Enfim, Hogwarts.



Espero não decepcionar ninguém, esse quem narra é o Alvo e é apenas contando a chegada dele em Hogwarts, mas o próximo capítulo é narrado por mais gente e tem mais emoções...

Alvo ON

Alvo Severo Potter. É desse jeitinho que dizem meu nome quando me olham, sempre destacando o Potter. "Ele não é filho do famoso Harry Potter, aquele que matou Lord Voldemort a dezenove anos?" Se eu aprendesse um feitiço sempre que ouvisse isso, não precisaria ir a Hogwarts. Meu pai diz que quando tinha nossa idade queria esconder a cicatriz, mas pra isso existia o cabelo. Mas não posso simplesmente mudar minha aparência toda - eu sou a cara do meu pai. Ás vezes queria ser a mistura de mamãe e papai, mas eu simplesmente não posso fazer isso. Ok, eu tenho o melhor pai do mundo: auror, inteligente, famoso, talentoso que matou o maior bruxo das trevas de todos os tempos quando nem Alvo Dumbledore conseguiu. Alvo - esse é o meu nome. Eu me chamo Alvo em homenagem a ele, e Severo em homenagem a Snape, um professor que odiava meu pai - e que ele também odiava. Mas no fim, Severo era mais corajoso do que todos pensavam, e também uma boa pessoa.
   Hoje eu acordei com os olhos ainda pesados. O que iria acontecer daqui pra a frente? Bem, eu vou pra Hogwarts, vou me formar - se eu não for um péssimo aluno - daqui a sete anos, e eu quero trabalhar com algo incrível, como meu pai. Minha mãe havia me chamado. "Alvo, daqui a duas horas vamos levar vocês a Hogwarts!" Gina é o nome de minha mãe, tem cabelos ruivos muito vivos e fala o tempo todo. Tomei meu banho e me arrumei, ignorando os comentários de Lílian ao passar pelo corredor do banheiro: "você parece uma garota, aliás é pior, demora bem mais que eu" e blá blá blá... Depois de me vestir desci as escadas pra tomar café da manhã.
   - Está ancioso, querido? - minha mãe me perguntou sorrindo enquanto colocava na minha frente um prato com panquecas.
   - Sim e não.
   - Não, por quê?
  - Pelos comentários de Tiago sobre os monstros do Hagrid e porque eu sei que todos vão ficar falando "ele é o filho de Harry Potter". 
 
