O Diário Secretíssimo



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


 


 |Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


 


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


 


|Escrita por: Gaby Amorinha


 


|Betada por: Sem Beta


 


|Classificação: 14+


 


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


 


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


 


|Shipps: Percy/Penélope


 


|Capítulo 13 


 




  Lumus! 


 Olá leitores.

Como eu já tinha dito, demorou. Eu sei disso. Mas eu to bem orgulhosa de ter conseguido acabar o capítulo, isso já vale de muito considerando o tanto de coisa que eu tenho pra fazer essa semana kkkk Espero que gostem! Que tal compensar meu esforço com um comentariozinho só que seja, porfavooor? <3

Agradecimentos especiais aos que comentaram no capítulo anterior: Randômico (Nyah Fanfiction), ariadneb (Social Spirit) e AnnePotterhead (Social Spirit). Muito obrigada. Esse capítulo é para vocês <3

Especialmente Randômico que deixou um comentário belíssimo, devo dizer! Fez meu dia quando eu li ^^
 


Boa leitura,


Gaby Amorinha  




  Capítulo 13 - O Diário Secretíssimo




Gina Weasley era uma pessoa orgulhosa.


Tendo crescido em meio a tantos irmãos mais velhos, ela aprendera a se virar muito bem, e se orgulhava de nunca (ou quase nunca) precisar de ajuda para absolutamente nada. Então não precisaria de ajuda agora. Não. Não precisaria não.


Ainda assim, sua mão tremia ao segurar o diário de Tom, parada no corredor do banheiro da Murta. Era muito simples: só precisava jogá-lo lá. Ninguém nunca ia lá, especialmente depois dos ataques, então o diário nunca mais seria encontrado por ninguém, e ela não o pegaria de volta.


Pronto. Problema resolvido.


Então por que era tão difícil? Mesmo sabendo o que tinha que fazer, ela estava se esforçando para se livrar do objeto, como se tentasse mandar um pedaço de sua mão embora. Sabia que precisava fazer isso, pois era muita coincidência que seus lapsos de memória viessem depois de escrever no diário, mas ainda assim… ainda assim.


Não. Ainda assim nada. Era grifina ou não era? Onde estava sua coragem? Ela engoliu em seco, respirou fundo, e foi de uma vez. Atravessou o corredor, entrou no banheiro, lançou o livro cômodo adentro, sem nem ver para onde, e deixou o local em seguida.


...


Hermione ainda ficou na Ala Hospitalar por dias. Como era de se esperar, queria continuar fazendo seus deveres, e seus amigos se ocupavam de levar tudo para ela. Pomfrey colocara uma cortina em volta da cama dela para impedir os curiosos de vê-la com a cara peluda e por meados de janeiro estava livre de pelos e seus olhos pareciam estar voltando ao normal.


- Eu não entendo. - Rony comentou, vendo Hermione entregar um bocado de lição de casa para que eles repassassem aos professores no dia seguinte. - Eu tinha tanta certeza de que era o Draco!


- Todos tínhamos, não tínhamos? - Ash comentou, comendo uma maçã e lendo um livro distraidamente. - Ao menos descobri mais uma coisa. Estive fuçando nas coisas dele…


- Você o quê? - Harry perguntou, indignado.


- ...e achei o tal bilhete do pai. Duas linhas: “A Câmara foi aberta há cinquenta anos, e isso é tudo que vou lhe dizer. Pare de me perguntar sobre isso e deixe o assunto para lá.”


- Brilhante. - Rony comentou. - Cinquenta anos, o que isso quer dizer?


- Que foi o pai dele? - Ash sugeriu. - Talvez Draco esteja se fazendo de desentendido para os amigos, ou algo do tipo.


- Não, ele não está. - Harry comentou. - Ele realmente não tem culpa, por mais estranho que pareça, então voltamos ao ponto no qual não sabemos quem é.


O grupo ficou algum tempo em silêncio. Hermione terminava de escrever uma redação quando Rony viu um pedacinho de papel saindo de baixo do travesseiro da garota.


