Carta Inesperada



No dia a seguir à batalha todos acordaram cedo. Ainda estavam todos com adrenalina por causa da luta. No salão principal só disso se falava.
Já era hora do almoço e os membros da Ordem da Fênix e do Exército de Dumbledore estavam sentados na mesa dos Gryffindors. Os elfos domésticos tinham realmente caprichado no almoço.
Harry na noite anterior tinha decidido falar com Dumbledore para pedir permissão para entrar na Ordem. Sabia que tinha que se dedicar aos Horcruxes e com a ajuda da Ordem isso seria mais fácil. Para não falar que ele queria participar nas actividades e saber as movimentações dos inimigos.

Dumbledore estava à ponta da mesa a conversar com os membros da Ordem.
Harry levantou-se e foi até eles. Chegou ao pé do diretor e perguntou:

-Professor, podemos falar em privado?

-Claro Harry. Vamos para o Hall de Entrada? - sugeriu Dumbledore.

-Sim, pode ser. - concordou Harry.

Dumbledore levantou-se da mesa e seguiu com Harry para o Hall de Entrada. Encostaram-se a um canto e ele esperou que Harry falasse.

-Eu queria lhe pedir uma coisa professor. - começou Harry.

-Podes pedir Harry. - disse Dumbledore curioso.

-Eu quero entrar na Ordem da Fênix! - Harry disse isto com firmeza e determinação.

Dumbledore olhou para ele ainda indeciso sobre o que deveria fazer.
Harry notou que o diretor ainda não estava totalmente convincido então começou a argumentar:

-A Ordem serve para lutar contra Voldemort e contra os seus seguidores. Eu sou um dos que mais lutou contra eles. Eu estou destinado a matá-lo e por isso mereço saber o que se está a passar. E acho que a Ordem nos poderia ajudar na busca pelos Horcruxes.

-Achas que lhes deveríamos contar sobre a profecia e sobre os Horcruxes? Sinceramente, eu já tinha pensado em fazer isso. - disse Dumbledore - Sim, podes entrar na Ordem e vamos contar-lhes sobre a profecia e os Horcruxes.

-Posso entrar?! - perguntou Harry espantado. Na verdade nunca pensou que Dumbledore o aceitasse na OF.

-Sim, podes! - afirmou Dumbledore com um sorriso - Mas com uma condição.

-Qualquer coisa. Faço o que for preciso! - concordou Harry.

-Não podes contar nada a ninguém. Nem que entras-te na Ordem nem dos assuntos que forem tratados durante as reuniões. - declarou Albus - E quando eu digo ninguém é mesmo ninguém! Nem Ron, nem Hermione nem Ginny.  

-Porque não? Eles são de confiança. - Harry não podia mentir aos amigos. Sempre lhes contara tudo.

-Se tu lhes contares vai haver uma grande confusão. Eles vão querer entrar. Apesar de Ron e Hermione já serem maiores de idade ainda não têm o direito de se envolverem nisto. Compreendes?

-Sim senhor. - cedeu Harry - Eu não lhes conto nada.

-Prometes Harry? Eu estou a depositar uma grande confiança em ti.

-Prometo professor. Não o vou desapontar. - assegurou Harry.

-Eu sei que não. - disse Dumbledore com um sorriso. - Vens comigo agora falar com a Ordem e vamos declarar que fazes parte. Vai haver uma reunião às 22:30h no Sábado e nessa reunião contaremos tudo. Dizes aos teus amigos que vais falar comigo, está bem?

-Sim senhor! - corcordou o moreno. 

-Muito bem, então vamos.

Entraram de novo no salão e foram ter com os membros da OF.

Dumbledore sentou-se em frente a Harry e ao meio dos gêmeos. Harry sentou-se entre Lupin e Tonks.

-Tenho umas coisas a anunciar. A primeira coisa é que o Harry agora faz parte da Ordem da Fênix. - declarou Albus.

Ao dizer isto todos ficaram de boca aberta. Reamus que estava a beber água esgasgou-se e cuspiu a água toda enquanto Harry lhe dava pancadinhas nas costas.

-Mas... - Minerva estava muito surpreendida - é muito perigoso. Ele é só um miúdo.

-Pois um miúdo que desde os onze anos luta com Voldemort e os seus seguidores. - afirmou Harry.