 - Faça como eu fazia: ignore. Você vai achar um amigo em quem confiar - meu pai disse e eu assenti, ele sempre me dá bons conselhos. Mas a verdade é que eu não estava realmente preocupado em ser Alvo Potter por isso, é porque, imagine que eu entro na Sonserina ou na Lufa-Lufa?
   - Melhor irmos logo, já terminou, Alvo, querido? - minha mãe disse igualzinho à Vovó Molly.
   - Terminei, mãe.
   Pegamos os malões e entramos no carro, Tiago estava bem mais calado que o normal, e eu acho que está aprontando, coisa que ele faz o tempo todo. Me pergunto se meu pai aprontava muito na escola, mas considerando o monte de coisas que tio Rony contou que eles fizeram, acho que SIM! Chegando na estação King's Cross, Lílian se juntou a Hugo e eles ficaram discutindo coisas aleatórias sobre Hogwarts. Quando finalmente tivemos que ir embora, meu pai percebeu que eu estava calado.
   - O que foi, Alvo?
   - E se eu ficar na Sonserina?
   - Então a Sonserina estará ganhando um ótimo jovem bruxo.
   - Mas me diga, e se eu ficar?
   - Alvo Severo. Você recebeu o nome de dois diretores de Hogwarts. Um deles era da Sonserina e ele foi o homem mais corajoso que já conheci. Mas se pra você é tão importante, o Chapéu Seletor leva em consideração sua opinião.
   - Mesmo?
   - Levou comigo - ele disse sorrindo e eu fui em direção ao trem. Estava na cabine com Rose, minha prima. Tiago como sempre é importante demais pra ficar com a família na mesma cabine.
   - Alvo, está nervoso?
   - Sim, e muito. Imagine se eu ficar na Sonserina?
   - Papai diz que me proíbe de ficar na Sonserina, mas mamãe me disse que isso é bobeira, porque não importa qual é minha casa desde que eu me esforce.
   - Meu pai disse que o chapéu leva em consideração sua opinião.
   Ela sorriu. Depois de conversarmos muito sobre Hogwarts e o que mais queríamos ver lá, percebi que havíamos saído de Londres. Uma senhora baixa chegou com um carrinho cheio de balas, chocolates e suco de abóbora. Como meu pai fez da primeira vez que veio (tio Rony deu detalhes :D) eu comprei de tudo um pouco, e Rose e eu ficamos lá, apenas comendo. Nos sapos de chocolate, eu já tinha muitos. Aliás, só faltava o Dumbledore. Que por sorte era o dessa vez. Nem li realmente o que havia escrito, guardei a figurinha e comi o sapo. O de Rose simplesmente pulou! Depois de horas em silêncio, finalmente avistamos Hogwarts. Era um castelo enorme com pequenas e grandes torres, muito antigo e magestoso. Logo que avistamos o guarda-caça Hagrid, abrimos um sorriso. Claro, ele estava ali! Nosso amigo, afinal, meu pai e ele sempre foram grandes amigos.
   - Alvo e Rose! Como vão vocês?
   - Ótimos, Hagrid! - Rose respondeu sorrindo e nós abraçamos Hagrid, antes de irmos em direção a um barco, com uma loira um pouco mau-humorada.
   - É sempre assim, um monte de sangue-ruim e mestiço. Sou a única sangue-puro aqui, além de Scorpius? - a loira disse e eu a reconheci como filha de Draco Malfoy - inimigo do meu pai e tio Rony na escola, que chamava tia Mione o tempo todo de sangue-ruim, e que agora é uma boa pessoa. Ninguém se atreveu a respondê-la, apesar de eu ter visto Rose fazer uma cara nada boa, afinal a mãe dela nasceu trouxa. Mas isso não é realmente importante, afinal, minha mãe é "traidora do sangue" por andar com nascidos trouxas e a mãe do meu pai, vovó Lílian (nome de minha irmã :D), nasceu trouxa e meu avó Tiago (nome de meu irmão!) era sangue-puro, e casou-se com ela mesmo assim. Assim como com os pais de Rose. Chegamos no salão principal, o teto imitava a noite e haviam várias velas suspendidas no ar. Levaram os alunos de primeiro ano para uma fila perto de um chapéu realmente velho que estava em um banco. Ela foi chamando os alunos de um por um, e Scorpius ficou na Grifinória (ele sorriu ao ouvir o chapéu anunciar!) e aquela garota chata, que se chamava Alissa, ficou na Lufa-Lufa - pra quem não é corajoso, inteligente nem "digno de estudar magia".
   - Rose Weasley - muitos murmúrios, Weasley, é claro, Rony, aquele que quebrou o medalhão, que jogou xadrez pra salvar os amigos no episódio com a Pedra Filosofal e etc. Grifinória! E logo...
   - Alvo Potter - A profa. Minerva disse e sorriu ao me ver (espero que isso seja bom). Logo ela colocou o chapéu em minha cabeça e eu fechei os olhos, tentando limpar a mente de todas as ansiedades.
   - Com calma, aí. Potter? Seu irmão Tiago era um pouco difícil, ele podia ficar na Sonserina com uma mente tão travessa... Mas mentes travessas passaram pela Grifinória. Seu pai foi difícil também, Sonserina teria sido bom, mas ele quis Grifinória... E você não quer Sonserina, não é? Pois bem, GRFINÓRIA!
   Sorri e me juntei a Scorpius.
   - Parabéns! - ele disse apertando minha mão.
   - Você gostou de ter ficado aqui, na Grifinória?
   - Meu pai disse que se eu quisesse ser um Sonserino nojento como ele foi, eu ficaria à vontade, mas que se eu quisesse ser digno, eu poderia ser um bom Sonserino... Ou um corajoso Grifinório. E ele me contou sobre seu pai.
   - Ah, meu pai.
   Depois do jantar, que foi muito farto, os monitores nos levaram até as escadas, que mudavam o tempo todo, era incrível. O dormitório da Grifinória era guardado por uma senhora muito gorda. Claro, a Senhora Gorda.
   - Senha? - ela perguntou ao monitor.
   - Pena de fênix - o monitor respondeu. Pena de Fênix é o que contêm a varinha do meu pai, e do Lord Voldemort. Bem... ele morreu e a varinha se partiu, então... Entramos no dormitório. A sala comunal tinha uma lareira acesa e várias poltronas. Uma mesa a um canto e duas escadas.
   - O direito é o dormitório dos meninos, e o esquerdo, das meninas - o monitor avisou e nós fomos em direção ao dormitório masculino, onde fiquei com Scorpius, alguém chamado Tom (?) e alguém chamado Jason. Dormi rápido, afinal, hoje foi um dia realmente cheio.
   "Enfim, Hogwarts", pensei. 

Esse cap chegou ao fim, espero que gostem! :D 

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