Preocupações e Pesadelos



-Tu sabes o que se passa com ele? - perguntou, sussurrando, Minerva ao namorado enquanto almoçavam no Salão Principal. 


-Não. Não faço ideia. Ele parece tão cansado. E agora deixa-se dormir nas aulas? Ele está a esconder-nos qualquer coisa. - respondeu Albus preocupado. 


-E como descobrimos o que é? Ele não é daquelas pessoas que pede ajuda e tu sabes disso. Temos de descobrir por nós mesmos. - lembrou Minerva.


-Eu sei. Vou pensar em qualquer coisa está bem? Não te preocupes. Nós somos os pais dele e vamos ajudá-lo. Quer ele queira, quer não. - garantiu Dumbledore decidido.


-Tenho de ir andando. Tenho aulas agora. - disse McGonagall - Vai ver dele. Pelo menos podes tentar falar com ele.


-Tens razão. Vou agora mesmo. Até logo. - com isso o diretor despediu-se partindo em direção à sua sala.





Em cerca de dois minutos Albus já estava na sua sala. Continuou a andar rapidamente em direção ao quarto de Harry. Parou à porta tentando escutar qualquer barulho, qualquer som que viesse do interior do quarto. Nada. O quarto estava estranhamente silencioso. O diretor, mais preocupado do que nunca, entrou no quarto de rompante, mas nada o preparara para a cena que o esperava. Harry estava deitado na cama sobre a colcha. O rapaz mexia-se e revirava-se soltando gemidos que, ao que pareciam, eram de medo.
Dumbledore foi até ao filho percebendo que ele estava a meio de um pesadelo. "Então é isto que se tem estado a passar" pensava ele. O diretor compreendeu também que o rapaz usava feitiços silenciadores à volta do quarto e por isso nada se ouvia do outro lado da porta. Contudo, o feiticeiro mais velho deixou isso para se preocupar depois.
Albus deitou-se na cama ao lado do filho e tentou acalmá-lo.


 



-Harry, está tudo bem. Eu estou contigo, só tens de abrir os olhos, filho.


 


O diretor abraçou o rapaz que ainda se debatia um pouco. Continuou a sussurrar levemente ao ouvido dele até que percebeu que já se tinha acalmado. Levantando a cabeça, Albus encontrou-se a olhar diretamente para uns olhos verdes levemente confusos.


 



-Como te sentes? - perguntou Albus com o rosto e os olhos a mostrarem a sua preocupação.


 



-Eu... acho que... bem. - respondeu Harry atrapalhado.


 



-Temos que conversar. - informou Dumbledore com uma expressão grave e rara.


 



-Sim, senhor. - concordou Harry após engolir em seco.


 



-Em primeiro lugar, é por causa disto que tens estado tão cansado? - começou Albus.


 


Harry pensou um momento antes de responder. Não, ainda não queria contar sobre os seus planos:


 



-Sim, é. - respondeu o moreno.


 



-À quanto tempo tens esses pesadelos? - perguntou novamente o velho.


 



-Acho que desde que o chapéu foi destruído.


 



-Porque é que meteste feitiços silenciadores?


 



-Para não o acordar.


 



-Harry, eu não quero saber se me acordas ou não. Tu não deves passar por isto sozinho, tu não tens que passar por isto sozinho. - afirmou o poderoso feiticeiro - Sobre o que são os pesadelos?


 


Nesse momento Harry olhou para o pai assustado, não queria revelar os seus pesadelos.


 



-Nada de importante. - murmurou o rapaz-que-sobreviveu.


 



-Filho, eu vi o estado em que tu estavas então sim, de certeza que é algo muito importante. Fala comigo. - pediu o diretor.


 


Harry sentiu-se mais calmo. Sentia-se sempre assim quando Albus o chamava de filho. Assim, começou a contar:


 



-Eles culpam-me.


 



-Eles quem? - perguntou Albus suavemente girando o filho para que pudessem ficar frente a frente.


 



-Todos. - respondeu o moreno sussurrando - A minha mãe, o meu "pai", Sirius, Cedric, Reamus, Min e... você.


