Semana Agitada

Capítulo 9 – Semana Agitada

 

Harry seguiu para a sala da professora de Transfiguração. Não queria estar na linha de tiro de Umbrigde.

Ele sabia que se Tiago não tivesse se aborrecido com a aula, ele teria falado de Voldemort, e agora, poderia estar em uma situação bem pior.

Bateu na porta e esperou.

- Entre. – disse a professora.

- Olá professora. – disse ele ao entrar. Ele notou que ela não estava sozinha, Vicky estava ali também.

- Potter. O que faz aqui? – perguntou ela. – Não devia estar na aula?

- A professora Umbrigde me pediu para entregar isso. – disse ele meio envergonhado da presença da mulher ali.

- Sente-se. – ordenou Minerva. – Pegue um biscoito.

- Não, obrigado. – disse ele.

- Potter, pegue um biscoito.

Ele resolveu obedecer, ainda mais que não sabia o que estava escrito no bilhete.

- Isso é verdade? – perguntou a professora com um brilho estranho nos olhos.

- Não sei o que está escrito ai. – disse ele, e Minerva deu um breve sorriso, que Harry pensou que pudesse ter imaginado.

- Aqui diz que Tiago se levantou na sala, humilhou Umbrigde. Disse que ela não era mais sua professora e abandonou a aula.

- Não acho que já humilhação ali. Ele só discordou da maneira dela de dar aula, e mostrou os erros dela. – disse Harry. – Ele pode ter citado Voldemort, algo como não importava se ele tinha voltado, mas que o ministério deveria se preparar pra isso. Principalmente que ele não é o único bruxo das trevas existente.

- Menino sensato esse. – disse Vicky. – Quando vou conhecer?

Minerva deu um olhar feio para a inominável.

- Mas o resto e verdade. – disse Harry rapidamente. – Mas como ele pode dizer que não a aceita como professora.

- Tiago é um aluno diferenciado. – disse ela escolhendo as palavras. – Por algumas questões que não me cabe discutir, ele tem um acordo com o ministério para poder estudar aqui. Ele foi disputado por várias escolas e mestres de magia. Mas conseguiu que Fudge o aceitasse aqui. Dumbledore não viu nenhum problema, claro. Ele só tem que trabalhar no ministério depois de formar.

- Ele é louco? Ele age como se odiasse o ministério e aceita isso? – perguntou Vicky.

- Isso me lembra de você. – disse a professora para ela.

- Só não gosto de como ele é administrado.

- Você não disse que não o conhecia? – Harry não conseguiu se segurar.

- Pessoalmente não, mas já tinha ouvido falar dele. – disse ela, dando de ombros.

- Mas ele só precisa trabalhar se o Fudge continuar.

- Eu gostei desse menino. – disse a loira. Só agora que ele percebeu mechas coloridas no cabelo dela. Vai ver perto de Tonks, isso passa batido.

- Quanto a não ser professora, Umbrigde perdeu todos os direitos sobre ele, e quem estiver por perto, se ele puder intervir. – Minerva falou isso de forma conspiradora.

- Acho que o sinal ira bater. – disse a professora, o que Harry entendeu como uma dispensa.

Ele pegou mais um biscoito, e saiu.

Mas ainda escutou.

- Terei um ex-aluno sabendo das suas opiniões. – disse a professora,

 E ele jurou ter visto Vicky corar.

 

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Harry sentia a ansiedade de Hermione que queria discutir o que tinha acontecido, ali mesmo no salão principal. Mas a morena sabia a necessidade de não fazer alvoroço.

Mas bastou entrarem no salão comunal para ela explodir.

- Como Dumbledore pode colocar aquela mulher pra ensinar a gente, ainda mais no ano de NOMs. – dizia ela revoltada. – Ela não pode fazer isso, não deixar a gente usar magia.

Ela continuou por alguns minutos, até se acalmar.

- Pelo menos ela não te deu detenção. Né? – perguntou ela para Harry.