- O que é isso? – ele perguntou.


- Nada! – ela se apressou a responder, tentando impedir Rony de pegar o papel, mas era tarde.


 


À senhorita Granger desejo uma rápida convalescença, seu professor preocupado Gilderoy Lockhart, Ordem de Merlin, Terceira Classe, Membro Honorário da Liga de Defesa Contra as Artes das Trevas, cinco vezes vencedor do Prêmio do Sorriso Mais Atraente do Semanário dos Bruxos.


 


- Não acredito. Tá dormindo com isso debaixo do travesseiro? Você com ele, Ash com Olívio e a Parkinson com o Malfoy, qual o problema de vocês, meninas? – ele perguntou. Hermione pegou o papel de volta, enfezada, e terminou a redação, entregando tudo para o ruivo. Ela ia mandá-los embora, mas não precisou, pois Pomfrey apareceu no momento para dar a medicação noturna para Hermione e espantou os amigos de lá.


- Dá pra acreditar? – Rony ainda resmungava enquanto subiam pelo corredor. – Ela tinha um cartão do Lockhart debaixo do travesseiro. Debaixo. Do. Travesseiro!


Rony ficou ainda um bom tempo reclamando do ocorrido quando ouviram a voz de Filch reclamando ao longe sobre ter que enxugar o chão.


- Ouviram isso? – Harry perguntou em um sussurro, o trio parando atrás da curva do corredor. Havia uma enorme quantidade de água pelo corredor do banheira da Murta.


- Ela deve ter inundado o banheiro de novo. Grande novidade. Vamos andando. – Ash comentou, mas não saiu do lugar. O trio ficou esperando Filch sumir ao fim do corredor e então avançaram em direção à água, ouvindo já de longe as lamúrias de Murta ainda mais dramáticas do que o comum, se é que era possível.


- E agora, o que será que aconteceu? – Rony perguntou, entrando no banheiro seguido pelos amigos. A fantasma flutuava perto das pias, chorando e chorando cada vez mais.


- Aaaanh... Murta? – Harry chamou, receoso. A fantasma virou no ar, ficando de frente para o trio.


- Veio jogar mais alguma coisa em mim? – ela perguntou, chorosa.


- Aaaah... Por que alguém jogaria algo em você? Quer dizer, te atravessa, né? – Rony disse, o que acabou sendo a coisa errada a se dizer.


A fantasma fechou a cara, ficando muito irritada e voando até ficar cara a cara com Rony. Ash ficou muito pálida e deu alguns passos para a esquerda, se afastando.


- ISSO! – Murta resmungou. – Vamos todos jogar coisas na Murta porque ela não sente! Dez pontos se atravessar a barriga dela! – a fantasma reclamou, atravessando o braço pela barriga de Rony. – Cinquenta se passar pela cabeça! – completou, atravessando a cabeça dele com o braço. Então a raiva se esvaiu de seu rosto e ela voltou a chorar, flutuando para longe. Rony engoliu em seco, se sentindo um pouco enjoado.


- O que foi que jogaram em você? – Ash perguntou, querendo que resolvessem logo a situação para saírem dali.


- Um livro. – ela respondeu. – Eu não vi quem foi. Estava flutuando, pensando na morte, quando ele me atravessou e foi parar bem ali. – ela disse, apontando para um livro de capa de couro no chão. Então ela começou a chorar de novo e sumiu box adentro.


- Bem. Vamos ver, então. – Harry comentou, indo até o livro e abaixando a mão.


- NÃO! – Rony gritou. – Pode ser perigoso! Papai já me contou todo tipo de história... Livros que queimam os olhos ou que a pessoa simplesmente não consegue parar de ler, é um horror!


- Se um aluno largou aqui não pode ser tão perigoso assim. – o rapaz respondeu, pegando o livro.


