A Sede do Lado Negro



A Sede do Lado Negro e Nagini
espero que gostem. COMENTEM!!!
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Harry acordou no dia seguinte quando sentiu o pai ao pé dele.


 


-Harry. - chamava Albus suave e pacientemente.



Harry mexeu-se um pouco e Albus riu baixinho.


 


-Harry. - chamou novamente o diretor desta vez um pouco mais alto e passando a mão pelo rosto do rapaz carinhosamente.


 


-Bom-dia. - murmurou o moreno abrindo os olhos lentamente e sorrindo para o pai.


 


-Bom-dia, meu anjo. -retribuiu o homem ao que Harry sorriu perante o apelido - Desculpa ter-te acordado mas tens de te arranjar para saíres com o teu tio. É quase hora de almoço.



Harry olhou para o relógio na mesinha-de-cabeceira ao lado da sua cama.
Eram 11:24


 


-Certo. Eu vou já levantar-me. - premeteu Harry.


 


-Está bem. Não demores. - recomendou o velho feiticeiro saindo do quarto e fechando a porta atrás de si.



Harry levantou-se. Foi tomar banho e voltou para se vestir. Vestiu roupas confortáveis, uma vez que iria passar muito tempo em cima de um cavalo.
Em seguida foi ao roupeiro e retirou uma mochila simples. Lançou-lhe um feitiço de expansão e colocou lá o arco e as setas e também a sua espada.


 


-Dobby! - chamou o rapaz.



Ouviu-se um "pop" e em seguida o elfo apareceu curvando-se numa grande vénia:


 



-Harry Potter, senhor. - cumprimentou a criatura - O senhor chamou Dobby?


 


-Sim Dobby, chamei. Gostaria que me trouxesses alguma comida. Coisas simples. Umas frutas, umas bebidas, uns aperitivos, percebes?


 


-Claro, senhor, é uma honra servir o nobre Harry Potter. Se me permite, senhor, para que precisa desta comida? - perguntou Dobby curioso.


 


-Eu vou passar o fim-de-semana ao Cabeça de Javali com o meu tio, Aberforth, e acho melhor levar alguma comida, sabes, só para o caso. - explicou Harry sorrindo mas sentindo um pequeno remorso. Contudo, ignorou-o e esperou que Dobby acreditasse.


 


-Oh, sim, estou a ver senhor. Eu vou já tratar disso. - informou Dobby contente em ajudar Harry, um rapaz que respeitava e de quem gostava imenso e a quem estaria grato até ao fim da sua vida. Graças ao rapaz-que-sobreviveu ele deixou os Malfoy e agora tinha o que sempre quisera, liberdade e um emprego bom e sem escravidão.



Dobby desapareceu e voltou alguns minutos mais tarde. Consigo trazia várias caixas. Frutas, batatas, bolos e várias garrafas de sumo, água e cerveja de manteiga.


Harry agradeceu-lhe. Havia comida e bebida mais que suficiente para Harry, Aberforth e Bull e até para os três centauros: Bane, Ronan e Magorian.
O elfo desapareceu novamente, voltando para as cozinhas satisfeito consigo mesmo.


O "Eleito" colocou todas as caixas e as bebidas dentro da mochila.


Saiu do quarto e encontrou-se com Albus no escritório do mesmo.
Desceram para o almoço e separaram-se à porta, Harry foi para a mesa dos Gryffindor e Albus para a Mesa Principal.


 


-Vai despedir-te de mim e da Minerva antes de ires. - pediu o diretor.


 


-Claro. - afirmou o filho indo em seguida ocupar um lugar na mesa dos Gryffindor onde rapidamente se juntaram algumas raparigas para lhe fazer companhia.


Albus riu enquanto caminhou para ocupar um lugar no centro da dos professores e funcionários.


 


-Então, ele vai mesmo? - perguntou Minerva à sua direita.


 


-Sim, vai. - respondeu o diretor sorrindo.


 


-E tu estás bem? - perguntou a professora de Tranfiguração preocupada.


 


-Claro, porque não haveria de estar? - inquiriu o homem para a namorada.


 


-Porque nunca estivemos longe dele. - lembrou McGonagall.


