Oclumência



Capítulo 19 – Oclumência


 


A Sede começou a perder seu clima festivo. Isso se dava em razão de Sirius, que estava em um péssimo humor e de Molly, que estava preocupada com seus meninos nas garras da Sapa Rosa.


A ruiva sempre que passava por um deles dava um abraço. Até mesmo em Tiago, que tinha ajudado a todos depois do ataque a Arthur.


Mas Sirius quase não saia do quarto onde estava Bicuço. E quando o fazia estava muito azedo.


Harry não podia deixa-lo assim.


- Sirius, você já está preso aqui, devia fazer algo útil e não ficar carrancudo por ai. – disse ele chegando perto do padrinho.


- Como? Eu estou aqui e você preso com aquela mulher. – disse o animago.


- Não seja por isso, eu tiro as cortinas da sua mãe, e ficamos iguais. – disse Harry com um sorriso maroto.


- Eu preocupado e você fazendo piadas?


- Desculpe, era sua função isso?


-Ei cadê aquele menino que conheci na casa dos gritos?


- Alguém tem que ser Maroto aqui. – disse Harry.


- Hahaha. – riu Sirius. – Essa piada não teve graça.


- E não se preocupe com a sapa. Tenho Tiago do meu lado, por algum motivo ela tem medo dele.


- Pelo que ouvi dele pode ter certeza que Voldemort vai ter medo dele quando se encontrarem. – disse Sirius com um ar misterioso.


A conversa foi encerrada bruscamente por gritos vindos do corredor.


Tonks havia derrubado o porta-guarda-chuvas e acordado a Sra Black. Eles correram para lá.


Tiago estava ajudando a auror a levantar.


Sirius e Harry foram para o quadro.


- MESTIÇOS. TRAIDORES DO SANGUE. E VOCÊ SEU BASTARDO. – gritava ela.


- Eu realmente me sinto um bastardo.  – disse Sirius. – nunca me considerei seu filho.


- EU TE DEI UM NOME, UM SANGUE E É ASSIM QUE ME RETRIBUIU?


- Por que eu to discutindo com um quadro? – perguntou ele. – Já sei porque não consigo tirar essa moldura dai.


- Ela prendeu a moldura? – perguntou Harry com um sorriso malicioso.


- Sim. O feitiço está na moldura.


Harry pegou a faca do meteorito do coldre e ficou na pintura.


- Tudo o que temos e tirar a tela.


- NÃO OUSE SEU MESTIÇO.  – podia ouvir o tom de medo dela. – eu fujo.


Quando ela se levantou de sua cadeira para sair da tela para a próxima, uma faca se cravou no outro lado da pintura.


- Quero ver você fazer isso. – disse Tiago, obviamente quem lançou a faca. – aliás, não sei por que não fez antes quando fechávamos a cortina?


- Ela sempre foi preguiçosa, e se tirássemos o quadro que ela estava na parede ela ficaria presa nele. – disse Sirius.


Harry e Tiago terminaram de cortar a tela. E enrolaram.


- Finalmente me livrei dela. – disse Sirius. – De que é essa faca, Tiago.


- Uma liga especial. Oxiargentato de titânio. – disse ele com um sorriso.


A alegria de Sirius era tanta que nem se lembrou do embrulho que estava no seu bolso, quando ele subiu com os dois para arrancar a árvore genealógica.


 


Harry desejou que tivessem outra alternativa  para voltar a Hogwarts. Sua outra viagem com o Noitebus não lhe trazia boas lembranças.  Mas teriam que usa-lo, era o menos perigoso para ele agora. Queria poder aparatar como Tiago, mas não queriam irritar mais o ministério.


Desta vez ao invés de camas, muitas cadeiras estavam espalhadas pelos três andares do ônibus mágico.


Lalau até tentou conversar com ele, mas Tonks, vestida de fazendeira rica, cortou qualquer papo.


A cada arranque as cadeiras saiam do lugar jogando seus ocupantes para longe. Alguns usuários conseguiam se manter na cadeira, mas Rony sempre caia.


- Nunca mais quero andar nisso. – disse Rony. – Devia ter acreditado quando você contou Harry.


- Esse andar, balança mais que o primeiro. – disse o moreno.


Mas eles tinham conseguido apenas lugares no terceiro, enquanto Tonks ficou com os gêmeos no primeiro.


Pouco depois, Lalau informou que a senhora brava tinha pagado para eles serem os próximos, só deixaram uma mulher que parecia estar passando mal. Pelos sons seria melhor mesmo ou outras pessoas passariam mal também.


Mais um salto e eles estavam em Hogsmeade. E a caminhada para Hogwarts foi tranquila. E esperavam pela recepção de Umbridge, mas ela não estava em lugar nenhum.


Estava tendo uma festa na torre da Grifinória.


- Festa? – perguntou Fred.


- E nem foi a gente que fez? – completou Jorge.


Angelita que deu a notícia.


- A menina Leonix mais nova foi selecionada para Grifinória.


- E a mãe dela vai virar professora substituta. Vai dar qualquer aula que os professores não puderem. – disse Alicia.


- Acho que teremos Tiago e Carol mais tempo por aqui. – disse Luna cumprimentando a todos.


