Carne nova no pedaço?




ROUPAS DO DIA:


Lily


Lene


Doe


Emme


Lice


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POV LILY




Admito, eu tenho saudades da minha adolescência.


Nós crescemos aqui mesmo em Cambridge. Nós e os Marotos.


Não me perguntem o porquê de serem chamados de Marotos. Bem, eles aprontavam MUITO, então deve ser por isso.


Nunca parei para pensar.


Mas nunca gostamos desse apelido, então chamávamos de Projeto de Boyband. James, Sirius, Remo, Frank e Edgar.


Nós dez éramos inseparáveis. Dividimos o berço quando criança, já que nossos pais (sim, todos os vinte eram amigos, fofo não?) se conheceram em Harvard. Alguns já moravam aqui, outros vieram estudar na melhor universidade do mundo e não quiseram mais voltar. E por isso, nos conhecemos antes mesmo de nascer.


Nós brigávamos, e muito, mas eu sempre fui da opinião de que "amar é mandar se foder sem resentimentos". E era isso que nos fazia tão unidos.


Frank, Edgar, Dorcas e Emme eram os palhaços. Sempre nos animavam, era impossível ficar perto deles sem abrir um sorriso. Eram a união do grupo.


Já James, Sirius e Lene eram o coração, literalmente. Os mais galinhas, viviam arrumado encontros com qualquer um que vissem na frente. Lene e James se matavam todo dia, implicavam um com o outro pelo motivo mais ridículo (uma vez foi pelo tapete da sala, juro). Sirius vivia dando em cima da Marlene, que respondia provocando o coitado. James vivia correndo atrás de mim.


Acho que era por causa da cor do meu cabelo. As ruivas tem fama de quentes, sabe?


Remos, Lice e eu éramos a cabeça do grupo. Alguém tinha que ser o adulto, não é? A nossa função era dizer chega quando algum plano mirabolante passava dos limites (o que na maioria das vezes eram bolados por Sirius e James, e envolviam os terrenos afastados da Hogwarts High School).


E nós viviamos bem, mesmo com nossas diferenças. Sempre frequentamos o mesmo colégio, mesma sala, mesmos lugares. Nunca éramos visto separados, nem mesmo na hora de dormir, quando (escondidos, claro) eles invadiam nosso dormitório.


De repente, tudo mudou. Por algum motivo estúpido nós brigamos, e o grupo rompeu. De uma hora pra outra, eram meninas de um lado e meninos do outro. Nossos pais estranharam no começo, eles gostavam da nossa amizade, mas achavam que era uma briga passageira. Mas não foi.


Isso nos afetou muito. Nós não nos encarávamos nos corredores do colégio, nas aulas, na rua, em lugar nenhum. A amizade deu lugar ao ódio por uma simples briguinha besta.


Aonde estava a união? A amizade de anos? A confiança?


E quando decidimos passar por cima do orgulho e pedir desculpas, descobrimos que eles nem estavam mais na cidade.


Tínhamos 15 anos. Em um dos encontros semanais dos nossos pais (desta vez na casa dos Potters) decidimos ir também. Mas a notícia não foi animadora. Naquele mesmo dia, os cinco haviam se mudado para Connecticut, o estado vizinho. Foram escolhidos para um programa na Yale University, onde os calouros teriam cursos preparatórios até o fim do ensino médio para começar a universidade com um alto nível escolar.


Perdemos os cinco de uma vez só. E há cinco anos não nos vemos. Eles não vem pra cá, são os pais deles que vão até lá para fazer uma visita. Até hoje não sei o porquê.


Acho que o fato de eles terem se mudado sem dar um único aviso colaborou para o ódio aumentar.


Qual é, depois de quinze anos de amizade eles se mudam e não nos avisam? Tudo isso por causa de uma briga?


Talvez a nossa amizade não fosse tão importante assim.
 


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– LILS! VOCÊ É SURDA OU ALGO ASSIM? EU ESTOU TE CHAMANDO HÁ SÉCULOS! - Lene gritou, mesmo estando do meu lado no seu New Beetle amarelo. Lice, Dorcas e Emme estão se engoelando lá atrás em uma tentativa (frustrada) de cantar Spice Girls.


Deus salve as cordas vocais das minhas amigas.


E as Spices.


E meus tímpanos.


– Que quieres Lenoca?


– Lil, sinto em te informar, mas o seu espanhol não é nada bom, muchacha. Mas eu queria saber em que raios a pitanga tá pensando que não me ouviu esgoelar aqui dos seu lado?


