Aulas de Ioga

POV Remo
 

Ah cara, isso não pode estar acontecendo.

Depois de 5 anos, 5 ANOS, ELAS CONTINUAM QUERENDO NOSSA CABEÇA EM UMA BANDEJA DE OURO.

E por algo que eu nem tive culpa.

Por que os idiotas inventaram de ir pra um encontro?

Por que os idiotas tem que ser tão galinhas?

Por que meu pai está rindo feito uma hiena?

– HAHAHA VOCÊS... HAHAHA... NO MESMO... APARTAMENTO HAHAHAHHA... QUE AS MENINAS.... HAHAHAH VOCÊS ESTÃO SUPER FERRADOS!

Nada melhor do que ter pais que te apoiam.

– Não seja exagerado Steven, elas não irão fazer nada. - Minha mãe mandou um dos seus olhares de dar medo para meu pai, que comprimia a barriga com as duas mãos de tanto rir.

– Hmm, Clair, você mesma viu como as meninas estão com raiva deles. Nós ouvimos elas gritarem e espernearem pelo menos uma vez por mês. - Tia Dorea comentou, fazendo tio Charlus rir.

Qual era o problema deles?

– Ah meu Deus, estamos perdidos. Eu vou perder meu Edzinho, elas vão cortar meu Edzinho, eu quero ir embora, eu vou morar em Londres, EU QUERO IR EMBORA! - Ed gritava enquanto andava em círculos.

– SIRIUS, POR QUE VOCÊ TEM QUE SER TÃO GALINHA? VOCÊ ARRANJOU O ENCONTRO, VOCÊ ASSINOU NOSSO ATESTADO DE ÓBITO! - James gritava, segurando a cabeça com as mãos.

– EPA LÁ, VOCÊ É TÃO PODRE QUANTO EU! - Sirius gritou, se levantando do sofá.

– Isso é verdade. - Tio Charlus apoiou.

– ATÉ TU, BRUTUS, MEU PAI?

– James, acho que a frase não é assim. - Disse o tapado do Frank.

– CALE A BOCA LONGBICHA!

– EPA EPA EPA, OLHA A APELAÇÃO! TE SENTOLI UM CHINELO NA CARA QUE TU VAI VER!

– Frank, meu filho, só eu posso usar essa ameaça. E contra você. - Tia Augusta cantarolou, dando risinhos.

– QUIETOS, TODOS VOCÊS! - Tia Walburga gritou. Todos paramos e olhamos para ela. - Eu não quero presenciar uma chacina, estão, vamos embora.

– COMO ASSIM, VOCÊS VÃO NOS ABANDONAR NA HORA MAIS CRÍTICA? QUE TIPO DE PAIS VOCÊS SÃO? - Ed gritou de novo.

Meus tímpanos vão estourar.

– Vocês fizeram a burrada, agora consertem. Amanhã eu ligo para ver se sobreviveram. - Ela pegou sua bolsa e puxou tio Orion para fora do apartamento, sendo seguida por nossos pais que ainda riam da nossa cara.

– Boa sorte, e tentem sobreviver. - Foi a última coisa que eu ouvi do meu pai.

E tomara que eu realmente sobreviva.
 

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– Ok, vamos retomar os fatos... - Chamei a atenção de todos batendo com a minha mão no chão.

Agora, éramos apenas nós no apartamento gigante de Edgar, sentados no chão e formando um círculo, que na verdade mais parecia um ovo.

– Ok, recapitulação dos fatos. - Frank me imitou. Mandei para ele um olhar de cale-sua-boca-ou-irá-se-arrepender.

Ah, lobão safadão.

– Primeiro, nos mudamos para apartamentos gigantescos, em um prédio gigantesco com vizinhas de peitos gigantescos. - Sirius enumerou, enrugando a testa em uma tentativa fracassada de parecer intelectual.

– Você não está falando das meninas, não é? - Perguntei, levantando uma sobrancelha.

Se tratando de Sirius, era bem capaz.

Mas, ele tinha razão.

Quando foi que elas ganharam aqueles pares de pernas?

Quer dizer, elas estão maravilhosas.

Não me julgue, acima de tudo, o lupino aqui é um Maroto, e sabe apreciar as coisas boas da vida.

Mesmo com toda a tensão de uma provável e próxima morte, essas coisas banais.

– Não, estou falando da loira do apartamento de baixo. Se bem que as garotas ficaram bem gostosas...

– Sirius, acho melhor você não comentar isso novamente, se realmente dá valor ao seu Sirustick. Voltando ao trabalho...

– Isso parece uma aula de Ioga. - Ed comentou pensativo, enrugando a testa.

Ele pareceu mais inteligente do que Sirius.

– O que Ioga tem a ver com isso, Edgar? - James perguntou, olhando assustado para ele.

– Bom, nós estamos em um círculo, com as pernas cruzadas e recapitulando nossos fatos, parece aula de Ioga.

