A Audiência.



Capítulo 4 – A Audiência.


 


Harry tentou descobrir sobre essa possível arma, mas nada que ele conseguiu pensar se encaixava. Nem mesmo com ajuda das meninas algo saiu.


Os adultos não permitiam que mais nada vazasse. Não puderam participar de mais nenhuma reunião, e nem mesmo com o auxílio das orelhas extensivas dos gêmeos foi possível algo. Molly estava muito protetora e altamente preocupada.


Por isso eles estavam sempre ocupados na casa. Seja fazendo lições de casa, sob o olhar atento da matriarca, ou fazendo faxina na casa para torna-la habitável.


Não foi a coisa mais fácil que Harry já fez. Uma vez que a casa parecia que se recusava a se arrumar.


Tiveram que combater a infestação de fada mordentes da sala de desenho por três vezes. Até que Sirius perdeu a paciência e colocou fogo nas cortinas que serviam de refúgio para elas.


- As cores não combinavam com a finalidade do espaço. – disse Molly se resignando com o que o anfitrião fez. – Pelo menos teve o efeito esperado.


Aconteceram outros incidentes, como o serviço de chá que atacou Rony, que foi salvo por Tonks. Ou o conjunto de roupas que atacavam qualquer um que se aproximasse.


Todos os artefatos das trevas ou que lembravam remotamente a família de Sirius, era armazenado em um quarto secreto, assim poderiam ser devidamente destruídos posteriormente e não causar problemas para ninguém. Só ele tinha acesso a esse quarto.


Alguns membros iam e vinham. Mas Harry não viu Dumbledore em momento nenhum. Ele chegava na hora das reuniões e era o primeiro a sair.


 


HGHGHGHGHGHGHGHGHG


 


A primeira coisa que alterou essa rotina foi o aniversário de Gina. O café da manhã foi caprichado. Harry fez questão de ajudar, assim como Tonks.


Claro que Molly não recusou a ajuda de Harry, apesar de não gostar de ninguém na cozinha. Mas apenas pediu para a auror apenas contar alguns casos. Não queria queimar tudo.


Havia uma grande variedade de comidas na mesa. Claro que os meninos chegaram antes e já avançaram, isso incluindo Sirius.


Quando Gina chegou metade da comida já havia sido consumida ou estava em algum prato.


A ruiva já ia reclamar quando um prato com panquecas cobertas generosamente com cobertura de chocolate apareceu na sua frente.


- Achou mesmo que ia permitir que não tivesse pra você. – disse Harry.


- Obrigado, Harry. – disse ela dando um beijo na bochecha dele.


- Ei por que eu não tenho chocolate. – reclamou Rony.


- O aniversário não é seu. – disse Mione. – Sem contar que os dois que são viciados em chocolate, você come qualquer coisa.


O jantar que teve uma verdadeira festa com direito a bolo, chapéu de festa e presentes. Muitos membros da ordem compareceram como Minerva, Olho-Tonto e Tonks.


Depois de comerem o bolo, Gina abriu os presentes. A cada presente ela ficava feliz, mas um pouquinho decepcionada, não encontrava o do Harry.


Depois que pegou o que achou que era o último. Ficou surpresa ao ver uma pequena caixinha. O bilhete era simples. “H/G”.


Seu sorriso abriu, mas apenas as mulheres perceberam alguma mudança.


Era um anel simples com sete pedras vermelhas encravadas.


O que ninguém sabia era os feitiços que Harry havia acrescentado a ele.  Aproveitou que aquela casa era bem escondida, até mesmo do ministério para isso.


Havia posto um feitiço escudo, que a protegeria de alguns feitiços ofensivos. E também um sensor que o alertaria se ela tivesse com problemas, que o alertaria no cristal do colar que a ruiva havia lhe dado.


- Obrigado. – disse ela pulando no pescoço dele e dando um beijo em cada lado de seu rosto, como tinha feito com seus irmãos a abrir os presentes deles. – Foi o primeiro anel que ganhei.


- Foi nada. – disse ele vendo a amiga colocar o anel e se encaixar perfeitamente.


 


HGHGHGHGHGHGHGHGHG


 


Harry acordou cedo no dia seguinte. Ele estava muito ansioso para continuar deitado. Desceu e encontrou muita gente na cozinha. Sirius, Remo, Molly, Arthur, Tonks, Olho-Tonto. Obviamente o assunto morreu quando ele entrou.


- O que você vai querer? – perguntou Molly.


