VIII



...............




Quando abriu os olhos, Astoria sentiu uma paz diferente, algo que não sentia há muito tempo. Piscou os olhos pesadamente e deslizou de leve uma das mãos pelo peito do rapaz que lhe servia, agora, de travesseiro.


Olhou através da janela do quarto e notou que o sol começara a se esconder, projetando um colorido entusiasmante e envolvente num céu límpido e recoberto de nuvens.


Suspirou. Lembrou-se que deveria levantar. Se mal disse em pensamento por desejar permanecer ali, naquela cama, com aquele homem, completamente estranho, sentindo aquela tranquilidade por todo o sempre.
Não tão estranho, afinal. 


Fechou os olhos. Cerrou-os. Lembrou-se das angústias que vinha carregando. O piquenique, a tristeza, como ele a defendeu e lhe ajudou com palavras duras, mas que precisava ouvir. Lembrou do desejo desmedido de beijar àquele que, agora, afagava seus cabelos. Sua cabeça. Sentiu o coração disparar. Como poderia?


Conhecia Draco Malfoy há pouco mais de dois dias e, mesmo assim, a sensação de que ele sempre fizera parte de sua vida era cada vez mais forte e assustadora. Temeu.


Tinha medo da necessidade que começava a sentir. Na verdade, temia até o mais profundo de sua alma a dependência que estava alimentando em relação aquele homem desconhecido e tão desesperadoramente envolvente. Sedutor. Encantador.


Respirou profundamente. Abriu os olhos mais uma vez. Fitou novamente o céu e o seu Sol poente. O tom alaranjado. O aroma calmante da paz que àqueles braços lhe trouxeram.


Como você é capaz de se apaixonar por um completo estranho, Astoria, e em tão pouco tempo?


 


...


 


Draco ficou contemplando o teto do quarto enquanto sentia o aroma delicado e envolvente dos cabelos de Astoria lhe penetrando as narinas.


Imóvel.


Apenas contemplando o teto como em uma espécie de catatonia, nem mesmo sabia o que fitava. Temeroso. Evitava movimentos bruscos. Não queria acordá-la.


Temeroso. Esta era a palavra certa.


Um gelar agoniante percorreu as suas entranhas. Mas que droga está acontecendo comigo? Fechou os olhos por breves instantes, louco de desejo de saber por que se sentia assim. O que Astoria estava lhe causando.


Nunca sentira tanto bem a uma cliente. Nunca tomara as dores de nenhuma delas. Então, por que tinha tanta necessidade de cuidá-la? De protegê-la? Proteger.


Astoria parecia tão frágil aos seus olhos. Tão necessitada de proteção. De defesa. Parecia tão necessitada de felicidade. De sentir-se bem. De entender que não precisava mostrar estar bem aos outros, mas de estar bem consigo mesma. E ele desejava lhe mostrar. Imbecil. Como poderia lhe mostrar isto?


Ansiava por poder mostrá-la o quão infinitamente linda ela era. Mostrá-la como era amável, carinhosa e doce. Mostrá-la o quão feliz e realizada ela poderia ser... Comigo?
Fitou o teto e fechou os olhos novamente logo em seguida. Mas ela é minha cliente. Deixe de asneiras, Draco, e seja profissional. Puramente profissional. Abriu os olhos e contemplou a lâmpada apagada, presa ao teto, certo de sua vitória sobre a confusão de sentimentos que vivia. Vivera. Vencera sobre eles. Era profissional. Isto mesmo, Draco. Cliente. Apenas cliente. Após este fim de semana, nunca mais se verão. É isto. Controle e foco. Contratante e contratado.


Fechou os olhos. Resignado. Abriu-os novamente. Atormentado.
Não consigo.


Astoria o atormentava agora. Deslizava a mão em seu peito e isto era aterrorizante. Prendeu a respiração por breves instantes em resposta àquela ação inesperada. Soltou o ar o mais calmamente que pôde, levantando um pouco o braço, abaixando-o em seguida.


