O Natal parte I



No dia de Natal todos acordaram felizes. As garotas desejaram Feliz Natal entre elas, e o mesmo fizeram os garotos entre eles. Arrumaram-se e saíram dos dormitórios, e os seis desejaram novamente Feliz Natal. O único que não estava presente novamente era Pedro.


- Logo cedo e o Pedrinho já está comendo – disse Sirius.


- Não sei não Almofadinhas – Remo disse – é muito cedo, e que eu me lembre não ouvi roncos quando chegamos.


- Por isso consegui dormir tão bem – disse Tiago entre risos.


- Será que ele ficou fora com alguma garota? – disse Anna pensativa.


- Finalmente meu garotinho cresceu – brincou Sirius e todos riram.


- É melhor descermos pra tomar café da manhã, já são sete horas – disse Carol.


- Eu ainda tenho que arrumar meu malão – Lily disse.


- Verdade, eu também – Tiago continuou.


- Vamos comer primeiro pra depois pensar nisso, já estou com fome – Sirius disse passando a mão na barriga.


- Vish, baixou o espírito do Pedrinho em você Sirius – Remo disse brincalhão e todos riram novamente. Então foram para o Salão Principal que tinha poucas pessoas. O resto obviamente estava aproveitando mais um pouco o sono por já terem feito as malas. Eles não sabiam se era porque estavam com fome ou os elfos capricharam no café da manha por ser o último café de alguns antes de ingressarem no trem. Tudo estava uma delícia, bem melhor que nos dias normais, tudo que comiam estava dez vezes mais gostoso. Ficaram mais tempo do que pretendiam e então tiveram que arrumar os malões na correria. Quando tudo estava pronto foram até o Hall de Entrada para então entregarem seus pertences para guardá-los. Por fim entrarem no trem quando estava já saindo.


Ele estava bem vazio, obviamente, porque logo que entraram acharam uma cabine vazia, sendo que normalmente andavam até o final do trem para achar. Então entraram nela, os seis. Lily estava de frente para Tiago, sentados na janela, ao lado dela estava Carol e depois Sirius perto da porta, em frente a Sirius estava Remo e do lado de Remo Anna. Começaram a jogar Snap Explosivo, até cansarem, e já estavam na metade do caminho. A outra metade passou tão rapidamente que se surpreenderam quando o trem começou a reduzir a velocidade.


Desembarcaram do trem e foram pegar seus malões. Passaram pela passagem de dois em dois, tomando cuidado com trouxas curiosas. Quando todos passaram foram pra fora da Estação de Kings Cross. Então Lily disse:


- Como vamos chegar até sua casa Tiago?


- São quatro quarteirões pra baixo – ele disse levantando o dedo e apontando pra frente.


- Nossa, que agilidade – Carol disse.


Começaram a andar carregando s malões nas rodinhas. Todos que passavam por eles os olhavam estranhamente por conta de tanta bagagem. Finalmente chegaram à casa dos Potter. Ela era enorme. Tinha paredes brancas e o telhado era pontudo e marrom. Logo na entrada havia a cerca branca que passava por toda a casa. Tinha um jardim à esquerda com outro tipo de cerca. Nela tinha rosas vermelhas, rosas e brancas, orquídeas, lírios e girassóis, todos bem cuidados, e do lado esquerdo a garagem.


- Pensei que os bruxos não sabiam dirigir – Lily ergue a sobrancelha.


- Isso é só pra despistar as trouxas. Meus pais sempre aparatam, fora de casa, é claro. Há vários encantamentos guardando a casa dos Potter. – disse Tiago abrindo a cerca e passando por entre o jardim – Pra entrar na casa dos Potter – continuou a falar – é só colocar as duas mãos no meio da porta, só que somente os três Potters podem fazem isso – sorriu e colocou as mãos bem no meio da porta. Na hora ela fez um “click” e ele a empurrou – não toquem nela, senão um escudo invisível vai surgir e ninguém mais entra. Só meu pai sabe desfazer esse feitiço.


Entraram, então, na casa. O teto era bem alto, logo de cara estavam na sala, havia três grandes sofás pretos de aparência antiga, várias estantes com livros, e algumas mesinhas que tinham pergaminhos e penas.


