Eles correram aposento a dentro. Nem precisaram se aproximar tanto para perceber: os cabelos cheios eram reconhecíveis a boa distância.


- Mione! – Rony gemeu, se sentando ao lado da garota. Ash levou as mãos à boca, reprimindo um gritinho e sentindo os olhos lacrimejarem. Harry estava boquiaberto. Hermione estava deitada, olhos abertos e completamente imobilizada. Petrificada.


- Onde... Como... – o ruivo começou a querer perguntar, mas sua garganta estava apertada e ele não conseguia dizer nada.


- A encontramos perto da biblioteca, com Penélope Clearwater, monitora da Corvinal. – olharam para a cama ao lado, vendo uma garota loira deitada com uma expressão de horror. – A Srta. Granger segurava isso. – ela disse, pegando um pequeno espelho na mesa de cabeceira. – Significa algo para vocês?


O trio balançou a cabeça. Não, não significava nada.


- Eu sinto muito. – McGonagall disse. – As mandrágoras estão quase prontas. Ela vai ficar bem.


Eles assentiram, sem prestar muita atenção. Ainda lhes foi dado mais algum tempo ali antes que Madame Pomfrey viesse expulsá-los do local.


- Vou acompanhá-los de volta à Torre da Grifinória. – a professora disse. – Tenho que falar com os alunos, de qualquer forma.


E o que ela tinha para falar, era sério. Os alunos estavam proibidos de andarem sozinhos pelo castelo, incluindo trocas de salas e idas ao banheiro, todas devendo ser escoltadas por um professor. Não haveria mais jogos de quadribol, ou treinos, o que fez Olívio ficar perigosamente vermelho, e em seguida perigosamente pálido, e todos os alunos deviam estar em suas salas comunais às seis.


A maioria dos alunos ficou as próximas horas especulando que, obviamente, a solução era mandar os Sonserinos todos embora, uma vez que os atacados somavam dois alunos da Grifinória mais o fantasma, um aluno da Lufa-Lufa e agora uma aluna da Corvinal. Percy Weasley estava em completo estado de choque, o que Jorge atribuiu a Percy "não achar que o monstro fosse atacar uma monitora".


Harry, Ash e Rony estavam apenas com meia atenção em isso tudo.


- Precisamos falar com Hagrid. – Ash disse, ainda um pouco receosa. Não era o melhor dos planos, mas era o único que podiam colocar em prática agora.


- Hermione foi ataca. A culpa obviamente não é dele. – Rony disse.


- Sim, mas ele deve saber como abrir a Câmara, já que abriu uma vez. Podemos perguntar, não podemos? – Ash insistiu.


- É um bom plano, mas McGonagall nos proibiu de sair da Sala Comunal.


- Nesse caso... – Harry murmurou. – É hora de tirar a capa do papai do malão.


...


Haviam, Percy diria, inúmeras vantagens em ser monitor. Além do banheiro exclusivo (que era muito bom, diga-se de passagem), poder ficar no corredor fora do horário e, claro, o adicional no currículo, a melhor delas era a liberdade com as regras. Monitores, em vez de ficarem confinados às suas Salas Comunais, tinham agora a missão de patrulhar os corredores com os professores durante o dia quase todo, e era o que Percy devia estar fazendo, mas dera uma leve escapada. Era rápido, ele tinha certeza, não ia se demorar.


Ou pelo menos, era isso que ele repetia em sua mente enquanto se esgueirava pela escola, usando um simples feitiço de Desilusão (relativamente mal executado devido ao seu nervosismo) para ir escondido até a Ala Hospitalar.


Quem diria, estava, provavelmente, quebrando as regras de novo por causa de Penélope. Essa garota ia deixá-lo maluco! Percy fazia um esforço para não resmungar enquanto andava, não queria entregar que estava ali, mas sua cabeça estava à mil.


Penélope fora petrificada. Tinham combinado de sentar próximos durante a partida, e ela vinha brincando sobre "sumir para debaixo das arquibancadas", o que chegara a arrancar várias reclamações de Percy sobre a irresponsabilidade da monitora. Ela disse que só ia pegar um livro que estava precisando e o encontraria lá.


E então a partida foi cancelada e Penélope não voltou.


Ninguém se deu ao trabalho de avisá-lo, até porque, Gina era a única pessoa que sabia sobre os dois. Os amigos da monitora estavam muito tristes quando ouviram a notícia, e foi Rony quem acabou deixando o nome dela escapar perto de Percy.


Meia hora depois de McGonagall deixar a Sala Comunal, Percy deu um jeito de fazer o mesmo. Se não visse com seus próprios olhos não ia acreditar. Não podia acreditar.


Ele entrou na Ala Hospitalar devagar, aproveitando a porta já aberta. Madame Pomfrey não era vista em lugar nenhum, e era um pouco aterrorizante ver o local cheio de corpos que pareciam até mortos daquele jeito. Ele reconheceu Hermione, à distância, e se sentiu triste por Rony e pelos Potter, mas não durou muito. Encontrou Penélope na cama mais próxima da porta e logo sua tristeza piorou.