- Só algumas torradas. – disse ele, realmente ele não sabia se conseguiria comer algo.


- Você devia se alimentar direito. – disse ela.


- Só estou sem fome. – disse Harry tentando um sorriso.


Molly deu um prato com algumas torradas com geleia de amora. E depois tentou pentear o cabelo dele. Mas Remo e Sirius disse que era uma batalha perdida, Lilian tinha tentado com o Tiago e não havia conseguido.


- Como vou para o ministério? – Harry perguntou.


- Eu vou te levar de metro. – disse Arthur. – Achamos melhor não usar nenhum meio mágico. Você pode ficar até a hora da audiência na minha sala, fica no mesmo andar que o da Amélia.


A dupla saiu mais cedo. Arthur não usava muito a entrada para visitantes. E principalmente adora parar para olhar tudo a sua volta.


Harry teve que se segurar para não rir, e teve paciência para responder todas as perguntas dele.


A entrada não mais era que uma cabine estragada, ou pelo menos essa era a aparência que dava. Arthur apertou as seguintes teclas 6, 2, 4, 4, 2. Ironicamente dava a palavra MAGIA.


A cabine liberou um crachá para Harry, e começou a descer.


O saguão de entrada era enorme, com uma quantidade enorme de pessoas surgindo por lareiras. Mas o que chamou atenção foi realmente a fonte que havia ali no meio. Fonte dos irmãos mágicos. Mas eles não pareciam tão irmãos. Um bruxo e uma bruxa com rostos arrogantes, um elfo, um duende e um centauro submissos.


Ninguém, que verdadeiramente conhecesse centauros e duendes, acreditaria nisso.  


Logo ele estava na frente do porteiro.


- Varinha. – pediu ele.


Harry entregou, um pouco relutante. Sabia que a varinha voltaria para ele. Mas nenhum bruxo gostava de se separar de sua varinha.


- Azedinho, pena de fênix, 28 centímetros, usada a quatro anos. Confere? – disse o porteiro depois de analisar a varinha.


- Sim. – disse Harry.


- Assim que sair, você pega comigo.


- Pode deixar. – disse Harry ironicamente.


Os dois seguiram para os elevadores, Harry deu um sorrisinho quando a varinha reapareceu no coldre. Havia deixado no bolso antes para que ninguém notasse seu acessório novo.


- Sr Potter, Sr Weasley.  – chamou um bruxo vestido em uma impecável túnica vinho. – Sou Hélio Stuart. Fui contratado por um amigo seu para te defender.


- Me defender? – perguntou Harry.


- Sim, eu sou o que os trouxas chamariam de advogado. – disse Ele. – Mas temos que nos apressar, a sua audiência foi mudada para o Tribunal Dez, as oito.


- Mas faltam cinco minutos. – disse Arthur até que percebeu. – Dez? Mas não usamos o Dez ainda mais para um caso de magia de menor.


- O ministro não está muito coerente nos últimos dias. – disse Hélio.


- Estarei no meu escritório. – disse Arthur. – Infelizmente não posso te acompanhar, mas você estará em boas mãos.


Harry e Hélio desceram no nono andar e entraram por uma porta lateral.


- Aquele é o Departamento de Mistérios.  Literalmente é um mistério o que acontece lá dentro.


- Vocês estão... – disse Fudge olhando para o relógio. – Deixa pra lá. Podemos começar. Quem é você?


A sala estava cheia como nas vezes que Harry viu na penseira. Três bruxos se destacavam, o ministro e duas mulheres. Percy estava perto deles com pergaminhos e penas.


- Sou Hélio Stuart, serei o defensor do Sr Potter.


- Hum... – disse o ministro. - Audiência Disciplinar do dia doze de Agosto.  Entre os crimes cometidos sob o Decreto de Restrição do Uso Lógico da Magia por Menores de Idade e ao Estatuto Internacional de Segredo da Magia por Harry Tiago Potter, residente no número quatro, Rua dos Alfeneiros, Little Whinging, Surrey. Interrogador: Cornélio Osvaldo Fudge, Ministro da Magia; Amélia Susana Bones, Chefe do Departamento da Imposição da Lei Mágica; Dolores Jane Umbridge, Subsecretária Sênior do Ministro. Escrivão da corte, Percy Inácio  Weasley. Defensor: Hélio Stuart.


Percy anotou tudo.