“Podem entrar e ficar olhando tudo à vontade. Depois escolham um quarto, que é no andar de cima. Dá pra cada um ter um quarto”.


Eles foram andando pela casa toda. Lá embaixo estava a cozinha, uma sala de estar com lareira e um banheiro enorme. Então subiram. Eles contaram dez quartos, contando até do Senhor e Sra. Potter. Casa um entrou em um quarto, ou do lado esquerdo ou do direito, e no fim do corredor o último quarto da direita era de Tiago. Ao lado dele ficou Sirius, que já era acostumado a dormir lá, do lado de Sirius ficou Remo, na frente de Remo a Carol, do lado dela Anna e pra terminar Lily. Todos colocaram seus pertences nos quartos e percebeu que todos tinham uma cama de casal, uma mesinha com luminária ao seu lado, um guarda-roupa antigo na frente da cama, e uma estante do outro lado da cama. E tinha uma sacada que dava bem de frente para o jardim ou a continuação deste. Todos ficaram maravilhados e elogiaram.


- Então, já é sete da noite e a gente precisa comprar as coisas – disse Lily na sala de esta junto com os outros depois que desceram.


- Você sabe cozinha sem magia? – perguntou Tiago duvidando.


- Claro que sei! – Lily ergueu uma sobrancelha – Minha mãe me ensinava nas férias.


- Já estou bem encaminhado nesse quesito. – Tiago disse brincando e Lily corou. Todos riram na hora – Bom, tem um mercado no fim da rua, vamos lá.


- Você tem dinheiro trouxa? – perguntou Remo.


- Tenho sim. Papai guarda nas gavetas – ele foi até uma cômoda, abriu a primeira gaveta, murmurou um feitiço e depois veio trazendo o dinheiro – Quanto tem ai Lily?


- Só eu sei contar dinheiro trouxa? – perguntou indignada.


- Você foi a única a viver com trouxa Lil – disse Anna sorrindo.


- Ok! Tem trezentas libras! Vamos ao mercado logo. – E todos saíram em direção ao mercado. Mesmo em dia de Natal ele estava abeto e não tinha ninguém nele. Entraram e começaram a procurar as coisas. Sirius e Tiago se divertiam com as máscaras que havia a um canto e espadas que brilhavam, e depois de uns três minutos Anna não aguentou e foi se juntar a eles.


- Crianças são assim mesmo! – disse Lily rindo. Então a tarefa ficou para ela, Carol e Remo. Pegaram um carrinho e foram passando em todos os corredores. Pegaram peru, ingredientes para temperá-lo, refrigerante, mesmo aos conselhos de não pegarem (da parte do Remo e Carol é claro), arroz, alface, tomate, azeitonas, presunto, queijo, e finalmente alguns docinhos, entre eles jujubas, gominhas e chocolate. Ao fim da compra passaram no caixa, e deixaram Lily comandar tudo. O dinheiro deu e ainda sobrou. No fim todos estavam lotados de sacolas nos braços. Chegaram a casa e despejaram tudo no balcão.


Lily continuou no comando, falando para todos o que fazerem. Já era dez e meia, e então o peru, que ficou em último, ficou pronto e ela o colocou na mesa. A mesa estava linda. Ela era comprida, e em torno dela cabiam oito pessoas. O peru ficou no centro, ao seu lado direito o arroz, e ao esquerdo a salada e as porções de azeitonas, presunto e queijo. No fim estavam duas velas vermelhas, que mesmo acendidas há muito tempo, não diminuíram de tamanho.


Com tudo pronto começaram a comer. Até beberam refrigerantes e disseram ter quase o mesmo gosto que delícia gasosa. No fim todos elogiaram e agradeceram a Lily por tornar tudo possível. Já era onze e meia quando terminaram de comer, lavaram a louça e limparam a mesa. Os dois últimos itens foram um sacrifício, mas como Lily era quem mandava então todos a obedeceram.


Sentaram-se na sala de estar exaustos e agora comiam os doces.


- Ok! Vamos jogar! – disse Anna animada.


- O quê? – perguntou Remo.