 



- Como assim? - perguntou Dumbledore.


 


Harry baixou a cabeça colocando-a contra o peito do pai. O diretor abraçou o rapaz apertando-o contra si.


 



-Os que morreram, culpam-me pela sua morte. Os que não morreram culpam-me pela morte dos outros. Eles gritam, dizem que não gostam de mim, que eu os desiludi, dizem que estariam melhor sem mim. Dizem que eu deveria ter morrido naquela noite, à 16 anos. Eles têm razão. - finalizou Harry chorando.


 



-Não, não têm! - discordou Albus também a chorar. Colocando um dedo por baixo do queixo do moreno, levantou-o para que eles se pudessem olhar bem nos olhos - Eles não têm razão. Tu não és culpado de nada e muito menos das mortes que aconteceram durante esta terrível guerra. E sabes que mais, eu agradeço todos os dias a Merlin por não teres morrido à 16 anos, porque eu não conseguiria aguentar perder-te, não conseguiria viver sem ti. Eu amo-te, Minerva ama-te, Reamus ama-te e todos os que já morreram também te amavam e vão sempre continuar presentes, a teu lado, no teu coração. E tu nunca, jamais, vais conseguir desiludir-me. E agora, por favor, sempre que tiveres um pesadelo vai ter comigo. Eu não me importo de ser acordado, só quero que estejas bem.


 



-Obrigado.


 



-De nada. Obrigado por me teres contado, significa muito para mim. E nunca te esqueças disto: tu és, sempre foste e sempre serás o meu orgulho e a minha alegria. Nada me vai fazer amar-te menos, nada vai fazer com que tu deixes de ser a minha razão para acordar todas as manhãs. Eu amo-te. - finalizou o homem com lágrimas nos olhos.


 


Harry abraçou o diretor respondendo:


 



-Eu também te amo, pai.


 


Albus demorou uns segundos para assimilar o que Harry tinha dito.


 



-Tu chamas-te-me me pai? - perguntou o velho feiticeiro espantado mas com o coração a saltar de alegria e emoção.


 



-Acho que está na hora do mundo saber quem é o meu verdadeiro pai. Se ainda quiser, é claro. - declarou Harry levantando a cabeça para olhar nos olhos brilhantes do diretor sem contudo deixar aqueles braços que o faziam sentir-se seguro e amado.


 



-É claro que quero! É o que eu mais quero! Posso chamar cá um repórter amanhã? - perguntou entusiasmado.


 



-Claro. - respondeu divertido o rapaz-que-sobreviveu - Eu vou falar hoje ao jantar com o Ron, a Hermione e a Ginny.


 



-Eu vou falar com Minerva. Ela também está muito preocupada contigo. Vou explicar-lhe o que tem estado a acontecer e o que vai acontecer amanhã está bem?


 



-Ok. Acho que vou tomar um banho e preparar-me para o jantar. - informou o rapaz.


 



-Muito bem. Até já. - Albus chegou à porta mas antes de sair virou-se caminhou de volta até a filho e sussurrou-lhe ao mesmo tempo que beijava levemente a sua testa - Amo-te.


 



-Eu também. - retribuiu Harry sorrindo.


 


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OLÁ!!!
Aqui está o 32º capitulo, mt fofi ahaha XD. Espero que gostem. Lamento o atraso mas o pc estava com problemas.
Tenho más notícias. Em princípio só vou voltar a postar daqui a +/- 2 semanas. É os testes, vou ter 3 ou 4 em cada semana e preciso mesmo de estudar para manter as boas notas. Mas talvez eu consiga dar uns pulinhos aqui ao FeB e ir postando 1 cap aos poucos. Bom, não prometo nada. Então basicamente, têm 2 semanas para deixar comentários e principalmente ideias para a continuação da fic. Como já tinha dito não tenho ideias nenhumas para a batalha final. Então mandem comentários com quem acham que devia morrer por exemplo. Obrigado por tudo e até ao proxio capitulo e não se esqueçam:
COMENTEM!!!


 


H.D.

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