Capítulo 03



Cap. 03 – Flashback: A Vida de Ginevra Potter! Part. III


 


Após passar alguns dias na casa de seus tios, Gina teve um sonho, onde visualizava lugares específicos. Um vulcão no Havaí. O topo do Monte Everest. O fundo de uma geleira no Ártico. O deserto do Saara. Em cada ponto desses, uma luz chamava Gina, era como se a ruiva necessitasse ir até ali.


Como a ruiva sempre seguiu seus instintos, munida de uma mochila foi até o Monte Everest usando sua magia de maga. Com cuidado, passou a sobrevoar o monte com sua vassoura, tomando cuidado com as correntes de ar e com a rarefação do ar quanto mais subia. No topo, encontrou o que tanto lhe chamava. Uma pedra brilhava com uma luz amarela e continha escritos numa língua antiga, facilmente compreendida por Gina. Após terminar de ler, a pedra brilhou mais fortemente e liberou duas adagas. Uma feita de ouro branco e prata pura, com o punho cravejado de diamantes. A outra era de ouro puro, com o punho cravejado de topázios amarelos.


Fascinada, Gina guardou as duas adagas na mochila. Algo lhe mandou ali para recuperar aquelas armas. Pegou sua mochila e a vassoura e seguiu para o deserto do Saara.


Enquanto andava naquele calor todo, seguia seu instinto. Sentia que estava cada vez mais perto até que se deparou com uma areia movediça no local aonde sentia que deveria estar. Sem pensar muito, mergulhou de cabeça no centro da areia e, ao contnorário do que esperava, caiu numa espécie de túnel subterrâneo. Ao caminhar por ele, encontrou outra pedra, com o mesmo tipo de linguagem, mas dessa vez, com um brilho verde. Assim como no Monte, ao terminar de recitar as palavras escritas na pedra, a mesma liberou uma espada de prata, com o cabo cravejado de belas esmeraldas, tão brilhantes quanto os olhos da jovem ruiva.


Com a espada em mãos, seguiu, agora, para o Ártico. Assim que pisou na geleira, fez sobre si um feitiço para mantê-la quente. Caminhou até ver a luz azul em seus pés, lugar que deveria mergulhar para encontrar a próxima pedra.


Com um estalar de dedos, fez uma parte do gelo derreter, para assim poder mergulhar. Com o feitiço cabeça de bolha feito e a mochila devidamente protegida na margem, a ruiva mergulhou na água congelada. Ao fundo, avistou uma pedra, que assim que leu sua inscrição, liberou um belo conjunto de arco e flecha. O arco era muito bem trabalhado e tinha safiras em sua volta. As flechas eram de prata com safiras cravejadas nos cabos. Lindos.


Por fim, foi até seu último destino. O vulcão no Havaí. Ali seria seu maior desafio, já que provavelmente a última pedra estaria dentro do vulcão.


Dito e feito, assim que pôs os pés no vulcão mais alto da ilha, encontrou um brilho vermelho vindo de dentro da montanha. Com a ajuda de sua vassoura, mergulhou no grande buraco que expelia lava. Após proferir as palavras da pedra, esta liberou uma espada que Gina já conhecia. Era feita de ouro com prata, punho cravejado de rubis e com a inscrição de seu dono, Godric Gryffindor próximo ao cabo.


Após isso, voltou para casa. Durante dias, a ruiva trabalhou em suporte para as armas, para que elas sempre pudessem estar em suas mãos quando necessário. Além de besunta-las com bastante concentrado de wolfsbane e um concentrado para repelir e ferir vampiros.


Era uma bela manhã quando Gina saiu da casa dos seus tios, indo até um parque abandonado. Ainda não passava das seis da manhã quando ela entrou no Nôitebus Andante com uma mochila vermelha enfeitiçada. Seu destino? Godric’s Hollow.


Assim que chegou ao povoado, ela se informou com um comerciante que começava a abrir sua loja, onde ficava o cemitério mágico da cidade, já que aquele era um dos únicos lugres no mundo aonde bruxos e seres não mágicos conviviam em harmonia, sabendo da existência da magia.


O comerciante, ao vê-la, soube que era a pequena Potter, filha de Tiago e Lilian, que depois de 14 anos, retornava ao seu lar. Imediatamente lhe falou onde seus pais foram enterrados, além de mostrar onde era sua antiga casa. Com um sorriso fraco, ela seguiu para o cemitério. Mas antes, ela comprou uma coroa de flores e um buquê de lírios, as flores de sua mãe.


Sentou-se em frente dos túmulos, a coroa no de Tiago e o buquê no de Lily. Ali contou que seus tios e primo, parentes da mãe, a odiavam, assim como qualquer tipo de magia. Contou que tinha quatro melhores amigos, sendo um deles seu namorado. Falou sobre algumas de suas aventuras, sem entrar em detalhes. Contou sobre o julgamento de Sirius, nesses dias que viriam. Falou da volta de Tom, que achava que era herdeira de um dos fundadores e que tinha medo da guerra que surgiria. Despediu-se dizendo: “Queria que estivessem aqui para que eu, pelo menos, pudesse ter alguém que me amasse e me ensinasse a amar. Amo vocês!”.


Seguiu para sua casa, após informar-se novamente. Ali dentro, era como se os problemas não existissem, apenas o amor. Seguindo sua intuição, ela foi em direção ao escritório, onde conheceu Gryffin e os fundadores. Após conhecê-los e conversar sobre suas suspeitas, Gina descobriu-se maior de idade perante a magia, ocultado que na verdade, ela era uma maga dimensional desde seis anos de idade.


No dia do julgamento, quando pediram para ela testemunhar, ela pegou sua memória do torneio e a modificou com sua magia de maga, sendo impossível de ver a diferença entre ser falsa ou verdadeira. A memória que mostrou para a inocência de Sirius, nem chegava perto do que realmente aconteceu.


Ela levou a varinha à têmpora e após estar com a lembrança em mãos, fez um feitiço, onde todos do tribunal foram levados ao labirinto, no exato momento em que Gina tocava e taça e junto com ela, todos foram levados ao cemitério, onde viram a garota pegar a varinha, ao mesmo tempo em que Rabicho aparecia, lhe lançava um feitiço pelas costas e a prendia numa estatua, acima do tumulo de Tom Riddle pai. Viram Rabicho cortar a pele de seu braço esquerdo, fazendo a sangue escorrer para dentro de um caldeirão, depois virão Voldemort aparecer, convocar seus seguidores, falar com eles, torturar Gina com o Cruciatus – mas ela aguentou, não emitiu um só grito, nem lágrimas -, o viram ordenar que Rabicho a soltasse e lhe devolve-se a varinha.


– Creio que sabe duelar, não Gina? Dumbledore deve ter lhe ensinado, creio eu. – falou Voldemort.


– Então não foi Sirius Black que traiu meus pais, e sim Pedro Pettigrew? – perguntou a garota, já sabendo a resposta.


– Mas é claro, sua tolinha. Black jamais trairia a sangue ruim de sua mãe e nem o amante de trouxas de seu pai. Mas chega de conversa fiada e vamos ao que interessa. Crucio! – e lançou novamente a maldição, mas Gina conseguiu desviar.


– Que foi Tom? Perdeu a mira Voldinho? – debochou a garota.


– Ora, menina insolente, tenha mais respeito com o maior bruxo de todos os tempos! – falou Voldemort e continuou lhe lançando feitiços, mas Gina conseguia desviar de todos.


– Não sabia que Dumbledore estava aqui, Voldie. Ele é que é o maior bruxo de todos. Você é só um mestiço que se acha o tal e se auto domina Lord, Tom. – disse a garota, irritando ainda mais o bruxo. Alguns comensais iam avançar contra a menina, mas Tom os impediu.


– Não, ela é minha. Irá se arrepender de tudo que disse sua garota insolente. – disse, e parou de ataca-la.


– Ora já se cansou Voldie? Eu sei que a companhia está agradável e o local é maravilhoso, mas sabe? Tenho gente me esperando lá na escola e já estou aqui faz tempo, então, Expulso Máxima! Accio Taça! – disse a garota, e antes de pular e pegar a taça, disse – Tchauzinho cara-de-cobra.


- Porque ela modificou a lembrança?- perguntou Mione.


- Ela não queira chamar atenção pelos seus poderes e nem preocupar ninguém. – disse Gab.


Gina caminhava pela praia de seu mundo em direção a sua casa, onde se encontrou com Griff próximo a bancada de poções. Ali, dois caldeirões fumegavam ao lado de um microscópio e alguns livros de genética.


- Oi Gry. – disse a ruivinha ao seu fiel amigo.


- Bom dia Gina. – disse Gryff à garota. – Veio ver as poções que não sei para que sirvam?


- Também. – disse Gina olhando suas anotações e as poções. – Vim ver como anda a plantação de wolfsbane e de alho, logo Tom recrutará vampiros e lobisomens.


- Vai me dizer para que são essas poções? Não as conheço. – disse Gry.


- Bem, se as conhecesse me surpreenderia. – disse Gina mexendo uma das poções. – É, talvez, a cura para a licantropia e o vampirismo.


- Você está brincando? – disse Gry surpreso.


- Não, bom eu espero que dê certo. – disse Gina. – Afinal, eu não estudei genética à toa, assim como não consegui amostra de DNA de um lobisomem transformado e de um vampiro sem nenhum motivo.


- Esse é o motivo de todos os três anos de estudo? – disse Gryff.


- Basicamente, também venho estudando como eu sobrevivi ao Avada, se eu pudesse reproduzir esse efeito... – disse Gina pensativa.


- Você vai conseguir. – disse Gryff com um sorriso.


- Assim espero. – disse Gina e foi para sua plantação. – Bom, melhor eu ir, tenho um namorado e amigos me aguardando.


- Vai lá garota, mas não se esqueça de mim. – disse Gryff com um sorriso.


- Nunca Gryffinho. – disse Gina e sumiu no portal.


Foi então que chegaram num momento divertido para muitos, a primeira aula de Duelos com Sirius. Depois de toda aquela baboseira sobre a aula e o porquê dela, Sirius chamou a afilhada para uma demonstração. Todos sabiam que o maroto era ótimo duelista, mas a ruivinha surpreendeu até demais. Depois do duelo e da conversa com os professores, a ruiva seguiu para seu quarto, onde, após ver que ninguém mais estava acordado no castelo, saltou da janela e se dirigiu para a floresta.


Assim que adentrou aqueles terrenos, a ruiva se transformou numa gueparda vermelha, mas logo mudou para preto. Enquanto corria por ali, atrás dos centauros, aproveitava para decorar cada canto da floresta. Quando enfim chegou à aldeia, voltou a sua forma normal.


- Boa noite Ronan. – cumprimentou Gina com uma reverência.


- Boa noite Herdeira. – disse o centauro correspondendo a reverencia. – O Ancião lhe aguarda dentro da cabana.


- Obrigado. – disse Gina se dirigindo para a tenda, onde o velho centauro a aguardava com um pouco de chá. – Ancião.


- Olá Ginevra. – disse o bom centauro. – Aceita uma xícara de chá enquanto conversamos?


- Por favor. – disse Gina. – Sobre o que deseja me falar?


- Acredito que saiba que é a Herdeira de Hogwarts... – começou o centauro ao que ela concordou. – Pois bem, ao completar dezessete anos, sobre a luz da Lua Cheia, você deverá refazer a barreira milenar.


- Mas como faço isso? – perguntou a ruiva.


- Quando chegar a hora, você saberá.


Foi então que chegou o tão temido dia para Harry. Gina foi chamada na sala do diretor, onde o mesmo a colocou a par dos acontecimentos. Valter Dursley fora morto por comensais da morte em busca de informações sobre Gina. Após a pequena conversa com o Ancião, onde nada fez sentido para os telespectadores, eles formam levados para a sala dos fundadores, para ouvirem o desabafo da pequena para seu namorado.


– Gi, amor, você está bem?


– Não sei mais se estou bem ou não Harry. Meu tio foi morto para conseguirem informações sobre mim. O Ancião dos centauros me chama para uma conversa, onde descubro que passarei por muitas coisas ainda e que Tom deverá atacar até Novembro. Tenho um maníaco à solta que quer por que quer me matar e usará de todos os meios para me atingir e me fazer querer me entregar. Tenho que treinar meus poderes, tenho que treinar no Quadribol, fazer lições e ainda dar conta de todas as coisas normais de uma bruxa. É muita coisa para uma pessoa só, mas não posso deixar de treinar, se não os poderes me consomem. Não deixarei o Quadribol por que voando deixa-me mais livre, mais calma. As lições e as tarefas consigo dar um jeito e fazer rapidinho, pois escrevo rápido e leio rápido também. Mas é muita coisa. Sem falar que tenho quase certeza que as pessoas me veem como a salvação para o mundo, aquela que deve destruir Tom. Todos veem a mim sempre que tem algum problema, mas eu também tenho os meus. Não estou falando que não vou mais escutar e ajudar as pessoas, mas às vezes eu quero um pouco de paz. Eu sou a fortaleza de muita gente, mas quem é a minha fortaleza? Acho que esquecem que eu tenho apenas quinze anos.


– Amor, eu te entendo. Você também é humana. Você precisa descansar, relaxar e se divertir. E ultimamente você está sobrecarregada. Só que você deve parar de guardar tudo isso só para você. Você tem seus padrinhos, o tio Aluado, as meninas, os meninos, minha família, principalmente meus irmãos que te protegem com unhas e dentes, e você tem a mim. Sempre que você precisar, você pode contar comigo. Pare de guardar tudo para você. Não sei o que você passou na casa dos sues tios, e sei que você ainda não está preparada para contar. Mas quero que você saiba que você não está mais sozinha, e nunca mais vai estar. Você é uma garota doce, divertida, determinada e super cativante. Independente de onde você esteja você conquista as pessoas. Você não ficará sozinha nunca e apesar de Tom sempre tentar nos separa, ele não vai conseguir não fará que a gente te deixe só, ouviu? - disse o garoto a abraçando forte, deixando que ela desabafasse.


