Descobertos.



Capítulo 22 – Descobertos.


 


Harry e Tiago estavam novamente na Sala Precisa. O menino de óculos relatou o teste passado por Snape.


- Bom, mas agora em nenhuma hipótese você deve baixar novamente suas defesas. Mesmo para Dumbledore. Se precisar levar alguém, levo-o direto para a memória. Ou melhor, use uma penseira.


- Prefiro nunca dividir nenhuma memória com ninguém. – disse Harry. – E agora, não precisaremos de nos reunir mais.


- Para Oclumência não. – respondeu Tiago. – Mas existem outras coisas que posso te ensinar que provavelmente você não iria aprender aqui em Hogwarts.


- Como?


- Algo que você já ouviu falar, segundo meu guardião. Mas que vou incentivado a não tentar. – disse Tiago. – Porém, garanto que isso já passou várias vezes pela sua cabeça.


Harry olhou interrogativamente para ele. Tiago se afastou e a Sala foi crescendo. Ele parou em um ponto.


Harry pode ver que seu ‘mestre’ começou a crescer. Garras douradas brotaram nas mãos e pés, enquanto a roupa se fundia com a pele, que ganhava um aspecto escamoso. Uma cauda musculosa surgiu assim como asas. A cabeça ganhou um enorme focinho.


Parado no meio da sala havia agora um dragão branco com garras de ouro.


- Nunca pensei que fosse possível se transformar em um animal mítico. – disse Harry.


- Isso porque ninguém nunca tentou ou divulgou isso. – disse Tiago ao voltar ao normal. – Você deve ter imaginado que a maioria dos animagos não se registra.  Isso na verdade é uma lei antiga, que muitos ignoram. Como você deve saber bem. Em Salem fomos incentivados a tentar. Poucos realmente tentaram.  


-E como faremos, não me lembro bem se Minerva disse algo de como começar o processo. 


- Duvido muito. – disse Tiago. – Meu guardião me falou que nem mesmo livros sobre isso têm na biblioteca de Hogwarts.


Quem seria esse guardião, e como ele saberia disso Harry só podia imaginar.


- E como começamos?


- Seria pelo controle da mente e da magia. Mas quem domina Oclumência já tem isso pronto. Mas existem três métodos para ver se pode ter certeza se alguém pode ou não ser um animago e que animal pode ser. Um feitiço, uma poção ou por hipnose. Para o seu caso o melhor método é a hipnose.


A sala se moveu novamente. Voltou a ser uma sala aconchegante. Com duas poltronas na frente de uma lareira.


- Cuide de suas barreiras, eu não preciso entrar nas suas defesas, só você. – disse Tiago. – Olhe nos meus olhos.


Harry fez isso. E logo viu os olhos castanho-esverdeados mudarem para uma névoa.


Essa névoa logo o encobriu. Ele piscou e estava no pé de uma montanha, ao lado de uma floresta. Ele não sabia o que estava fazendo ali, mas começou a escutar uma canção conhecida. Ele procurou a origem desta musica reconfortante e viu uma sombra passar pelo sol.


Ele viu a figura se empoleirar em uma árvore perto dele. Era uma fênix. Mas ele nunca tinha ouvido falar de uma fênix negra. Ele esticou o braço. E a bela ave voou até ele.


Harry acariciou a ave que pousou no seu braço.


- Então eu serei uma Fênix.  – disse Ele.


Mas de suas costas, veio um rosnado. Ele olhou para trás e viu uma caverna que não tinha percebido antes, e de lá olhos bestiais verdes olhavam para ele e a fênix.


Neste momento, Harry acordou.


- Espero que tenha gostado. – disse Tiago, oferecendo uma cerveja amanteigada para ele.


- Eu vi uma fênix negra. Mas você devia ter visto também.


- Perdi o contato assim quando você apagou, e mesmo assim você tem muitas barreiras na mente. E o que mais você viu?


- Como você sabe que eu vi algo a mais?


- Você não teria pulado do jeito que pulou ao ver uma fênix por mais diferente que ela fosse. – respondeu Tiago simplesmente.


- Somente olhos verdes me olhando, mas com uma ferocidade. – respondeu Harry serio. – E possível ter duas formas animagas?


- Ninguém nunca disse que não era possível. – disse Tiago. – Mas disseram que era impossível aparatar em Hogwarts.