Frouxo. Mas que merda, Draco. Desde quando se comporta assim? - se pergutou e também se respondeu - Ah... Há pouco mais de dois dias. Desde que conheci esta mulher. 


Por fim, encheu-se de coragem e levou a mão a sua cabeça. Acariciou de leve os cabelos, espalhando pelo ambiente o aroma mais agradavelmente inebriante que sentira em toda a sua vida. Sorriu quase se dando por vencido. Derrotado por sentimentos que ele jamais imaginara ousar sentir. Será que estou me apaixonando de verdade?


Novamente as tripas começaram a gelar em resposta ao pensamento e ao sentir aquela tão bela garota suspirar.


Estava perdido. Não tinha para onde fugir.


 


- Acho que deveríamos levantar - falou em seu tom mais convincente e inabalado.


- É... - ela suspirou - Infelizmente. - completou sem muita emoção enquanto as mãos deslizavam vagarosamente pelo peito dele - Esta maldita despedida de solteira.


- É... - concordou brincalhão, sentindo os nós no estômago - Tradições...


- Sim. Tradições idiotas que não são capazes de lhe garantir felicidade plena.


- Astoria, eu... Sinto muito por tudo...


- Não precisa Draco. Sou acostumada, de fato. Me importo, não poderia mentir. Não para você. Mas já me acostumei.


- Você é uma mulher incrível. Formidável. De uma beleza e carisma contagiantes - falou enquanto lhe acariciava os cabelos - Não se deixe abalar por tão pouco. Mostre o quanto pode ser forte. O quanto é melhor do que esta Astoria fraca, triste e desesperada que estas pessoas costumam imaginar que você é.

Ela suspirou.

- Lute, Tory. Prove a si mesma o quanto você é capaz. Que pode realizar o que quiser. Que pode superar o que bem entender. Que não precisa mendigar afeto, carinho ou atenção para ser feliz. Que é capaz de ter tudo isto de graça. De receber toda esta atenção de pessoas que realmente te amam. Que realmente se importam com você. Lute, Tory. Lute por você.


 


Ela inclinou a cabeça para cima e os olhos deles se encontraram. Havia um brilho diferente naquele olhar. Uma incógnita do que se passava em sua mente. Seus olhos refletiam astucia. Decisão. Era isto o que ela parecia: Decidida.


 


- Obrigada, Draco. - sorriu beijando-lhe a face - Vou tomar banho. Tenho uma despedida de solteira para ir.


 


O tom era decidido. A expressão era firme, embora delicada. Dizendo isto, levantou-se. Caminhou animada pelo quarto, indo em direção ao roupeiro. Separou sua roupa e, ao virar, piscou o olho para ele. Astuta. Caminhou até o banheiro, fechando a porta em seguida.


 


...


 


Astoria apareceu na sala com uma roupa que lembrava uma colegial. Era tudo rosa e azul claro, e ela usava meias listradas cafonas com uma sandália de salto aberta da frente. Os cabelos semi-amarrados deixavam fios soltos pelo pescoço, e mesmo daquele jeito, Draco a achou estranhamente atraente. 


Ela estranhou quando começou a descer as escadas. Draco a esperava sentado em uma poltrona na sala. Muito bem vestido com terno sobre uma camisa azul clara. Relaxado. A perna cruzada. Concentrado lendo um livro que ela não conseguia ver o título daquela posição. Ele se levantou quando a viu.


 


- Por que está usando estas meias? - foi o cumprimento dele ao recebê-la ao pé da escada.


- É uma meia que destaca as solteironas. Um sinal. Serve para mostrar que sou uma derrotada na vida amorosa e que ninguém me quer.


- Meio forte isto, não acha?


- Sim, é sim, mas faz parte de tudo isto.


- Mas se você está comigo, por que usar estas meias?


- Não sei. Apenas me mandaram colocar. Não me faça perguntas que não saberei explicar.