- Não, ela levou a sério as palavras de Tiago. – disse ele.

- Queria saber o que fez isso? – disse Rony.

- Parece que eles têm um contrato. – disse Harry contando o que tinha ouvido de Minerva.

- Ele é louco? Trabalhar pro Fudge? – disse o ruivo.

- Só se ele continuar como ministro.

- Queria saber o que poderia levar o ministro aceitar isso. – disse Mione pensativa. – Dinheiro não é, senão Malfoy já teria feito algo assim. Ele deve ter algo que querem muito.

Ficaram alguns minutos pensando, mas não chegaram a nenhuma conclusão.

Em poucos minutos eles tentaram fazer os seus deveres, mas a distração causada por Fred e Jorge com seus inventos. Mais precisamente usar os calouros para isso.

Mione perdeu toda a vontade de fazer seus deveres. Então tirou agulhas e começou a tricotar.

- Para que isso? – perguntou Rony.

- Estou fazendo chapéus para os elfos domésticos. – disse ela. – Quero ver se posso libertar todos. Tricotar sem magia é chato. Mas aqui em Hogwarts vou usar magia e acelerar tudo.

- Hermione entenda uma coisa. – disse Rony. – Os elfos não querem ser libertados. Eles gostam de trabalhar.

- Isso porque eles não sabem que podem ser livres. – disse a monitora. – Veja Dobby, ele é feliz depois que Harry o libertou.

- Me deixe fora disso. – disse o moreno. – Dobby é um caso especial.

Depois dessa, Hermione se revoltou e foi dormir. Mas deixou alguns chapéus que já tinha feito escondidos no lixo da sala, que seria recolhido pelos elfos.

- Ela é louca. – disse Rony indo dormir.

Harry preferiu terminar seu dever de poções.

 

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Hagrid não estava na mesa dos professores no dia seguinte. Isso já era preocupante.

Mas eles não tiveram tempo para pensar sobre isso.  Os professores começaram a apertar as aulas.

A aula de Feitiços não foi tão difícil, mas a de Transfiguração foi.

Feitiços para desaparecimento foi realmente complicados, e somente Hermione e Tiago conseguiram sumir com os caramujos que estavam treinando. Mione na terceira tentativa, e Tiago ninguém viu, já que ele preferia não chamar atenção, coisa que Minerva ajudou. Dando pontos apenas para Mione, e não comentando nada sobre o efeito do garoto.

Na aula de Cuidados de Criaturas Mágicas, todos esperavam ver o sorriso de Hagrid, mas era a professora Grubbly-Plank que esperava por eles.

Ela mostrou para todos Tronquilhos, um animal que vivia em árvores boas para varinhas. Obviamente, Mione ganhou pontos por responder a perguntas. O que não deixou Malfoy muito feliz.

- Estou feliz com as novas diretrizes do ministério. – disse ele. – Quem sabe assim o meio gigante não volte.

- Por que você não cala a boca, Malfoy? – disse Tiago que estava fazendo o trabalho com Dafne novamente. – Estou aqui para aprender, não para escutar o lixo que você fala. Já te disse ontem no salão comunal. Sei pai não pode te proteger sempre. Ainda mais que ele não está aqui pra te salvar.

Harry viu Malfoy chegar a pegar a varinha, mas desistiu. Aparentemente essa discussão não era de hoje, e não terminaria ali.

 

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Harry estava sozinho fazendo seus deveres.

Mione tinha subido pra tricotar em paz, muita gente ficava a encarando como se fosse louca. Enquanto Rony tinha desaparecido logo depois do jantar, murmurando algo como coisas de monitoria.

Decidiu que esse ano seria um aluno exemplar, ou pelo menos se esforçar para isso. Com o ministério sobre ele, não daria motivos para mais nada.

Estava terminando sua lição de Feitiços quando o quadro da Madame Gorda se abriu. Ele olhou esperando ser seu amigo, mas foi outro membro da família ruiva que entrou.

Gina estava com três livros nas mãos.