 


-Já sim, nas férias de Verão de vários anos. - contrapôs Albus.


 


-Isso foi totalmente diferente e tu sabes. - disse Minerva.



Dumbledore suspirou. Sim, ele sabia. Ele bem que tentava ignorar mas não podia deixar de sentir uma apreensão ao pensar que o filho iria estar longe dele. Albus sabia que estava a exagerar. Harry estaria a pouco distância da escola, com pessoas confiáveis e seria só por dois dias. Mesmo sabendo disto, o velho não podia de sentir o mau pressentimento que o estava a incomodar desde que Harry lhe pedira para ir para a Floresta Proíbida com Aberforth e Bull.



O almoço foi calmo. Conversas e risos eram ouvidos por todo o Salão.
Às 13:10h Harry levantou-se, despedindo-se das raparigas que o estiveram a paparicar e dirigiu-se à mesa dos professores.


 


-Eu vou encontrar-me agora com eles. - disse Harry para os pais.



Minerva levantou-se e abraçou-o. Harry retribuiu o abraço fortemente.
Ele não sabia se os voltaria a ver. Havia grandes hipóteses de que ficasse preso no quartel dos Devoradores da Morte.
Minerva estranhou um pouco o abraço que o filho lhe deu. Parecia como se se estivesse a despedir para uma estadia mais longa que apenas dois dias.
Harry afrouxou o abraço e beijou a testa da mãe sussurrando-lhe ao ouvido:


 


-Eu amo-te, mãe.



Minerva ficou um pouco chocada com as palavras do rapaz mas rapidamente recuperou retribuido-lhe do mesmo modo e no mesmo tom:


 


-Eu também te amo, filho.



Eles afastaram-se e em seguida Harry abraçou o pai dizendo-lhe a mesma coisa que dissera à mãe e sendo retribuido da mesma forma.


 


-Bom fim-de-semana, querido. - desejou Min sorrindo.



Harry suspirou, o que serviu para Minerva tirar todas as dúvidas, aquele abraço, aquele beijo, aquelas palavras e aquele suspiro eram a indicação de que se passava algo muito grave com o filho. McGonagall olhou para o namorado que parecia estar a pensar exatamente na mesma coisa que ela pois estava com um olhar preocupado mas avaliador na direção do moreno.


 


-Igualmente. - retribuiu o rapaz-que-sobreviveu virando-se e começando a andar para a porta.



Harry saiu do Salão.


 


-Passa-se alguma coisa com ele. - constatou a animaga.


 


-Sim, passa. - confirmou Albus - Eu tenho andado com um mau pressentimento em relação a isto.


 


-Não deve ser nada. - tranquilizou Minerva tentando convencer-se também a si própria - Secalhar problemas de adolescentes. Namorada, exames... coisas assim.


 


-Talvez. Mas mesmo assim vou perguntar ao Reamus e à Tonks para ver se sabem de algo que nós não sabemos. - declarou Dumbledore.


 


-Tens razão. - concordou a namorada voltando a sentar-se à mesa.


Albus fez o mesmo que ela e ambos tentaram esquecer aquela sensação de mau-estar embrenhando-se nas conversas de outros professores, colegas e amigos.


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Harry saiu do Salão. Ele tinha quase a certeza que os seus pais desconfiavam de algo. Notou que a mãe tinha um olhar bastante preocupado quando separaram o abraço e também o olhar avaliador do pai. Receando que o diretor lhe pudesse lêr a mente tinha-a fechado no instante seguinte, esperando que tenha sido o suficiente para que o pai não soubesse de nada do que iria acontecer.


O rapaz voltou ao seu quarto apenas para ir buscar a mochila e voltou a descer em direção aos portões de Hogwarts após lhe ter colocado um encantamento de leveza.
Aberforth e Bull já estavam do lado de fora dos portões à sua espera. Cumprimentaram-se e Materializaram-se para Godric's Hollow, para a casa na árvore de Bull.
Os cavalos, Caleb e Reid, e a égua, Ruby, ficaram muito felizes por os verem.
Eles tinham estado livres num prado com feitiços de Harry à volta para que ninguém os visse e para que os cavalos não fugissem.