- Harry! – Ash repreendeu, preocupada que os olhos de Harry fossem derreter ou algo do tipo, mas nada aconteceu. Em verdade, ao folhear o livro, Harry percebeu que estava em branco, à exceção do escrito “Este diário pertence a Tom S. Riddle” na contra capa e o endereço de uma rua trouxa que era a papelaria onde o diário tinha sido comprado. O dono, Harry deduziu, devia ser nascido trouxa.


- Está em branco. Por que alguém ia querer se livrar de um diário em branco? – Ash perguntou.


- Tom S. Riddle... Esperaí, eu conheço esse nome! – Rony comentou. – Tem um troféu dele na sala de troféus por serviços prestados há cinquenta anos. Filch me fez polir aquele troço umas trinta vezes porque eu não parava de vomitar lesmas em cima dele. Não teria como eu esquecer o nome.


...


Hermione voltou ao normal no início de Fevereiro, e a primeira providência que os amigos tomaram foi inteirá-la a respeito do diário de Tom.


- Eu gostaria de saber porque alguém tentou se livrar dele. Quer dizer, está em branco. O quão importante pode ser? - Ash perguntou, tamborilando os dedos na mesa.


- Talvez seja por isso que o dono jogou fora. Porque não serve pra nada. - Rony sugeriu. - Posso ver sua redação, Hermione?


Distraída, a garota passou o pergaminho para Rony. Quase dava pra ver fumaça saindo debaixo dos cabelos dela de tanto que forçava os neurônios.


- Rony, de quando você disse que era o prêmio de Riddle?


- Cinquenta anos atrás. Por quê?


- Ash, o bilhete de Draco que você roubou não dizia que a Câmara foi aberta há cinquenta anos atrás?


- Dizia.


Então os quatro se olharam, quase dando para ver as peças se encaixando em seus cérebros.


- Mione... Você acha que... - Harry começou.


- Sim. - ela interrompeu. - Que o prêmio de Riddle pode ter sido por pegar quem abriu a Câmara!


- Será? - Rony comentou. - E eu aqui achando que ele tinha feito o favor de matar a Murta...


- Seria ótimo se ele tivesse escrito sobre isso no diário. - Harry resmungou, virando as páginas brancas do caderno.


- Talvez tenha. - Hermione comentou, pegando o objeto das mãos de Harry e o apontando com a varinha. - Aparecium! - nada aconteceu, mas ela não desistiu. Pegou uma borracha vermelho berrante da mochila e começou a apagar as páginas. A borracha era um revelador mágico, mas ou não funcionava ou não havia nada para se revelar, pois as páginas continuaram em branco. Ela bufou, chateada, e pareceu desistir.


- Só vamos aceitar: não tem nada aí. Riddle comprou um diário e não se deu ao trabalho de usar. - Rony concluiu, voltando à sua redação.


...


Harry não sabia dizer por que simplesmente não jogou o diário fora como o dono anterior. O fato era que não conseguia parar de folheá-lo, como se esperasse que algo de diferente fosse acontecer, como se conhecesse Riddle de algum lugar, quase como um amigo distante.


Na tarde seguinte, foram até a sala de troféus, curiosos. Rony no entanto não parecia fazer questão nenhuma de estar ali, alegando que já vira troféus o bastante por uma vida inteira.


O escudo de Riddle não tinha detalhes de como o bruxo ganhara o prêmio, o que Rony achava ótimo ou o escudo seria maior e ainda estaria o polindo, e como o ruivo previra a viagem foi um desperdício.


- Monitor, monitor-chefe, provavelmente o primeiro da turma. - Ash comentou.


- Parece até o Percy. - Rony resmungou, desagradado. Hermione fez uma cara chateada. Rony se arrependeu, mas o estrago estava feito.


- Você fala isso como se fosse algo ruim. - ela murmurou. Harry e Ash acharam melhor sair logo dali, e foram levando os amigos embora.


...