– Eu não estou aguentando mais, Harry. Mais não quero perder vocês. Ele sabe que para me atingir, é só atacar um de vocês que eu perco meu chão. Até já pensei em me afastar e deixar de me comunicar com as pessoas. Mas só a ideia de deixar vocês, de não ficar perto de você e não os ter por perto, eu fico sem saber o que fazer. - disse a garota, deixando tudo o que estava entalado na garganta sair, nem percebeu mais estava chorando, coisa que nunca tinha feito. - Quando estava em Godric's Hollow, vi que meus pais ainda nem tinham jantado, fiquei imaginado o que seria a vida deles, a de todos que perderam algo na primeira ascensão de Tom e depois nos que vão perder agora, se eu não tivesse nascido. Fiquei pensando o que ocorreria se Tom não existisse. Mas parei de pensar nessas coisas, pois foi pensando nisso que quase entrei em depressão. Aos poucos fui mudando meu ponto de vista. Não posso ficar pensando no que poderia ter sido. Tenho que deixar o passado para trás e focar no presente. Mas às vezes, o passado vem com tudo e não me deixa seguir em frente. - disse a garota se abraçando ainda mais forte ao namorado.


Depois do desabafo, os dois caíram num sono tranquilo, pelo menos por enquanto, enquanto suas mentes e seus corpos relaxavam sobre o amor que um tinha pelo outro.


Logo foram jogados para a volta a Hogwarts, depois do recesso de Natal e Ano Novo. Após receber um patrono de Dumbledore mandando os Weasley, marotos e as crianças voltarem urgentemente para o castelo. Gina, que havia sido a última a ir, teve uma desagradável surpresa ao chegar. Voldemort estava em Hogwarts, quase no poder desta, com professores e amigos da ruiva como refém. Ao invés de fugir e buscar ajuda, ela os enfrentou com estilo.


– Finalmente! A nossa convidada de honra chegou! Não devia ter nos feito esperar tanto, Potter! – disse Riddle.


– Vejam só, aqui temos cãezinhos sem adestramentos, demônios malvados, lambe-botas inúteis e o babaca maior, o titio Voldie. – disse Gina zoando com eles, e os deixando ainda mais furiosos. – To morrendo de meda! – disse empunhando a varinha. Mais assim que fez isso, Tom a convocou para si. – Não devia ter feito isso, Voldie! Acha mesmo que pode me parar apenas me desarmando?


– Veremos o que os dementadores fazem com você! – disse Tom, ordenando que os dementadores atacassem a ruiva.


Antes mesmo de chegarem perto, foram destruídos pelo Expecto Patrono Múltiplos da garota. – Strike um! – disse Gina para irrita-los ainda mais. – Depois foi a vez dos lobisomens, mais Gina apenas conjurou algo de pata, sabe se lá de onde, e transformou em gaiola para os cãezinhos sem adestramento. – Strike dois! Quer mesmo continuar Tom?


– Ora sua... Você pegou meus dementadores e meus lobisomens, admito que ficou bem forte. Mais nem mesmo você pode com mais de vinte comensais, não sozinha. – disse o Lord.


– E quem disse isso? – perguntou no mesmo momento que os comensais começaram a atacar. Todos puderam ver algo que nunca viram no rosto da doce Gina Weasley, viram ódio, raiva e poder.


A partir daquele momento, todos prometeram a dar mais ouvido a Ginevra Potter, por que derrotar sozinha mais de vinte comensais, e um exército de lobisomens e dementadores em menos de uma hora, não é para qualquer um. Vendo a cara surpresa dos prisioneiros e de Tom, disse:


– Acharam que eu faço o que durante os meus treinos? – e fazendo a cara e voz mais sarcástica do mundo, completou – Tricoto?


E após certo tempo, desacordou e desarmou os últimos comensais, ao virar-se, encontrou um Tom Riddle furioso, espumando raiva.


– Como pode uma garota fazer isso? Estou cercado de inúteis que não conseguem nem derrotar uma colegial! – revoltou-se Riddle.


– Abaixa a crina ai, cara de cobra. – disse zombeteira. – Está se esquecendo de um pequeno detalhe, eu não sou uma colegial normal.


Ele começou a atacar de tudo quanto é jeito e em todas as direções. Gina fora obrigada a fazer um feitiço protetor em si, para poder proteger a escola, a floresta e os prisioneiros, mais assim que terminou o feitiço, seu escudo se quebrou e ela voou longe. Mais rapidamente se levantou. O que se viu foi uma troca de golpes e feitiços que deixariam qualquer mago ou bruxo normal no chinelo. Eles nunca tinham pensado que a delicada e doce Gininha pudesse se tornar tão selvagem e tão agressiva.


Tom, ao perceber que estava enfraquecendo usou um de seus novos truques, a Estrela Negra de Drake, ou só Estrela Negra. O feitiço consiste em fazer um círculo e dentro uma estrela, com as pontas tocando no círculo, cada uma representando uma parte das Trevas: Dor, Ódio, Raiva, Vingança e Trevas. Gina ainda tentou se defender e esquivar, mais fora pega de raspão. A última coisa que se lembra, é de ver Tom sumindo junto do seu exército de comensais e lobisomens, de ter convocado sua varinha e libertado todos, depois caiu na escuridão.


- Eu não acredito! – disseram todos.


- Já nessa época ela duelava assim? – perguntou uma Marie surpresa. – Ela só tinha 15 anos.


- E que raio de feitiço é esse?! – perguntou Fred.


- Porque para deixar a Gi inconsciente tem que ser forte. – completou Jorge.


- É conhecido como Estrela Negra de Drake, ou só Estrela Negra. – disse Gryff.


- E isso quer dizer...? – perguntaram.


- Há muito tempo atrás, existia dois grandes magos, dois irmãos gêmeos. Drake e Merlin. Enquanto Merlin era pacifico e utilizador de magia branca, Drake era o oposto. Merlin jurou fazer justiça, mesmo que tivesse que matar seu irmão. Merlin e Drake se confrontarem milhares e milhares de vezes, aperfeiçoaram suas mágicas e criaram seus feitiços. Então Drake a criou, a Estrela Negra. Um poderoso feitiço que junta as piores sensações, sensações que só bruxos negros podem conjurar Dor, Ódio, Raiva, Vingança e Trevas. Cada ponta da estrela é uma sensação. Em contrapartida, Merlin criou sua própria estrela também, a Estrela Branca. Cada ponta é uma energia branca, Ar, Terra, Água, Fogo e a própria Luz. É a única coisa capaz de combater a Estrela Negra. – recitou Harry, do mesmo jeito que a amada havia dito na outra vida. – A Estrela Negra é fatal e, assim como o Avada, Gina foi a única sobrevivente.


Assim que saiu da enfermaria, Gina foi direto conversa com Gryff, que também não fazia ideia de como ela sobreviveu. Confusa, a ruiva voltou para a companhia dos amigos para por em ordem os deveres perdidos.


Após estar em Hogwarts, depois de uns dias, numa de suas visitas matinais a suas pesquisas, Gina ficou eufórica. Rapidamente juntou o material e levou para a sala dos fundadores, na ala de treinamento de Salazar, a sala de poções.


Ali, passou boa parte do dia, saindo apena para assistir as aulas, apesar de nem prestar atenção nas mesmas. A cada teste que fazia nas poções, seu sorriso aumentava. Ela não podia acreditar que depois de tanto tempo de estudo e pesquisa, a poção estava pronta.


Depois da pequena reunião com os amigos e professores de Hogwarts, Gina foi para a aldeia dos centauros. O Ancião havia lhe contado que um grupo de lobisomens, vampiros e alguns seres humanos, com habilidades especiais, se dedicavam a lutar com os amaldiçoados que serviam as trevas. Após contar seu feito para o Ancião, o mesmo lhe colocou em contato com Donna e Willian, os responsáveis pela liderança dos Caçadores.


A noite voou durante a conversa de Gina com os Caçadores. A ruiva ficou de fazer a poção para aqueles que desejassem, além dos Caçadores poderem utilizaram em seus presos. Ali se iniciou o primeiro contato entre bruxos e Caçadores, mas eles apenas não odiavam Gina, ainda não a tinham como uma líder.


Logo a ruiva voltou para o castelo, pensativa, com muitas coisas em sua cabeça, entre elas uma conversa que tiveram com o Ancião antes de entrar em contato com os Caçadores. Mal viu o namorado a sua espera, se não fosse o mesmo a lhe chamar.


Com o passar dos dias, Gina parou de falar e andar com os amigos, deixou de visitar os marotos também. Ela odiava que a subestimassem, lhe seguissem e esses tipos de coisa, ainda mais vindo de pessoas que ela confiava. Até o Ancião e Lua ela parou de visitar. Ás vezes ia até sua ilha e ficava sentada na areia vendo o mar, mas nem com o Gryff conversava.


- Então foi por isso. – disse Gry para si mesmo – Vocês são muito idiotas.


- Hey! – disseram.


- Isso aconteceu em outra vida. – disse Neville.


- Mas mesmo assim magoou minha pequena. – disse Gryff pondo fim na conversa.


Foi só quando os gêmeos, Gui e Carinhos vieram para Hogwarts assistir o primeiro jogo da temporada e souberam do ocorrido, que Gina deu o primeiro sorriso verdadeiro desde a briga com todos. Apenas os quatro ficaram do seu lado.


Mas foi apenas no baile de Máscaras que teve, que as coisas mudaram. Enquanto a ruiva se arrumava, ela conversa com Gry.


- Ainda quero saber o que aconteceu Ginevra Potter. – disse o grifo bravo.


- Nada que precise se preocupar Gry. – disse Gina estalando os dedos, fazendo sua roupa mudar para o vestido vermelho que havia comprado.


- Gina. . . – disse o grifo tentando arrancar informações da garota.


- Sério, não se preocupe. – disse Gina arrumando seu cabelo, olhos e colocando os acessórios e o sapato. – Que tal?


- Linda como sempre Gina. – disse Gryff. – Seus pais estariam orgulhosos, assim como Merlin, Mirian, Joshua e Gryffindor.


- Obrigado por estar sempre comigo Gry. – disse Gina pegando sua máscara. – Não sabe o quão bem me faz Gryff.


- Sempre estarei contigo pequena. – disse Gry.


- Já não mais pequena Gry, tenho dezesseis anos. – disse Gina com um bico fofinho.


- Sempre será minha pequena, agora vá se divertir um pouco. – disse Gryff. – Esqueça-se dos problemas por essa noite.


- Pode deixar. – disse Gina sorrindo ao pôr a máscara.


Após o baile e a pequena reunião na sala do diretor, onde Gina se deixou levar pelo momento, a ruiva saiu bufando e dizendo para si mesma que depois de tudo, as pessoas mais importantes para ela não acreditavam e confiavam nela. Foi todo o caminho para a Câmara Secreta, onde deixou sua magia estravar sua frustação, ao seu jeito. Logo vários cortes se espalhavam pelo vestido de Gina.


É claro que isso tudo só ocorreu depois de Gina ter deixado um presentinho para os que ficaram na sala do diretor. Um feitiço para compartilhar mentes, uma obra dela própria, apesar de não saber para quê aquilo lhe serviria. Após se curar e tirar o sangue do vestido com alguns estalares de dedos, a ruiva chamou Fawkes e mandou a charada para retirar o feitiço, além de uma surpresinha para o Ranhoso Seboso. Depois, com a água dali, recriou a janela do diretor, assistindo tudo de camarote. Quando viu que o feitiço no Snape deu certo, ela voltou calmamente para a Torre, esbarrando em Harry, sem querer.


O moreno, então, a levou para a Sala Precisa, onde todos os NM se encontravam. Após todos os pedidos de desculpas e uma simples guerra de travesseiros, os amigos caíram no sono e Gina foi para os jardins, onde encontrou os Marotos.


Para o baile do Ano Novo Medieval, Gina levou desenhos dos vestidos das meninas numa loja no centro de Londres. Já o seu, aproveitou um dos vestidos que usara na época em que viveu com Mirian. Só precisou aumenta-lo um pouco, nada demais.


Na hora de arrumar as amigas, Gina pegou um pouco da erva que costumava trançar no cabelo em sua ilha e as ajudou a se vestir e fazer as tranças. Para as meninas, suas varinhas foram transformadas em arco e flechas, combinando com os vestidos. Os meninos, em trajes usuais da época, tiveram suas varinhas transformadas em espadas.


Depois de ajudar todos a se vestirem para o baile, a ruiva foi para sua ilha, onde colocou o vestido vermelho e dourado. De volta para seu quarto, rapidamente fez sua usual trança-tiara, colocou sua inseparável sapatilha, embainhou as espadas, escondendo a de esmeradas de Salazar, colocou as adagas nas pernas e o arco com a alvejada de flechas, nas costas. Logo, estava levando os amigos para Hogwarts.


Porém, a felicidade do baile foi cortada pela marca negra no céu de Hogwarts. Rapidamente os professores mandaram os monitores levarem todos para dentro do castelo, restando os professores mais aptos a duelos e, bem, Gina.


- Porque sempre ela tem que estar envolvida? – perguntou Lily, retoricamente.


- Por que ela acha que a guerra é culpa dela. – disse Gryff. – Como sempre lhe culpavam por qualquer coisa quando criança, ela acha que qualquer problema é culpa dela.


- Mas não é culpa dela! – disseram as gêmeas.


- Ela tem que parar de se culpar por tudo. – disse Mione.


- Ela está melhorando. – disse Marine sem olhar para ninguém. – Ela não se culpa tanto, mas ainda quer dar um futuro melhor para aqueles que lhe são importantes. Principalmente para a Lu e os gêmeos.


Vieram comensais, lobisomens e dementadores. Os sugadores da felicidade não duraram nem cinco minutos com o Patrono Múltiplo de Gina, um patrono quase sólido. Logo, a ruiva separou lobisomens e ela dos comensais e professores.  Com as flechas e a espadas, atacava os amaldiçoados da Lua e, por suas armas estarem banhadas na poção que acaba com a licantropia, um arranhão e o licantropo cai no chão gemendo de dor, cancelando a maldição.