Harry voltou para a sala comunal com sentimentos conflitantes. Feliz com sua forma de fênix que seria muito útil se tivesse os mesmo poderes, mas receoso com a segunda forma.


 


Vicky estava cozinhando o jantar. Já estava cansada da gororoba que Sirius fazia. Ela estava com saudade da comida de Molly. Mas depois do que aconteceu com Arthur, ela não pediria para a mulher ficar na Sede.


E como ela teve uma folga naquele dia, resolveu testar umas velhas receitas que ela tinha. Trabalhar no Departamento de Mistérios não colaborava muito com sua vida. Vivia comendo comida pronta, ou sanduiches.


Mas hoje seria diferente. Ela atordoou Monstro e o trancou no seu armário. Esse elfo só a atrapalhava.


Ela estava cozinhando já há alguns minutos quando Sirius apareceu. Ele estava farejando.


- Achei que Molly estava de volta. – disse ele.


- Se reclamar vai ter que cozinhar sozinho, ou pedir para o Monstro.


- Não era uma reclamação, mas um elogio. – disse o Maroto, com um sorriso no rosto.


- Vou deixar essa passar. – disse a inominável.


Poucos minutos depois, Remo e Tonks entram na cozinha.


- Dentro de uns quinze minutos, estará tudo pronto. – disse a cozinheira do dia.


Remo olhou para Vicky e depois para Sirius.


- Só viemos avisar que vamos comer fora. – disse o lobisomem. – Recebi um dinheiro para levar Tonks para comer, e se não fizer vou ser amaldiçoado.


Tonks estava com cara de surpresa, mas logo percebeu tudo.


- Sim, tem um ótimo restaurante que estava querendo ir. – disse ela puxando Remo. – Não esperem por nós.


Os dois que ficaram estavam com uma cara estranha.


- Ele estava brincando, certo? – perguntou Vicky.


- Temo que não. Só acho que não eram planos para hoje. – disse Sirius.


- Então será uma jantar para apenas nós dois. – disse Vicky com um brilho diferente no olhar.


 


A notícia da fuga dos comensais fez com que alguns membros da AH se esforçasse mais. Entre eles Neville.


Harry não comentou nada, mas ouviu várias vezes o amigo reclamar algo sobre fazer alguém pagar.


Novos membros foram se juntando ao grupo de estudo especial. Simas foi um.


Esse encontro era algo muito esperado. O Patrono.


A sala já estava cheio de névoa prateada das tentativas de cada um. Alguns patronos corpóreos já circulavam pela sala. Hermione brincava com sua lontra, assim como Rony tentava fazer seu Jack Russel Terrier fingir de morto. Luna estava com sua varinha atrás da orelha, mas uma lebre corria a sua volta. Harry achou que seria uma dos animais fantásticos que ela vivia comentando.


O de Gina era um Cavalo belo. Harry achou que havia algo errado ali.


Tiago estava o ajudando a incentivar os outros a tentar, mas ele mesmo não tinha mostrado seu patrono. Ninguém duvidou que ele fosse capaz.  Carol estava com a Cris, Daphne e Astoria.


Uma sensação de algo errado ia acontecer passou pelo moreno.


- Se prepare. – disse Tiago se aproximando dele, só reforçando a sensação.


De repente a porta se abriu, mas Harry não conseguiu ver quem entrou. Mas uma comoção aconteceu com os alunos, que se afastavam de algo. E logo ele sentiu algo acertar sua cintura. Ele olhou para baixo, e viu Dobby o abraçando.


- Ela descobriu e está vindo para cá. – disse o elfo.


- Quem descobriu? – perguntou Harry mesmo já sabendo a resposta.


- A Professora Sapa. – disse Elfo. – Ninguém gosta dela.


- Dobby, você está proibido de se punir por me avisar. – disse Harry sabendo o que o olhar de Dobby indicava. – Volte para a cozinha e não diga para ninguém o que você nos alertou.


- O que faremos? – Perguntou Mione ansiosa.


- Ninguém sai da sala por enquanto. – disse Tiago, contrariando a ideia de Harry. – Eu e Harry esperaremos nossa comedora de moscas. Assim que tiver tudo bem, Carol indicará as saídas. Ela não estará sozinha e não quero ninguém brigando por isso.


- Confie nele. – disse Gina para Harry, que já estava para rebater essas instruções. 


- Por você. – disse ele.


- Ela te ajudará, Fada. – disse Tiago para Carol.