 


-E então pessoal? Prontos para uma aventura? - perguntou Harry aos animais enquanto fazia leves festas no dorso do seu.


Aberforth convocou o equipamento de montagem da casa na árvore e eles selaram os cavalos. Depois de estarem prontos Materializaram-se novamente para a orla da Floresta Proíbida e entraram. Foram a pé até ao coração da Floresta para os cavalos não se cansarem e só montariam quando estivessem mesmo para partir. Harry levava a mochila às costas. Com uma mão segurava nos arreios do cavalo e com a outra no seu arco, assim como Bull. Caleb, Reid e Ruby eram bastante corajosos pois não pareciam estar com medo da Floresta nem dos barulhos que dela vinham.
Algum tempo depois, chegaram ao coração da floresta onde Magorian, Ronan e Bane os esperavam. Os centauros apertaram a mão de cada um deles.


 


-Se começarmos já a andar poderemos descansar à noite para estarmos melhor para o outro dia e se nos levantarmos cedo conseguiremos chegar à Sede dos Devoradores ainda amanhã. - sugeriu Ronan.


 


-Ótima ideia. Acho que é melhor fazermos assim. - concordou Harry aprovador - Têm a certeza que querem vir connosco?


 


-Sim, Harry, certeza. - garantiu Bane pousando a mão no ombro de Harry para o convencer de uma vez por todas.


 


-Então vamos andando. Quanto mais depressa melhor. - opinou Bull ao que os outros concordaram.


Os três feiticeiros montaram os cavalos. Andaram rápido mas calmamente.
Harry via criaturas cada vez mais estranhas à medida que se embrenhava mais e mais na floresta. Continuaram num bom ritmo até que a noite caiu. Como não conseguiam ver muita coisa à frente e os centauros assim não se conseguiam orientar, pararam numa clareira para comer e descansar. Distribuiram-se por turnos para ter a certeza que nada nem ninguém os atacava.
Harry foi acordado às 06:00h da manhã por Ab para prosseguirem o seu caminho. O Sol já estava a nascer e já era possível ter uma vista de tudo. Era muito bonito.


 


-Vamos continuar com este ritmo. - instruiu Magorian - Assim talvez consigamos chegar ao Quartel dos Devoradores ao final da tarde.



Os outros cinco concordaram assentindo. Alimentaram-se e alimentaram também os cavalos, preparando-os para o resto da jornada.
Voltaram a montar os animais agarrando nos seus arreios e encorajando-os a irem um pouco mais depressa.
Com essa velocidade, às 17:00h avistaram uma casa de aspeto antigo e sombrio. Lá dentro estavam luzes acesas. As janelas estavam parcialmente cobertas com cortinados rasgados.
A casa era muito grande, parecia uma mansão. A madeira estava gasta e era muito escura.


 


-Separamo-nos aqui. - disse Harry para os centauros.


 


-Nós ficaremos por aqui. Se houver algum problema lá dentro entramos. - explicou Bane.



Aparentemente, os centauros tinham mudado de ideias durante a noite.


 


-Não precisam. O acordo era mostrarem-nos o caminho. Vocês não têm qualquer obrigação de nos ajudar. - lembrou o rapaz.


 


-Não discutas com centauros, Harry. - afirmou Ronan apesar de estar a sorrir para ele.


 


-Está bem. Nós entramos e matamos a cobra. Vamos tentar sair o mais rápido possível. - informou o rapaz-que-sobreviveu para Aberforth e Bull enquanto tirava a bainha com a sua espada de dentro da mochila e a colocava às costas. Retirou a espada de lá de dentro e também a varinha do bolso.


Olhou para os outros e viu que também já estavam prontos.


 


-Vamos! - exclamou Aberforth decidido.


Desceram dos cavalos e dirigiram-se lentamente até à casa.
Harry foi até uma das janelas e olhou para dentro. Os Devoradores pareciam estar todos reunidos à volta de uma mesa comprida. Estavam presentes cerca de 10 seguidores. Harry deu um suspiro de alívio quando não viu Voldemort pois isso só iria dificultar a sua missão.


Harry afastou-se da janela e contou aos amigos em sussurros o que tinha visto. Eles também ficaram aliviados que Voldemort não estivesse lá. Mas mesmo assim haviam dez Devoradores ou mais naquela casa.