Depois de cuidar dos lobisomens, a ruiva ajudou os professores com os comensais e, quando todos estavam no chão, ela ficou de leva-los ao Ministro.


A ruiva aparatou na sala do Ministro, onde teve uma conversinha básica com ele e, alterou a memória dele, para que pensasse que os lobisomens estavam ali no meio dos comensais. Após isso, ela foi ao Ancião e, novamente, teve uma conversa com os Caçadores. Dessa vez, a ruiva perguntava se eles não prefeririam ficar com os ex-lobisomens, o que eles concordaram. Logo, marcaram de se encontrar no EUA, num lugar próximo a Fortaleza deles. Após entregar os prisioneiros e agradecer os novos “aliados”, a ruiva foi direto para seu quarto.


Como o fato que a ruiva daria aula de espadas era um segredo, assim que foi revelado para os alunos, Harry, Gab, Dan e Ron resolveram se “vingar” da baixinha. Uma corrida pelo castelo seguido de muitas risadas.


Com o passar do tempo, virou rotina para Gina presenciar reuniões de comensais, além frustrar planos de Voldemort, graças à ligação entre suas mentes. Isso, somado a aulas, treino de Quadribol, treinos de magia, aulas de espadas e etc., estava matando a ruiva de cansaço.


Certo dia, após estudar com os amigos na sala precisa, a ruiva foi para a Floresta, onde conversou com o Ancião por um bom tempo. Passou o resto da sexta, o sábado e o domingo ali, sozinha olhando para o céu, colocando as coisas em ordem em sua cabeça. Ao voltar para o castelo, teve um encontro indesejável com as acromântulas que ali viviam e acabou se ferindo.


No final de semana seguinte, a ruiva foi fazer as tão esperadas espadas dos alunos. Assim que conseguiu a autorização de Dumbledore, foi para sua ilha, onde ficou o tempo todo no vulcão, fazendo as espadas com prata e ouro branco. Depois, foi só fazer os cabos cravejados com algumas pedras, que mudariam para o estilo da pessoa escolhida.


Após deixar tudo pronto, Gina aproveitou para passar um tempinho ali, descansando. Logo após restaurar suas energias, foi para a mansão Potter, precisava pegar umas coisas ali. Acabou que no final, a ruiva passou o resto do final de semana mexendo nas coisas dos pais e ajeitando tudo para poder viajar assim que acabasse as provas, quanto mais rápido iniciasse sua missão, mais rápido a guerra acabava. Foi quando recebeu um patrono de Sirius. Hogwarts estava sendo atacada, Snape era e sempre foi um comensal.


Sem pensar duas vezes, a ruiva colocou uma capa branca por cima da leggin e regata branca, com uma saia e o desenho de dragão na regata dourada. Sua roupa padrão de Maga. Armada com seu arco, espadas e adagas, além de uma alvejada infinita de flechas, aparatou para Hogwarts, já mandando seu patrono destruir os dementadores.


Não hesitou ao mandar uma combinação de feitiços que espanou os vampiros. Para acabar com os gigantes, ela se transformou numa dragonesa, abriu um portal dimensional para uma dimensão de gigantes e os jogou lá, voltando ao normal ao lado de seus padrinhos.


Logo o ataque começou e cada comensal que aparecia na frente de Gina era desacordado por simples feitiços, dito em outra língua. E, para a surpresa de muitos, ela lutava sem varinha, estava sem cabeça para se lembrar desse pequeno detalhe. Quando todos os professores foram encurralados e torturados, Gina fez a espada de Godric surgir em sua mão e, ao finca-la no chão, fazendo rachaduras se abrirem no chão e desacordar os comensais antes de trocar o feitiço de dor pelo de matar.


Pouco depois, a ruiva fez um vendaval surgir, levando os professores para a ala hospitalar e os comensais para frente da floresta, desacordados. Tom logo sumiu junto de poucos comensais poderosos. Após todo esse esforço, a ruiva deixou a vistoria dos comensais com alguns centauros amigos e foi ajudar Poppy a cuidar dos professores, partindo para o Ministério logo em seguida.


Após o casamento de Sirius com Lene e de Remo com Cisa, a ruivinha se despediu de Minerva e de Hogwarts, aparatando numa floresta bem longe dali. Encostada numa árvore abriu a caixinha que Minerva lhe deu antes de partir. Na caixinha havia um caderno vermelho e uma carta endereçada a ela.


Na carta, seus pais lhe diziam que estavam muito orgulhosos dela, independente de qualquer coisa. Que era para ela sempre seguir seu coração e nunca se deixar levar pelas trevas, por mais tentadora que pudesse ser. O caderno vermelho era um diário e, caso eles não estivessem mais com ela, era para escrever o que quisesse para desabafar ali. “Com amor, seus pais.”.


Olhando para cima, para não deixar as lágrimas caírem, Gina deu um longo suspiro. Logo em seguida, fez uns feitiços no diário, onde ele ficou com a aparência do livro que eles estavam dentro. Então, ela colocou a mão na cabeça e retirou algumas lembranças, depositando-as no diário. Por fim, fez um feitiço para as mais marcantes memórias se instalarem automaticamente no diário e o mandou para sua ilha.


Durante meses, a ruiva aparecia em reuniões de comensais, colhia informações e impedia ataques, sem parar um segundo sequer. Depois da abertura do testamento dos Potter, os duendes tiveram uma conversa com Gina, estavam sendo ameaçados pelos comensais. Gina lhes deu proteção e eles, apoio.


Depois de algum tempo, após sua aparição na rádio dos gêmeos, a ruivinha acabou indo parar no passado, anos no passado. Estava procurando umas informações mais antigas sobre Tom. Porém, naquela noite, justo naquela noite era noite de Lua Cheia Vermelha.


Para muitos, aquilo nada significava, mas para as criaturas negras? Isso acontecia a cada trinta anos e, nessa noite, todas as criaturas negras ficavam mais fortes. Um aviso era dado a toda a população mundial e ninguém deveria sair enquanto a Lua continuasse vermelha, várias mortes comprovavam isso. Qualquer pessoa que fosse mordida por vampiros, lobisomens ou qualquer coisa devia ser imediatamente morta pelos Caçadores de Ártemis, pois ficavam fora de controla e adquiririam um poder incontrolável.


Enquanto a ruiva andava e analisava algumas informações que conseguira, era observada por uma matilha de lobisomens. Tudo aconteceu rapidamente. Quando o primeiro lobisomem apareceu, ela já sacou sua espada e seu arco. Mas, para a surpresa da própria ruiva, suas flechas não faziam efeito. Nem seus feitiços, armas, nada fazia efeito.


Naquele momento, a única coisa que pode faze foi correr o mais rápido que podia. Mesmo podendo fazer viagens temporais sem limitação, elas cansavam e havia uma pausa de algumas horas entre uma a outra, ou seja, ela estava presa ali.


Ela não aguentava mais correr, mas tinha vários lobisomens atrás dela, parar seria morte na certa. Mas, então, na empreitada juntaram-se alguns vampiros. Tudo pela única humana na área. Em certo ponto, eles finalmente a alcançaram. Várias e várias mordidas depois, alguns Caçadores finalmente a encontraram e lidaram com os monstros dali. Após isso, a ruivinha perdeu a conivência por causa da dor que sentia.


Quando abriu os olhos, não estava em nenhum lugar conhecido. Parecia um quarto, era decorado em azul claro, bem simples. Sentia uma dor na garganta, como se não bebesse nada há meses, todos os seus ossos estivessem sido triturados e queimados. Sua cabeça pesava muito e sentia um incomodo nos olhos. Ao tentar se levantar, foi impedida por uma senhora, ela beirava os trinta anos. Imediatamente Gina a reconheceu, era Donna alguns anos mais nova.


- Melhor ficar deitada criança. – disse com delicadeza. – Ainda está bem machucada.


- O que aconteceu? – perguntou Gina com uma voz fraca e rouca.


- Você foi atacada Ginevra. – disse Donna suavemente. – Meus caçadores a encontraram cercada por lobisomens e vampiros, eles quiserem lhe matar, mas o Ancião já havia me avisado sobre sua vinda, além de Diane também.


- Porque a poção que acaba com a maldição deles não fez efeito? – disse Gina enquanto se sentava, com ajuda da caçadora.


- Bom, acredito que não sei que poção é essa, mas em noite de Lua Cheia Vermelha, todas as criaturas das trevas ficam mais fortes e mais perversas. – disse Donna. – Conseguimos lhe salvar, mas mesmo assim você foi mordida...


- O que significa que estou em transição. – completou Gina. – Agora tudo se explica.


- Porém, devo lhe alertar. – disse Donna séria. – Você é a única pessoa mordida numa Lua Cheia Vermelha que permito que sobreviva. Mas caso perceba que perdeu o controle de suas maldições, não hesitarei em mata-la.


- Fico feliz que concordamos com isso pelo menos. – disse Gina estralando os ossos do braço, dedos e pescoço. – Me fale mais sobre essa Lua Vermelha.


- A cada vinte anos, ocorre esse evento e todas as pessoas são proibidas de sair de suas casas, assim não são pegas pelas criaturas. Elas ficam mais fortes e poderosas nesse dia. – explicou Donna. – Porém, quando uma pessoa é mordida por alguma criatura, ela deve ser imediatamente morta.


- Então, porque não morri? – disse Gina serenamente.


- Por que, como disse, fui avisada por Diane que receberia uma criança que seria mordida, mas sobreviveria e dominaria os poderes de lobisomem e vampiro da Lua Cheia Vermelha e o Ancião me falou que seria uma bruxa. – disse Donna. – Sabe, nos caçadores odiamos os bruxos, sabemos reconhecê-los de longe. Mas algo em você chamou-me a atenção.


- O que seria? – perguntou Gina encarando-a.


- Sua coragem. – disse Donna. – Qualquer bruxo teria simplesmente fugido dali. Ou usado a única coisa que os impediria. O Avada Kedavra.


- Eu nunca usaria esse feitiço em alguém, por mais critica que a situação estivesse para mim, talvez, se envolvesse a vida de alguém. Mas só se não houvesse alternativa. – disse a ruiva convicta.


- Mas um motivo para deixa-la viva então. – disse Donna. – Agora descanse criança, teremos um conversa séria quando se recuperar das feridas, o que deve ser pela manhã. Vampiros e lobisomens se recuperam rapidamente


- Posso lhe perguntar uma coisa antes Donna? – perguntou Gina.


- Sim querida. – disse Donna já na porta.


- Quanto tempo fiquei apagada? – perguntou a ruiva.


- Desde que lhe encontramos, faz uma semana. – disse Donna. – Seu corpo e sua mente necessitavam de tempo. Uma transformação normal já é dolorida. Duas transformações, então? Ainda mais sendo em Lua Vermelha. Agora descanse criança, ainda terá que passar por muita coisa antes de sair da fortaleza com controle sobre seus poderes.


Um ano se passou desde então. Gina tinha que aprender a lidar com a sede de sangue, com o sol, com as mudanças da lua, com todas as coisas que os vampiros e lobisomens tinham que aprender a controlar. Mas para ela, ainda era mais fácil, mas ao mesmo tempo, mais complicado.


Um de seus “dons especiais” era que ela não precisava ficar como vampira sempre. A sede ela controlava bebendo de seu próprio sangue, nunca sague de ninguém nem de x nenhum animal. Não era assassina. As mudanças de lua a mesma coisa. Só quando quisesse, apesar de ficar mais inquieta na lua cheia. Aos poucos foi dominando cada uma de suas fraquezas e de seus “poderes”. E, com isso, começou a se tornar uma excelente Caçadora, até que chegou aonde chegou. No nível supremo. Mesmo sendo bruxa, mesmo sem ninguém dando a mínima para ela e a excluindo por ser bruxa, ela se tornou a melhor.


- Então foi assim... – disse Draco surpreso.


Todos sempre imaginaram que a ruiva se tornara uma Caçadora por algo heroico que havia feito, não por necessidade. Mas agora dava para entender o porquê dela os proteger tanto. Eles pouparam sua vida.


- Já vai mesmo Fênix? – pergunto Marcus, seu mestre e amigo vampiro.


- Sim Marcus. – disse Gina vestida como Caçadora. – Além do mais, Diane quer me ver.


- Bom, boa sorte pequena. – disse Lúpus, o mestre licantropo.


- Porque sempre encrencam com minha altura? Não sou tão baixa assim. – resmungou a ruiva.


- Sabemos, mas é legal te ver emburrada por causa disso. – disse Willian.


- Isso, riem da desgraça alheia. – disse Gina. – Bom, já vou... Se não futuro precisarem de mim...


- Te chamaremos Fênix. – afirmou Donna. – Agora vá criança.


Após se despedir dos quatro amigos, a ruiva aparatou numa floresta, onde uma bela mulher lhe aguardava. Diane tinha longos cabelos brancos, mas não de velhice. Eles eram brilhosos, cheios de vida. Seus olhos demonstravam bondade e poder. Usava um longe vestido sacerdotal, parecidos com os usado na era Medieval, azul escuro. Na testa, uma Lua Crescente em azul Safira.


- Grande Sacerdotisa Diane? – perguntou Gina cautelosamente.


- Venha comigo, Ginevra. – disse Diane sorrindo. – Conversaremos em Avalon.


Após passarem pelas brumas que ocultam a cidade perdida, Gina sentiu o brilho de seus olhos. Era tudo lindo. Várias casas simples se situavam ao redor de ruas de terra batida. Uma imensa floresta era vista ao fundo, assim como várias árvores, canteiros de flores e parques eram visto por toda a cidade. Ao fundo, a ruiva podia avistar uma construção maior, a Casa Central. Ao lado, um pequeno prédio, de uns três andares, onde várias moças e alguns rapazes saiam. As moças, em trajes iguais ao de Diane, só que azul claro. Os rapazes, de calça e camiseta larga, leve e simples, também em azul claro. Todos com o símbolo sacerdotal na testa.