– Cale a boca. Segundo, descobrimos que as vizinhas até-então-desconhecidas-e-inexistentes são, na verdade, nossas amigas de infância, as mesmas amigas que agora querem nos matar lentamente. Esqueci alguma coisa? - Frank perguntou.

– E por último, eu estou com muito medo de sair de casa, por que nesse exato momento elas podem estar tramando um plano maligno em que, com certeza absoluta, envolve facas, cordas, álcool, fósforos e nossos fazedores de filhos. - Terminei a análise. - Cara, estamos fodidos.
 

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POV Emmeline
  

– AH MEU DEUS, EU NÃO ACREDITO, EU SIMPLESMENTE NÃO ACREDITO, POR QUE MEU DEUS? O QUE EU TE FIZ DE TÃO RUIM?

– EU NÃO MEREÇO ISSO, EU JURO QUE NÃO MEREÇO. É POR QUE EU SOU RUIVA? OU PORQUE EU FIZ UM DECLARAÇÃO? EU NÃO FAÇO MAIS, EU JURO. JURO DE DEDINHO QUE NÃO FAÇO MAIS!

Então...

Essas são Marlene e Lily, chorando desesperadas e abraçadas no meio da minha sala.

Dorcas e Lice estavam muito entretidas descontando toda a sua raiva no pobre sorvete.

Enfiavam a colher com tanta força no pote que fiquei surpresa que coitado não saiu gritando por ajuda.

E eu?

Eu estava estática, pensando em algum plano genial e maligno para deixar os apartamentos da frente vazios novamente.

Por que essas coisas só acontecem com a gente?

– EU VOU PARA MEU APARTAMENTO PENSAR EM UM PLANO MALIGNO, BEIJO TCHAU. - Alice-a-mini-bruxa-leitora-de-planos-malignos saiu agarrada com o pote de sorvete, batendo o pé até seu apartamento.

Ela bateu a porta com tanta força que senti meus pés tremerem.

– EU TAMBÉM VOU SAIR. EU SOU UMA RUIVA INDEFESA E PERSEGUIDA POR UM EX NAMORADO GOSTOSO E EX AMIGOS BROCHAS. EU NÃO PRECISO DE UMA FESTA DO PIJAMA. - E Lily saiu também, com o jeito meigo de sempre.

– Preciso colocar sal em volta das janelas. Vai que eles são bruxos e decidem entrar na minha casa? - Doe saiu com um pacote de jujubas na mão.

– E você Lene, vai ficar? - Perguntei, olhando para a morena com uma expressão homicida na minha frente.

– Não. - Ela sorriu angelicalmente. - Preciso ver se meu estoque de facas está completa... Sabe-se lá quando nós iremos precisar usar nossas amiguinhas, não é mesmo?

Dessa vez, eu fiz questão de empurrar a criatura para fora do meu apartamento.

Qual é, você faria a mesma coisa se estivesse cara-a-cara com sua melhor amiga, sorrindo maquiavelicamente.

E que por ironia do destino, é a pessoa mais vingativa do mundo.

Oh droga, vou ter que limpar essa bagunça toda sozinha?
 

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POV Marlene

Sabe aquelas cenas de filmes românticos, onde a mocinha e o mocinho água-com-açúcar-e-perdidamente-apaixonados abrem a porta na mesma hora e se encaram apaixonadamente? E correm para se beijar celebrando a maravilhosa ironia do destino?

Agora imagine a mesma cena, mas com cinco mocinhas e cinco mocinhos se encarando com ódio.

E adicione o fato de que eles não são água-com-açúcar, nem estão perdidamente apaixonados.

E que as mocinhas, na verdade, querem acabar com os mocinhos.

E que são extremamentes competitivos.

E que por alguma razão, querem chegar ao elevador primeiro do que os outros.

Legal não?

Não, realmente não.

O caos veio a seguir.

Corremos em direção ao elevador (que por felicidade de Alice e Frank, fica no final do corredor, bem perto da porta deles) desesperadamente.

Emme se desequilibrou no salto e caiu no caminho.

Sirius conseguiu prender a blusa no trinco da sua porta.

Lily chutou a canela de James, que ficou resmungando caído no chão.

Dez animais selvagens na busca do elevador sagrado.

Por que a correria?

Nem eu sei. Acho que questão de honra.

Graças aos Deuses, Alice conseguiu chegar primeiro que Frank. Deus salve as sapatilhas.

Quer dizer, você já tentou correr de sapatilha? É muito melhor do que correr de salto alto, eu garanto.

A projeto de bruxa parou na frente do elevador e abriu os braços, impedindo a passagem do pegador de quinta.

– Nã nã nã, parado aí cowboy. NÓS vamos entrar primeiro. Os cinco projetos de boyband aí vão esperar.

– E por que nós faríamos isso? - Frank perguntou com uma sobrancelha erguida.