- Acha que desconfiam da gente? - ele falou num tom mais baixo.


- Não sei. Mas a esta altura, nem me importa mais. Agora vamos, tudo bem?


- Claro. - ele sorriu por fora, e ainda mais por dentro. Não lhe importava mais as aparências. Não se preocupava em ser descoberta. Não lhe importava estar saindo ao lado de um prostituto.


- Draco. Astoria - ouviram o homem chamando, vindo da cozinha - Vão no meu carro.


- Sério mesmo, papai? - Astoria surpreendeu-se.


- Ah, sim, minha querida. Confio em você. Sei o quanto é responsável. E o Draco me passa certa confiança. Acho que meu precioso está em boas mãos.


- Farei o melhor que puder, senhor.


- Eu acredito.


- Defenderei seus tesouros com a minha própria vida, se for necessário - ao falar, ele dirigiu o olhar a Astoria e ela sentiu-se estranhamente fraca naquele momento.


- Divirtam-se os dois.


- Obrigada papai. - Astoria lhe deu um beijo na face.


- Até logo, senhor - Draco lhe apertou a mão.


 


Saíram.


 


- Você realmente nunca fez casamentos, Draco? - perguntou depois de um bom tempo observando Draco dirigir. Em silêncio.


- Não. É a primeira vez.


- É engraçado. Ainda não consigo acreditar que tenha resolvido me acompanhar.


- Quem sabe não estávamos precisando um do outro para quebrar estas barreiras?


- É... Pode ser.


 


Silêncio. Ela parou um pouco. Olhou para fora do carro observando a movimentação da avenida que percorriam. Suspirou. Voltou-se para ele e continuou.


 


- Qual foi a coisa mais estranha que já fez?


- Estranha? Acho que não posso chamar nenhum dos meus trabalhos de estranhos.


- Mas não teve nada que fez você pensar “Puxa vida, que louco.” - ela sorria bastante enquanto falava. Ele sentiu-se bem por isto.


- Hum... Só um enterro.


- Enterro...? Como alguém pode contratar um acompanhante para um enterro?


- Já imaginou que pode ser realmente muito complicado ir a um enterro sozinha?


- E como foi?


- Era o enterro do marido dela.
- Não acredito - ela ria debochada.
- Todos me olharam de forma estranha. No fim, acho que pensaram que eu era algum sobrinho ou neto distante.


- Nossa. Mas... Bem... Você já se sentiu atraído por alguma cliente?


 


Draco parou no tempo por um momento, visualizando a rua à frente e pensando na pergunta que acabara de ser feita. Sentiu novamente aquele solavanco no estômago e uma vontade gritante de dizer que sim, mas recuou. Olhou rapidamente para ela, arqueando as sobrancelhas, voltando a atenção para a direção.


 


- Olha, Tory. Eu sei que você está curiosa. É um trabalho bem diferente do convencional ao qual estamos habituados, mas eu realmente não posso falar de outras clientes.


- Mas você não estaria falando de suas clientes, e sim de você mesmo.


- Entendo o seu raciocínio. Muito perspicaz, aliás. Mas não vou falar sobre isto.


- Ok. Aceitarei o não como um sim.


- Pense como quiser - ele sorria de lado - Não falarei que tem razão, muito menos a tirarei de você.


- Mas então... Quantas das suas cliente já quiseram dormir com você? - perguntou observando ele parar o carro.


- Se quer mesmo saber, Tory, a questão não é o sexo em si, mas compreender o que as pessoas precisam de mim. - falando isto ele saiu do carro, indo à porta dela, abrindo e lhe estendendo a mão para que saísse.


- Ah, Draco. Não tente me enganar. No mínimo, você deve ser o rei dos acompanhantes. Estou enganada? - brincou.


- Não. Eu não sou assim. Não sou essa pessoa que você imagina que eu seja. As coisas são mais... Como poderia dizer...?


- Sutis?