- Penelópe... – ele murmurou. O feitiço de Desilusão se desfez, mas ele não se importou. Foi até a cama da garota, se sentando em um banco ao lado dela. A loira, sempre tão corada por ter a pele tão clara, agora estava estranhamente pálida, imóvel, sem aquele sorriso desafiador no rosto. Percy mordeu o lábio com força. Não ia chorar. Não ia mesmo. As mandrágoras estavam quase prontas, ela ia ficar bem. – Penélope... – chamou, quase como se esperasse que ela fosse responder. A voz saiu chorosa, e ele sentiu lágrimas escorrendo. Ah, ótimo. Estava chorando.


- Me desculpa... – ele murmurou, estendendo a mão para segurar a dela suavemente. – Eu devia ter ido com você, me desculpa... Me desculpa!


A porta se abriu. Era Madame Pomfrey.


- O que está fazendo aqui?! – ela perguntou, parecendo indignada. Percy não respondeu. Tirou os óculos para enxugar o rosto, mas agora que já tinha sido visto parara de tentar segurar o choro. – É amigo dela?


Ele não soube responder. Era namorado dela, só que ninguém sabia, e ele não sabia se podia contar. Não sabia se ela ia querer contar pra alguém, não ainda. Vinham falando sobre esperar para fazer isso, pois ambos se sentiam confortáveis com o namoro sendo algo apenas dos dois, sem mais ninguém saber, sem mais ninguém comentar, mas agora... E se algo acontecesse? E se...?


- Você precisa voltar para sua Sala Comunal, rapaz.


- Eu sou monitor. – ele disse, em meio ao choro.


Madame Pomfrey não sabia de regras diferentes para monitores, então achou que seria melhor chamar a Professora McGonagall.


Não chegou, pois, a fazê-lo. Em um piscar de olhos Percy refez o feitiço de Desilusão e tinha ido embora.


...


Os três tiveram de esperar até que todos os alunos tivessem ido dormir, para só então saírem. Caminhar pela escola sob a capa da invisibilidade naquela tarde foi uma das coisas mais difíceis que o trio já fez. Haviam professores, monitores e fantasmas patrulhando a escola por todos os lados, mas conseguiram, enfim, chegar à porta da cabana de Hagrid.


O guarda-caças atendeu a porta segurando uma balestra, o que fez o trio dar um pulo para trás.


- Pra que isso? – Ash perguntou, nervosa.


- Ah, são vocês. Entrem, entrem. – ele disse, dando espaço para os três e olhando para os lados antes de fechar a porta.


Como de costume, Hagrid ofereceu chá e bolinhos para o trio, e parecia agitado.


- Soube do que aconteceu com a Mione? – Rony perguntou.


- Ah, sim, soube sim. As mandrágoras estão quase prontas, ela vai ficar bem. – ele disse, servindo o chá e entregando às crianças. E então, de repente, antes que pudessem perguntar qualquer coisa ao guarda-caças, alguém bateu na porta outra vez.


O trio se olhou, preocupado. Hagrid fez um sinal para a capa e eles pegaram o tecido, se escondendo em um canto da cabana. Hagrid pegou o arco mais uma vez e escancarou a porta.


Era Dumbledore.


- Boa noite, Hagrid. – ele cumprimentou, entrando na barraca. E então, atrás dele, entrou outro homem. Grisalho, chapéu coco verde-limão, gravata vermelha, terno de risca de giz, capa comprida e botas roxas.


- É Cornélio Fudge! – Rony exclamou em um sussurro. – Ministro da Magia, chefe do papai!


- O que ele está fazendo aqui? – Ash murmurou.


- Ele e Dumbledore... Não tem cheiro de boa notícia. – Harry respondeu. Diretor de Hogwarts e Ministro da Magia batendo na casa de Hagrid àquela hora do dia? Não precisava ser um grande entendedor do mundo mágico pra saber que aquilo não ia acabar bem.


- Eu preferia não vir. – Fudge começou. – Mas... Quatro ataques a nascidos trouxas! Problema sério. O Ministério teve que intervir.


- Eu insisto, Fudge – Dumbledore respondeu. – em dizer que Hagrid goza de minha inteira confiança.


- Ah, de fato. Mas não posso ficar sem fazer nada, o Ministério precisa tomar uma atitude. O conselho diretor da escola entrou em contato.


- Insisto em dizer: levar Hagrid não vai resolver absolutamente nada.


- Levar? – Hagrid interrompeu. – Levar para onde? Não... Não para Azkaban?


- É só por um tempo. – Fudge respondeu. – Precaução, você sabe. Se provada sua inocência, será solto com nossas mais sinceras desculpas e...


Outra batida na porta. Os três estavam se segurando (e muito) para não intervir, afinal, com Hermione atacada tinham certeza de que Hagrid era inocente, mas não tinham como provar, então, o que poderiam fazer? Quando pensavam que não dava para piorar, Dumbledore abriu a porta e para dar de cara com ninguém mais ninguém menos que Lúcio Malfoy.