Ah meu Deus, ele ainda faz isso?

Isso é tão fof...

Hã... Ridículo... é essa a palavra. Ridículo...

– Porque... - A loira foi se aproximando da caça com a expressão de uma legítima caçadora, (Alice tinha um dom natural para deixar os garotos sem reação. Isso acontece bem fácil quando você é loira e linda, na verdade) atraindo a atenção dos meninos. Entendemos o plano maquiavélico e entramos sorrateiramente no elevador, enquanto ela deixava os lábios a centímetros dos dele - ... só tem espaço para cinco pessoas, e nós somos MUITO mais espertas.

E a criatura das sapatilhas correu para o elevador, deixando um Frank muito irritado para trás.

E consequentemente, os quatro amiguinhos sem cérebro.

– SE FODERAM BOYBAND! - Gritei mostrando o dedo médio, e a última coisa que vimos antes da porta do templo sagrado se fechar foram cinco Marotos extremamente gostosos fervilhando de ódio.

Eu posso estar puta, mas eu sei reconhecer um Deus Grego quando ele está na minha frente.

Ou cinco, nesse caso.

Quem é o sexo frágil agora?
 

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– Sabe, até que está sendo divertido toda essa guerra com as Priscilla A Rainha Do Deserto. – Doe comentou.

Finalmente intervalo chegou, e fazia um calor desgraçado. Lily teve a brilhante ideia de nos fazer sentar na grama, embaixo da sombra de uma enorme árvore nos jardins da Universidade.

Eu adoro esse lugar.

– É, apesar de serem insuportáveis coisa e tal, eles nos tiram do tédio. - Emme concordou enquanto se espreguiçava e deitava na grama.

Deitei na barriga dela.

Se você tem uma amiga, e ela está deitada na grama, você tem o dever de deitar na barriga dela.

– Posso dar a minha opinião? - Alice perguntou, se encostando no tronco da árvore. Assentimos. - Bom, eu odeio eles e etc, mas vocês não podem negar, eles voltaram MUITO gostosos.

– Sabe, se eu não conhecesse eles a tanto tempo, e se não estivesse com vontade de arrancar suas inúteis cabeças com minhas lindas unhas vermelhas, eu até poderia pegar algum deles. - Lily concordou.

Viramos para ela com os olhos arregalados.

– QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM LILY EVANS? - Doe, a escandalosa, gritou.

– Nada ué, só estou constatando um fato.

– Você está levando essa história toda de soltar o espírito da ruiva louca bem a sério ein ruiva? Cuidado para não atacar ninguém pelos corredores. - Cantarolei.

– Vai à merda, McLanche. - Ela me respondeu sorrindo torto. - É, aqui estamos nós, falando das pessoas que mais odiamos no mundo enquanto recebemos vitamina D deitada nessa linda grama verde. A vida é tão boa que tenho vontade de me afogar.

Lily é a senhora sarcasmo.

– LILY EVANS, EU PROCUREI VOCÊ POR TODO O CAMPUS!

Apresento Amos Diggory, o ex namorado chato da minha amiga.

E gostoso.

Mas ela não precisa saber que eu acho isso.

E agora ele estava lá, em pé ao lado de Lily, que olhava para ele com uma cara assassina.

– Que droga você quer agora, Amos?

– Quero saber porque você beijou aquele cara na minha frente.

– Porque me deu vontade.

– VOCÊ NÃO PODE SAIR BEIJANDO OS CARAS POR AI LILY!

– Amos, você não é mais meu namorado, e eu faço o que eu quiser.

– POR QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO COMIGO LILY?

– Porque, Amos, eu sou má. Agora vá, você está tampando meu banho de vitamina D. Já cansei do olhar para sua cara.

Amos abriu a boca para responder, mas um grito fez o idiota calar a boca.

– MAS OLHA O QUE TEMOS AQUI, SE NÃO É O NOSSO QUERIDO BARBIE MACHO!
 

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Foto do dia:
 

"Doe? Porque você tem uma galinha no carro?"

"Porque ela é a minha nova melhor amiga, Lily."

"Hm. É lindo, sabe. Essa amizade de vocês."

"Eu sei, somos um ótimo casal."

"Claro, sem dúvidas."

Dorcas com 16 anos e sua galinha, sendo felizes no carro.

Tirada por Lily, que não sabia se ria ou se chorava.

Você teria a mesma reação se sua melhor amiga aparecesse com uma galinha no seu carro.

Férias de verão.
 

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Lana Sondré EU VOLTEI!! Depois de ter dado uma sumidinha básica, aqui estou eu de novo! Eu não tenho outras palavras a não ser obrigada!!! De todo o coração, eu fico MUITO feliz com comentários fofos como esse! Obrigada, obrigada e obrigada mais uma vez! 

Jéssica Barreto OBRIGADA LINDONAAA!!!!! Obrigada mesmo!! Aqui está, espero que goste (: 

 

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