 Agora as coisas só tendiam a melhorar em Hogwarts. Sprout comemorava que as mandrágoras estavam cheias de segredinhos, e que assim que a acne acabasse estariam prontas para serem reenvasadas, o que os permitiria fazer o chá para recuperar os alunos petrificados. Os ataques tinham parado, o que fizera os alunos imaginarem que a atenção que estavam dando ao assunto acorvadara o herdeiro, dadas raras exceções como Ernie Mcmillan que continuava crente que Harry se denunciara no Clube de Duelos. Não ajudava que Pirraça ainda estivesse cantarolando “Ah Potter podre” pelos corredores, mas ainda assim, o clima da escola estava melhor.


Tão melhor que Gilderoy Lockhart, que parecia crente que parara os ataques sozinho, decidira comemorar, e sua ideia de comemoração era, no mínimo, perturbadora.


Na manhã do dia quatorze de fevereiro o saguão principal estava coberto de flores rosa, caía confete rosa em formato de coração do teto encantado e o próprio Lockhart usava vestes rosa brilhante.


- Ah, não… - Ash murmurou. - Por favor, me digam que isso não é o que eu estou pensando…


Tudo que a garota não queria era uma comemoração de dia dos namorados tão pouco tempo depois de levar um fora, mas aparentemente não tinha como escapar.


- Primeiramente! - Gilderoy exclamou, à frente da mesa dos professores. - Gostaria de agradecer os quarenta e seis cartões que recebi até então. Feliz dia dos Namorados!


Rony fez uma cara de nojo.


- Por favor, Hermione, me diga que não foi uma das quarenta e seis. - ele disse, mas a garota não respondeu, ocupada em guardar suas coisas na mochila.


- ...e para animar o dia, - o professor continuou. - meus cupidos vão andar pela escola distribuindo cartões.


O que Gilderoy chamara de cupidos eram anõezinhos com asas tortas e arcos malfeitos enfileirados ao lado do saguão.


- Por que não pedem ao professor Snape para ensiná-los a preparar uma poção do amor? - Lockhart continuou. Snape fez uma expressão que indicava que ia colocar veneno na comida do primeiro aluno que lhe fizesse o pedido. - Ou ao professor Flitwick para que lhes ensine um Feitiço de Fascinação?


- É sério – Rony murmurou. - Vamos sair daqui, estou enjoado. Tem confete no meu mingau.


Os três se levantaram rapidamente, mas Hermione parecia querer ficar mais um pouco. Depois de Ash insistir com um “Mione” apressado, a garota se levantou e seguiu os amigos.


Foi um dia complicado. O grupo ficou o dia inteiro tentando fugir dos anõezinhos de Lockhart, mas finalmente um deles os alcançou a caminho da aula de feitiços.


- Cartão cantado para “Arry” Potter! – o anão gritava esganiçado. Harry soltou um muxoxo desagradado, mas o anão era esperto. Seguiu o rapaz insistentemente até finalmente conseguir agarrá-lo pela mochila, que se abriu e derramou todas suas coisas no chão, inclusive o tinteiro. A tinta manchou os cadernos do garoto, e ele estava começando a se irritar muito, mas ainda dava para piorar.


Draco Malfoy apareceu no corredor, e tudo que Harry queria era que o maldito anão fosse embora, mas isso só aconteceu depois que ele finalmente cantou o cartão:


 


Teus olhos são verdes como sapinhos cozidos,


Teus cabelos, negros como um quadro de aula.


Queria que tu fosses meu, garoto divino,


Herói que venceu o malvado Lorde das Trevas.


 


Draco obviamente caiu na risada, e como se não bastasse isso encontrou o diário de Riddle no meio das coisas caídas no chão.


- Há! O que será que o Potter andou escrevendo nisso?


- Me devolve, Malfoy! – Harry retrucou, mas dessa vez já estava irritado demais para ficar apenas discutindo. – Expelliarmus!


O diário saiu voando das mãos do garoto e Harry o apanhou no ar. Draco parecia bem irritado, e Percy já vinha pelo corredor pronto para tirar pontos de Harry por usar magia nos corredores, mas o grifino não se importou. Tinha ganhado de Draco, e isso facilmente valia cinco pontos perdidos para a Grifinória.