Abriram a porta da frente com um feitiço de varinha. Entraram silenciosamente. Ouviam-se conversas e risos vindos de outra sala mas não se conseguia perceber o que diziam. Os Devoradores estavam na sala do lado direito. Eles entraram, por isso, na porta do lado esquerdo. Essa porta ia dar a um corredor estreito com várias outras portas de cada lado. Eles seguiram para a primeira mas, antes que pudessem entrar, ouve-se um berro atrás deles.


 


-HARRY POTTER!!!!! HARRY POTTER ESTÁ AQUI!!!!!!!



Harry e os outros viraram-se no mesmo segundo com as varinhas apontadas.


 


-Tu! - exclamou Harry para Peter Pettigrew, o autor do grito e o traidor dos seus pais.



Porém, antes que Harry pudesse dizer ou fazer mais alguma coisa, todos os Devoradores que Harry tinha visto antes apareceram à porta com varinhas apontadas às caras deles.


 


-Ora, ora, ora... - começou Lucius Malfoy - Se não é o grande herói do mundo mágico, Harry Potter. Wormtail! Tira-lhes as varinhas e as espadas.



O animago ilegal aproximou-se a tremer perante o olhar ameaçador que o jovem moreno lhe dava, e recolheu as varinhas e as espadas.


 


-Vocês os três, venham connosco. - ordenou Dolohov.


Todos, excepto três dos Devoradores saíram. Os três que ficaram, iam atrás dos prisioneiros com as varinhas apontadas para eles.
Foram guiados até à sala que Harry tinha observado através da janela.
E lá estava ela, Nagini. Num canto mais afastado da sala, uma enorme e grossa cobra amarela estava enrolada e parecia que tinha sido acordada. Harry olhava para ela ao mesmo tempo que tentava fazer um plano para fugir dali e matar Nagini.
Os Devoradores estavam a discutir sobre chamar o mestre ou matar Bull e Aberforth.
Harry não tinha outra escolha. Espetou uma cotovelada bem no meio das costelas do Devorador que o segurava por trás. Aberforth e Bull também bateram nos respetivos para se soltarem. A seguir, protegendo-se com um escudo convocado com as mãos, o rapaz partiu para Pettigrew e desarmando-o de todas as armas. Mandou as varinhas dos amigos para eles e a espada a Bull. Em menos de 10 segundos já se travavam várias batalhas ferozes. Harry mandou 5 dos 10 Devoradores ao chão. Aberforth estava a lutar com três e Bull com os restantes dois, com a sua espada. Era agora ou nunca. Segurando bem a espada partiu para Nagini. A cobra começou também a mover-se para ele. Contudo, antes que pudesse dar balanço à espada, Wormtail lançou-lhe um feitiço fazendo com que ele caisse ao chão e a espada voasse.
Mas Nagini continuava a avançar. Harry fechou os olhos quando a viu erguer a cabeça. Contudo, a dor que ele esperava não veio. Abriu os olhos a tempo de ver o tio com a espada de Gryffindor na mão e o sangue da serpente a jorrar da sua cabeça decepada.


Harry queria agradecer mas no segundo seguinte, uma forte dor na cicatriz veio. Era tão forte que o cegou. Todos os Devoradores já estavam no chão. Aberforth não conseguia pensar em nada para ajudar o sobrinho então limitou-se a abraça-lo, esperando que o jovem se acalmasse.
Harry acalmou-se e retribuiu o abraço. Bull aproximou-se e abraçou-o também.


 


-Vamos sair daqui. - pediu Harry. Aberforth e Bull assentiram e ajudaram-no a levantar.
Harry antes, agarrou num saco que tinha trazido e colocou lá a cabeça da serpente. Os outros dois não perguntaram para o que era.



Sairam de casa e dirigiram-se aos centauros que os esperavam.


 


-O que aconteceu? - perguntou Ronan preocupado.


 


-Nagini está morta. Houve uma luta. Devoradores inconscientes. - explicou Harry rapidamente.


 


-Certo. Vamos sair daqui antes que acordem. - ordenou Magorian.