 As duas seguiram para a Casa Central, onde Diane a levou para uma sala comum e simples, com alguns sofás confortáveis e uma lareira. Pediu para a ruiva sentar-se enquanto trazia um bule de chá, o especial de Avalon.


- Muito bem Ginevra. – começou Diane. – Acredito que não saiba o porquê eu pedi para me encontrar.


- Está certa Grande Sacerdotisa. – disse Gina respeitosamente. – Então lhe pergunto, o que deseja de mim?


- Você é uma garota inteligente Gina, deve pelo menos ter uma suspeita sobre o que quero. - disse Diane séria.


- Compreendo que você me queira entre suas sacerdotisas, o que é uma honra para mim, mas eu não posso abandonar meus amigos e família, não com Voldemort a solta. – disse Gina convicta.


- Já imaginava isso. – disse Diane. – Por isso, queria conversar com você. Faremos um acordo sim?


- Que tipo de acordo? – perguntou Gina curiosa.


- Você permanece por um tempo aqui, onde treinará. – disse Diane. – Em troca, sempre que Avalon precisar, você me ajudará a protegê-la.


- Protegeria Avalon mesmo sem você me pedir Diane. – disse Gina séria. - Esse lugar é incrível. A paz e o equilíbrio da natureza com as pessoas é maravilhoso, se todo o mundo inteiro fosse assim...


- Viu? É por esse motivo que você é uma grande pessoa Gina. – disse Diane sorrindo. – Muitos não hesitariam duas vezes em ficar aqui, descobrir os segredos de Avalon e os utilizar para proveito próprio, mas você está mais preocupada com seus amigos.


- Para quê adiantaria poder se eu não tivesse ninguém para proteger? – questionou Gina com um leve sorriso.


- Você sabe tão bem quanto e que esse pensamento não existe mais, generalizando, é claro. – disse Diane. – Quanto mais poder e dinheiro você tiver, melhor você será.


- Grandes porcarias. – bufou Gina. – Tenho dinheiro e poder, mas trocaria tudo isso por ter meus amigos e família comigo e em segurança.


- É por isso que você é tão poderosa Gina. – disse Diane. – Exatamente por não ter essa ganancia, os poderes vêm facilmente para você. Eles te escolhem.


- O que quer dizer com isso Diane? – perguntou Gina.


- Vai dizer que não percebeu? Nada acontece por um acaso. Você é herdeira dos Fundadores, tanto por magia quanto por sangue. Foi treinada por Merlin, Mirian e Joshua. Nasceu numa família poderosa, que há gerações não via uma menina nascer. Tornou-se uma Caçadora Suprema e possui grande potencial para a magia sacerdotal, podendo até ser uma Maga Elemental. – explicou Diane. – Você foi escolhida Gina.


- Escolhida para quê? – perguntou a menina com um sussurro.


- Escolhida para acabar com o mal do mundo Gina. – disse Diane. – Pode parecer uma missão impossível, suicida ou uma loucura. Mas só você poderá fazer isso. Só você terá o poder para isso.


- Certo. – disse a ruiva. – Acho que no fundo já imaginava algo do tipo.


- Então é por isso? – perguntaram.


- Ao que parece. – disse Gryff. – Tanta coisa nas mãos dela.


- Como ela não se sente sobrecarregada? – perguntou Molly. - É muita coisa para uma garota.


- A Gi nunca foi uma garota. – disse Harry. – Quando pequena, na casa dos tios, era responsável por arrumar e limpar a casa, fazer a comida e fazer as coisas que o tio e o primo queriam; em Hogwarts sempre foi vista como uma heroína e as confusões sempre caiam para seu lado; depois veio a guerra, onde só ela poderia derrotar Voldemort; agora, mesmo nessa vida, as coisas sempre acabam sobrando para ela.


- Agora descanse querida. – disse Diane chamando uma sacerdotisa. – Morgan, minha filha, leve Gina para o aposento de hospedes, sim?


- Claro, senhora minha mãe. – disse Morgan. – Acompanhe-me senhorita Gina.


- Boa noite querida. – disse Diane ao que a ruiva fez uma leve reverência para a Sacerdotisa


Depois de dois anos, Gina e Diane se encontravam novamente naquela sala. Pelas vestimentas e pela lua crescente azul na testa de Gina, era claro que ela havia se tornado uma Sacerdotisa.


- Agora que seu treinamento sacerdotal acabou Gina, está na hora de você fazer uma viagem. – disse Diane.


- Uma viagem? – disse Gina. – Mas Diane, eu tenho uma guerra me esperando.


- Eu sei criança, mas você aumentará seus poderes e compreenderá algumas coisas a seu respeito, principalmente o porquê você e seus quatro amigos são tão ligados. – disse Diane.


- O que você quer dizer com isso Diane? – disse Gina rapidamente. – O que o Harry, o Ron, o Gab e o Dan têm haver com isso?


- Calma criança, eles não estão em perigo.  – disse Diane. – Lá poderão lhe explicar melhor. Pronta?


Depois de a ruiva assentir, as duas seguem por Avalon, adentrando a floresta. Depois de caminhar por boa parte do dia, elas chegam a uma casa senhorial, parecida com a casa central. Por dentro, cinco quadros chamaram a atenção de Gina. Ali estava uma replica dos quadros que existiam em sua casa, no quarto secreto. Os quadros dos Fundadores.


- Mas como? – perguntou Gina surpresa.


- Rowena e Helga foram Grandes Sacerdotisas, Elementais inclusive. – disse Diane olhando os quadros com admiração. – Godric, Salazar e Arquimedes também eram Elementais e serão eles que a senhorita irá visitar.


- Mas como? Elas morreram há anos! – disse Gina.


- Eles morreram nesse plano, mas não no mundo Elemental, onde eles ainda lutam contra as Trevas. – explicou Diane. – O portal é por aqui.


Diane a levou para o quintal da casa, onde duas grandes árvores formavam algo parecido com um arco. Segundo Diane, Gina deveria apenas abrir o portal dimensional, sem destino, que ela se encaminharia para a dimensão Elemental. A ruiva fez o que lhe foi mandado e entrou no conhecido portal, caindo no mesmo jardim que sumiu. Cinco pessoas lhe encaravam, com armas apontadas diretamente para si.


Um homem ruivo lhe apontava uma espada com rubis no cabo, uma mulher morena direcionava uma flecha sobre um arco de safiras, uma mulher loira estava com uma adaga de topázios amarelos, um homem de cabelos loiros, quase brancos, se encontrava com uma adaga de diamantes e, por fim, um homem moreno com uma espada de esmeraldas.


- Identifique-se. – exigiu o home ruivo.


- Sou Ginevra Lilian Slytherin Grifo Hufflepuff Raveclaw Gryffindor Evans Potter, herdeira sanguínea e mágica de vocês, apenas de Salazar sou apenas mágica. – disse Gina rodando os olhos.


- Como assim? – perguntou Rowena abaixando o arco.


- Sou alguns, muitos, anos do futuro. – explicou Gina. – E a atual Grande Sacerdotisa de Avalon me mandou para cá.


- Mas não há como fazer viagens temporais tão grandes, além do mais estamos em outra dimensão. – disse Godric, ao que Gina revirou os olhos novamente.


- Godric, seu pai nunca lhe contou de uma amiga que veio do futuro, treinou com seus avós? – disse Gina. – Que foi escolhida por um grifo e etc.?


- Sim, eu me lembro de algo assim. – disse Godric pensativo, enquanto todos o encaravam abismados. – Mas o que isso tem haver?


- Como pode ser tão burro! – disse Salazar lhe dando um tapa. – É ela a garota, idiota!


- Mas por que uma Grande Sacerdotisa te mandaria para cá? – disse Helga pensativa.


- Você disse que era nossa descendente mágica e sanguínea? – disse Arquimedes pensativo, ao que a ruiva assentiu.


- Acho que sim, talvez possa ser isso sim. –diz Rowena, pensativa, para si mesma.


- O que foi Rowena? – perguntou Salazar.


- Se ela é nossa herdeira mágica, pode ser que ela veio para cá por poder controlar os elementos. – disse Rowena, ao que Gina arregalou os olhos.


- Controlar os elementos? – disse Gina ao que assentiram concordando com Rowena. – Isso é demais até para mim.


- Por que diz isso? – perguntou Helga.


- Sou uma maga dimensional desde os seis anos, sou uma Caçadora Suprema e uma Grande Sacerdotisa, já tenho mais poder que muitos magos poderosos do mundo, agora ser Elemental? Isso já é demais. – disse Gina.


- Bom, é só uma teoria, não há nada provado. – disse Arquimedes. – Mas podemos tirar a prova agora mesmo.


- Como? – perguntou a ruiva.


- Simples, colocaremos nossas armas em lugares marcantes de nosso elemento, apenas Arquimedes que não. – disse Salazar. – Se conseguir tirá-las de lá, será Elemental do elemento correspondente.


- Deixe-me adivinhar. – disse Gina. – Helga colocaria sua arma numa montanha alta? Salazar, em baixo de uma areia movediça num deserto? Rowena a afundaria num oceano congelado? E Godric, na crosta interna de um vulcão?


- Sim, mas como sabia? – perguntou Godric.


- Bem, recuperei isso no meu tempo, nesses lugares. – disse Gina fazendo aparecer suas armas, replicas idênticas das dos fundadores. – Apenas a de Arquimedes estava junto a de Helga.


- Incrível! – disse Salazar. – Quantos anos você tinha?


- 14, faltavam alguns dias para completar 15. – disse a ruiva fazendo-as desaparecer.


- Bom, isso só prova que você não é uma Elemental qualquer. – disse Helga séria. – Você é uma Elemental dos quatro elementos.


- Carambola! Por que tudo tem que acontecer comigo?! – dizia Gina em grego antigo, sem perceber uma aura colorida ao seu redor. – Ai que ódio que isso me dá! Ódio de mim mesma por ser poderosa.


- Ei! Calma garota! – disse Godric trazendo-a de volta. – Seja lá o que lhe deu, se controle.


- Desculpe. É muita coisa para digerir. – disse Gina se sentando no longo gramado. – Minha vida, ultimamente, tem andado meia louca.


- Não se preocupe, querida. – disse Rowena. – Mas venha, descanse um pouco e amanhã começaremos seu treinamento.


A ruiva seguiu Rowena pela casa, até um quarto, onde se transformou numa replica do seu em Hogwarts, quando entrou. As fotos, os desenhos, as roupas, as anotações, tudo ali.


- Decoração interessante. – disse Helga atrás dela. – Esse castelo, nessa foto, é o nosso castelo? É nossa Hogwarts?


- Sim Helga, é nossa amada Hogwarts. – disse Gina sorrindo para a foto, onde ela e os amigos sorriam em frente do castelo. – Tantas coisas aconteceram e estão acontecendo, e Hogwarts permanece como lar para todos que necessitam. Enquanto todos estão lá, lutando e protegendo o mundo, eu estou aqui, ficando cada vez mais forte.


- Seja lá o que está acontecendo no seu mundo, vai acabar bem. – disse Godric tentando reconforta-la. – O bem sempre vence.


- Mas e quando o mal é imortal? – disse Gina.


- Não há ninguém imortal. – disse Rowena, pratica como sempre.


- Há uma magia antiga, onde bruxos podem transportar parte de sua alma a objetos, assim, caso aconteça algo com seu corpo, sua alma continua intacta, para você poder possuir ou ter outro corpo. – explicou Gina. – Voldemort fez sete horcrux, que são como esses objetos ficaram conhecidos, mas eu só consegui encontrar e destruir uma.


“Apesar de imaginar o que são as horcrux, ainda não as localizei e também não tenho como as destruí-las. O tempo corre e logo mais terei que enfrentar meu destino e lutar contra Voldemort, apenas eu posso mata-lo, apenas eu. Por mais que eu queira voltar e ficar com as pessoas que amo, devo deixa-los, afinal, há uma grande chance de eu não sair viva do combate e quanto eles menos eles sofrerem, melhor.”.


- Então foi por isso que ela quis voltar? – perguntou Gab para si mesmo. – Para destruir as horcrux?


- Como alguém pode dividir a alma em sete partes? – disse Tiago. – Isso é um processo doloroso e de magia extremamente negra.


- Estamos falando de Voldemort não? – disse Lilian, seus olhos brilhavam de lágrimas pelo que sua filha teve que passar.


Dias, semanas, meses e cinco anos se passaram. Nesse tempo Gina dominou não só os quatros elementos, Terra, Ar, Fogo e Água, com a ajuda de Salazar, Helga, Godric e Rowena, respectivamente, mas também a Luz, graças a Arquimedes, e as Trevas, por si só. Ela já havia passado por muitas coisas para não pelo menos um pouco de trevas em si.


Porém, como Diane disse, eles estavam em uma luta contra as Trevas, conhecida mais como Lúcifer, o causador de tudo. Ele tinha mais cinco escudeiros, que respondiam por Dor, Ódio, Raiva, Vingança e Trevas.


Na batalha final, cada um dos fundadores pegou um escudeiro, sobrando Lúcifer para Gina. Porém, nem ela e nem os fundadores tinham poder para derrota-lo. A ruiva apelou para um ritual antigo e perigoso. Usando todas as suas forças, convocou o deus do submundo, Hades na mitologia grega, para fazer a negociação.


Como Lúcifer não estava morto, Hades só o seguraria por alguns anos, até ele ficar forte o suficiente para fugir e ir para onde quiser. Mas tudo tem um preço, e dessa vez, o preço foi até que baixo para Gina. A ruivinha deveria mandar para o deus a alma de Voldemort, custe o que custar, além de perder certo privilégio. A cada viagem temporal/dimensional, com exceção do seu mudo próprio, Gina ficaria sem poderes mágicos por doze horas, no mínimo. Mas pelo bem de todos, pelo menos por um tempo, ela aceitou a condição.