– Eu tava lembrando da nossa adolescência...


– Credo, virou nostálgica agora? Ewwww! - Emme percebeu que não tinha futuro na carreira musical e decidiu se entrometer no assunto.


– Não é isso, é que... Alguém sabe o motivo da nossa briga com os Marotos?


Resmungos incoerentes vieram a seguir. Indentifiquei "cachorros" "galinhas" "filhos da puta" "otários" "15 anos de amizade no lixo" "tomaram que estevam mortos" "nem um telefonema" "coitada da Sra. Bones, não merece o filho que tem" e mais palavras incompreensíveis.


Eu desejo profundamente nunca me tornar inimiga delas.


– Acabaram com os resmungos sem sentindo? Qual é a Barbie Malibu Falsificada que vai me dar uma resposta coerente?


– Acho que envolvia algum programa nosso e algum encontro deles... - Alice pensou, colocando a mão no queixo.


– E eu acho que a gente deve deixar o passado no passado. Tipo, eles eram nossos amigos e tudo mais, mas são cinco anos sem um telefonema sequer, não é? - Doe encerrou o assunto, abrindo a porta do carro. Como sempre, todos nos olharam.


Quer dizer, você também olharia para cinco garotas bonitas (assobios nessa parte, por favor. Obrigada) saíssem discutindo aos berros de um carro amarelo canário.


A não ser que você seja cego.


Ou gay.


Não, até os gays olham para o meu cabelo e discutem se é natural ou não.


Esperei todas saírem do carro e caminhamos alegremente rumo a nossa querida aula.


Ah, nada melhor do que uma aula de Políticas Econômicas Contemporâneas em uma segunda-feira de manhã.


Principalmente quando, uma hora e meia atrás, você estava chorando porque descobriu que era chifruda.


Amo minha vida.


– MAS QUE PORRA É ESSA? CARNE NOVA NO PEDAÇO? - Lene gritou, parando no meio do caminho e atraindo ainda mais olhares para nós.


Qual é, já não basta meu cabelo ter cor de fogo e ter quatro amigas escandalosas, Lene tem que fazer AINDA mais escândalo.


Deuses, eu vou me colocar em um vidrinho de glitter para ver se chamo menos atenção.


Olhamos para a direção em que Lene viu algo tão divertido que a fez dar pulinhos de exitação.


– "Em breve, novos alunos chegarão. Vamos dar as boas vindas!" Hmm, interresante. Será que são bonitos? - Já comentei que Emme também tem sua parcela tarada? Então, ela tem.


– Deve ser outro projeto. Tivemos um ano passado, lembram? - Comentei.


– Sim. Mas eram todas garotas. Tomara que mandem alguém bonito desta vez.


– Emme, ás vezes você cosegue ser pior que a Marlene, sabe.


– Vá se foder ruiva. - E a desgraçada ainda me mandou um beijinho.


– Quando será que eles vão vir? - Doe perguntou.


– Não sei, mas espero que logo. Eu realmente preciso ver rostos novos. - Lice suspirou.


– Vocês são todas taradas. - Cantarolei.


– Não esqueca que quem fez uma declaração do tipo "eu-vou-soltar-a-alma-foguenta-de-ruiva-que-existe-no-meu-íntimo" foi você, Lilezinha.


Ok Alice, ok. vai ter volta.


Belas amigas fui arranjar.
 


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POV JAMES




– Parem as duas! Quantos anos vocês tem? Cinco? PAREM DE ROLAR NO TAPETE DA SALA E AJAM COMO ADULTOS PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA! JAMES, LARGA O CABELO DO SIRIUS! SIRIUS, DIVIDA O DORITOS COM O JAMES! DAQUI A POUCO QUEM VAI SOCAR VOCÊS SOU EU. AGORA SE APRESSEM QUE ESTAMOS ATRASADOS PARA A AULA!


E foi assim que a nossa Guerra Pelo Salgadinho No Tapete Felpudo Da Sala teve fim. Obrigada Remo, por acabar com a nossa luta matinal. Resmungando, eu e Sirius deixamos o tapete maravilhoso e nos arrastamos para nossos quartos se trocar (quarto doJames,Sirius).


Quer dizer, nós estávamos só com a calça do pijama, sabe.


Não, nós não somos gays, apesar de morarmos na mesma casa.


Qual é, é uma república. Nós moramos sozinhos ok? Podemos ficar só de pijama o dia inteiro.


