O Balaço Errante



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Sem Beta


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Percy/Penélope


|Capítulo 10




Lumus!


Olá leitores.


Mais uma vez venho pedir que deixem comentários. Vocês aqui da Floreios e Borrões são muito calados, mas eu sei que tem gente lendo, então por favor ^^ Faz muita diferença pra mim.

Também gostaria de dizer que já a algum tempo eu desisti de fazer shipp com o Olivio nessa fic, mas o site simplesmente não me deixa mudar as informações da fic. Tenham em mente que a Ash gostar dele é puramente platônico, e que ele jamais sairia com uma menina de doze anos. 


Boa leitura,


Gaby Amorinha




Capítulo 10 - O Balaço Errante


Depois do incidente com os diabretes, Lockhart não trouxera mais nenhuma criatura para a sala, e em suas aulas fazia encenações de passagens de seus livros, usando, frequentemente, Harry em algum papel. Embora na maioria das vezes ele fugisse, dessa vez não fez ressalva alguma quanto a uivar pelo chão enquanto Lockhart demonstrava como capturara um lobisomem, uma vez.


Ao fim da aula, o quarteto esperou que todos os alunos saíssem da sala. Então, Hermione, um pouco nervosa, foi falar com o professor.


- Hm... Professor Lockhart?


O homem ergueu a cabeça coberta de cachinhos loiros.


- Ah, Srta. Granger! O que posso fazer para minha aluna preferida?


- Eu... – ela engoliu em seco, tirando um papel do bolso. – Eu estava relendo Como me divertir com vampiros...


­- Ah! Meu favorito!


- Meu também! Eu li muitas vezes, mas estou ficando perdida em uma parte específica sobre poções... Estava esperando que retirar esse livro aqui da sessão reservada pudesse ajudar. – ela disse, estendendo o papel. – Mas preciso de uma assinatura e...


Para surpresa de Hermione, Lockhart nem mesmo leu o nome do livro. Ele apenas assinou o pergaminho com sua pena de autógrafos e, antes que fosse tarde, a garota se despediu e deixou a sala. Como resultado, poucos minutos depois o quarteto estava enfiado no banheiro da Murta, com o livro em questão, analisando a poção que teriam que fazer.


- Definitivamente é uma poção complicada. – Hermione comentou, lendo os ingredientes.


- Não conheço esses ingredientes. – Ash disse, indicando alguns da lista. – O restante tem no armário dos alunos.


- Pele de araramboia picada, pó de chifre de bicórnio... Vamos ter que roubar do Snape? – Rony perguntou. – Quer dizer, não é como se pudéssemos simplesmente pedir essas coisas pelo correio. Ia levantar suspeitas receber um pacote da Pottage Cauldron’s em cima da mesa do café da manhã no meio do ano letivo.


- E isso aqui. – Harry comentou, apontando para o final da poção. – Pedacinhos de quem vamos nos transformar. Unhas do pé de Crabbe ou algo do tipo. Como vamos conseguir isso?


- Eca, não vou tomar nada com unhas do pé de Crabbe dentro, nem pensar! – Rony resmungou, com cara de nojo.


- E tem mais. – Ash acrescentou, ainda lendo o livro por cima do ombro de Hermione. – A poção vai levar um mês pra ficar pronta.


- UM MÊS? – Rony esbravejou. – Até lá Malfoy vai ter matado mais da metade dos nascidos trouxas da escola!


- Vocês vão dar pra trás? Ótimo. Vou devolver o livro então. – Hermione resmungou, se levantando e fechando o livro. - Ameaçar nascidos trouxas é muito mais grave que desobedecer as normas da escola, e vocês sabem como odeio fazer isso. Mas se não fazem questão de descobrir se é o Draco ou não, então, paciência...


- Hermione tem razão. – Ash comentou. – Há prioridades.


- Hm, que seja. – Rony concordou. – Mas se querem saber, vocês dois, daria muito menos trabalho se conseguissem jogar o Malfoy da vassoura amanhã.