- As acusações contra o acusado são as seguintes: que ele propositalmente, deliberadamente e de total consciência da ilegalidade de suas ações, tendo recebido avisos prévios por escrito do Ministério da Magia por uma acusação semelhante, produziu um Feitiço de Patrono numa área trouxa inabitada, na presença de um trouxa, no dia dois de Agosto às 9h23min, o que constitui uma crime sob o Parágrafo C do Decreto do Uso Lógico da Magia por Menores de Idade, 1875, e também sob seção Treze do Estatuto Internacional da Confederação de Segredo dos Bruxos. Você é Harry Tiago Potter, da Rua dos Alfeneiros, número 4, Little Whinging, Surrey?


- Sim.


- Você recebeu um aviso oficial do Ministério por usar magia ilegalmente três anos atrás, não recebeu?


- Recebi sim, mas fez mais estrago que a magia da qual fui acusado. – respondeu ele petulantemente, aquela acusação não foi verdadeira, já que não fora ela quem executará a magia.


- E você ainda conjurou um patrono na noite de sete de Agosto?


- Foi necessário pois... – mas foi interrompido.


- Sabendo que não é permitido a você usar magia fora da escola enquanto tiver idade menor que dezessete anos?


- Sim, fomos avisados no fim de cada ano.


- Sabendo que estava em área cheia de trouxas?


- Como disse foi necessário...


- Completamente ciente de que estava perto de um trouxa naquela hora?


- Sim - disse Harry zangado. - Mas eu só usei porque nós estávamos...


A bruxa com o cabelo curto falou, interrompendo Harry.


- Você produziu um patrono por completo?


- Sim. Por quê?


- Um patrono corpóreo, digo seu patrono teve uma forma bem definida? O que quero dizer é, ele era mais que vapor ou fumaça?


- Sim - disse Harry impaciente e ligeiramente desesperado. - É um cervo, sempre foi um cervo.


- Sempre? - perguntou Sra Bones. - Você já havia produzido um patrono antes?


- Sim, eu faço isso há mais de um ano.


- E você tem quinze anos?


- Sim, e...


- Você aprendeu isso na escola?


- Sim, o professor Lupin me ensinou no terceiro ano por causa do...


- Impressionante - disse Sra Bones, olhando-o. - Um patrono verdadeiro nessa idade... Muito impressionante mesmo...


Alguns dos bruxos e bruxas ao redor dela estavam murmurando outra vez; alguns concordando com a cabeça e outros franzindo a testa e balançando a cabeça para um lado e para o outro.


- Não é uma questão de quão impressionante foi a magia - disse Fudge impaciente. - De fato, quanto mais impressionante pior o caso, eu imaginaria, supondo que o garoto fez isso bem em frente a um trouxa!


- O trouxa em questão já tinha conhecimento do mundo bruxo. – disse Hélio. – Uma vez que é um parente com qual o Sr Potter mora, o que desqualifica a acusação de quebra do Sigilo Mágico.


- Sim, estamos cientes da presença do primo dele. – disse Fudge. – Mas estamos falando de uma senhora que passava naquela hora.


- Ela não se qualifica como trouxa, uma vez que ela possui pais bruxos. A Sra Figg, que foi arrolada como testemunha, mas dispensada por esse tribunal, é um aborto, logo tem todo o conhecimento do nosso mundo.


Fudge e a mulher ao seu lado se remexeram no seu banco. Harry podia jurar que aquilo era um sapo superdesenvolvido. Sra Bones deu um breve sorriso.


- Mas foi em uma área trouxa outros podem ter visto.


- Foi necessário... – tentou dizer Harry.


- Nada pode fazer uma magia assim necessária. – cortou Fudge.


- Por que achou que seria necessário? – perguntou Sra Bones.


- Fomos atacados por dementadores.


- Ouvi um conto assim. – disse o ministro como se fosse uma piada, Percy e outros riram. – Dementadores nunca iriam para uma área trouxa.


- Ou você está insinuando que o ministro tenha mandado te atacar? – perguntou Umbrigde, com uma voz muito infantil que fez Harry tremer.


- Estranho, vocês saberem disso e fazerem piadas. – disse Hélio. – Essas fotos revelam o ataque. Inclusive vocês receberam cópias delas.


- Fiquei muito preocupada. – disse Sra Bones.


- Eu não recebi nada. – disse o ministro.


- Não perco meu tempo com mentiras. – disse Umbridge.


- Se você não viu, como pode saber se é verdade ou não, se você nem viu. – disse Hélio.


- O ministério não enviaria dementadores para uma área sem perigo. – disse a mulher.