– Awn, as crianças levam uma bronca foi? Que feio meninos! Vão ficar de castigo... - O desgraçado do Bones saiu do seu quarto (n/a: ignorem as coisas infantis do quarto) rindo da nossa cara, sendo seguido por Frank.


– HÁ HÁ HÁ, vocês são hilários. Deviam ser comediantes. - Gritei, vestindo a blusa e saindo do quarto.


O desgraçado do Sirius estava no sofá da sala com o pacote de Doritos, lambendo os dedos.


Me aguarde.


– Já vão niños? Mas nem tomaram café... - Vanda protestou quando estávamos saindo de casa.


Vanda é a nossa governanta portoriquenha. E acreditem, ela é nosso anjo da guarda.


Como nossos pais moram em Cambridge, eles a pagam para cozinhar, deixar a casa em um estado habitável e lavar nossas roupas, depois que Remo quase colocou fogo na casa depois de tentar fritar um bife.


A casa foi meio cara, sabe, e nossos pais não queriam que nós a destruíssemos.


Não que a culpa seja nossa.


– Vanda, minha vida, estamos atrasados. - Ed a abraçou de lado e beijou sua bochecha. - Mas eu não me importaria se a senhorita me arranjasse uma barra de chocolate...


Conheçam Edgar Bones, o manipulador que consegue tudo o que quer.


– Saia da minha frente antes que eu dê com a vasoura no seu lindo bumbum. - Vanda o olhou ameaçadoramente.


Ou nem sempre.


– Adiós Vandita! - Gritei indo para a garagem, enquanto Frank se divertia chutando meu calcanhar para me fazer tropeçar.


– Esses moleques não aprendem, já mandei pararem de falar espanhol. Mas eles me escutam? Claro que não. Dios Mío... - Ela resmungou lá de dentro.


– Eu acho que a gente deve realmente parar de pegar no pé da vanda. Qualquer dia ela explode... - Frank levantou a teoria enquanto entrava no seu Jeep e dava partida no carro.


Não me pergunte o porquê de ele dirigir um Jeep na cidade grande.


Frank é radical.


Nós achamos muito chato ir sozinho para a universidade, ou ir sempre no mesmo carro. Então, fazemos rodízio.


Não nos olhe com essa cara, pelo menos não enjoamos dos nossos carros.


Viva a sustentabilidade!


– CARA, VAMOS CANTAR? - Frank, o ser acéfalo que acha que sabe cantar gritou assim que viramos a esquina.


–NÃO FRANK, CALA A BOCA! - Gritamos juntos, e eles resmungou.


Acredite, você não quer ouvir Frank cantando.


– Hey, sempre que eu vejo uma ruiva na rua eu lembro da Lily... - Sirius comentou enquanto passávamos por uma ruiva que deveria ter mais ou menos a nossa idade.


– E eu lembro que ela e as meninas devem estar putas da cara com a gente, ainda. - Eu falei, também olhando para a menina.


Como eu tenho uma sorte desgraçenta, ela virou e percebeu que eu estava olhando para ela.


E como o bom conquistador que sou, mandei um beijinho, e ela corou.


Que saudade da Lily.


– Porque elas brigaram com a gente mesmo? - Lupinzinho perguntou.


– Porque nós marcamos de sair com elas, mas esquecemos e saímos com outras garotas, e elas ficaram possuídas quando souberam. - Frank respondeu enquanto colocava os óculos de sol.


Ah.


– Ah. - Respondemos em coro.


– Então, elas brigaram com a gente por que esquecemos de sair com elas? - Perguntei.


– Não, elas brigaram porque somos galinhas. - Remo respondeu, olhando para uma loira bonita quando o sinal parou.


– Isso explica muita coisa.


Realmente explica.
 


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– Senhor Bones, Lupin, Longbottom, Potter e Black, o reitor quer vê-los.


Estava tão entretido com a aula de Ciência Política que dei um pulo quando a tiazinha da secretaria (eu realmente não sei o nome dela) interrompeu o professor.


E eu juro que gosto dessa aula.


– Aprontaram de novo? Adoraria que fossem expulsos desa vez. - Barbie Macho (também conhecido como Lúcio Malfoy) comentou, fazendo Sirius lançar seu olhar maníaco para ele.


Não queiram nunca ver esse olhar.


– Malfoy, queridinho, na verdade eu seria expulso se fizesse com você o que eu estou com vontade de fazer agora. - Ed sibilou entre os dentes, e Malfoy afundou na cadeira.