- A questão não sou eu, Tory. A questão é você. - ele falava próximo dela, os olhos vidrados e atentos. Ela sentiu-se envolvida.


- Ah é? - mostrou-se forte - Então me mostra como. - ele negou com a cabeça. Ela assentiu.


- O que você acha que me impede de te mostrar? - jogou com as palavras enquanto caminhava e ficava de frente com ela.


- Eu quero saber. Apenas me mostre. Não custa nada, não é mesmo? E faz parte do pacote. - ela sorria desafiadora.


 


Draco olhou de lado, para os dois lados da rua onde estavam. Sorriu de lado, um sorriso maroto e debochado. Olhou para ela, fitando profundamente os seus olhos, aproximando-se.


Avançou e a empurrou delicadamente, pressionando a mão contra sua barriga. Ela avançou para trás, sentindo o carro em que estava a instantes lhe pressionar e a deixar encurralada entre o automóvel e ele.


Ela deixou de entender tudo o que acontecia em questão de segundos. Não conseguia tirar os olhos dos dele. Sentiu a respiração falhar apenas com a aproximação do loiro, inebriada com o perfume que exalava de seu hálito. Seus lábios muito próximos de seu pescoço, mas sem, de fato, tocar a pele. Apenas atiçando. Provocando.


 


- Feche os olhos - falou contra seu ouvido. A mão parando em seu rosto, próximo aos seus olhos. - Feche os olhos, Tory - mandou. Ela, perdida em seus próprios pensamentos, obedeceu, abrindo-os em seguida, assustada, olhando para os lados, a respiração pesada.
 


Então o olhou nos olhos. Viu seu rosto aproximar. Seus lábios próximos aos dela. Sentiu que o coração poderia saltar do peito a qualquer momento. Teria um ataque a qualquer momento. Muito perto... Ouviu quando ele pontuou cada uma das palavras, agora muito perto.


- Fecha. Os. Olhos.


 


Ela respirava com pesar. Era difícil naquela situação. O coração palpitava frenético contra seu peito. Uma sensação indescritível. Algo novo. Algo que ela jamais sentira. Estava tensa.


 


- Quero que você relaxe. Está tudo bem. - a voz era aveludada. Envolvente. Encantadoramente sexy - Eu não vou te beijar.


 


Ela soltou todo o ar que estava prendendo, mas o coração não parava de palpitar. Certo desgosto pontuando-lhe o peito. A pele esquentava e o desejo que ele voltasse atrás e a beijasse assolava a sua mente.


 


- Ele vai se arrepender... Vai se arrepender de ter perdido você - a voz era um sussurro, tão quente, próximo a sua pele - Por isto, você não deve se preocupar - a mão deslizava pelo corpo dela, desde a sua cintura, alcançando agora o seu pescoço, seu rosto - Esqueça o passado, esqueça a dor, esqueça tudo o que viveu e só pense na mulher incrível que você é.


 


Astoria sentia o hálito quente de Draco contra seus lábios, que, instintivamente, se entreabriram a espera de um toque.


 


- Faça isto, Tory, e ele vai se dar conta de tudo o que perdeu.


 


Sentiu a pele afastar-se da sua. Suspirou ainda com os lábios separados, ainda de olhos fechados. Ele a observava, o desejo de beijá-la gritando dentro de si. Ela abriu então os olhos. Os olhos se encontraram e partilharam juntos o desejo não realizado dos dois. Perderam-se no silêncio e na profundidade das palavras que agora saíam de seus olhos.


 


- Eu... - ela não conseguia raciocinar muito bem - Você vale cada centavo. - ele se afastou.


- Você precisa ir. - falou indicando o clube onde as outras estavam.


- Sim. Eu sei. - ela estava pensativa. Afundada em seus desejos.


 


[...]

Aquela festa não poderia ser pior, no sentido de fora de linha e controle. Cerca de 15 minutos depois, Astoria já havia virado duas garrafas de tequila junto com Pansy. Elas gritavam e sorriam, balançando as cabeças freneticamente ao som que animava a festa.