Porém, logo que Hades sumiu com Lúcifer, Gina recebeu uma noticia não muito boa. Quando ele voltasse, Gina ainda estaria viva e ela seria responsável por achar e proteger os outros escudeiros da Luz, até eles estarem prontos para lutar contra os escudeiros Trevas. Ela sabia quem eram os escudeiros da Terra, Água, Ar e Fogo. Apenas o da Luz que ela não tinha muita certeza.


Por fim, mais poderosa e madura do quê nunca, a ruiva se despediu de seus ancestrais e voltou para seu mundo, sua época. A ruivinha caiu numa floresta, onde logo se pôs a procurar algum rio, lago ou cachoeira. Assim que achou um lago, deixou sua mochila ali e foi colher algumas frutas, agora, fazer, viagens temporais/dimensionais lhe cansava muito.


 Depois de ter arrumado tudo, escalou uma árvore alta e dormiu um pouco. Quando acordou, procurou um bom lugar para meditar. Achou um rochedo e se pôs em posição de lótus e liberou sua magia, para meditar e relaxar. Tudo aconteceu muito rápido. Num momento Gina estava relaxa, no outro estava lançando uma flecha a milímetros do rosto de Alastor Moody.


- Gina! – disse Moody surpreso e apavorado. – Você ia me atacar?


- Atacaria qualquer um que se aproximasse. – disse Gina séria. – Agora, prove-me que é Alastor “Olho-Tonto” Moody.


- Sou membro da Ordem da Fênix  desde sua fundação, era para eu ter sido seu professor no quarto ano, mas fui pego por Bartô Crouch Jr., além do mais, estou treinando alguns alunos selecionados de Hogwarts. – disse Alastor.


- Melhor assim. – disse Gina abaixando o arco. – O que faz por aqui Alastor?


- Como disse, estou treinando alguns alunos, dessa vez, Harold Weasley. – disse Alastor fazendo a ruiva engolir em seco. – Faço treinamento em campos assim.


- Certo, não lhe atrapalhei e você não me atrapalhará. – disse Gina. – Até porque, pela manhã eu vou sair daqui.


- Por quê? – disse Alastor. – Por que não treina conosco?


- Não sou muito nova para isso?  - disse Gina sarcástica.


- Ginevra... – disse Alastor perdendo a paciência.


- E não venha com Ginevra para cima de mim. – disse Gina séria. – Vocês nunca confiaram em mim, nunca acreditaram que era capaz de fazer qualquer coisa. E agora, que viram do que sou capaz, que precisam das coisas que descubro, vem tentar falar mansinhos comigo? Desculpe Alastor, te admiro como auror, mas não, não vou cooperar com vocês.


- Você acha que vai conseguir cuidar de você-sabe-quem e seus comensais sozinha? – disse Alastor. – Você é poderosa, mas nem tanto garota,


- Você não sabe do que sou capaz Alastor. – disse Gina sombria – Nesse tempo não apenas reuni informações e cuidei de comensais, fiquei mais forte, descobri em seis meses mais do quê qualquer historiador da magia em uma vida inteira.


Os dois ficaram se encarando por muito tempo, até que alguns aurores em treinamento e Harry surgiram na clareira e os encontraram. A ruiva desviou seu olhar de Alastor e se focou no moreno


- Gina?! – disse Harry surpreso, com um sorriso.


- Olá. – disse a ruiva sem muita animação, mas seus olhos brilhavam como a muito não brilhava.


- A escolha é sua Ginevra. – disse Alastor se retirando com os aurores. – Vocês têm dez minutos.


Gina e Harry ficaram sozinhos. Nem um segundo depois, a ruiva estava nos braços do amado. Era isso que precisava no momento, um pouco de segurança que apenas ele conseguia lhe passar. O moreno a abraçava apertado, morrendo de saudades dela.


- Nunca mais faça isso comigo Gi. – disse Harry em seu ouvido. – Senti tanto a sua falta.


- Eu também Hazza. Eu também, você não faz ideia do quanto. – disse Gina o apertando.


Ficaram abraçados sem ter noção do tempo, apenas se curtindo um pouco. A ruiva pode, finalmente, ter um pouco de paz, já que só nos braços dele ela se sentia feliz e segura.


- Melhor você ir agora. – disse Gina se soltando do moreno.


- Por que não vem comigo? São só alguns dias, duas semanas no máximo. – disse Harry. – Assim passamos um tempo juntos e você ainda recebe um treinamento de auror, uma coisa que eu sei que você gosta.


- Não posso, tenho que investigar algumas coisas, além do mais, Alastor contaria para o pessoal em Hogwarts e acabaria sendo obrigada a voltar. – disse a ruiva. – Sei que Molly, Lene e Cisa estão loucas por eu ter “fugido”.


- Esse é o melhor, não temos contato com Hogwarts. – disse Harry sorrindo maroto. – E se precisar sair, te dou cobertura. Só quero ficar um pouco com você Gi.


- Ok! – disse Gina com um suspiro, fazendo Harry sorrir. – Mas se Alastor começar a me encher eu saio, entendido?


- Sim capitã. – disse Harry lhe dando um selinho.


Ao fim das suas semanas, durante a noite, Gina saiu da barraca que dividia com Harry e aparatou para outro lugar, deixando apenas uma rosa negra, como símbolo de adeus.


A ruiva aparatou em um penhasco. Em suas pesquisas, era provável que ali se encontrasse alguma horcrux. Respirando fundo, ela fez uma transformação incompleta, ganhando asas de dragão. Voou até uma caverna bem escondida no mar. Nas paredes daquela antessala, várias inscrições, que Gina facilmente leu, lhe indicavam que para seguir, deveria pagar. Com sangue. A ruiva fez um pequeno corte na palma da mão e passou numa pedra especifica.


Assim que passou, a pedra brilhou e abriu uma passagem, a qual Gina rapidamente entrou. Já lá dentro, a ruiva se concentrou no corte e com seus dons de cura, o corte se fechou.


Na câmara que se abriu para ela tinha um longo lago negro e uma pequena margem até certa altura do lago. Gina seguiu por ela até o final, sempre com a mão na parede a procura de algo. No final encontrou uma corrente invisível, que ao toque de sua mão, trouxe um pequeno barco. A ruiva entrou no barco que a levou até uma pequena ilha. Ali se encontrava apenas um pedestal com uma bacia em cima. Um líquido verde de aparência suspeita escondia um medalhão de ouro. O medalhão de Salazar Slytherin.


Gina passava a mão naquele líquido sem nem piscar os olhos, fazendo encantamentos trás de encantamentos, mas nada acontecia com aquela poção. Com um suspiro a ruiva retirou a mão e transfigurou uma pedra em uma taça.


- Muito esperto Tom. – sussurrou Gina para si mesmo. – Um belo veneno que você criou, mas vamos ver se ele consegue fazer algum efeito em mim.


Antes de começar a beber, a ruiva liberou sua maldição. Vampiros e lobisomens eram mais fortes em relação a venenos. Os cabelos ruivos chegaram até o joelho e ficou vermelho sangue, assim como seus olhos. Sua pele ficou mais branca que papel. Garras e presas cresceram na ruivinha. Ela começou a beber a poção, copo por copo. Cada vez mais, a dor era vista nos olhos sangue da garota, mas ela aguentava bravamente.


Quando toda a poção acabou, Gina pegou o medalhão e fez uma espera branca surgir em sua mão. Depois, passou a esfera pelo medalhão, sugando a alma que ali havia. Depois disso, com a esfera em mãos, estralou os dedos e a queimou com fogo maldito. Quando colocou uma copia do medalhão na bacia novamente e o real na mochila, inferis saíram do lago e atacaram a ruiva. Sem nem piscar, ela estralou os dedos novamente e tacou fogo maldito em todos até asas de dragão aparecer em suas costas e ela sair o mais rápido dali. Assim que conseguiu sair daquela caverna, ela aparatou em uma floresta qualquer, onde voltou ao normal e caiu exausta no chão.


Dias depois, a ruivinha apareceu no Gringotes. Desde que a ruiva sumiu para cuidar de Voldemort, o banco ficou fechado. Ele abria para alguns que tinham certeza que era do bem, mas tinha que marcar dia e hora para retirar o dinheiro. Assim que pôs os pés ali, Grampo já veio lhe cumprimentar.


- Oi Grampo. – disse Gina. – Preciso de um favor de vocês.


- O que seria Srta. Potter? – perguntou o duende chefe.


- Há uma coisa minha no cofre de Bellatrix Lestrange. Ele foi roubado há anos e preciso pegá-la agora. – disse Gina.


- E o que seria? – perguntou o duende curioso.


- A Taça de Helga Hufflepuff, minha ancestral por parte de mãe, como bem sabe. – disse Gina séria.


- Grampo lhe levará. – disse o duende voltando para suas tarefas.


- Por aqui Gina. – disse Grampo a levando para o vagonete.


Eles seguiram para a parte dos cofres antigos, das famílias puro-sangue. Logo chegaram ao cofre, qual grampo abriu. Os Lestrange tinham um cofre cheio de galeões e muita “tralha”. Foi um pouco difícil encontrar a taça, principalmente que a mesma estava repleta de feitiços, facilmente desativados por Gina. Com a taça em mãos a ruiva agradeceu Grampo e sumiu para uma floresta. A ruiva então fez o mesmo processo que fez com o colar na taça, guardando-a depois.


A próxima estava na antiga casa dos Gaunt, a família materna de Tom. Após circular toda a propriedade, a ruivinha achou um lugar repleto de magia negra. Não precisava ser nenhuma gênia para adivinhar que a horcrux estava ali. Com um simples movimentar de mãos, a ruiva desenterrou o anel que pertenceu a Morgana Slytherin. Novamente, Gina fez o mesmo processo das outras horcrux e guardou o anel verdadeiro na mochila, sumindo dali assim que o dia começou a clarear.


Por fim, sem que ninguém soubesse, na calada da noite, Gina aparatou em Hogwarts, para ser mais exata, na Sala Precisa. Ali estava a última horcrux disponível. O Diadema de Rowena Raveclaw. Depois de muito custo, a ruiva pode enfim se jogar na sua cama das salas dos fundadores. Desde o começo de tudo isso que ela não dormia direito e numa cama. Primeiro foi toda aquela mudança de humana para vampira/lobisomem fêmea, depois veio todo o treinamento de Sacerdotisa e do Mundo Elemental, sem contar, agora, a captura das horcrux.


A ruiva, apesar disse, teve um sono conturbado, recheado de torturas em pessoas prisioneiras dos comensais e de todas as sensações que Voldemort sentia. Maldita ligação. A ruiva não conseguiu dormir, então aparatou até uma reunião de comensais, onde ficou escondida, assistindo a reunião.


Ao sair dali, a ruiva mandou as informações conseguidas para a Ordem por Lua, sua fiel coruja. Logo, se dirigiu para seu mundo, onde se preparou para fazer uma viagem temporal. A ruiva saiu numa sala toda negra, praticamente vazia, com apenas dois tronos. Um era ocupado por um homem moreno de olhos negros, todo vestido de negro. O outro era ocupado por uma bela mulher, sua expressão dizia que queria e, ao mesmo tempo, não queria estar ali.


- No encontramos novamente Ginevra.  – disse Hades sombrio.


- Apenas Gina, Hades. – disse a ruivinha. – Perséfone.


- Então você é a mortal que Hades me falou. – disse a deusa a olhando atentamente. – Sim, eu posso ver o poder que emana de você, garota.


- O que podemos fazer por fazer por você Gina? – perguntou Hades encarando a ruiva com aquele olhar mortal.


- Na verdade, gostaria que você me respondesse duas perguntas, se possível, Hades. – disse a ruiva sustentando o olhar do deus.


- Os deixarei sozinhos. – disse Perséfone indo para seu jardim.


Com um estralar de dedos, Hades os levou para uma espécie de sala de reunião. Sentou-se e fez um gesto para Gina fazer o mesmo. Logo um esqueleto lhe serviu um drink, que Gina educadamente recusou.


- Quais são suas perguntas, maga? – perguntou Hades bebericando seu Uísque.


- Bom, há alguns anos venho fazendo umas pesquisas, entre elas, o feitiço Avada Kedavra. – disse Gina. – Após estudos, descobri que o raio de luz verde nada mais é do quê uma passagem direta da alma para cá, como se fosse uma viagem dimensional.


- Exato. – disse Hades. – Há éons, um bruxo das Trevas, um filho mortal meu, quis se vingar de todos que o humilharam por ser filho do deus dos Mortos, daí ele criou esse feitiço. Uma travessia rápida e indolor para o meu mundo. Meses depois, ele próprio foi vitima de seu feitiço. Nos, deuses, tentamos interferir, mas não deu muito certo e acabou ficando do jeito que ficou.


- E se eu dissesse que consigo impedir a abertura desse “portal”? É claro que funcionaria apenas quando a hora da pessoa ainda não chegou, mas evitaria mortes de inocentes. – disse Gina encarando o deus.


- Diria que você está louca. – disse o deus sem nem encará-la. – Hécate tentou reverter e anular o feitiço, mas não conseguiu. E olha que ela é a deusa da Magia, o que você poderá fazer?


Com um suspiro e se controlando, Gina retirou do pescoço um colar. Ele tinha a forma de sua Lua, com um brilho prateado azulado, emanava poder. Entregou o colar para Hades.


- Criei esse colar há algum tempo, ele garante a proteção da maioria das maldições e feitiços, além de diminuir os impactos da Crucio e da Imperius. – disse Gina. – Quando descobri o que realmente era o Avada, pude ver que desde pequena tenho a capacidade de viajar entre as dimensões, pois sobrevivi a maldição da morte com um ano de vida. Consegui criar um escudo, que impede que viagens temporais sejam feitas, seja pelo corpo ou pela alma.


- Isso é impossível! – murmurou Hades avaliando o colar atentamente.


- Te garanto que funciona Hades, eu mesma o testei várias vezes. – disse Gina com veemência.