- O jogo da verdade! – disse Anna com voz fantasmagórica para dar ênfase no nome do jogo.


- Ah, não! Não e não! – disse Sirius.


- O quê/ Tem medo de falar seus segredos? – Anna disse erguendo a sobrancelha.


- Não tenho nada a esconder – Sirius cruzou os braços.


- Ótimo! – disse Tiago – como se joga?


- Bom, pegamos uma garrafa, alguém gira, e a pessoa que estiver de frente à ponta da garrafa diz uma verdade que não sabemos depois ela gira e assim continua – Anna disse esfregando as mãos.


- Então vai pegar logo a garrafa – Carol disse sorrindo e Anna se levantou apanhou a garrafa em que antes estava o refrigerante.


- Eu começo – Anna disse.


- Por que você? – Sirius ergueu uma sobrancelha.


- Porque eu que dei a ideia, então cala a boca – Anna disse fazendo todos riram, então girou a garrafa no meio da roda e ela parou na Lily.


- Claro! Por que não eu né? – disse brincalhona. Ela estava sentada ao lado esquerdo de Carol e do direito de Sirius. Depois dele vinha Tiago, remo e terminava na Anna – Ok, uma verdade que não sabem – ela parou por um momento para pensar – ah, no meu terceiro ano eu tirei nota baixa em Transfiguração – todos reviraram os olhos – ah gente, tenho certeza que nunca souberam disso.


- Verdade! Pensei que sempre tinha tirado nota alta. – Carol disse sorrindo.


- Ok! Minha vez de girar – Lily disse e girou a garrafa que parou em Sirius.


- Bom, lembra aquela garota, a Stéphany que você tinha uma quedinha no terceiro ano Pontas? – ele assentiu – Eu a beijei. Bom, na verdade foi ela que me beijou – Tiago o olhou boquiaberto, mas depois deu de ombros – mas isso não vem ao caso – disse esfregando as mãos e rodando a garrafa que parou na Anna.


- Meu primeiro beijo foi com o Sirius – disse rapidamente, e Sirius se surpreendeu.


- Nossa, você sabia o que estava fazendo. Nunca desconfiei – Sirius disse.


- Pois é! Era santa, depois que fiquei com você virei isso – apontou para si mesma e todos riram.


- Eu sempre levo as pessoas pro mau caminho – Sirius disse passando as mãos pelos cabelos. Anna girou e caiu na Carol. Ela respirou fundo e disse:


- Eu já fiquei bêbada! – todos prenderam a respiração e olharam assustados pra ela. Carol que sempre fora meiga e certinha nunca fora de beber.


- Por Merlin, conta Carolzinha! – disse Sirius curioso.


- Bom, foi em casa. Meus pais tinham ido viajar nas férias de verão do fim do quinto ano. Minhas primas foram pra minha casa para não me deixar sozinha. Elas levaram uísque de fogo, várias garrafas, e então começamos a jogar porco, sabe, aquele jogo trouxa, que quem abaixava as cartas por último tinha que beber, e como eu era lerda, sempre perdia, só peguei o jeito no finzinho do jogo. – todos boquiabriram-se com essa história, e Carol corou.


- Vamos jogar isso hein, Anninha? – Sirius disse maroto erguendo a sobrancelha.


- Só em sonho cachorrinho. – Anna bateu na cabeça de Sirius e todos riram. Carol girou a garrafa e caiu em Tiago.


- Eu já ajudei uma garota a trair o namorado e desmenti na cara dela – todos riram e pediram pra contar essa história – Uma garota do quinto ano da Lufa-Lufa, isso foi ano passado, enfim, ela estava namorando só que vivia de olho em mim, e eu sabia que ela tinha namorado, ai ela me pegou desprevenido no corredor à noite e começou a me beijar. Depois o namorado dela ficou sabendo por ela, só que eu desmenti, falando que nunca a vira na vida, então ela ficou como mentirosa na história – todos riram. Então ele girou e caiu em Remo. O garoto respirou fundo e depois ficou sério.


- Eu quase mordi minha mãe – todos os olharam tristes e ficaram em silêncio – eu vou contar. Não, é sério – disse aos protestos negativos – eu não ligo mais.