 


...


 


Era normal que os gêmeos se sentissem nervosos antes de uma partida de quadribol, mas naquele sábado descobriram que tudo podia piorar. A expectativa de enfrentar a Sonserina com vassouras tão velozes estava destruindo o emocional deles, além de pensarem no que Wood faria se perdessem. Depois de um café da manhã desmotivado e uma mesa quase vazia, Ash ficou até quase as onze revendo as jogadas que montara com Olivio e treinara com as artilheiras, enquanto Harry só conseguia encarar o vazio.


Por fim, chegou a hora. Wood chamou o time até o vestiário e logo seis jogadores encaravam o goleiro, esperando pelo clássico discurso pré-jogo que ele sempre dava.


- Sonserina tem vassouras melhores, não há como negar. – ele começou. – Mas assim como uma varinha não faz um bruxo, uma vassoura não faz um jogador. Vamos ganhar porque temos pessoas melhores montadas em nossas vassouras. E vai depender de você, Harry. Temos que fazer o trapaceiro do Draco pagar por ter pagado pra entrar. Apanhe o pomo antes dele ou morra tentando, entendido?


Harry engoliu em seco e confirmou com a cabeça. Sim, não teria como Olivio ter sido mais claro.


- Ótimo. Vamos nessa.


Enquanto isso, no outro vestiário, Lúcio Malfoy em pessoa tinha vindo dar uma palavra de incentivo aos jogadores. Draco sentiu o coração ir para a boca, mas manteve a expressão impassível. Tinha que jogar muito bem hoje. Tinha que mostrar a seu pai que valia à pena. Deixá-lo orgulhoso.


Ao fim de um breve discurso regado a aplausos, o time da Sonserina foi saindo para o campo, mas Draco ficou para trás.


- Assustado? – Lúcio perguntou ao filho. Estava prestes a ir para a arquibancada, mas se lembrava de seu primeiro jogo de quadribol. Sabia como o filho estava se sentindo agora. Por mais que Lúcio fosse prático, rígido e muitas vezes parecesse uma pedra, seria uma mentira de proporções desastrosas dizer que não se importava com o filho.


Apenas não deixava demonstrar. Claro que não. Seria fraqueza.


- Claro que não. Só estou pensando na melhor maneira de jogar o Potter da vassoura.


Um sorriso discreto se crispou nos lábios de Lúcio.


- Não falhe. – ele disse, apenas, deixando o filho no vestiário e indo buscar seu lugar.


Pareceram se passar horas inteiras até, finalmente, a voz de Lino se fazer audível no microfone.


“Eeeeee aqui estamos, finalmente, com o primeiro jogo da temporada! Devo dizer que já não me aguentava de saudade de ver um pouco de sangue no ar, e sem dúvidas Sonserina contra Grifinória é uma boa forma de fazer isso acontecer...”


- Lino...


“Vamos começar então. Aí vem o time da Sonserina! E não tem como não notar as vassouras maravilhosas que eles conseguiram. Nimbus 2001, série exclusiva! Eu daria minha conta inteira no Gringotes pra por as mãos em uma dessas...”


Draco não ouviu muita coisa depois disso. Ao ouvir “Flint” soube que Lino estava anunciando os jogadores, e então ouviu “Malfoy” e soube que era sua vez de entrar. Levantou o nariz. Nada de parecer nervoso na frente dos outros.


“...os boatos que rolaram de que Malfoy só entrou no time porque pagou, e por mais que eu ache que é verdade, acho válido lembrar que ninguém dava nada pelos Potter no ano passado e acabaram sendo uma surpresa e tanto! Então, vamos ver do que ele é capaz.”


“E do outro lado temos o time da grifinória, com Wood, Johnson, Bell, Potter, Weasley, Weasley eeeeee Potter! Johnson que, inclusive, continua ignorando minhas insistentes tentativas em leva-la ao Três Vassouras no dia dos namorados. Eu sinceramente não sei no que é que estou errando, mas...”


- LINO!