Montaram os cavalos e galoparam rápido. Pararam na mesma clareira para dormir novamente e se alimentarem. Não fizeram turnos nessa noite pois todos precisavam de dormir. O cansaço era um pouco mais do que esperavam e ficaram a dormir até às 10:00h do dia seguinte. Harry não poderia demorar muito tempo senão teria que explicar aos pais o que tinha acontecido. Comeram uns bolos e os cavalos umas maçãs. Eles beberam cerveja de manteiga e os cavalos beberam água. Assim que ficaram totalmente reabastecidos iniciaram novamente o seu caminho de volta a Hogwarts.
Às 18:30h chegaram ao coração da floresta. Os centauros tinham-lhes dito que iriam levá-los mesmo aos castelo para ter a certeza que não haveriam mais problemas.
Decidiram ir a pé a partir daquele sítio para que os cavalos pudessem descansar.
Quando faltavam cerca de 5 minutos para chegarem ao castelo, três Devoradores da Morte, que nenhum dos seis conhecia, apareceram atrás deles, cavalgando rapidamente nos seus cavalos. Harry, Aberforth e Bull montaram os cavalos e cavalgaram mais rápido que nunca. Harry e Bull colocaram os arcos e flechas às costas. Os centauros iam a cobrir-lhes a reta-guarda enquanto disparavam setas aos seguidores de Tom Riddle.

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Albus e Minerva estavam muito preocupados com o seu filho, Harry. Ele devia ter voltado nessa mesma manhã mas não havia sinal dele nem mesmo no bar de Aberforth.


 


-Min, nem o Reamus e a Tonks sabem o que se passa. - disse preocupado Albus.


 


-E se formos falar com o Hagrid? Ele é de grande confiança para o Harry. - lembrou Minerva já desesperada.


 


-Vamos. Mal não vai fazer, não é?



Assim, o diretor e a vice-diretora saíram do castelo e dirigiram-se à cabana de Rubeus Hagrid. Bateram à porta e de dentro veio o barulho de Fang a ladrar.


 


-Para trás, Fang! - ordenou Hagrid abrindo a porta - Professor Dumbledore! Professora McGonagall! Passa-se alguma coisa?


 


-Sim, Hagrid, passa. E não é nada bom. - respondeu a professora de Transfiguração - Podemos entrar?


 


-Claro! - exclamou Hagrid preocupado dando espaço para ambos entrarem.



Hagrid serviu chá e quando todos estavam acomodados Albus perguntou:


 


-Sabes alguma coisa do Harry?


 


-D-Do Harry? N-Não. Porquê? - perguntou agora mais preocupado que nunca.


 


-Ele foi passar o fim de semana com o meu irmão e devia ter voltado de manhã. - explicou Albus já prestes a entrar em pânico. Ninguém sabia do seu filho.


 


-Eu não sei de nad... - mas as suas palavras foram abafadas por barulhos de cascos ao longe, vindos da floresta.


 


-Passa-se alguma coisa. Os centauros estão perto. - informou o guarda das chaves e dos campos de Hogwarts pegando na sua besta e saindo da cabana, seguido pelos dois professores.


 


-Quem está ai? - perguntou Hagrid para a floresta enquanto posicionava o seu arco pronto a disparar para qualquer coisa que saisse daquelas árvores.



Então, das árvores saltaram três cavalos com três pessoas em cima.


 


-Harry? - perguntaram Minerva, Albus e Hagrid espantados.


 


-Não, é o gêmeo. - gozou Harry revirando os olhos.



Harry, Aberforth e Bull guiaram rapidamente os seus cavalos até aos outros e saltaram para o chão. O "Eleito" tirou o arco das costas e colocou-lhe uma seta, sendo imediatamente imitado pelo cepatorta.


 


-O que estão a fazer? O que se está a passar? E por que raios saíram da floresta cm cavalos? - perguntaram Albus e Minerva exigindo respostas.


 


-Vá, Harry. Responde aos paizinhos. - gozou Aberforth que tinha sacado a varinha e agora apontava-a também para a floresta.



Antes que o rapaz pudesse responder-lhe, Bane, Magorian e Ronan saltaram da Floresta Proíbida em direção a eles. Cada centauro colocou-se ao lado dos três humanos e ergueram também os arcos.
Contudo, nada saía daquelas árvores.