-O Harry já é maior de idade e ele tem razão. Eu sou o responsável pela guarda dele e eu dei-lhe permissão. Os outros motivos serão revelados no Sábado na reunião. Nessa reunião eu e o Harry vamos revelar o motivo daquelas aulas e daquela saída no ano passado. Creio que quando souberem da história toda, tudo ficará mais explicito. Mais uma coisa não digam a ninguém que o Harry está na Ordem. Só os membros da Ordem da Fênix podem saber. Não digam nem ao Ron, nem à Hermione nem à Ginny. Fred, George nada de bocas nem nada que os leve a pensar nisto perceberam? Isto vale para todos. - disse Dumbledore.

-Não se preocupe professor, pode contar connosco! - exclamaram os gêmeos juntos. 

-É bom saber. - disse o diretor - Se não se importam, eu vou para o meu escritório. Ainda estou um pouco cansado da luta.

-Eu vou contigo, Albus. - disse Minerva.

-Hey Harry! Bora treinar? - perguntaram Fred e George.

-Sim, pode ser. - concordou Harry - Alguém quer vir? 

-Eu vou. De qualquer maneira não tenho nada que fazer. - disse Lupin levantando-se.
 
-Eu também vou. - declarou Tonks.

-Eu vou andando para o Ministério antes que o Ministro desconfie de alguma coisa. - disse Kingsley.

-Nós também vamos andando. - disse Molly referindo-se também a Arthur.

Assim todos se separaram. Harry, Fred, George, Reamus e Ninphadora faram para a Sala das Necessidades no Sétimo andar. Dumbledore e McGonagall foram tomar um chá ao escritório do diretor e os restantes membros foram-se embora para voltarem à escola no Sábado.

Até ao dia da reunião foi sempre assim. Para passar o tempo, todos os dias haviam treinos do ED e jogos de Quidditch. Ambos duravam horas principalmente os treinos.


O dia da reunião amanheceu calmo. Os membros da Ordem chegaram a Hogwarts enquanto os outros tomavam o café da manhã. Após isso os meninos foram para o campo jogar quidditch, como era habitual, e os adultos foram para as bancadas assistir.

O jogo acabou perto da hora do almoço. Os jogadores foram tomar banho e depois de 15 minutos já estavam todos a almoçar. Quando terminou o almoço aconteceu uma coisa rara. Pela janela aberta do salão principal entrou um corvo. Todos olhavam espantados para o corvo e mais espantados ficaram ainda quando viram que este trazia uma carta. O pássaro desceu e pousou ao pé de Harry, estendendo-
-lhe a pata. Assim que Harry retirou a carta ao corvo, este, levantou voou rápidamente deixando atrás de si, pessoas muito apreensivas a olhar para a carta e para Harry.
Quando Harry se preparava para abrir a carta Lupin para-o.

-É melhor não Harry, sabes não é comum corvos trazerem cartas. É mau sinal. - disse o lobisomem - Eu abro-te o envelope. Se não acontecer nada tu lês a carta, está bem?

-Tens a certeza? - perguntou Harry preocupado com o amigo.

-Absoluta. - garantiu Lupin.

-Ok. Tem cuidado. - pediu Harry.

-Não te preocupes. - disse Reamus.

Harry entregou-lhe a carta. Reamus colocou-a em cima da mesa, tirou a varinha e fez um feitiço para que o envelope se abrisse sozinho. Nada aconteceu e todos suspiraram aliviados. Lupin entregou a carta a Harry que se distanciou um pouco. Todos o observavam enquanto ele tirava um pergaminho de dentro do envelope. Harry começou a
ler:

"Estou por perto
 É melhor não me procurares
 À tua frente estarei
 Quando menos esperares!"


Estes eram os versos que estavam escritos no pergaminho. Harry achou estranho e continuou a ler a carta que agora já não tinha versos.