Mas Draco ainda tinha veneno para destilar.


- Acho que Potter não gostou muito do seu cartão! – ele gritou para uma Gina muito vermelha e transtornada que atravessava o corredor às pressas. Ela parecia realmente triste por Harry ter se sentido mal com o presente, mas o grifino não reparou. Estava ocupado demais reparando que o diário de Riddle estava seco.


Completamente seco. A capa, as páginas, tudo. Tudo que era seu tinha se encharcado de tinta, mas não o diário. Subitamente, ele se sentiu ansioso por um tempo sozinho em seu dormitório.


...


Harry até tentou chamar a atenção de Rony para o que acontecera com o diário, mas a varinha do ruivo causara problemas na aula soltando bolhas insistentemente e ele não tinha cabeça para mais nada, então pela noite eram apenas Harry e o diário.


Primeiro ele pingou uma gota de tinta em uma página, e observou surpreso a gota sumir como se sugada pelo papel. Então molhou a pena novamente e tentou escrever.


 


Meu nome é Harry Potter.


 


A tinta sumiu. Harry arregalou os olhos surpreso e em seguida, mais surpreso ainda, viu novas palavras aparecendo na superfície do papel.


 


Olá Harry. Meu nome é Tom Riddle.


 


O menino ficou boquiaberto por um tempo. Queria que Ash, Rony e Hermione estivessem ali, mas obviamente eram apenas ele o diário por hora, e não podia desperdiçar a chance.


 


Você sabe alguma coisa sobre a Câmara Secreta?


 


Sim.


 


Ele sentiu o coração dar um salto. Sua mão tremia ao continuar escrevendo.


 


Pode me contar?


 


Não.


 


Harry mal tinha soltado um muxoxo de desagrado quando reparou que Tom ainda tinha algo a dizer.


 


Mas posso lhe mostrar. Deixe-me levá-lo cinquenta anos no passado...


 


E de repente as páginas do diário começaram a virar violentamente, até pararem no dia treze de junho. Então um brilho saiu do meio das páginas e começou a aumentar e aumentar até formar uma janelinha. Harry não soube muito como, mas no instante seguinte foi sugado para dentro da janelinha e então, como num sonho, se viu em uma reconhecida escada de Hogwarts.


Harry logo percebeu que estava ali apenas em pensamento. Ninguém parecia vê-lo ou ouví-lo, e apenas assistia como espectador. Naquele momento em específico ele se surpreendeu em ver um Dumbledore bem mais jovem conversando com um senhor que era visivelmente o diretor de Hogwarts. Junto a eles havia um terceiro garoto, estudante da Sonserina, muito atraente e carismático e com um distintivo de monitor nas vestes. Parecia preocupado. Harry se aproximou um pouco para ouvir a conversa e viu, no fundo do corredor, um grupo de bruxos carregando um corpo de uma garota coberto por um lençol branco para dentro da enfermaria.


Petrificada? Ou quem sabe...


Ele se voltou para a conversa.


- ...não podemos permitir que fique em Hogwarts nas férias de verão sob a luz desses ataques. – o diretor comentou. – Em outras circunstâncias eu consideraria, no entanto... A morte dessa menininha... Você nasceu trouxa, não foi Tom?


- Pai trouxa, mãe bruxa. – o garoto respondeu.


- E mora num orfanato durante as férias?


- Sim! É exatamente por isso que...


- Nós entendemos, Tom. – Dumbledore disse, e Harry pode reconhecer o olhar preocupado do homem por trás dos oclinhos de meia-lua. – Mas é perigoso demais. Estão falando em fechar Hogwarts.


Harry não precisaria ser nenhum leitor de mentes para reconhecer o olhar de pânico no rosto de Tom. Imaginou a si mesmo, caso Hogwarts fechasse, voltando para casa e sendo obrigado a conviver com os Dursley quando nem mesmo as férias de verão queria passar com eles.