- O que está fazendo aqui? – Hagrid bufou, apertando a balestra. – SAIA DA MINHA CASA!


- Acredite, não me dá nenhum prazer estar em sua... Chama isso de casa? Enfim. Vim a Hogwarts e me disseram que encontraria o diretor aqui.


- E que assuntos você teria para tratar comigo, Lúcio?


- Veja bem, é lamentável... Mas o conselho se reuniu e depois de dois ataques só nessa tarde ficou decidido que você deve se retirar do posto de diretor. Que não está dando conta mais.


- O QUÊ? – Hagrid gritou, o que foi ótimo, pois abafou reclamações do trio que estava na cabana. – Não podem tirar Dumbledore, haverá um ataque por dia! Fudge, se votaram para isso, nós dois sabemos que foi por um bom suborno do Malfoy. Você não pode aceitar!


- Isso, creio eu, é assunto do conselho. – o loiro cortou, decidindo ignorar as acusações de suborno, até porque... Eram verdadeiras. Estendeu um pergaminho com assinaturas para Dumbledore, esperando que ele verificasse a autenticidade. Seu sangue estava fervendo em expectativa.


- Bem, se é a vontade do conselho, então devo obedecer. – Dumbledore disse, depois de ler o pergaminho.


- Isso é ridículo! – Fudge bufou, parecendo irritado. – Se Dumbledore não consegue parar os ataques, quem conseguirá?


Lúcio se forçou a não sorrir. Exatamente, quem? Ninguém. Seu plano ia funcionar perfeitamente. Menos uma Weasley no mundo, e Lord Voldemort, vivo, altivo e glorioso, de volta. E sem falar na glória... Ah, a glória quando Voldemort percebesse que ele, Lúcio Malfoy, era o responsável por seu retorno. Dias melhores estavam para chegar. Definitivamente.


- Porém – Dumbledore disse, retomando a fala anterior. – você irá perceber que só terei deixado a escola realmente quando ninguém mais for leal a mim. Hogwarts sempre ajudará àqueles que a ela recorrem.


- Adoráveis palavras sentimentais, Professor Dumbledore. Bem cabíveis do seu estilo emocionado de dirigir essa escola. Agora, se pudermos ir andando... Tenho outros assuntos a tratar. – Malfoy concluiu, abrindo a porta com um aceno da varinha de forma suficientemente brusca para que as dobradiças fraquejassem.


- Se alguém quiser saber alguma coisa – Hagrid disse em voz alta, ainda mal-humorado, mas vendo que não havia nada que pudesse fazer a respeito do que acontecia. O guarda-caças fazia um esforço tão inútil para não olhar na direção do trio que os garotos quase desejaram que ele se fosse logo, antes que alguém percebesse que estavam ali. – é só seguir as aranhas. E alguém tem que alimentar Canino enquanto eu estiver fora. Bem, é isso.


E então o cortejo deixou a casa.


Os três ainda esperaram um pouco para o caso de alguém voltar, e só então saíram de baixo da capa.


- Dumbledore fora, é sério isso? A escola estará sem nenhum nascido trouxa vivo até amanhã de manhã! – Rony comentou.


- Concordo, temos que fazer alguma coisa. – Ash disse, dobrando a capa e entregando para Harry guardar.


Canino começou a ganir e uivar a porta, e Harry olhou para a janela. Havia uma fila de aranhas andando no batente e ele apertou a varinha no bolso.


- Vocês ouviram o Hagrid. Temos aranhas para seguir.




E as notas finais!


Meu coração deu uma doidinha pra escrever esse capítulo, porque olha, coitado do Percy gente kkkkkk Mas o que são fics sem um pouco de drama né? -q Espero que tenham gostado! Apesar do Percy ter toooooodos aqueles defeitos, eu gosto bastante dele, e quis dar um destaquezinho nesse capítulo, afinal, ele merece ^^


Vejo vocês na próxima!


Beijos e abraços


Gaby Amorinha


Nox!




Gostou desse capítulo? Confira aqui algumas de minhas outras fanfics!


Os Gêmeos Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter - 1ª temporada de "Gêmeos Potter", encerrada):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=42935


Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter - 2ª temporada de "Gêmeos Potter"):


http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44968


Destino (Naruto):


https://www.fanfiction.net/s/8804800/1/Destino


Don‘t Stop Believin (Glee, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/dont-stop-believin--interativa-6553263


The Children Of Fairy Tail (Contos de Fadas, interativa, co-autoria com Sufilena. Disponível apenas no socialspirit):


https://spiritfanfics.com/historia/the-children-of-fairy-tales--interativa-6773955


E confira aqui minha página no facebook:


https://www.facebook.com/autoragabyfraga


Um conto que participou de um concurso no watpadd (ganhou menção honrosa. Fiquei emocionada):


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