“Eu era criança ainda, fazia um ano que eu tinha sido mordido. Ela me trancava no porão e selava com magia. Sempre que saía de lá ela me abraçava com os olhos inchados. Teve uma vez que eu me transformei, eu não me lembrei de nada, me contaram no outro dia, enfim, eu achei um buraquinho na parede, então comecei a cavar. Sempre ficava ali me debatendo, e queria sair de lá, consegui sair, e minha mãe percebeu que eu havia escapado, então ela foi tentar me impedir de ir pra vila, e fui avançar nela, joguei-a no chão, só que antes de eu conseguir mordê-la meu pai já tinha me estuporado. Acordei no dia seguinte mais dolorido que nunca”.


Remo terminou de contar com os olhos cheios de lágrimas e um silêncio absoluto na sala, mas que foi quebrado por Sirius.


- Então meu povo, gira pra ver quem é o próximo – Remo sorriu, e ficou satisfeito pelo que o amigo fizera.


Jogaram várias partidas e a cada verdade a coisa se tornava mais divertida e assustadora. Era quase uma da manhã quando Anna disse que ia dormir e Sirius a acompanhou. Carol e Remo seguiram seus exemplos. Novamente Tiago e Lily ficaram sozinhos na sala de estar. Lily já ia se levantando para ir dormir, só que Tiago pediu que ela esperasse. Ele disse que queria mostrar uma coisa no jardim e foram para lá.


 


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Anna estava penteando seus longos cabelos sedosos quando a porta do seu quarto abriu. Era Sirius.


- Que está fazendo morena? – disse sorridente.


- Penteando meu cabelo – se virou pra ele e viu-o revirar os olhos – às vezes é bom fazer isso Sirius – disse apontando para o cabelo do garoto e ambos riram.


- Eu não, pra quê? – disse cruzando os braços e encostando-se ao guarda-roupa.


- Domá-los – ela se levantou da cadeira em que estava sentada, mas foi uma péssima ideia. O garoto quase caíra para trás ao ver o que a garota estava vestindo. Sua blusa era branca e bem apertada com alça fina, e o short batia na dobrinha da bunda. Ela percebera o que ele estava olhando e sorriu.


 


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Carol passou pelo primeiro quarto e viu a porta entreaberta, e de lá vira uma estante bonita. Por curiosidade abriu a porta e se deparou com a biblioteca particular dos Potter. Ficou parada com a boca aberta, olhando todos aqueles livros. Uma voz atrás dela a fez voltar à realidade.


- Nossa! Nunca soube disse – Remo disse sorrindo no que ela se virou surpresa – Eu só te segui – ele sorriu mais ainda e ela corou.


- Perfeita a biblioteca né? Lily que iria gostar – e virou-se de novo para as prateleiras. Ela estava a poucos metros das estantes. Então sentiu uma mão quente segurar sua cintura e se virou deparando com um sorriso lindo.


 


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- Que coisa mais linda Tiago! – Lily disse maravilhada ao olhar o jardim totalmente iluminados. As flores estavam coberta de borboletas que brilhavam, mas não eram vivas. Só eram enfeites trouxas.


- Sabia que iria gostar – disse Tiago sorrindo abobado ao ver os olhos de Lily brilharem como nunca brilharam antes. Então pegou nas duas mãos da garota fazendo-a virar de frente pra ele. Ela sorriu. Ele nunca vira um sorriso tão lindo antes e sorriu de volta, do jeito que a garota gostava.

N/A: Vou postar só esse agora, a segunda parte vai ser mais a noite pra dar tempo de ler e tudo mais. Obrigada pelos novos e antigos leitores, por estarem ainda aqui lendo. Obrigada B.Evans, e sim, está acabando, mas tem a segunda parte, calma; obrigada Luuh Ams pelo comentário, é sempre bom ler isso; e obrigada Liana Bauer, e o paradeiro de Pedro só vai ser falado na segunda parte. Enfim, obrigada por tudo, xox. 

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Comentários (1)

  • Annabeth Lia

    Demais, este natal esta sendo beeeeem especial ein, quero ver Lily e Tiago namorando logo!! ansiosa aqui.. bjs!

    2012-12-25
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