Eles baixaram as armas.


 


-Fugiram? - perguntou Ab espantado.


Ninguém reparou no pequeno rato cinzento, com pêlo a saltar e sem uma garra, a vir em direção a Harry Potter.
Quando o rato estava mesmo junto ao rapaz transformou-se em homem, revelando um punhal de prata. Antes que alguém pudesse impedir ou sequer reparasse, o punhal estava espetado diretamente entre as costelas de do jovem.
Harry deu um gemido de dor e caiu de joelhos no chão, com a cabeça pendida para a frente e com as mãos a segurarem a barriga.
Quando os centauros estavam a correr para afastar Wormtail de Harry, o animago voltou à sua forma de rato e fugiu para a Floresta.
Os outros cinco humanos também já estavam ao pé do rapaz-que-sobreviveu mas, como ele estava de joelhos e com a cabeça pendida, não conseguiam ver o punhal, nem a razão de ele estar assim.


 


-Harry? - perguntaram todos preocupados.



Harry não respondeu. Sentia as suas forças a esvairem-se do seu corpo, bem com o sangue. Não se conseguia sustentar por muito mais tempo só de joelhos, então, caiu de gatas.
Aberforth segurou-o e muito lenta e cuidadosamente, começou a virá-lo de modo a ficar deitado de costas no relvado.


 


-Não! - exclamou Minerva quando viu o punhal enterrado no corpo do seu precioso filho - Não, não pode ser!


Minerva começou a chorar e agarrou-se ao namorado desesperada para que ele fizesse alguma coisa.
Porém, Albus não fazia nada. Não conseguia. A única coisa que conseguia era sentir a culpa a inundá-lo. Ele estava desarmado, como sempre ficava quando Harry estava ferido.


 


-Albus! - chamou Minerva aos sussurros - Faz alguma coisa, por favor.


Harry esticou a mão e pegou na dela, como que para a tranquilizar.
Aberforth passou também a mão nos seus cabelos rebeldes. Harry olhou para ele e sorriu, elogiando depois agradecido:


 


-Foste brilhante.


 


-Não foi nada. - negou Ab retribuindo o feitiço - Aposto que terias feito o mesmo por mim.


 


-Apostas bem. - afirmou o filho diretor com a voz cada vez mais fraca - Faz-me só um favor. Não digas a ninguém que foi aquele verme que me matou.


 


-Tu não estás morto. - lembrou o tio, o sorriso a desaparecer do seu rosto.


 


-Ainda. - completou Harry para desgosto dos outros.


 


-Não, eu não te vou deixar morrer. - prometeu Aberforth.


Ele já tinha perdido os país e a irmã mais nova, Ariana. Harry era a única pessoa que ainda lhe restava e ele não ia perdê-lo.


 


-Harry, temos de remover o punhal o mais depressa possível. - disse Bane - Magorian, Ronan, fiquem ao pé dele. Eu trato disto.


 


-O que é que eu preciso de fazer? - perguntou o moreno.


 


-Tenta aguentar a dor e, acima de tudo, não desmaies. - respondeu Bane olhando diretamente nos olhos dele.


 


-É mais fácil dizer do que fazer, certo Bane? - inquiriu Harry já muito fraco.


O centauro não respondeu.


 


-Vai ficar tudo bem, Harry. - garatiu Hagrid enquanto se assoava a um lenço com o tamanho de uma toalha de mesa.


Bane colocou a mão à volta do punho do punhal. Minerva apertou mais a mão ao filho. Albus pareceu acordar do seu transe e apertou a outra mão de Harry entrelaçando os dedos, enquanto as lágrimas lhe escorriam pelo rosto, perdendo-se na sua enorme barba. O diretor baixou a cabeça depositando um longo beijo na testa do rapaz, que fechou os olhos. Colocou a testa sobre a dele e olhou-o bem nos olhos transmitindo calma, tranquilidade, amor e carinho.


 


-Bane. - pediu Harry.


Bane, tentando que fosse o mais rápido e indolor possível puxou de uma vez o punhal cheio do sangue de Harry.
O "Eleito" gemeu mas não gritou.