- Incrível! – disse Hades ainda analisado o colar. – As misturas de magia moderna com antiga, magia elemental e ainda, se não estou enganado, uma gota de sangue de...


- Uma híbrida. – completou Gina. – Metade vampira, metade lobisomem fêmea.


- Ainda vem de uma mulher? – perguntou Hades entregando o colar para Gina. – Isso só o torna mais poderoso ainda.


- E se essa mesma híbrida ainda fosse uma Maga? – perguntou Gina.


- Então seria quase que impossível destruir esse colar, mas isso não aconteceria. – disse Hades, mas então seus olhos encontraram os da ruiva. - É o seu sangue.


- Exato. – disse Gina. – Só vim aqui para lhe pedir uma coisa, além de uma resposta.


- Que coisa é essa que você veio pedir? Deuses não podem interferir na vida dos mortais. – disse Hades. – Já estarei em apuros por termos essa conversa.


- Sei disso, mas ainda terei uma conversa com os outros deuses, cedo ou tarde, sinto isso. – disse Gina. – O que preciso, na realidade, é de sua permissão.


- Minha permissão? – perguntou Hades. – Para quê?


- Quando fui reproduzir o colar, eles explodiram um a um. – disse Gina segurando seu pingente. – Minha intuição me disse que deveria ter a permissão do deus dos mortos para isso, e minha intuição raramente falha.


- Compreendo, mas antes de lhe dar minha permissão, terei que levar isso ao Olimpo, o que provavelmente vai exigir sua presença lá em breve. – disse Hades. – Agora, você disse que precisava de uma resposta.


- Sim. – disse Gina com pesar. – Tom Riddle fez algumas horcrux para evitar sua morte. Sete, se não me engano. Cinco delas foram destruídas – o anel, o diário, o medalhão, a taça e a cobra -, sendo que Nagini, sua cobra, foi usada no ritual necromântico que o trouxe a vida. Agora lhe pergunto, além da parte de sua alma, que permanece em seu corpo, a última horcrux ele criou sem intenção, quando tentou me matar e eu recebi essa cicatriz, não foi? Eu sou uma horcrux.


- Sim, você é. – disse Hades depois de alguns minutos em silêncio. – Isso foi o principal para ser decidido quem o destruiria. Você deve morrer ao mesmo tempo que ele, ou...


- Voltar no tempo em que eu ainda não era uma horcrux. – concluiu Gina. – Já tinha imaginado algo do tipo.


- Mas tem que ser no momento certo e na hora certa. – disse Hades sombrio. – Se tudo sair conforme o destino planeja, salvará muitas vidas inocentes, inclusive daqueles que você sente mais falta.


- Meus pais. – sussurrou Gina.


- Exato. – disse Hades e num estralar de dedos, um portal se abriu. – Tem que partir imediatamente, nós veremos de novo assim que eu tiver uma conversa com os deuses sobre seu colar.


- Obrigado, deus do submundo. – disse Gina com uma leve reverência antes de sumir no portal.


Uma última memória antes de tudo que era conhecido mudar. Uma Gina duelava com vários comensais em busca da saída de um castelo até que ela conseguiu. Depois que saiu, aparatou no banco de Gringotes onde disse que era a hora. Assim, os duendes chegaram com Gina na grande e maravilhosa Hogwarts. Assim que ela abriu os portões do colégio, viu todos com várias apontadas para eles. Os duendes, ignorando, seguiram para a floresta. Gina, ferida e toda machucada, seguiu para a sala de reuniões, onde os colocou a par da situação. O ataque aconteceria naquela noite. Então seguiu para a ala Hospitalar, onde Poppy se pôs a cuidar de seus ferimentos. Quando a enfermaria estava prestes a ser “arrombada” por todos atrás da ruiva, elas simplesmente foram para a sala dos fundadores. Depois de curada, a ruiva se serviu de umas frutas e suco na cozinha, antes de encarar a todos.


Depois de um ligeiro sermão dos Weasley, professores, Black e Lupin e amigos, a ruivinha foi abraçada pelas únicas quatro pessoas que não falaram nada. Dan, Gab, Harry e Ron sabiam que era isso que ela precisava no momento. Um pouco de paz que só encontra com eles. Mas se a ruiva iria dizer alguma coisa, eles nunca saberiam, os gigantes atacaram.


 Gina liberou sua aura colorida e partiu para o ataque. Imediatamente ela mandou que todos os bruxos cuidassem dos comensais, as criaturas ela cuidava. Rapidamente mudou para sua roupa de Caçadora enquanto acabava com uns três gigantes de uma vez. Enquanto menos da metade dos comensais caíram, Gina já acabava com a última criatura e partia para o ataque.


Ela apenas estuporava quem quer que entrasse no seu caminho, seu foco eram outros. Pedro estava longe, batalhava com um auror. A ruiva logo assumiu seu posto, ele não merecia a morte, merecia algo pior. Quando conseguiu uma brecha, graças à calunias que ele insistia em dizer sobre os Marotos, Gina lançou um feitiço que criou, só funcionaria quatro vezes. Ele retiraria toda a magia do bruxo.


Deixando Pettigrew de lado, ela seguiu para Lúcios, onde outra batalha se iniciou dessa vez, um pouco mais difícil, mas logo o loiro se encontrava no mesmo estado que Rabicho. Seu próximo alvo estava duelando com seu tio e seu padrinho. Logo ela estava ao lado dos dois.


- Ela é minha. – disse Gina e antes que pudessem retrucar: - Tenho algo guardado a ela e Lene e Cisa precisam de ajuda.


Contrariados, os dois foram ajudar suas esposas. Gina e Bellatrix lutavam como se não houvesse o amanhã, o que talvez não tivesse mesmo. Lutar com Bella era bem mais complicado do que lutar com Lúcios e Pedro, mas a ruiva deu conta do recado. Por fim, seu último alvo antes de Voldemort.


Snape duelava com as gêmeas e Mione. Apesar de tudo, elas conseguiam se equilibrar ao antigo professor, mas logo Gina tomou o ugar delas, para divertimento do Ranhoso. Agora sim, um duelo mais divertido, mais equilibrado para Gina. Mas logo ela usou seu último feitiço. Seguiu então para Voldemort.


- Olá Tom. – disse Gina aparatando atrás dele. – Sentiu saudades?


- Ginevra! – rugiu o ofídico. – É hoje que você morre.


- Acho que não. – disse Gina já o atacando.


Uma troca de feitiços poderosos eram trocados. Em um deles, Gina fez questão de desviar o feitiço mortal para Nagini, que a cercava. Mais uma horcrux destruída, mas ele ainda não morreria. Gina tinha que distraí-lo tempo suficiente para seus comensais caírem, ou até que ele se visse obrigado a fugir.


- Desista Tom, hoje você não vence. – disse Gina. – Seus comensais mais fortes estão incapacitados, os defensores da Luz estão ganhando.


- Desgraçada! – rugiu Tom e a lançou longe. – Isso não acabará assim.


Dito isso, sumiu com os comensais ainda de pé numa longa fumaça negra. Assim que eles sumiram, Gina se pôs de pé e, com um movimento da mão, fez os comensais e criaturas ficarem presos, os feridos foram levitados e os mortos, felizmente foram pouquíssimos, foram separados e ficaram em um canto, para a família se despedir.


- Por que você o deixou fugir? – exigiu um auror a Gina.


- Por que ele ainda não pode morrer. – respondeu Gina indo à enfermaria. – Deixa que eu assumo Poppy, tenho uma coisa que pode ajudar todos.


- Mas, cada um tem um tipo de ferimento. – disse Poppy confusa.


- Não se preocupe, eu aprendi muitas coisas enquanto estive fora. – disse Gina com um sorriso fraco, então acrescentou em italiano - Acqua vieni da me. Guarire le ferite di loro, tanti fisici come ci sono emotivi.


Após essas palavras, uma leve chuva começou a cair na ala hospitalar. A chuva lavava todos os ferimentos, alguns sumiam, outros melhoravam significativamente. Junto com os ferimentos, a chuva alivia a dor da perda, do medo, da angústia. Harry, que também estava ali, foi se aproximando da amada e, assim que a chuva acabou, ela desmaiou nos braços do garoto.


Quando a ruiva acordou, estava na cama do ex-namorado, com o mesmo de olho nela. Depois de muito insistir, Harry tinha conseguido levar a garota para seu quarto, onde esperou ela acordar.


- Quando tempo estou apagada? – perguntou a ruiva se sentando.


- Algumas horas apenas. – disse Harry estendendo um potinho com uma poção para ela. – Poção Revigorante.


- Obrigada. – disse na tomando a poção e se levantando.


Harry abriu a boca para falar algo mais foi interrompido por uma abertura dimensional. Hades apareceu nela para mandar um recado para Gina. O moreno levou um susto que quase caiu no chão.


- As almas dos duelistas do seu lado foram acolhidas aqui, achei que gostaria de saber. – disse Hades, ao que a ruiva concordou. – Chegou a hora, Gina. Deve partir agora.


- O quê? Mas ela mal chegou! – disse Harry se recuperando do susto.


- Ah, você deve ser o garoto que Afrodite tanto fala. – suspirou Hades entediado. – Ele pode ir junto, se quiser, mais tenham cuidado e não releve nada sobre o “futuro”.


Dito isso, o deus dos mortos sumiu, levando o pequeno portal com ele. Sem mais nem menos, a ruiva começou a conjurar e convocar suas coisas tinha mais uma missão pela frente. Quando estava preste a sair, Harry a impediu.


- Pode parando ai mesmo Gi. – disse Harry a abraçando por trás. – Que história é essa? Para onde você vai?


- Harry, eu não posso falar. – disse Gina sem encará-lo.


- Não pode? O roqueiro maligno disse que eu posso ir, então pode ir me explicando tudo direitinho. – disse o moreno sem soltá-la.


- Ok, vem comigo que depois te explico tudo. – disse Gina o puxando, enquanto num estralara de dedos as coisas dos dois ficaram prontas. – Não fale nada, não pergunte nada, depois, quando estivermos sozinhos, você pergunta e eu te respondo ok?


- Não tenho escolha mesmo. – disse Harry entrelaçando seus dedos.


Gina então se concentrou e com seu cetro abriu o portal dimensional, puxando Harry para entrar nele com ela. Os dois apareceram num escritório, onde um homem de no máximo trinta anos se encontrava.


- Meu pai. – sussurrou Bruno surpreso.


- Olá Gustave. – disse Gina assustando o homem.


- Você é a Gina? A garota que treinou com Donna e Diane? – perguntou o homem, ao que a ruiva assentiu. – Certo, o que precisa que eu faça?


- Pelo visto elas lhe explicaram a situação. – disse Gina e pegou dois pergaminhos na mochila. – Preciso que transpasse essas notas como se fossem de escola Blossum, daqui dos EUA. Com outros nomes, é claro.


- Que seriam? – perguntou o senhor olhando as notas.


- Virginia A. Le Fay. – disse Gina com um sorriso. – Que nome você vai usar?


- Depois vai me explicar tudo? – perguntou Harry confuso ao que Gina assentiu. – Sei lá. Qualquer um.


- Hum... Tem que ser sobrenome trouxa, para evitar problemas. – disse Gina pensativa. – Henry White.


- Isso é fácil, algo mais? – perguntou Gustave já trabalhando nos pergaminhos.


- Um lugar para pernoitar seria bom, se não for incomodo. – pediu Gina com um sorriso.


- Não há problema, assim termino isso aqui. – disse Gustave ao que uma mulher muito bonita entrou, carregando um bebezinho nos braços. – Mariah.


- Querido, vai demorar muito? – perguntou a mulher, mas acrescentou ao ver os visitantes. – Olá, sou Mariah Moreschi, prazer.


- Virginia e esse é Henry. – disse Gina com um sorriso. – É seu filho?


- Sim, meu pequeno Bruno. – disse Mariah sorrindo com ternura para o filho.


- Querida, pode ir com Bruno para casa, mas poderia levar nossos convidados para um quarto da corporação? Logo lhe encontro. – pediu Gustave.


- Claro, sigam-me. – disse Mariah andando para fora da sala. – Vocês não são daqui, são?


- Não, não somos Mariah. – disse Gina sorrindo. – Sensitiva?


- Sim. – disse ela perdendo o sorriso. – Você ainda será importante no mundo bruxo garota, não faz ideia da sua missão aqui.


- Não, mas tenho uma leve ideia. – disse Gina para a mulher, ao chegarem numa porta. – Obrigado.


- Não foi nada. – disse Mariah enquanto eles entravam. – Virginia!


- Sim? – perguntou a ruiva ficando para fora do quarto.


- Infelizmente não poderei ficar muito tempo com meu filho, seria muito lhe pedir que no futuro, o ajude caso ele necessite? – perguntou a mulher séria.


- Não, faria isso com imenso prazer. – falou Gina brincando com os dedos de Bruno. – Ele será um grande bruxo, sabe disso não?


- Sei e fico feliz com isso. – disse Mariah. – Obrigado.


- Boa noite Mariah. – disse Gina sorrindo e entrando no quarto.


- Minha mãe. – sussurrou Bruno. – Ela conheceu minha mãe e ainda concordou em me ajudar.


- O que aconteceu com ela? – perguntou Draco.


- Morreu quando eu tinha um ano. – disse o chefe da Interpol. – Foi atacada por alguma coisa, meu pai não me falou o quê.


- Sinto muito. – sussurraram.


- Agora pode me explicar o que está acontecendo? – perguntou Harry assim que a ruiva entrou no quarto.


- Quando eu era pequena, antes de saber que era uma bruxa, eu tive uma desavença com meu tio e sai de casa. – começou Gina. – Naquele dia estava tão transtornada que, sem querer ou perceber, liberei muita magia, abrindo um portal dimensional. Fui jogada numa época totalmente diferente, há milhares de anos atrás. Um casal meio que me criou quando estive lá, eles me ensinaram magia e outras coisas até que eu estivesse pronta para partir, o que levou dois anos.