- Foi você quem levantou essa hipótese. – disse o advogado. – Eu estou dizendo que dementadores estavam presentes no momento que Harry realizou a sua magia. Essas provas provam isso.


- Mentira. – disse Umbrigde.


- Posso provar. 


Ele passou as fotos para um dos membros do tribunal que ele sabia que poderia atestar a veracidade das imagens.


Enquanto isso, ele continuou a falar.


- Conforme é de conhecimento, nem todos os dementadores estão sobre o controle do ministério. Existem alguns selvagens, principalmente em outros países.


- Essas fotos são verdadeiras. – disse o homem que analisava as fotos. – Dementadores realmente atacaram Sr Potter e o outro menino. Muito impressionante mesmo sua magia, Sr Potter.


- Obrigado. – disse Harry.


- Caso encerrado. – disse Fudge, e começou a se preparar para sair.


- Ainda não. – disse Hélio. – Isso tudo não seria necessário se o ministério revisasse seus próprios documentos. Aqui está o relatório dos aurores que capturaram os dementadores. Eles eram dementadores do ministério. E que foram enviados por ordem secretas.


- Você está acusando o Ministério disso. – falou Fudge vermelho de raiva.


- Não é minha função acusar ninguém, mas o ministério deve investigar quem deu essa ordem. Pode ser alguém que está trabalhando para atacar o Sr Potter ou destruir o Ministério.


- Isso será investigado. – disse Fudge.


- Mas não acabamos. Falta a indenização ao Sr Potter. – disse Hélio.


- Indenização?


- Sim, ele foi atacado por agente do ministério sem motivo.


- Eu estarei cuidando disso. – disse Sra Bones.


- Podemos aproveitar que estamos reunidos, vamos analisar outros processos que não foram finalizados. Como a indenização pelo ataque sofrido pelo Sr Potter, Sr Weasley, Srta Granger e Prof Snape pelos dementadores que estavam postados em Hogwarts há dois anos.


- Não foi pago? – perguntou Sra Bones espantada. – E o procedimento.


- Podemos ter nos atrapalhado com a fuga do Black. – disse Fudge.


- Outro assunto que eu fui contratado para me preocupar. – disse o advogado. – Acredito que a ordem para morta na captura deva ser retirada. Não houve um julgamento, e não estamos em guerra para uma ordem dessas deva permanecer.


- Black é perigoso. – disse Fudge.


- Depois de três anos de sua fuga, e nada foi relatado contra ele. E como disse, ele não foi julgado, o único que não teve esse direito. Mesmo depois da morte de seu suposto mestre.


- Temos varias testemunhas. – disse Fudge desesperado.


- Trouxas não enxergam magia direito. Não podem ser considerados, já que tiveram suas memorias apagadas rapidamente. O choque do momento altera percepções.


- Veremos a reabertura deste caso. – disse Sra Bones. – A ordem para o beijo está anulada.


- Mas essa ordem foi minha. – disse Fudge.


- Uma ordem que pode ser errada, como já provada com o incidente que aconteceu com Sr Crouch Jr. – disse a chefe do departamento legal. – Não pudemos apurar o que ele realmente realizou, Amus está possesso por causa disso. O filho dele morreu e ele nem pode entender o motivo.


- Pode anular então. – disse o ministro colocando seu chapéu. – Acabamos aqui. Tenho outros compromissos. Se tiver outros assuntos, discutimos em outra ocasião.


- Certamente. – disse Hélio. 


Já fora do tribunal, Harry viu Fudge conversando com Lucius Malfoy. Mandou um aceno irônico para o comensal.


- Obrigado pela ajuda. – disse Harry quando ele e o advogado entraram no elevador vazio.


- Disponha. – disse o outro. – Seu amigo e bem persuasivo. Sem contar que ganharei prestigio e uma porcentagem de tudo que for pago, com um diferencial do meio trouxa. Quem pagará será o ministério, não você.


- Se fora assim. – disse Harry feliz. Ele estava livre, Sirius poderia ser inocentado, e Rony ganharia uma grana.

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Comentários (3)

  • Carolzynha LF

    O Sirius vai ser inocentado, que bom. Já sabe que o amo o Sisi né? To esperando o proximo cap ^-^

    2012-12-16
  • Hurricane

    kkkkkkkkkkk AMEI O HELIO

    2012-12-15
  • Natascha

    ficou ótimo! adorei o julgamento..

    2012-12-15
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