Madame Hooch se aproximou e soltou o pomo, que logo desapareceu no espaço. Em seguida, pegou a goles.


- Quero ver um jogo limpo, já sabem. Apertem as mãos.


Houve um excesso de força no aperto trocado entre Flint e Wood.


Ela apitou e jogou a goles para o alto, e então o jogo tinha começado.


Rapidamente, um artilheiro da Sonserina pegou a bola. Ash e Kátia mal tiveram tempo de se recuperar da velocidade da vassoura e tentaram acompanhar, mas era óbvio que seria um esforço quase que inútil. A vassoura de Ash, apenas um modelo anterior, quase não conseguia alcançar os sonserinos, e Merlin bem sabia como ela estava tentando.


Logo ficou claro que as únicas jogadas que o time poderia efetuar seriam as defensivas, mas mesmo com todo mundo tentando ajudar Wood estava difícil segurar a barra. E, como já era de praxe, sempre dava pra ficar pior.


Assim que Hooch soltou os balaços, um deles voou diretamente para cima de Harry. Por sorte Jorge estava por perto e o mandou para longe.


- Com problemas aí, ô Cicatriz? – Draco provocou, flutuando preguiçosamente embaixo de Harry. Harry franziu a testa, mas logo se virou para Jorge, para agradecê-lo.


Não deu tempo, porém. O balaço voltou. Dessa vez Jorge foi bem específico e o rebateu diretamente para Draco, mas então, o balaço deu meia volta no meio do caminho e mirou em Harry novamente.


- Mas o quê?


Draco se acabava de rir. Fred se juntou a Jorge para ajuda-lo com o balaço, afinal, visivelmente algo estava errado. Um balaço não devia focar um único jogador, sua função era tentar derrubar qualquer um!


Com os dois batedores ocupados com Harry, a coisa ficou feia para as artilheiras. Além de não conseguirem acompanhar a Sonserina, tinham que se preocupar em desviar do outro balaço, uma vez que os Weasley não conseguiam ajudar, e o próprio Wood não conseguia barrar os aros com velocidade o bastante.


Logo Lino anunciou que o jogo estava sessenta a zero para a Sonserina.


- PRECISAMOS DE TEMPO! – Fred berrou, rebatendo o balaço novamente. Concordando que estavam com um problema, Olivio sinalizou e Hooch apitou. O time pousou no gramado, Harry e os batedores ainda desviando do balaço.


- O que raios está acontecendo? – Ash resmungou. – Fred, onde estava quando um balaço me impediu de fazer um gol no Flint?


- Impedindo um balaço alterado de matar seu irmão!


- O quê?


- Tem um balaço seguindo o Harry. – Jorge explicou. – O pessoal da Sonserina deve ter feito alguma coisa com ele.


- Impossível. – Olívio argumentou. – Esteve preso na sala da Hooch desde o último treino.


- Possível ou não, está seguindo, não podemos deixa-lo sozinho.


- Mas deviam. – Harry interrompeu.


- Ah, certo, pra que? Pra você levar uma balaçada na cabeça? – Jorge resmungou.


- Não! Escutem, com vocês dois voando ao meu redor desse jeito, eu só vou pegar o pomo se ele entrar voando na minha manga. Eu consigo. Ajudem o time, já está ruim demais com as Nimbus 2001 deles.


- Harry... – Ash resmungou.


- Wood! Diga a eles! – Harry insistiu.


- Bom, se ele diz que dá conta... Façam como ele disse.


- Sinceramente! – Fred reclamou. – Isso é culpa sua, Olivio! “Pegue o pomo ou morra tentando”, que coisa idiota de se dizer!


Mas não havia mais argumentos. A palavra de Harry era a palavra final, e logo o time voltou ao ar, tentando simplesmente impedir a Sonserina de fazer pontos demais. Harry se preocupava em desviar do balaço, e a torcida começara a xingar. Rony e Hermione estavam há lances e lances discutindo se podiam ou não reclamar com o Dumbledore, alegar ilegalidade ou algo do tipo, mas não conseguiam chegar a conclusão nenhuma.