- Espera! – pediu Harry. – Você ficou dois anos em outra dimensão?


- Sim, mas quando faço viagens temporais, o tempo não passa para mim. Posso ficar séculos num mesmo lugar e continuarei com a mesma aparência que cheguei. – explicou Gina. – A questão é que posso me transportar para qualquer lugar do tempo/espaço, mas devo tomar cuidado ao mudar o passado.


- Certo, isso eu entendi. – disse Harry. – Mas quem era aquele cara roqueiro? E o que ele quis dizer com: “Chegou a hora, Gina. Deve partir agora.”?


- Quando estive ausente durante o ano, além de cuidar de alguns comensais, fiz algumas viagens para melhor minha magia e colher algumas informações sobre Tom. – disse Gina. – Quando ao roqueiro... Conhece alguma coisa sobre mitologia grega?


- Um pouco. – disse Harry sem entender.


- O roqueiro era Hades, deus do submundo e dos mortos. – disse Gina fazendo o moreno ficar boquiaberto. – Em uma das minhas viagens, descobri que o Avada é um teletransportador de almas, por isso mata na hora e não deixa vestígio. Consegui criar algo que impede o feitiço de transportar a alma para a dimensão do submundo, mas para reproduzir preciso da autorização de Hades, assim acabei conhecendo-o.


- Isso é incrível! Uma arma contra o Avada. – disse Harry sorrindo. – Mas não entendi a parte sobre chegar a hora.


- Bem, além de conversar com ele sobre o feitiço, que ainda está sendo avaliado, fiz uma pergunta a ele. E a resposta é que precisava voltar no tempo e acabar com Tom antes de conseguir me matar, talvez conseguisse salvar algumas vidas, por isso, estamos no último ano dos Marotos, seremos alunos transferidos de intercâmbio. – disse Gina.


- Você planejou tudo perfeitamente. – disse Harry. – Tudo bem que entendo que algumas vidas serão salvas, mas porque não matar Tom lá no nosso tempo? Na batalha que teve?


- Tom armou para que ele não pudesse morrer. Criou horcrux, que são objetos, pessoas ou animais que guardam parte da alma de um bruxo. Assim, caso algo aconteça com o corpo, a alma permaneceria intacta. – explicou Gina. – Consegui descobrir e destruir todas as horcrux, mas uma... Bem, ela está dentro de uma pessoa, e só há como mata-lo se essa pessoa morrer.


- Não me diga que... – falou Harry encarando o rosto pesaroso da amada.


- Sim, sou uma horcrux. Por isso tinha que vir para o passado, aqui ele ainda não me transformou numa horcrux, posso mata-lo. – disse Gina. – E de quebra, posso conseguir uma vida normal, com pais e uma família.


- Você vai conseguir. – disse Harry a abraçando.


- Eu realmente espero que sim. – disse Gina retribuindo o abraço. – Temos que combinar uma história para nossa ida a Hogwarts, mudar nossa aparência e planejar algo para dizer caso perguntem de família ou algo assim.


- Amanhã a gente decide isso ruiva. – disse Harry beijando o topo da cabeça dela e a deitando. – Descansa um pouco. Teve as batalhas, a chuva mágica e a viagem temporal, deve estar exausta.


- Só um pouquinho. – disse Gina fazendo Harry revirar os olhos. – Fica comigo?


- Sempre pequena. – disse Harry deitando junto a ela.


- Então foi assim que vocês foram para nossa época? Foi por isso? – perguntou Lily cabisbaixa.


- Sim, apesar de tudo, foi bom. – disse Harry sem encarar ninguém. – Lá Gi sempre tinha pesadelos por causa da ligação, no tempo de vocês, ela não tinha nenhum.


No dia seguinte, quando os dois já haviam acordado e arrumado suas coisas, decidiram montar sua história. Nos EUA estava tendo alguns ataques e era o sonho de Virginia estudar em Hogwarts, então ambos foram para lá. Harry teria apenas um irmão, um dos melhores amigos de Gi, e seus pais estariam pelo mundo por causa dos ataques. Gina seria órfã e moraria com dois primos. Resolveram então a aparência.


Eles mudariam apenas o rosto. Gina mudou alguns traços do rosto do garoto, além de deixa-lo ruivo e com olhos azuis como pediu. O feitiço duraria bastante, até acabar a missão. Gina mudou suas feições para parecer uma típica Ambrósio Le Faye, como disse ser. Mirian e Merlin não se importariam dela se passar por sua descendente, até porque, ela era mesmo. Cabelos negros e olhos azuis escuros como Merlin, mas os traços de Mirian.


Depois de pegarem suas notas com Gustave e se despedirem, seguiram para o Caldeirão Furado, onde alugaram um quarto. Na mesma noite, seguiram para Hogwarts, iriam conversar com Dumbledore.


Durante os dias que antecederam o começo das aulas, Gina foi atrás de todas as horcrux, sozinha, contra a vontade do namorado. Sim, eles estavam juntos. A ruiva não aguenta ficar muito longe do moreno, agora ruivo. Ela fez todo o processo das horcrux novamente, deixando apenas Nagini e o Diadema. O objeto de Raveclaw ficaria para quando tivesse tempo no castelo e a cobra, assim que desse.


O tempo foi passando. Gina e Harry já estavam em Hogwarts e amigos dos Marotos. o casal havia concordado em juntar os casais, mas não mudariam a condição de Remo, nem a separação dele com Cisa, isso mexeria no futuro de Dan, Draco e Manu. A ruiva decidiu que enquanto desse, ela seria o que sempre deveria ser, uma garota normalmente marota. Apesar de tudo, ela não deixou de ser a garota preocupada de sempre.


É claro que os dois entraram no time de Quadribol, não conseguiriam ficar sem jogar, mesmo que só por um ano. Gina, como era de se esperar, era a melhor da sala, até mesmo que os pais.


Gina e os marotos se deram muito bem, a ruiva estava adorando zoar com o pai e com os "tios", prinncipalmente com Rabicho. Harry geralmente a encontrava no salão comunal apenas para ficarem abraçados. Era difícil para a garota conviver com o responsável pela morte dos pais sem poder fazer nada.


- No fundo, ela é apenas uma garotinha assustada, que precisa de precisa de apoio e proteção. - disse Carlinhos com um leve sorriso.


- Sim Carlinhos, por dentro ela é frágil, mas se faz por forte. - disse Bernardo - Igual uma Rosa. Uma flor delicada, mas seus espinhos enganam a todos.


- Sim, ela é como uma rosa. - Harry sorriu com a comparação. Sim, sua ruiva era como uma rosa.


No dia do passeio para Hogsmeade, Gina iria aproveitar para cuidar do diadema, a dor de cabeça foi apenas uma desculpa. Porém, assim que saiu da sala precisa, recebeu o patrono de Tiago, o vilarejo estava sob ataque. Sem nem pensar, a ruiva se materializou no povoado.


Estavam todos presos e sobre as vistas de comensais e dementadores. A morena passou a aparatar por toda a cidade com bastante barulho, para atrair a atenção de todos. Conforme os comensais e dementores apareciam, ela desacordava os bruxos e seu grifo-patrono acaba com os dementadores. Depois de todos estarem sãos e salvos, os marotos e companhia foram chamados para a sala do diretor, já que Pedro fora pego por Gina. Um alívio se apossou da ruivinha, talvez assim seus pais sobrevivessem.


Com o desafio do duelista, Gina aproveitou para acabar com os projetos de comensais que tinham em Hogwarts, além de aproveitar para duelar com os marotos. A cada duelo, a garota utilizava feitiços simples, deixava seu adversário atacar e se cansar, isso sempre funcionava.


Logo o Natal chegou e, com ele, a carta para o baile anual de sangue-puro. Algumas pessoas já sabiam que uma Le Fay estava em Hogwarts, o que resultou num convite para a mesma, tudo conforme a ruiva/morena planejara. Muitos sangues-puro eram partidários de Tom, se Gina pudesse apenas ter a certeza de quais...


No recesso, Gina iria com o pai para a mansão Potter e poderia conhecer os avos pessoalmente, sem ser por quadros. Estava muito ansiosa e feliz, por dentro é claro, nunca demonstraria isso. Depois do baile e da guerra de neve, Charles e Dorea chamaram a garota para uma conversa, aproveitando que todos estavam dormindo.


- O que gostariam de falar comigo? – perguntou a garota já prevendo o que aconteceria.


- Você é do futuro não? – perguntou Charles direto.


- Sim, eu sou. – disse ela séria. – Descobriram pelo sobrenome?


- Sim, sempre soube que era descendente de Merlin e Mirian e mesmo os Le Fay tendo outra descendente, suas feições são a mistura dos dois. – explicou Charles.


- Sim, é verdade. Mirian tinha uma irmã, muito adorável por sinal. – disse Gina sorrindo. – Mas devo pedir que não conte isso a Tiago e Lilian, por favor.


- Você é filha deles? – perguntou Dorea sorrindo.


- Não posso revelar nada sobre o futuro Dorea. – disse Gina. – Eles não podem, em hipótese alguma, saber sobre Merlin e Mirian, nem que descendemos deles.


- Por quê? – perguntou Dorea.


- Porque isso resultaria em problemas para mim, nem vocês deveriam saber disso. – disse Gina. – Por favor, quando forem contar a verdade para eles, escondam que Gryffindor era neto de Merlin, por favor.


- Certo, faremos isso. – disse Charles depois de um tempo.


- Ah, e se tiverem uma neta, contem para ela, o mais cedo possível, sobre mim. – disse Gina antes de sair. – Ela tem uma grande parcela de culpa na minha vinda para cá.


Depois do ataque ao Beco a garota se dirigiu para uma reuniãozinha de comensais, nada de muito importante, mas precisava descontar sua raiva/frustação em alguém e eles foram escolhidos. Mas depois ela realmente fez uma cópia de si mesma para duelar. Era o melhor jeito de treinar, se ela conseguisse vencer alguém que sabia todos os seus truques, ela melhoraria sempre.


Na final do desafio, Gina contra os Marotos, ela aproveitaria para ajudar o pai a despertar os poderes de Herdeiro, além de fazer Harry atingir seu máximo. Ele não fazia isso com medo de machucar seriamente alguém. Mas para os marotos darem seu máximo com ela, ela teria que os irritar, e irritar pessoas, era uma coisa que ela fazia muito bem, bastava saber o que deixava a pessoa desconcentrada.


Depois do duelo, quando o garota foi desarmada por alguém de dentro do colégio e levada para os domínios de Tom, Gina soltou um leve sorriso, as coisas estavam quase acabando. Apesar das torturas, a marota conseguiu, em algum momento, lançar um feitiço não verbal e sem varinha em Nagini, com o objetivo de destruir a horcrux de dentro da cobra. Agora só faltava Tom. Quando conseguiu sair de lá, estava um pouco fraca, por isso desmaiou. Mas só necessitaria de algumas horas de sono se não fosse por Hades avisá-la em seu sonho que ela teria uma reunião no Olimpo. A ruiva teve que esperar todos saírem da enfermaria, fazer uma cópia sua e seguir para o Empire State Building, 600 andar, nova sede do Olimpo. Foi um pouco difícil convencer o porteiro a deixa-la subir, mas no fim ela conseguiu. Quando desceu do elevador, ao chegar lá, os olhos dela brilharam. As construções, os deuses menores, tudo aquilo era fascinante. Ela sentia a magia do lugar, cada coisa nova que surgia, sua vontade era de estudar e memorizar cada detalhe. A arquitetura do lugar, tudo combinava a antiguidade grega com a modernidade de um jeito fascinante. Logo ela chegou à sala dos tronos, onde os doze deuses estavam, além de Hécate.


- Seja bem vinda ao Olimpo, Gina. – disse Hades com um sorriso estranho aos deuses, um sorriso amigável.


- Obrigado permitirem que eu conheça esse mundo. – disse Gina com uma reverência.


- Você é Ginevra Potter, a garota que conseguiu um meio de impedir o teletransporte das almas? – perguntou Zeus.


- Bem, sim. – disse Gina retirando seu colar do pescoço. – Aqui está.


- Deixe-me ver. – pediu Hécate, ao que o colar foi para a deusa. - Sim, posso ver o que você disse Hades. Realmente muito impressionante. De onde veio a ideia de usar seu sangue hibrido?


- Como vampiros e lobisomens são resistentes a maioria dos feitiços, exceto alguns mais poderosos, e como quando eu assumo minha forma hibrida fico muito mais resistente, achei que poderia funcionar. – disse Gina dando os ombros.


- E o bloqueio do teletransporte? – perguntou Atena para a menina.


- Inventei um feitiço baseado na minha punição. O pagamento pela “morte” de Lúcifer foi a minha incapacitação mágica durante doze horas depois de viagens temporais, e se eu tempo viajar antes disso, uma barreira me impede. – explicou Gina. – Baseado nisso, fiz um feitiço e deu certo.


- Se você não fosse tão parecida com seus pais, sua mãe principalmente, diria que era filha de Atena pela inteligência ou de Hefesto pela vontade de sempre criar coisas. – disse Hades sorrindo para a garota.


- Então Hécate, o colar realmente funciona? – perguntou Apolo.


- Sim, perfeitamente. – disse Hécate e sorriu para Gina. – Você fez m bom trabalho, nem eu seria capaz de fazer algo assim.


- Obrigado. – agradeceu Gina trazendo o colar para si. – Posso reproduzi-lo?


- Sim, pode fazer os colares para seus amigos e família. – disse Hera.


- Obrigada. – disse Gina. – Posso ir?


- Sim, mas logo voltaremos a nos ver. – disse Héstia.


- Lúcifer é filho de Érebo, não é? Filho do deus primordial da personificação das Trevas. – disse Gina.


- Exato, Lúcifer é filho de Érebo, o que o torna muito mais poderoso do que qualquer outro semideus, ainda aliado as Trevas pura e carnal. – disse Poseidon.