- Pra que tudo isso? – ele perguntou quando ela jogou os livros sobre a mesa.

- Tarefa de Feitiços. – disse ela.

- Bom, ter Mione ao nosso lado simplifica as pesquisas. – disse ele. – Sobre o que é, posso te ajudar.

- Oh, Harry. Você faria isso por mim. – perguntou ela aliviada.

- Claro, já terminei a minha mesmo. – disse ele, mas sabia que ainda tinha mais duas pra fazer. Mas poderia deixar pra depois.

Foi com os dois dando gargalhadas que Rony os encontrou. Não sabia se interrompia, ou deixava seu amigo em paz.

Deixou Harry com Gina. Era melhor o ver sorrindo do que gritando.

Muita gente viu os dois e começou a não entender. Gina estava andando muito com o aluno novo e agora estava ali com Harry.

Os dois estavam tão envolvidos um com o outro que Hagrid poderia entrar pela janela montado em um dragão que eles não perceberiam.

 

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Harry pegou sua Firebolt, louco para voar e seguia para o campo de quadribol. Tinha descoberto que os desaparecimentos de Rony durante as noites eram para poder treinar. Então seria mais um dos concorrentes.

- Espera Harry. – disse Gina quando ele ia saindo. – Vou com você.

- Seja bem vinda. – disse ele. – Um dia vou quer ver você jogando.

- Como você sabe que eu jogo? – perguntou ela.

- Toda sua família joga. Percy finge bem, mas joga. Sei até que sua mãe jogou nos tempos do colégio.

- Eu poderia ter jogado com você na toca, mas os idiotas dos meus irmãos não me deixam voar.

- E você quase não conseguia ficar perto de mim naquela época.

Gina deu um tapa nele.

- Isso já passou. – disse ela. – Agora posso falar muito bem com você.

Eles seguiram conversando quando encontraram com Tiago.

Ele estava cheio de penas pelo corpo.

- O que aconteceu? – perguntou a ruiva.

- Fui tentar mandar uma carta usando uma das corujas da escola, mas aparentemente nenhuma quer. – disse ele. - A única que não saiu voando de mim foi a Edwiges.

Harry achou isso estranho, mas provavelmente ela estava piando e reclamando das outras corujas.

- Potter, você poderia enviar essa carta pra mim? – Perguntou ele. – É pra Londres mesmo, então pode mandar quando for mandar a sua. Não tenho pressa.

- Claro. – disse ele, atordoado por ele saber que quem ele queria escrever estava em Londres.

- Você não parece muito preocupado com a reação das corujas. – disse Gina.

- Elas agem assim sempre comigo. – disse Tiago. – Nunca consegui comprar uma pra mim.

Ele saiu reclamando de ter muitas penas dessa vez.

- Estranho. – disse ele.

 

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Rony acabou sendo o escolhido como novo goleiro. Não foi o melhor, mas os outros não serviriam para o time.

Os gêmeos até se abstiveram de qualquer comentário pejorativo. Mas pareciam um pouco orgulhosos dele.

Tanto que fizeram uma festa para o ruivo mais novo.

Hermione era quem aparecia cansada. Mas também ela tinha mais matérias que todos, tinha a monitoria e ainda estava fazendo chapéus para os elfos. Ela estava dormindo em uma das poltronas perto do fogo.

- Você viu a Gina? – ela perguntou quando Harry a acordou. – Ela ficou de me ajudar a controlar os gêmeos.

- Perdi ela de vista depois que a seleção acabou. – disse ele.

- Hum, acho que hoje não preciso me preocupar com os gêmeos. – disse ela olhando para os dois brincalhões.

- Eles estão comportados hoje, acho que seus argumentos com eles fizeram efeito.

- Mas também quem gostaria de ir contra a Sra Weasley. – disse ela com um sorriso.

Alguém passou pelo quadro, saindo do salão. Mas parou chocado com uma cena.

Gina estava abraçada a Tiago.

 

 

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