Umbridge só foi vista novamente depois do café do dia seguinte, quando entrou correndo no salão comunal para tentar comer algo, mas assim que se sentou a comida desapareceu.


Ela estava com a roupa suja, amarrotada e com cara de quem não dormiu bem.


- Foi algo assim que aconteceu quando as férias começaram. – comentou um Corvinal.


 


Harry estava ido para a sala da professora McGonagall para tirar uma dúvida que tinha surgido e não tinha encontrado Hermione.


No meio do caminho esbarrou em Cho.


- Oi Cho. – disse ele. – Como você está.


- Oi Harry. Eu estou bem, as reuniões da AH estão me distraindo. – disse ela. – Sabia que vai ter uma visita a Hogsmeade no dia dos namorados?


- Serio? Não estava sabendo. – disse ele pensativo. – Vou ter que falar com Gina.


- A Weasleyzinha?


- Sim, ela é minha namorada. – disse ele num tom bravo.


- Fala verdade. Da última vez ela foi com o menino sem sobrenome, só pra não ir com Corner.


- Eu estou falando a verdade. Aliás, passei o Natal com a família dela.


Cho saiu dali pisando duro. E a dúvida de Harry esquecida.


 


 A primeira reunião da AH foi com um feitiço que Sirius tinha passado para Harry. Por sorte, era algo mais para diversão que para um duelo sério. Mas era sempre bom ter algo assim no repertório desviar atenção ou pegar eles desprevenidos.


Foi uma boa escolha, já que eles estavam com o sentimento de férias ainda.


- Que tal aproveitarmos para no novo primeiro treino de Oclumência? – perguntou Tiago quando já estavam todos se despedindo.


- Vamos começar com isso de uma vez. – disse Harry. – só vou avisar Gina.


Os dois ficaram sozinhos na Sala Precisa. Que em instantes passou de um salão para treinamentos para uma sala aconchegante. Duas poltronas postadas em frente a uma lareira com uma mesa de carvalho ao lado.


- Primeiro, você tem que saber do que se trata Oclumência e Legilimência. – disse Tiago. – Legilimência é a arte de penetrar na mente de uma pessoa, interpretar seus sentimentos e emoções de forma correta.


- Isso seria ler mentes? – perguntou Harry.


- Sempre achei isso. – disse Tiago. – mas os chatos sempre retrucam “A mente não é um livro pra ser lido”.  E como você pode deduzir, Oclumência e justamente o contrário. E a técnica que evita que sua mente seja invadida.


- E por que isso não é ensinado em Hogwarts?


- Muitos consideram isso arte das trevas, mesmo Oclumência que pode ser uma defesa. Povo idiota.


- Posso entender. Aposto que tem muitos aurores que sabem e usam para investigações. Por isso que não querem que as pessoas saibam Oclumência.


- Pode ser. Mas voltando a aula. Legilimência tem três tipos. Natural, passiva e ativa. Na natural a pessoa já nasce com esse dom, e muito raro e geralmente as pessoas não contam por ai. Como sei que você não vai contar pra ninguém, mas é por isso que Madame Promfrey atende tão bem.


- Tinha que ter um motivo. – Falou Harry pensativo.


- O passivo o usuário tem que usar o feitiço para realizar. É o normal, mas requer prática, tanto para lançar o feitiço que é complexo, quanto para aprender a interpretar o que vê. E temo o ativo, que basta o usuário pensar que pode ativar. Voldemort e Dumbledore usam esse.


- Por isso me sinto estranho quando perto de Dumbledore.


- Ele tenta ser discreto, mas isso tira muito eficiência. – disse ele. - Vou te mostrar como é a sensação de ter a mente invadida. Não vou ver nada, mas você precisa reconhecer uma invasão.


Harry não estava gostando disso. Mas assentiu.


De repente sentiu algo incomodando, parecido com a dor em sua cicatriz, mas em menor nível. Uma pontada na cabeça.


- Essa é forma passiva, mas a ativa tem uma coisa bem semelhante. – disse Tiago


- Ok.  – disse Harry se recuperando.


- Mas não se preocupe com isso, teríamos que chegar a um alto nível para conseguir algo de útil. Vamos nos concentrar em bloquear.


- Voldemort pode usar esse poder em mim agora? – perguntou Harry preocupado.


- Ele bem que queria, mas espaço e tempo são importantes para magia. E o castelo está muito longe de qualquer esconderijo que ele usaria. E a magia impregnada aqui é tão forte que ele não ousaria.


- E como poderei me defender? Como você fez com Snape?


- Não, aquele método é meio complicado de ensinar, digamos que tenho um dom especial para ele. Vou te mostrar o melhor. Alguns dizem que deve focar em algo externo, tipo uma decoração, outros se imaginar em um local calmo, ou simplesmente, pensar em nada. Mas são truques que só funcionam se tiver preparado. Muito difícil de parar ataque surpresa.


- E o que terei que fazer?


- Manter sua mente protegida todo o tempo.


 

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Comentários (2)

  • Neuzimar de Faria

    Estou curiosa. Como o Harry poderá proteger a mente o tempo todo? Aguardando o próximo capítulo. Até!

    2013-07-27
  • Natascha

    ficou ótimo! as coisas tão começando a esquentar.....

    2013-07-27
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