- Vou parar o balaço então! – Rony disse, pegando a varinha.


- Não! – Hermione impediu, segurando a mão do amigo. – Mesmo com uma varinha boa, é perigoso! Pode acertar o Harry!


Enquanto isso, no campo, Ash, Johson e Bell se desdobravam para barrar a Sonserina nos aros, junto a Wood, e Harry ainda tentava desviar do balaço e procurar o pomo.


- Treinando para o balé, Potter? – Draco provocou, ainda se exibindo na vassoura, o que fez Harry olhar para ele.


E então, Harry viu o pomo.


Estava ali, voando bem acima da orelha esquerda do sonserino, e o rapaz nem sequer o ouvia. Harry ficou parado, receoso de que se fosse para cima ou algo do tipo faria o garoto notar o pomo flutuante.


Percebeu rapidamente que parou por tempo demais. Uma pancada e uma dor terrível em seu braço direito indicou que o balaço o acertara, e que certamente o braço estava quebrado.


Nada importava mais. Tinha que pegar o pomo. Se agarrando à vassoura com a mão esquerda, Harry avançou.


Como era de se esperar, Draco se virou e viu o pomo, e logo os dois apostavam corrida. Lino narrava emocionado a jogada, e pelo canto do olho Draco viu que o pai se levantara para ver a jogada.


O loiro engoliu em seco. Sua vassoura era mais rápida. Só o que tinha que fazer era pegar o pomo, só isso... Só isso...


Draco se esqueceu do balaço que seguia Harry. Em uma curva surpresa, Harry fez o balaço mudar de curso, e então, BAM! O barulho de algo se rompendo indicou que o balaço acertara a vassoura de Draco.


Era agora ou nunca. Harry se levantou, ficando de pé sobre o cabo da vassoura com a mão esquerda esticada. Estava voando baixo e ainda tinha mais cinco metros antes do fim do campo. Cinco metros para pegar o pomo. Cinco metros...


Ele se desequilibrou. Só teve tempo de fechar a mão no ar e sentir aliviado o metal frio do pomo contra ela antes de cair no chão.


Madame Hooch apitou. Grifinória ganhara por cento e cinquenta a cento e trinta.


O balaço ainda estava ali, ele veio voando, tentando acertar Harry no chão.


- FINITE! –  uma voz gritou, e Harry se virou a tempo de ver Hermione guardar a varinha. O balaço caíra desativado no chão.


- Brilhante. – Rony comentou, correndo pelo campo atrás da garota. Logo havia o time inteiro da Grifinória atrás de Harry.


- Harry! – Ash gritou. Ia abraça-lo, mas sentiu Olivio a segurar pelo traje de quadribol. Então ela viu o braço dele quebrado.


- Com licença! – ouviu-se uma voz chamando, e Harry sentiu o estômago dar uma volta. Não. Tudo menos Gilderoy.


- O senhor não... – ele murmurou.


- Bobagem, não sabe o que está dizendo. – Lockhart disse, pegando o braço quebrado de Harry.


- Péssima ideia, péssima ideia... – Ash murmurou, tentando chegar até o professor. Mas era tarde.


- Braquio remendo! – Gilderoy fez o feitiço, e no segundo seguinte, segurava o semelhante a uma borracha cor de pele nas mãos.


Ele não consertara os ossos de Harry. Os removera.


- Aaah... – o professor comentou, dobrando a pele nas mãos. Harry sentiu o estômago embrulhar. – Olhe pelo lado bom. Não está mais doendo.


- É claro que não está! – Hagrid, reclamou, pegando Harry no colo. – Não sobrou osso nenhum!


 


...


 


Não houve como não concordar com Madame Pomfrey quando ela reclamou que deviam ter levado Harry diretamente para ela.


- Consertar ossos é fácil, mas fazê-los crescer... – ela comentou.


- A senhora vai conseguir, não vai? – Harry perguntou, a vendo despejar um líquido chamado Esquelece em um copo e estendendo para ele.