Harry não entendeu isso, mas seguiu o outro para fora da sala. Assim que eles saíram a porta sumiu dos dois lados.


- A liderança é sua, só vou atuar quando precisar. Se precisar. – disse Tiago.


Alguns minutos depois Umbridge chegou com Malfoy e outros sonserinos.


- Te peguei onde diriam que você estaria. – disse a professora. – Mas cadê os outros? Cadê a sala?


- Nunca confie plenamente em dedos-duros. – disse Harry. – Mas você já tem a mim, pra que mais?


- Certo, você vem comigo. – disse Umbridge. – Vocês procurem por qualquer pessoa fora da sala.


- Vocês têm 10 minutos. – disse Tiago. – Ou serão punidos por estarem fora da sala comunal fora de hora. Você não pode estar em dois lugares. Mas Filch pode.


Malfoy olhou horrorizado. Ele já tinha perdido o distintivo, e se pegasse uma detenção estaria ferrado. Filch não acreditaria que eles estavam sobre ordens de qualquer professor que fosse.


Os sonserinos saíram reclamando para as masmorras.


Umbridge saiu escoltando os dois meninos para a sala do Diretor. Ela estaria feliz, se o menino misterioso, de que ela não sabia absolutamente nada, não estivesse indo junto.


Na sala do diretor, além de seu dono, estavam Minerva, Fudge, Kingsley, um auror que Harry não conhecia, Percy Weasley e Marieta Edgecombe.


- Eu os peguei. – disse Umbridge. – Eles estavam tramando contra o ministério conforme essa menina me disse.


- O que ela te disse? – perguntou o ministro ansioso.


- Que o Sr Potter estava realizando um grupo que treinava feitiços não autorizados pelo ministério. – disse a assessora. – Eles se encontraram pela primeira vez em Hogsmeade, onde meu informe estava, mas que por algum motivo acabou adormecendo e não me disse o que eles estavam fazendo. Mas hoje teria uma reunião, mas ela não disse mais nada depois que percebeu que uma azaração a afetou.


Harry podia ver escrito com o que parecia ser espinha a palavra “DEDO-DURO”. Hermione podia ser assustadora quando queria.


- Estranho você falar de feitiços não autorizados, sendo que todos os que vimos estarão presentes nos NIEMs e NOMs. – disse Harry. – E que eu sabia que um grupo de estudos precisava da aprovação direta do Ministro da Magia.


- Er... não é preciso. Mas... Como é um assunto de prioridade para nós tinha que ser informado alguma autoridade. – disse Umbridge.


- Dumbledore estava ciente. – disse Harry. – Aqui ele é a autoridade máxima.


- Sim, eu sabia. – disse o diretor. – Alguns alunos acreditaram que não estariam bem preparados e fizeram esse grupo de estudos com meu conhecimento e aprovação. Tem até um título bem apropriado para os tempos atuais. Armada de Hogwarts.


- A história nos mostra que os bruxos das trevas tendem a atacar Hogwarts. – disse um dos diretores em seu quadro. – Voldemort o fez antes de mudar de nome e tentou novamente duas vezes alguns anos atrás.


O ministro acreditou que tinha algo nas mãos, mas viu que tudo escapou como se fosse areia fina. Ele pensou em alguns argumentos que poderia criar algum problema para Dumbledore ou Potter, mas o menino Tiago, que ainda não tinha se pronunciado, poderia mudar tudo com apenas uma palavra. E não era hora de ter os duendes contra ele agora.


Umbridge tinha um olhar estranho no olhar. Ela cochichou com Ministro que abriu um sorriso.


- Acho que a Espada de Gryffindor ficaria melhor no ministério. – disse ele.


- Ela é uma relíquia da escola. Gryffindor não tem nenhuma relação com o ministério. – disse Dumbledore, sabendo que somente sua família e mais uma poderiam requerer aquela peça da escola, e nem ele, nem seu irmão o faria. E Fudge não pertencia à segunda família.


- Você não está na posição de Negociar. – disse Umbridge. – Ela agora pertence ao ministro.


Os quadros se revoltaram. Muitos chegaram a sacar suas varinhas.


- Isso é uma relíquia mágica. Não pode ser simplesmente requerida assim. No máximo pela pessoa que a encontrou. – disse Minerva, com as bochechas vermelhas de raiva.