Draco entrou no “clube” e imediatamente tornou-se o centro das atenções, olhadelas e sorrisinhos provocativos. Caminhou até Astoria, aparentemente acostumado com aquele tipo de assédio. Ela o observou se aproximar. Sorria levemente curiosa sem conseguir desviar os olhos dele.


 


- Você esqueceu - falou ao se aproximar, entregando sua carteira.


- Obrigada. - agradeceu sem graça - Como pude esquecer? - ele sorriu, piscando maliciosamente o olho. Pansy o devorava com os olhos.


- Tchau. - sorriu para Astoria e virou-se caminhando em direção a porta.


- Por que você não fica e toma um drinque com a gente? - Pansy perguntou atirada, e as outras concordaram em coro. Astoria sentiu novamente aquele solavanco irritante dentro dela.


- Eu adoraria mas...


 


Foi interrompido. As mulheres se aproximaram como urubus na carniça e começaram a lhe tocar os braços, as costas, a sentir seu perfume em seu pescoço, insinuando-se ao homem que sorria galanteador para elas.


 


- Tory, você deveria mandar fazer uma missa em ação de graças por este homem estar te pegando - Pansy falou ao se aproximar da prima. Ela sorriu sem tirar os olhos dele. Uma sensação estranha se apoderando dela, a irritando. Caminhou até ele, rodeado por aquelas mulheres e abriu caminho, chegando ao seu ouvido.


- Deve ser muito bom ser pago para ser você mesmo, não é? - perguntou imponente. Um tom de voz irritadiço.


- E quem te disse que este sou eu? - respondeu em um tom ameno. Conciliador. - Então, brindemos aos sortudos que conquistaram vocês, aos idiotas que as perderam e aos sortudos que vão conhecê-las - falou em tom alto, fazendo com que todas sorrissem em resposta as suas palavras. Após o brinde, segurou Astoria pela mão. Ela o acompanhou até a porta, lhe dando tchau e um selinho nos lábios.


 


- Ah não. Eu quero um beijão - Pansy gritou olhando os dois. Um sorriso zombeteiro nos lábios. Todas gritaram.


 


Astoria sentiu-se envergonhada, mas não conseguiu resistir. Não era por suas amigas, mas por seu desejo que almentava a cada instante. Abraçou-o. As mãos entrelaçaram o seu pescoço e o calafrio a alcançou no momento que ele a segurou pela cintura e tocou seus lábios. Um beijo profundo e desmedido. Ao fundo, a música animada que tocava, os gritos das mulheres desejando estar em seu lugar, e em seu intimo, a pulsação devastadora de seu coração.


Draco não saberia explicar o que foi aquele beijo para ele. Era como se estivesse descobrindo a sua vida naquele momento. Como se os lábios de Astoria fossem a passagem para a sua verdadeira razão de ser. Não conseguiu não se envolver. O peito disparou como se fosse um adolescente apaixonado. Não sabia o que fazer. Era a prova final. Se envolveu além do contrato.



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Não esqueçam de comentar e obrigada por acompanharem ;) 

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Comentários (2)

  • Tati Hufflepuff

    Adorei, adorei adoreeeeei!!!Agora sim eles admitiram para eles mesmos! Tudo seria muito mais fácil agora, mas sinto que o casal ainda vai penar pra ficar junto :'(correndo pro seguinte pra ver como vai ficar a situação dos dois depois desse beijo!!Amei o capítulo! 

    2013-11-21
  • Lana Silva

    Awwwwwwww *-* Isso é bom. Mas ai a gente lembra que não tem um Draco na vida e fica "Sortuda", bem, amei o capitulo, tô amando Draco com Astoria e a descoberta dos dois que estão apaixonados, isso é muito bom. Eu sinceramente tô esperando esbarrar com um Draco desses em algum lugar, porque  tá dificil. Beijoos! 

    2013-10-19
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