 


-Eu juro, e vocês são minhas testemunhas. - disse Harry de dentes cerrados - Se eu morrer, eu vou ressuscitar só para matar aquele verme nojento. Nem que eu tenha que o dar de refeição ao Crookshanks.


 


-Não precisas. Eu trato disso da próxima vez que o vir. - prometeu Aberforth ao que o sobrinho lhe deu um sorriso de agradecimento.


Albus não estava a gostar muito do relacionamento de Harry com Aberforth. Eles estavam a dar-se muito bem. Afinal, era ele o pai do rapaz. Albus gostava que o filho se desse bem com toda a gente, aliás, ele tinha muito orgulho nisso. Contudo, o irmão e o filho tinham uma relação diferente, uma relação que nem mesmo ele alguma vez teve com o jovem. Eles tinham muito em comum, e o facto de ambos pregarem partidas um ao outro tornava-os também muito unidos. Via-se que apesar de estarem sempre às brincadeiras, eles adoravam-se um ao outro. "Eu não posso ter ciúmes do meu filho com o meu irmão. Simplesmente, não posso!" pensava o grande feiticeiro. Ele forçou-se a canalizar os seus pensamentos para o filho que agora estava em grave estado.


 


-Temos de o levar para o castelo. - opinou Bull.


 


-Sim. - concordou Minerva acrescentando depois para o filho - Não te preocupes, amor. Poppy consegue curar tudo.


 


-Mas acho que antes deveríamos pôr umas ligaduras sobre o corte. - sugeriu Hagrid.


Minerva convocou ligaduras e atou-as à volta dos abdominais do rapaz-que-sobreviveu.


 


-Hagrid, levanta-o e coloca-o sobre as minhas costas. Eu levo-o até ao castelo. - ofereceu-se Ronan.


 


-Obrigado, Ronan, mas não quero quebrar as vossas regras. No meu primeiro ano ficaram fulos com o Firenze por ele me ter carregado. Não precisamos de repetir a cena. - discordou Harry relembrando os acontecimentos na Floresta Proíbida.


 


-Acontece que nós tínhamos ideias diferentes sobre os feiticeiros antes. Julgávamos que eram todos iguais, com aquela mania de serem melhor que as outras espécies. A nossa opinião mudou quando tu provaste o contrário. O nosso povo respeita-te e gosta de ti, Harry, e nós não te vamos deixar morrer, não se o pudermos evitar. - explicou Magorian.


 


-Obrigado. - agradeceu Harry espantado.


 


-Hagrid, faz o que o Ronan disse, por favor. - continuou Magorian - Eu também levarei alguém para nos indicar o caminho até à Ala Hospitalar pois acho que o Harry não está em condições e não deve falar. Atenção, nós levaremos um de vocês os dois. - finalizou o centauro apontando para Aberforth e Bull.


 


-Vai tu. És família. Eu vou atrás. - informou Bull para Aberforth.


 


-Eu é que sou o pai! - discordou Albus.


 


-E eu sou o tio! Tu ouviste o Magorian. Era só entre eu e o Bull. O Bull deixou-me ir. Vou eu! - rebateu Ab.


 


-Hey, não liguem! Eu só estou quase a morrer! Mas continuem, não me deixem atrapalhar a vossa preciosa discussão! - exclamou Harry furioso após Hagrid o ter posto em cima de Ronan.


 


-Desculpa. - pediu Aberforth.


 


-Tudo bem. Ab, anda lá. Não aguento muito mais tempo de olhos abertos. - disse Harry cada vez mais fraco.


Ab olhou para o irmão ameaçadoramente e depois subiu para as costas de Magorian.


 


-Bane, avisa os centauros do acontecido. Pede-lhes para fazerem buscas pela Floresta mas não sozinhos. Olhem bem para o chão, para o caso daquele rato miserável dar de caras novamente. - instruiu Ronan.


 


-Certo. Até logo. Cuida-te, Harry. - e com isso Bane despediu-se virando-se e desaparecendo no emaranhado de ramos, troncos e árvores.