- É claro que vou, mas você vai ter uma noite difícil rapaz.


Harry pegou o copo e bebeu. Ou, ao menos, tentou beber. O gosto era horrível, e ele acabou cuspindo tudo de volta.


- Esperava o que? Suco de abóbora? – ela perguntou indo até a cama ao lado, onde Draco estava deitado choramingando insistentemente. Ela fez um aceno com a varinha e o inchaço na mão do garoto desapareceu. – Podem sair, vocês. Ele está ótimo. – Draco olhou enfezado para Harry na outra cama, o restante dos alunos da Sonserina ao redor dele acompanhando o olhar. – Vamos rapaz, libere a cama, ande!


Ainda de cara fechada, ele se levantou.


- Eu podia ter perdido a mão para aquele balaço! – o sonserino comentou, já fora da Ala Hospitalar. – Maldita irresponsabilidade!


Pansy Parkinson, ao lado dele, pegou a mão do garoto como se fosse feita de vidro e começou uma massagem. Draco não reclamou, porque reclamaria? Era bom choramingar para ela se ela fosse fazer aquilo por ele.


Sua felicidade se esvaiu no corredor seguinte. Ele sentiu uma mão o pegar no ombro e o jogar na parede, e logo o rosto extremamente raivoso de Marcos Flint estava em sua frente, berrando.


- EU DEVOLVERIA TODAS AS VASSOURAS, SE QUER SABER, SE VOCÊ SOUBESSE FAZER SEU TRABALHO! A MERDA DO POMO ESTAVA EM CIMA DA SUA ORELHA! EM CIMA!


Draco engoliu em seco. Não tinha como se defender, mas não importava. Ia continuar tentando.


- TENTE VOCÊ PEGAR UM POMO COM UMA MERDA DE BALAÇO SEGUINDO O JOGADOR QUE ESTAVA DO SEU LADO! FOI VOCÊ? ME ATRAPALHOU, SE QUER SABER!


Eles teriam continuado brigando, mas Fred e Jorge Weasley passaram ao lado. Flint crispou os lábios irritado.


- Isso não acabou, Malfoy. Torça para não ser cortado do time no próximo treino. – Flint resmungou.


Fred e Jorge viram Flint deixar o corredor e Malfoy fazer o mesmo com Parkinson, Crabbe, Goyle e Zabini atrás dele, em outra direção. Então entraram na Ala Hospitalar.


- E aí está ele! Bela pegada, Harry! – Fred cumprimentou.


- Flint não está feliz com o Malfoy. Acabamos de vê-lo gritando sobre o pomo estar a centímetros da orelha dele e ele não fazer nada.


- Gostaria de saber como eles alteraram um balaço. – Ash comentou, em seguida trocou um olhar com Harry. Era mais uma coisa para perguntarem a Draco quando estivessem usando a Polissuco.


Nesse momento, Madame Pomfrey apareceu, expulsando os alunos dali. Harry precisava crescer 33 ossos, ela dizia, e não ia ser de ajuda nenhuma ter aquele bando de alunos em volta dele.


E, sob ordem de Pomfrey, Harry decidiu descansar. E ele conseguiu, por horas, até acordar no meio da noite. Seu braço dormia muito, e a princípio ele pensou que havia sido acordado pela dor, até perceber que havia alguém passando uma esponja em sua testa.


- Mas... Dobby! O que está fazendo aqui???


Ele pegou o elfo com o braço bom e o colocou no chão, enxugando a testa.


- Meu senhor Harry Potter não ouviu Dobby... Dobby disse ao senhor para não vir à Hogwarts! Se tivesse desistido quando a barreira fechou...


- Como sabe que... Ah... Foi você!!!


- Não se sangue... Dobby só estava tentando ajudar com a barreira e o balaço...


- O balaço também!


- Dobby ficou tão nervoso que deixou o jantar dos donos queimar! Dobby teve que passar as mãos à ferro, veja... – ele comentou, estendendo os dedos cobertos de ataduras.