" Harry Potter
 
  Gostaste dos versos? Eu mesmo os escrevi, mas passemos à frente.
  Eu dei-te a opurtunidade de te juntares a mim mas tu não aceitas-te, agora vais sofrer as consequências. Eu já te conheço e sei que a atacar-te fisicamente não te consigo magoar, por isso, vou atacar-te de uma maneira que sei que vais cair e submeter-te rapidamente aos meus poderes. Vou atacar-te no coração. Vou matar as pessoas de quem gostas a começar por Albus Dumbledore, Minerva McGonagall, Reamus Lupin e Ninphadora Tonks. Depois destes quatro muitos outros virão. Mas não te preocupes tu vais assistir a todas estas mortes de um lugar priviligiado. Vou obrigar-te a assistir a todas e vou ter o prazer de te ver a tentar protegê-los como o teu pai fez contigo e talvez até de vêr o choro e o desespero como quando a tua mãe sangue-de-lama me viu a entrar no teu quarto para te matar.
  Quando começares a ver as pessoas de quem gostas morrerem tu virás até mim. Ajoelhar-te-às perante mim para me pedir.
  Quando esse dia chegar tu terás um lugar reservado entre os meus Devoradores. Até lá boa sorte e até breve.


                                                      Lord Voldemort


Harry acabou de ler a carta com tanta raiva que os seus olhos tinham um perigoso brilho vermelho. Virou-se e viu que todos o observavam. Os membros tanto do ED quanto da OF assustaram-se ao ver os seus olhos. Harry virou-se para Ron e disse-lhe:

-Cuida do treino hoje ok?

-O que se passa? - perguntou ele.

-Faz o que eu te pedi está bem?

-Está bem. - aceitou ele percebendo que não valia a pena discutir com o amigo. Todos os membros do ED saíram olhando preocupados para Harry que ainda tinha o brilho vermelho no olhar.

-O que diz a carta? De quem é? - foram as perguntas que Lupin fez e também eram aquelas que estavam na mente de todos.

-A carta... - Harry não sabia se devia dizer mas decidiu que sim. Afinal agora estava na Ordem e devia partilhar assuntos como aquele. Principalmente porque a carta falava diretamente de 4 daquelas pessoas e indiretamente de todos os outros - ... a carta é de Voldemort.

As pessoas olhavam-no espantadas.

-O que diz a carta,Harry? - perguntou Dumbledore e Harry notar a sua preocupação e raiva.

-Podem lê-la. - afirmou Harry entendendo-lhe a carta.

Todos se aglomeraram à volta do velho feiticeiro e começaram a ler. À medida que liam era possível vê-los cada vez mais espantados e preocupados. Quando todos acabaram houve um silêncio constrangedor. Reamus aproximou-se de Harry e abraçou-o. Abraçou-o como um pai faz a um filho e isso fez Harry ficar muito mais calmo.

-Desculpem ter-vos envolvido nisto. - disse Harry quando se separou do abraço e olhando para o chão.

-Não tens que pedir desculpa de nada. - disse Tonks aproximando-se e abraçando-o também.

-Acho que devemos antecipar a reunião para agora. Assim todos ficam verdadeiramente a par do que se está a passar. - disse Dumbledore com uma raiva que não era própria dele. - Vamos para a minha sala por favor.

Todos seguiram atrás dele e todos ainda estavam a pensar na carta. Harry seguia à frente com a cabeça baixa. Ia ladeado por Fred e George que tinham cada um uma mão por cima do ombro de Harry numa atitude protetora. Ninguém interferiu. Sabiam que os gêmeos não eram assim. Isso queria dizer que estavam verdadeiramente preocupados com Harry e era bom saber isso. Pois para eles não fazerem nenhuma piadinha era por que o assunto era realmente sério.


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Então? que acharam do cap.? Que acharam da carta? podem responder a estas perguntas com...

COMENTÁRIOS!!!


H.D.




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Comentários (2)

  • Harry Dumbledore

    Muito obrigado pelo comentário e ainda bem que está a gostar da minha fic. Espero que continue a gostar e a comentar.BjH.D. 

    2012-09-11
  • Deusa Potter

    Comecei a ler agora e tinha decidido que ia comentar apenas quando tivesse lido todos os capitulos postados, até pq não tenho la muito tempo (estou literalmente fugindo da minha orientadora pra ler), mas eu tive que comentar nesse capitulo...Tive que ler duas vezes pra ter certeza que o Voldie mandou um versinho para o Harry, depois chorei de rir, isso foi fenomenal. No geral, sua fic me fez rir bastante até agora e a historia esta muito interessante...Agora vou continuar a ler...

    2012-09-11
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