Ronan e Magorian partiram rapidamente para o castelo e seguindo as indicações de Aberforth, chegaram à Ala Hspitalar. Madame Pomfrey quase teve um ataque cardíaco ao ver os centauros e também quem estava em cima deles.
Aberforth ajudou Harry a descer e a deitar-se numa cama. Poppy deu-lhe algumas poções e fez alguns feitiços sobre a ferida. Colocou novamente uma ligadura e deu-lhe um pijama dizendo que deveria descansar. O irmão do diretor ajudou o sobrinho a vestir o pijama e aconchegou-o nos lençois. A curandeira deu-lhe a poção final, poção de sono sem sonhos e terminou com a boa notícia de que ele iria ficar bem em breve. Magorian e Ronan foram-se embora depois de Harry adormecer.


 


-Desculpa o atraso. Vários alunos viram os centauros e vieram preguntar-nos o que se passava. - desculpou-se Minerva que tinha acabado de chegar com o namorado, Bull e Hagrid.


 


-Como é que ele está? - perguntou Bull preocupado.


 


-O ferimento é grave e vai deixar cicatriz mas ele em breve ficará bem. - garantiu Aberforth.


 


-Graças a Merlin. - agradeceu Hagrid.


 


-Agora podem-nos explicar o que raio estavam a fazer na Floresta Proíbida, com centauros e a serem persseguidos por Devoradores da Morte? - exigiu Albus.


 


-Eu acho que será melhor o Harry explicar-te. - respondeu Aberforth - Eu estou muito cansado. Há noites que não durmo decentemente. Bull, vamos andando?


 


-Vamos. Hagrid, achas que podes cuidar dos nossos cavalos e do do Harry? - perguntou Bull.


 


-Claro. São muito bonitos. Como se chamam? - questionou curioso o meio-gigante.


 


-O meu é o Reid, o do Ab é a Ruby e o do Harry é o Caleb. - respondeu Bull.


 


-Cuidado com a miúda, é um pouco resmungona. - avisou Aberforth.


 


-Não, não é. - discordou o aborto - Isso é só contigo.


 


-Está calado, Ed. - provocou o barman.


 


-Um nome muito bonito, já agora. - afirmou Eddie dirigindo-se depois aos outros três - Boa noite.


 


-Boa noite. - responderam os outros.


Aberforth e Bull saíram a discutir.


 


-Não adianta passarem aqui a noite. - disse Poppy aparecendo - Ele só vai acordar amanhã depois do almoço.


 


-Está bem. Nós passaremos aqui por essa hora. - concordou Albus.


 


-Se acontecer alguma coisa com ele, chama-nos. - pediu Min para a amiga.


 


-Não te preocupes. Vão lá. - despachou-os Madame Pomfrey.


Dumbledore, McGonagall e Hagrid saíram e dirigiram-se ao Grande Salão que já estava cheio de alunos.
Explicaram a Lupin e a Tonks o que acontecera e depois tiveram de os convencer que não ia adiantar em nada irem vê-lo naquele momento pois estava a dormir. Ficou, então, combinado que iriam com Albus e Minerva no dia seguinte após o almoço.


O jantar acabou e o dia também. Minerva e Albus deixaram o xadrez para outro dia. Não teria a mesma piada sem o filho entre eles.
Albus foi para a cama ainda a pensar no filho e também no irmão.
Os sonhos atormentaram-no. Sonhava que Harry já não queria estar com ele e ia viver com Aberforth e até Ariana apareceu.
Felizmente, não passou tudo de um sonho.

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Oi!

Que acharam da entrada na Sede? está boa ou esperavam melhor??
Eu gostei mt de escrever este capítulo msm e espero que me digam se gostaram de o ler e se estão a gostar d fic em geral.
Quero agradecer aos meus leitores e leitoras. E especialmente a Ana Marisa Potter que tem comentado grande parte dos meus capítulos. 
Ana, obrigado mais uma vez pelo teu comentário anterior. Eu acho uma ótima ideia e vou fazer como tu sugeriste. Obrigado mais uma vez.

Se gostaram do capítulo e têm gostado da fic deêm nota, comentários, sugestões e subscrevam. Se não gostaram, façam-no à mesma pk eu gosto de saber as opiniões dos meus leitores e quero saber se posso melhorar a fic nalgum aspeto.

Mais uma vez obrigado.

Bjs e abraços


H.D.

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