- É melhor você não estar aqui quando meus ossos voltarem, Dobby, ou eu vou estrangular você!


- Me desculpe meu senhor, me desculpe... Mas Dobby só quer manda-lo para a casa! Há coisas horríveis planejadas para acontecerem em Hogwarts, horríveis sim! A Câmara Secreta... Eu ouvi meu senhor conversando, e planejando coisas, e... E Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado...


- Espera. Existe mesmo uma Câmara Secreta então! Mas... Não faz sentido, eu não sou nascido trouxa, como posso estar ameaçado? E o que isso tem a ver com Voldemort? Foi ele que abriu a câmara da última vez? Foi ele, não foi?


Dobby soltou um ganido nervoso e agarrou a garrafa de Esquelece na mesa de cabeceira, começando a bater na própria cabeça com ela.


- Dobby, não! – Harry pegou a garrafa, nervoso, e devolveu à mesa.


- Ah! Me desculpe meu senhor, mas Dobby tem que ir!


O elfo estalou os dedos e desapareceu. Harry ainda estava extremamente irritado quando ouviu passos. Só teve tempo de deitar e fingir que estava dormindo antes de ouvir as vozes. Viu pelo canto de olho que alguns professores carregavam uma estátua com eles, que colocaram na cama.


- Mais um ataque. – ele ouviu Dumbledore dizer.


- É da minha casa. Colin Creevey, primeiro ano. – McGonagall comentou.


- O que é isso? – ele ouviu Sprout perguntar. Percebeu que era a câmera fotográfica de Colin. Dumbledore a pegou nas mãos.


- Talvez ele tenha fotografado o atacante. – o diretor considerou, abrindo a tampa da máquina para pegar o filme. Imediatamente o aparelho chiou e soltou fumaça. O filme estava queimado.


- Ah minha nossa! O que significa isso, Alvo?


- Significa que a Câmara Secreta foi de fato reaberta.


- Mas Alvo... Quem?


- A pergunta não é quem, mas sim, como...?


 


...


 


Houve festa na sala comunal da Grifinória para comemorar a vitória. Ninguém pareceu dar falta de Creevey, ocupados que estavam em comer quantos doces conseguiam aguentar e rir da cara da Sonserina. A maioria dos alunos ficou acordada até bem tarde, e demorou muito para que houvesse silêncio na torre.


Nas masmorras da Sonserina, por outro lado, o barulho foi outro. Flint passou horas berrando na cabeça de Draco, até a namorada dele conseguir leva-lo para o dormitório. Como se não bastasse isso, Draco teve o desprazer de ver a cara decepcionada de seu pai nas arquibancadas. E Lúcio nem ao menos fora vê-lo na Ala Hospitalar.


- O que ele quer que eu faça? – Draco reclamou, andando de um lado para o outro. Zabini já fora dormir, e ele estava com Pansy, Crabbe e Goyle na sala comunal.


- Vencer seria um bom começo. – Pansy comentou. – Em qualquer coisa.


- Se eu ao menos descobrisse quem está mexendo com a tal Câmara Secreta! Se eu conseguisse me juntar a quem está fazendo isso ia deixa-lo orgulhoso, sei que ia!


- Você não sabe de nada mesmo? – ela perguntou, mudando de sofá para se sentar ao lado do garoto.


- Não. Não sei.


- Que pena. Eu te digo se souber de algo, tá?


Ele não respondeu. Era bom que descobrisse logo quem era responsável. Não era burro, sabia que seu pai sabia de alguma coisa. Se lembrava de vê-lo fazendo coisas suspeitas casa afora pelas férias inteiras, como daquela vez com Dobby no sótão. Mas ainda assim... Havia algo que parecia não encaixar. E ele precisava descobrir o que. Já.




Tentei colocar um pouco mais de Draco nesse capítulo, porque convenhamos, foi o primeiro jogo de quadribol dele. Ele merecia um pouco de holofote <3


Beijos e abraços


Gaby Amorinha


Nox!

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