Ah, o poder.


– Vão logo meninos, garanto que vão gostar. - Professor Dino piscou para nós, e voltou a dar sua aula.


– Não sei o que me assutou mais, nós sendo chamados na sala do reitor, ou a piscadinha do Dino. - Remo cochichou.


– Eu juro que não quero saber. - Comentei baixinho, entrando na sala que a tiazinha indicava.


– MEUS ALUNOS QUERIDOS! - Reitor Franklin gritou, levantando da cadeira e abrindo os braços.


Era impossível olhar para ele e não rir.


Bem, ele era baixinho, gordo e careca, mas tinha um bigode enorme que alisava toda hora. Estava sempre de bom humor, com um terno cinza e gravatas coloridas. E distribuía balinhas para os alunos.


Era como um Papai Noel de terno e careca.


– Vocês devem estar se perguntando porque os chamei aqui certo? Certíssimo. Podem relaxar, não vou dar uma bronca em vocês. - Nós suspiramos aliviados e ele gargalhou alto. - Nós fizemos uma paceria com Harvard em um projeto que irá juntar cinco estudantes de Direito da nossa universidade, e cinco estudantes de Jornalismo de lá.


– E onde nós entramos? - Remo perguntou interessado.


– Bem, os alunos escolhidos de Yale irão para Cambridge, em um apartamento perto do campus. Ficarão lá por um semestre.


Nós cinco nos olhamos. Voltar para Cambridge e ficar seis meses lá?


É claro que, nesses 15 anos, nós não havíamos abandonado nossos pais, pelo menos uma vez por mês eles apareciam.


Mas nós não voltavamos para Cambridge. Nossos pais sempre vinham nos visitar.


E agora, voltar...


– Mas, como será esse projeto? - Sirius perguntou.


– Será algo simples. Vocês precisam de algum caso para a conclusão do período, certo?


Assentimos.


– Então, nós daremos para vocês um caso no estado de Cambridge. Vocês serão os conciliadores. Deverão ouvir os dois lados, e entrar em um acordo. Bom, vocês sabem o que é uma conciliação, certo?


Assentimos.


– Então. Vocês cotinuarão com as aulas do curso, já está tudo preparado. Já estou com a papelada dos apartamentos em mãos. Cada um terá seu próprio apartamente.


Assentimos. Mas por dentro, meu estômago dançava uma animada konga.


– Mas... Aonde os estudantes de jornalismo entram? - Frank perguntou.


– Ah, estava esperando essa pergunta! Muito bem, elas também precisam de um trabalho para a conclusão do período. E o trabalho delas será relatar como um processo conciliatório ocorre. Se querem ser jornalista, precisam saber sobre justiça, certo?


Assentimos outra vez.


– E então, estão dentro?


– Professor... Por que nós? - Perguntei antes de dar a resposta definitiva.


– Ora meu rapaz... Porque eu gosto de vocês, e sei que são capazes. - E sorriu gentilmente.


Olhei para meus amigos.


Ficar e perder uma ótima oportunidade, ou voltar para casa e correr o risco de reencontrar cinco garotas furiosas?


Eles assentiram.


Está decidido.


– Onde assinamos os documentos dos nossos apartamentos? - Edgar perguntou.


Reitor Franklin soltou uma gargalhada alta e nos passou o papel.


Disquei o número da minha mãe.


– Alô?


–Mamãe?


– James? O que aconteceu filho?


– Estamos voltando para a casa.
 


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Foto do dia:



"Eu não credito que eles dormiram na mesma cama."


"Você viu o estado em que eles chegaram ontem, Ed."


"E daí, continuam sendo gays."


"Continuam sendo gays."


"Nós vamos mostrar isso pras meninas, não é?"


"Mas é claro."


James, Sirius e Remo no dormitório da Hogwarts High School


Tirada por Frank, já que Edgar estava muito ocupado rindo da cara dos seus amigos 'gays'




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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii o capitulo \O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk os meninos e as meninas quando se encontrarem vai ter guerra mesmo, confirmei isso nesse capitulo. Acho que todo mundo vai ter uma grande surpresa, agora eles foram muito vacos com as garotas, onde já se viu ? Deixar de sair com elas para sair com outras kkkkkkkk as meninas devem ter ficado possessas O.O bem eu esqueci de falar no capitulo anterior que eu amei a foto no fim do capitulo, é algo bem legal, amei a desse também e o dialogo que acompanhou a foto também KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKbjoos *-* 

    2012-10-25
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