- E se o culpado for pego? – Tom perguntou, deixando bem claro que sabia de alguma coisa.


- Riddle, se você sabe de algo... – o diretor começou.


- Tudo bem Dippet, ele não deve saber. – Dumbledore comentou, lançando a Tom um olhar que Harry considerou dolorosamente familiar. – No entanto, devo perguntar... Há algo que queria me dizer?


Tom engoliu em seco, e Harry sabia antes que o sonserino dissesse qual seria a resposta.


- Não senhor. Nada.


O trio se despediu com condolências. Harry sentiu o coração acelerado. O que quer que Tom soubesse, iria descobrir agora.


Seguiu o garoto pelo castelo, percebendo que rumavam para as masmorras. Tom tinha um olhar determinado e enfurecido no rosto. Caminharam cada vez mais e mais fundo, e Harry começou a se sentir burro imaginando que a entrada ficaria na sala comunal da Sonserina. Não era porque Draco não sabia de nada que isso inocentava a Sonserina inteira. E então, pararam.


- Bombarda! – Tom gritou, apontando a varinha para uma porta que se arrombou. E então o queixo de Harry caiu. Dentro do aposento estava ninguém mais ninguém menos que Hagrid, reconhecível pelo tamanho, barba e cabelos desgrenhados.


- Tom!


- Já chega. – o sonserino comentou. – Eu vou ter que te entregar.


- Ele não fez nada! Aragogue é inocente!


- Não estou culpando você, Hagrid. Mas talvez você o tenha soltado para esticar as pernas.


- Não, eu... – Hagrid começou a procurar a varinha para se defender, mas Tom foi mais rápido e o desarmou com um Expelliarmus.


- Sinto muito, não é pessoal. Arania Exumai! – Tom lançou o feitiço contra uma caixa escondida atrás de Hagrid, e dela saiu uma aranha enorme, do tamanho de uma goles. A aranha sapateou pelo quarto, escapando dos feitiços de Tom, enquanto Hagrid se jogava contra ele para impedí-lo, e acabou conseguindo escapar.


No momento seguinte, a magia acabou e Harry se viu sentado novamente na cadeira de seu dormitório. Não precisava ver mais nada, porém. Agora já sabia quem era o monstro da Câmara, e sabia porque Hagrid tinha sido expulso de Hogwarts.


 


 




E as notas finais!

Então gente, o maior problema pra mim escrevendo esse capítulo foi tentar fazer o Tom exalar um pouco daquele carisma que Dumbledore e os outros que deram aula pra ele estavam sempre dizendo que ele tem. Espero que eu tenha conseguido.

Vejo vocês na próxima!

Beijos e abraços
 


Gaby Amorinha 


Nox!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • Gaby Amorinha

    Menos, bem menos, quase nada kkkkMas já que tá animado assim, eu escrevo pra vender também :v Pode dar uma olhada na minha página que tem altas coisas lá fb.com/autoragabyfragaObrigada pelo carinho <3 

    2016-09-06
  • Gabriel Lovegood Longbottom

    Bom dia Gaby Amorinha!!! Sua Fic está cada vez melhor!! Fico ansioso toda vez que entro no site para ver se já saiu um novo capitulo.... Você é uma escritora nata, que nem a Tia Jô e garanto que você também conseguiria escrever uma serie de sucesso como Harry Potter!! Sempre que leio suas Fic meu dia fica mais iluminado e fantástico!! Não sei quem você ou como eh mas posso imaginar uma linda mulher, inteligente meiga, carinhosa, apaixonada pelo que faz, que se dedica de corpo e alma ao q acredita e não deixa que nada a impeça de alcançar seus objetivos!! Gostaria muito de um dia poder conversar com vc pessoalmente pelo face ou whats.... Obrigado por fazer meus dias mais felizes!!! Seu fã numero 1 Gabriel Lovegood Longbottom

    2016-09-06
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.