- Existe um feitiço que pode indicar o dono de uma peça de grande poder como a espada. – disse Percy. – Os aurores conhecem o feitiço, pois é muito usado em buscas de objetos das trevas.


Os dois aurores confirmaram. E Dawlish, o segundo auror conforme Harry descobriu depois, se ofereceu para executa-lo.


Quando o raio laranja acertou a espada, ela começou a flutuar e brilhar. Depois girou com altíssima velocidade. Antes de disparar pela sala.


Umbridge pulou para debaixo da mesa do diretor. Fudge com certeza esperava que a espada se cravasse no seu peito, mas não teve reação. Marieta chorou em um canto, achando que seria mais uma vez punida.  Mas a espada foi diretamente para a mão de seu verdadeiro dono.


Tiago.


- Sabia que devia estar aqui. – disse ele guardando a espada em uma bainha que surgiu em sua cintura com o brasão de Hogwarts em ouro gravado nela.


- Isso é um absurdo. – Umbridge tentava falar no meio das salvas de palmas que vinham dos quadros, Minerva e até mesmo Kingsley.


- Eu exijo que o feitiço seja refeito. – disse o Ministro.


- Foi um de seus aurores que realizou o feitiço, se não confia neles, vai confiar em quem? – perguntou Tiago de forma selvagem. – Mas te darei a chance, conhece o Desafio de Merlin? 


Dumbledore se encostou na sua cadeira, essa era uma disputa que ele queria ver. Quem sabe assim o ministro percebia que ele dizia a verdade sobre Voldemort. Os quadros mudaram para ver a reação do ministro e da pseudo-professora quando fosse informado do que era.


- Desafio de Merlin? Que coisa é essa? – perguntou o ministro.


- Você deve conhecer a lenda de que Merlin cravou Excalibur em uma pedra para que somente o verdadeiro herdeiro do trono da Inglaterra pudesse retirar. No caso Arthur Pendragon. Basta que alguém realize o feitiço para que essa espada fique presa em uma pedra, e somente seu verdadeiro dono possa a retirar. – disse Tiago.


Fudge aceitou, pois ele era o ministro, podia requerer o que ele quisesse.


Desta vez Percy se voluntariou para fazer o feitiço. Uma grande pedra apareceu no meio da sala. Tiago sem nenhum problema lançou a espada para cima, fazendo ela entrar na pedra como se fosse uma monte de neve.


Percy e Dawlish testaram para confirmar que estava bem presa.


- Eu tentarei. – disse o ministro.


Ele tentou de tudo, apoiando o pé na pedra, usando as duas mãos. E Nada.


Umbridge também tentou, mas desistiu quando seu papo começou a crescer e ela coaxou.


Dumbledore, Minerva e Kingsley passaram a oportunidade.


Tiago falou para Harry tentar, mas se ele conseguisse não era para ele retirar tudo.


Ele precisou de um pouco de força, mas a espada começou a se mexer, coisa que não tinha acontecido antes. Na metade ele soltou e a espada voltou para seu estado original.


- Não era minha mesmo. – disse ele.


Fudge tentou novamente, agora que Harry havia tirado. Mas só fez a espada se afundar mais.


Tiago pegou a espada e a tirou quase completamente como se a pedra fosse de gelatina. Faltando a pontinha, ele se virou para o ministro.


- Quer que outras pessoas tentem?


- Claro, não quero que essa espada volte para os duendes. – disse ele.


- Não estou a serviço deles, para entregar sem uma luta.  – disse Tiago. – Mas é seu direito. Três dias. Hall de entrada da escola. Qualquer uma pode tentar. No fim deste período eu retirarei e matarei qualquer um que me desafie.


Fudge engoliu em seco, mas concordou.


Com um clarão a pedra sumiu.


- Acho que esta na hora de irmos dormir. – disse Tiago. –


- Leve a Srta Edgecombe para a torre da Corvinal, enquanto Sr Potter é escoltado pela Professora McGonagall. – Disse o diretor. – Precisarei fazer arranjos para receber visitas pela manhã.


 

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Comentários (3)

  • vinicius saldanha bastos

    adorei a fic continue a historia em achei muito boa realmente ja a li algumas vezes os primeiros cap mais so me aproundei hoje e gostei  

    2013-09-27
  • Natascha

    ficou ótimo como sempre.....e essa idéia da espada foi ótima!

    2013-09-14
  • ROC

    otimo...

    2013-09-14
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