A RELÍQUIA PERDIDA



 Harry olhava para seu filho sem acreditar no que acabara de ouvir.


 - James, já está ficando escuro. – Lily falou em voz baixa enquanto esperavam alguma resposta de Harry.


 - Não devemos... É perigoso brincar com essas coisas filho...


 - Brincar? Brincar? Acha que eu sou uma criança ainda, não é mesmo? Bom, se você quer saber, tinha a minha idade quando “brincava” de caçar relíquias. – James falou irritado, olhando nos olhos do pai.


 - Não sabemos onde Albus está! – Lily deixou escapar em desespero. – Pai, por favor... Você foi o último a ver, a toca nela, sabemos da história! Precisamos da sua ajuda.


 Harry ficou olhando para os filhos. Eu era mesmo assim quando mais novo? Harry pensava. Olhou então para Hugo... O que seus amigos pensariam se colocasse seu filho em perigo? Espere... filhos....


 - Não encontraram Albus. – Harry falou, tentando manter a calma em sua voz. Fracassou nisso. – E quanto a Rose?


 - Na floresta. – Hugo falou, achando melhor omitir a parte que sua irmã estava ao lado do Malfoy.


 - Muito bem. Vamos lá! – Harry falou, sabendo que se arrependeria depois. Um sorriso apareceu no rosto de cada um. Eles não tem noção do perigo que estão prestes a correr? Harry se perguntou.


 - Ae Potter! – James gritou de alegria.


 Adentraram na floresta proibida. James pediu que Dustin fosse procurar Rose e Scorpius, ele também sabia sobre o esconderijo.


 Andaram por um bom tempo e as estrelas já brilhavam no céu. Fazia anos que Harry não entrava naquela floresta, mas apesar disso e de não fazer ideia de onde deixara a pedra, seus pés pareciam saber exatamente onde ir.


 Viu algo reluzir no chão. Impossível! Harry pensou, mas realmente havia encontrado a pedra da ressureição. Pegou a pequena relíquia e a entregou para seu filho mais velho.


 - Deve saber o que fazer.


 James se concentrou com a pedra em sua mão. Sentiu um forte poder em suas mãos. Não havia pensado em quem procurar quando encontrasse a pedra, mas a resposta era óbvia.


 A imagem de Fred Weasley começou a tremeluzir. Estava com a mesma aparência que tinha quando jovem, e ainda tinha em seu rosto o sorriso que carregou até o último segundo.


 - Tio Fred? – James falava, sem acreditar. Era literalmente seu maior sonho conhecer o parceiro de pegadinhas de George.


 - Nem pense em vir com essa história de “tio”, James! – Fred exclamou. – Não sou tão velho.


 James não sabia se deveria rir, mas foi o que fez. Não se arrependeu ao perceber que Fred parecia feliz por fazer alguém rir.


 - Harry! Quanto tempo! – Fred continuou falando – Cuidando bem da minha irmã?


 - Fred! – Foi tudo o que Harry conseguiu dizer.


 - Você deve ser Hugo, filho do Ron e da Hermione! Sempre soube que esses dois ainda acabariam juntos! E você... Alice Lovegood Longbottom ! Ah, Fred Weasley sempre está atualizado!


 - E o que você tem a nos dizer? – James perguntou.


 - Ah, sim, direto ao ponto principal. Bom, desde o início do ano, tentei mandar alguns sinais para alertar vocês sobre o que está acontecendo.


 - Como nos sonhos... – James falou pensativo.


 - Andou tendo sonhos estranhos? – Harry perguntou. Realmente não sabia da metade da vida de seu filho.


 - Estranhos não senhor! Sonhos lindos e maravilhosos comigo.


 - Que... que sinais foram esses? – Hugo perguntou.


 - No natal! Você colocou seu nome na lista e fez ser escolhido por George. – James exclamou


 - E a aranha estranha? Foi você também? – Hugo tentou.


 - Ah, sim. Avisem George que amei o presente. Muito bem Hugo, está pensando como sua mãe! Titio Fred está orgulhoso! Harry, qual foi a última vez que as aranhas se comportaram de maneira estranha?


 Harry pensou um pouco até que respondeu:


 - Em meu segundo ano em Hogwarts. No ano do diário de Tom Riddle, quando descobri sobre o herdeiro de Sonserina.


  Alice observava tudo sem uma única palavra, mas com certeza surtava por dentro.


 - Ainda tem algo que eu não entendi. – Harry falou. – Ron inflando como um balão quando a lingua dele deveria ficar gigante. Foi você?


 - Foi.


 - Mas, aconteceu o mesmo com a minha tia Marge e eu estava indo para o terceiro ano.


 - Confundi os anos! Esperavam mesmo que meu plano fosse perfeito? Ah e tem mais uma coisa. Quem “sumiu” nesse mesmo ano, Harry?


 - Hm... Ginny! Você escondeu ela! Por isso não tinha a marca!


 A imagem de Fred tremeluziu novamente.


 - Não tenho mais muito tempo aqui. Harry, acho que já sabe onde ir. Vocês foram todos incríveis, e James, me deixa orgulhoso por seguir eu e meu irmão como exemplo!


 - Obrigado Fred! – James falou.


 - Boa sorte! – Foi a última coisa que Fred falou, quando sua imagem desapareceu. Ficaram alguns minutos olhando para o nada. Harry sabia onde deveriam ir. Como no segundo ano pensava.


 Eles despertaram quando Dustin chegara ao lugar, correndo.


 - Fui até o esconderijo. Não tem ninguem lá!


 


 

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