- A mãe dele, foi uma grande feiticeira das Trevas, motivo pelo qual ele tem esse grande poder. – disse Hermes.


- Todos os semideuses e Caçadoras que mandamos atrás dele morreram e, em algum momento, ele conseguiu realizar viagens dimensionais. – Ares falou, até mesmo o deus da guerra estava farto com aquele semideus.


- Cada vez mais, Lúcifer se torna mais forte. – disse Deméter. – Até mesmo preso no Tártaro, ele já está planejando seu próximo ataque.


- E porque vocês não fazem alguma coisa? – perguntou Gina. – São deuses!


- Se fizermos qualquer coisa contra Lúcifer, os primordiais atacaram. – disse Hefesto.


- E as coisas estão bem complicadas sem eles querendo confusão. – completou Dionísio.


- Você é nossa única opção. – disse Afrodite. – Mesmo sem todo o seu poder e sem ser uma semideusa, você conseguiu muito mais do que todos que tentaram.


- Mas não será por muito tempo. – disse Gina. – Logo Lúcifer conseguirá poder o suficiente para fugir do submundo e irá destruir meu mundo, meus amigos, minha família.


- Sim, logo ele voltará. Mas no momento, ele ainda está sem forças. – disse Ártemis. – Mas no momento, coisas mais importantes tem que ser decididas.


- E elas têm a ver comigo, certo? – disse Gina com um suspiro, ao que a deusa concordou. – Devia imaginar.


- Érebo está pensando em auxiliar o filho, caso isso aconteça os deuses intervirão, mas até lá, não podemos fazer nada contra eles. – disse Ares.


- Nós então decidimos. – começou Atena, mas pela cara de Zeus ele não foi a favor disso. – Lhe dar uma ajudinha.


- Desculpe se for grossa, não é minha intenção nem nada Atena, mas não quer nada que venha de vocês. – disse Gina séria. – Já tenho poderes demais para controlar, riscos demais a correr, não preciso de mais um.


- Você tem muita coragem para desafiar deuses dessa maneira filha. – disse uma voz etérea.


- Nix. – disseram os deuses.


- Sim. – disse a deusa da noite aparecendo. – Como vai criança?


- Bem na medida do possível Nix. – disse Gina dando os ombros.


- Fique tranquila criança, não vim aqui lhe julgar nem nada. – disse a deusa com um sorriso.


- Você fala como se já a conhecesse. – disse Dionísio.


- E a conheço. – disse Nix. – Gina é uma de minhas filhas, as Sacerdotisas de Avalon.


- Você é sacerdotisa? – perguntou Poseidon surpreso.


- Sou uma sacerdotisa de Avalon, uma maga dimensional Elemental e uma Caçadora Suprema de Ártemis. – disse Gina automaticamente, fazendo todos ficarem surpresos. – Viu? Por isso que não quero mais poder, já tenho até demais.


- Mesmo assim, você receberá as benções. – disse Nix. – A minha você recebeu ao aceitar se tornar uma Sacerdotisa.


- Se você é mesmo uma Caçadora, já tem minha benção. – disse Ártemis sorrindo para Gina. – Mas fique com isso. – disse lhe entregando uma adaga. – Para caso algum monstro lhe encontre.


- Minha benção e de Afrodite você já possui. – disse Hera com um sorriso.


- Maldito dom das Almas Gêmeas. – disse Gina revirando os olhos.


- Sim, não o deixe fugir. – disse Afrodite piscando um dos olhos.


- Apesar de não precisar, você tem minha benção. – disse Atena sorrindo para a garota.


- Com sua bela voz e com esse brilho no olhar, você tem minha benção. – disse Apolo piscando para a garota, que bufou.


Um a um, os deuses foram dando suas benções e, no fim, com uma leve e delicada reverência, Gina sumiu dali. O tempo no Olimpo passou muito rápido, uma semana passou desde que ela chegou lá.


Mas a garota se surpreendeu, pois quando voltou para Hogwarts descobriu que estava tendo um ataque em Hogsmeade, com direito a presença do senhor branquelo e tudo. É claro que a garota não podia perder a festa.


Ela já chegou com estilo, é claro. Mas quando Tom lançou o Avada nela, sem ter como desviar, ela só tinha duas opções, ou virar sacerdotisa ou revelar que era maga dimensional. Optando pela primeira, se transformou em sacerdotisa e se concentrou, agarrando o feitiço em suas mãos. Logo começaram a duelar e Gina nem se cansava. Quando, enfim, ela o derrotou, levou todos para a sala precisa e misturo a história verdadeira de como se tornou uma sacerdotisa com uma rápida ficção.


Após se despedir de todos, foram jogados no tempo espaço, mas não antes da ruiva pegar a mesma caixa em que recebeu seu diário e o guardar ali, junto com os colares de proteção, finalmente prontos. A caixa foi escondida na Câmara Secreta, onde Gina aproveitou para matar o basilisco.


Após Harry se transformar numa mera lembrança e se alojar em seu novo corpo, com um feitiço para as memórias voltarem apenas se necessário, Gina aproveitou para se expressar numa música. Suas memórias só voltariam quando ela descobrisse quem era Virginia e que ela era uma viajante temporal.


“Tripping out


Spinning around


I'm underground


I fell down


yeah, I fell down


 


I'm freaking out


So, where am I now?


Upside down


And I can't stop it now


It can't stop me now


oooh Oooooh Oooohhh


 


oooh Oooooh Oooohhh


I'll get by


oooh Oooooh Oooohhh


I'll survive


When the world's crashing down


When I fall and hit the ground


I will turn myself around


Don't you try to stop me


oooh Oooooh Oooohhh


I won't cry


 


I found myself


In Wonderland


Get back on


My feet again


 


Is this real?


Is it pretend?


I'll take a stand


Until the end


 


oooh Oooooh Oooohhh


I'll get by


oooh Oooooh Oooohhh


I'll survive


When the world's crushing down


When I fall and hit the ground


I will turn myself around


Don't you try to stop me


oooh Oooooh Oooohhh


I won't cry


 


oooh Oooooh Oooohhh


I'll get by


oooh Oooooh Oooohhh


I'll survive


When the world's crushing down


When I fall and hit the ground


I will turn myself around


Don't you try to stop me


oooh Oooooh Oooohhh


And I won't cry”


“Alice – Avril Lavigne”


 


“Tropeçando


Girando


Eu estou debaixo da terra


Eu Caí


Sim, eu caí


 


Estou apavorada


Então, onde eu estou agora?


De cabeça para baixo


E não consigo parar agora


Não pode me parar agora


Oooh Oooooh Oooohhh


 


Oooooh oooh Oooohhh


Vou começar


Oooooh oooh Oooohhh


Eu vou sobreviver


Quando o mundo desabar


Quando eu cair e atingir o chão


Vou me virar


Não tente me impedir


Oooooh oooh Oooohhh


Eu não vou chorar


 


Eu encontrei-me


No País das Maravilhas


De volta


Sob meus pés novamente


 


Isto é real?


Isto é faz de conta?


Eu vou assumir uma posição


Até o final


 


Oooooh oooh Oooohhh


Vou começar


Oooooh oooh Oooohhh


Eu vou sobreviver


Quando o mundo desabar


Quando eu cair e atingir o chão


Vou me virar


Não tente me impedir


Oooooh oooh Oooohhh


Eu não vou chorar


 


Oooooh oooh Oooohhh


Vou começar


Oooooh oooh Oooohhh


Eu vou sobreviver


Quando o mundo desabar


Quando eu cair e atingir o chão


Vou me virar


Não tente me impedir


Oooooh oooh Oooohhh


E eu não vou chorar”.



Olá?! Alguém ai? Não? Certo, desculpe a demora. . . Mas além dos capítulos estarem um pouco grandes, mesmo de férias, eu tive que ajudar a minha mãe com as coisas de casa, junte isso com os preparativos para o Natal e tudo mais, igual a sem tempo para escrever. Triste, eu sei. :c 
 Mas, para a felicidade de todos, o cap. 4 está quase pronto. Acho que logo no começo de Janeiro eu posto ele. Chega de lenga lenga e vamos aos reviews. Ah, dica, você que está lendo, é fácil mandar um review ok? Você abaixa a janela e verá uma caixa de texto, escreve qualquer coisa, até mesmo um "gostei" ou "não gostei" e clique em enviar. Viu? Fácil não?

lily jean OLIVER: Okay amor, todo mundo percebeu que você adora cenas HG. . . E, quem sabe, um dia eu assista DW ok? Um dia. . . E sem ataques fangirl ok?

JuPJEWL: Sim Ju, cuidado com os perigos da Sala Precisa *vira os olhos* Ju, seu pai tentou paquerar a Gi! Briga com ele! Quero ver ler esse rápido, 48 páginas :P

 
Beijos amores e até ano que vem! ;) 

P.S.: Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo adiantado! Muita paz e amor paa todos ;) 

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Comentários (3)

  • lily jean OLIVER

    Censas HG são divas demais UGADHAGDHIOUAGD ginarry forever duplamente maninha Assista mesmo, aí poderemos falar sem você lançar aqueles olhares que dão medo e confessa logo ser viic song (vou apanha no MSN lalalala)  LI, EU QUEM SOU A FANGIRL AQUI, QUE PORRA É ESSA DE TOMAR O MEU LUGAR? *Chuta Li de volta pro CHB*ei doeu e eu tbm sou FANGIRL *sai correndo atras de ju  a alcança e começa a faze cosiquinhas nela* Sumemo, cuidado com os perigos da Sala Precisa! MAUAHUHAUAHUAHUHA cofcof ai que tosse cofcofmuito cuidado *sorriso marto e Trollface*   QUE PORRA É ESSA (2), PAI? VOCÊ PODE PAQUERAR A GINA, MAS ME DÁ O BILLIE JOE QUE É BOM NADA, NÉ? *Olhar medonho*Versão semideusa *ta um tapa na cara da irmã* PARO A PALHAÇADA SEM PANICO(1 seg depois) PAI COMO OUSA O CHALÈ JÀ TA LOTATO CARAMBOLAS E PARE DE DAR DE CIMA DELA E GINARRY 4EVER~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~H♥G~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Okay amor, todo mundo percebeu que você adora cenas HG. . .GINARRY♥♥♥♥♥♥4EVERMENTE OMM OMM OMM OMG OMG E, quem sabe, um dia eu assista DW ok? Um dia. . .FINALMENTE *--* assim podemos ivatir o estudios da BBC sem correr o risco de acabar na gaiola hehehehe falei demais né E sem ataques fangirl ok?maaas......... ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~G♥H~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~  - Acredito que saiba que é a Herdeira de Hogwarts... – começou o centauro ao que ela concordou. – Pois bem, ao completar dezessete anos, sobre a luz da Lua Cheia, você deverá refazer a barreira milenar. pq sempre tem que ser a luz da lua cheiaSel~like a diva~pq...............QUIETA :@ Mirian e Merlin não se importariam dela se passar por sua descendente, até porque, ela era mesmo.Mirian e Merlin é obrigado pelo ótimo material maroto mamySerio depois disso eu me recordei de quanto nos conhecemos as cenas passaram nun flash alias todoo cap parecia que via e ouvia os personagensN/jsw & p foi mesmo  - Carambola! Por que tudo tem que acontecer comigo?! – dizia Gina em grego Carambola ela disse Carambola é convivencia REALMENTE é perigoso *faz carinha de inocente* Cinco pessoas lhe encaravam, com armas apontadas diretamente para si. Um homem ruivo lhe apontava uma espada com rubis no cabo, uma mulher morena direcionava uma flecha sobre um arco de safiras, uma mulher loira estava com uma adaga de topázios amarelos, um homem de cabelos loiros, quase brancos, se encontrava com uma adaga de diamantes e, por fim, um homem moreno com uma espada de esmeraldas.ELA COHECEU OS FUNDADORES OMG*tendo ataque fangirl*N/p a Gi é minha parete *-**fala ente dentes*esquecidinha Ai lily *massagea no lugar do tapa* - Deixe-me ver. – pediu Hécate, ao que o colar foi para a deusa. - Sim, posso ver o que você disse Hades. Realmente muito impressionante. De onde veio a ideia de usar seu sangue hibrido?CuriosaaaaaaaaaaaaaHécate EIIIIIIIIIIIIIIIIIII eu to aqui sabiamas continua sendo curiosaHécate aff - Se fizermos qualquer coisa contra Lúcifer, os primordiais atacaram. – disse Hefesto.Sel os primordias VIRGULA eu fico do lado da Gi RUN P.S.: Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo adiantado! Muita paz e amor paa todos ;) Pra vc tbm mamy *abraça ela* LILY, O PRIMEIRO COMENT FOI MEU. PIREEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! HAUHAUHAUHAUHAUHA*mostra a lingua* mas eu li com mais.................atenção RUN e bem vc ganhou um corrida de comentario não todas de todos os caps da fic

    2012-12-30
  • JuPJEWAL

    P.S.2: LILY, O PRIMEIRO COMENT FOI MEU. PIREEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! HAUHAUHAUHAUHAUHA

    2012-12-28
  • JuPJEWAL

    OH MY FUCKING GOD, AVRIL NO CAPQUE LINDJO! *----*uhaushaushuashuahsuh Censas HG são divas demais UGADHAGDHIOUAGD Assista mesmo, aí poderemos falar sem você lançar aqueles olhares que dão medo *--*LI, EU QUEM SOU A FANGIRL AQUI, QUE PORRA É ESSA DE TOMAR O MEU LUGAR? *Chuta Li de volta pro CHB*Sumemo, cuidado com os perigos da Sala Precisa! MAUAHUHAUAHUAHUHA cofcof ai que tosse cofcofQUE PORRA É ESSA (2), PAI? VOCÊ PODE PAQUERAR A GINA, MAS ME DÁ O BILLIE JOE QUE É BOM NADA, NÉ? *Olhar medonho* E eu li UHAUHAUHAUHAUHA <s> Meia hora, masok </s>Beijos o/P.S.: Pra você também! 

    2012-12-28
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