Não é nada disso que você esta



Draco segurou Hermione pelo braço, olhou bem no fundo daqueles olhos castanhos e...


– Draco!- Chamou alguém, distraindo o casal ali presente. Hermione que já estava mais que vermelha, aproveitou a distração do loiro deu meia volta e saiu correndo.


Já Draco Malfoy, com raiva, virou-se para a pessoa quem o distraíra e com muito ódio na voz respondeu.


– O QUE FOI?!


– Esses são modos de falar com um professor?- Perguntou Snape.


– Quando é um professor estupido e insignificante. É esse sim o modo. - Respondeu sem alterar a voz, ele estava extremamente irritado por ter sido interrompido, e se sentia estranho, pois o que ele mais queria naquele momento era beijar Hermione.


– O que foi que disse?-Perguntou Snape com a cara já purpura de raiva.


– Isso mesmo que você ouviu.


– Detenção senhor Malfoy!- Ralhou Snape.


– Se você me chamou para me dar uma detenção já esta avisado, pode voltar para o seu cafofo. - O rosto de Snape se contraiu, e sem aviso segurou o braço de Malfoy e começou a andar, arrastando o loiro.


– O diretor que você na sala dele agora.


– Ok, eu sei andar com as minhas próprias pernas. - Disse o Malfoy se libertando de Snape, e indo em direção a sala de Dumbledore. Snape falou a senha, a gárgula deu passagem. Enquanto subia a escada, Draco ficou pensando, "o que será que o diretor quer comigo?", ele deu uma risadinha e pensou "Será que ele descobriu que fui eu quem quebrou as vassouras dos jogadores da Lufa-Lufa?". Mas quando terminou de subir o ultimo degrau, se surpreendeu ao dar de cara com quem menos imaginava.


– Pai?


 


No dormitório feminino.


 


– E ai Hermione, falou com ele?- Perguntou Isabela curiosa.


– Falei. - Respondeu Hermione, ainda se acalmando.


– Então, o que foi que ele disse.


– Nada. Ele não disse, ele... - Hermione ia continuar a falar, mas se lembrou de uma coisa.- Eu te respondo se você me responder uma pergunta primeiro.


– Foi isso que ele disse?- Perguntou Isabela confusa.


– Não eu é que estou dizendo.


– Ah tá, ok pergunta.


– Sobre quem você estava falando hoje mais cedo?- Hermione pode notar que as bochechas de Isabela ficara vermelha.


– Que?


– Eu ouvi bem o que você disse, era mais ou menos: "ele é tão lindo". Quem é lindo?


– Eu disse isso? Você esta louca?


– Não vem com essa Isabela, a Lisa também ouviu...


– O que tem eu?- Perguntou a própria Lisa


– Você não ouviu a Isabela dizendo que alguém era lindo hoje mais sedo?


– É eu ouvi sim, e fiquei curiosa que é o gato em Isa?


– NINGUÉM!- Gritou Isabela.


– Ok entendi. - Disseram as duas outras ao mesmo tempo, trocando olhares.


Hermione sentou na cama pegou suas anotações e irritada começou a ler. O fato de Isabela lhe esconder as coisas a incomodava, nunca escondera nada da amiga, sempre lhe contou tudo.


– Eu confio em você- Falou Isa depois de um tempo- Mas é que...


– Mas nada Isabela! Você não confia, desde quando eu acordei desse maldito coma você vem escondendo coisas de mim!


– Não é isso Hermione...


– É isso sim! Eu nunca escondi nada de você, eu esperava o mesmo de sua parte!


– Eu não estou escondendo nada!


– Aé? Então aonde é que você vai toda noite? Meia noite para ser mais exata.


– Eu... Você estava acordada? Você me seguiu?- Perguntou Isabela com um pouco de pavor na voz.


– Não, pois eu pensava que você fosse me contar mais tarde. - Lisa sentada na cama olhava de uma para a outra sem entender muita coisa, mas sabia que Hermione estava certa.


– Hermione me desculpa, mas eu não posso...


– Esta certo! Faz o seguinte- Disse Hermione pegando sua mochila com materiais colocando nas costas e pegando uma coberta e um travesseiro. - Só fale comigo, quando for me contar a verdade.


Ela andou até a porta, mas se virou e disse:


– Se eu descobrir através de outra pessoa... Nunca mais falarei com você.


Ela estava tão nervosa e irritada, que nem se comoveu ao ver que Isabela tinha lagrimas nos olhos.


– Hermione espera!- Gritou Isa, mas Hermione já saira do quarto. Aos prantos Isa se jogou na cama.


– Sabe... Ela esta certa.


– Você também Lisa?!


– Ninguém gosta de ficar no escuro Isabela, seja o que você estiver escondendo, é melhor contar logo.


 


 


Hermione caminhava pelos corredores de Hogwarts olhando atentamente para os lados, sabia que já passara do horário, e que se algum professor, ou o idiota do irmão do Rony o Percy, com certeza ela estaria encrencada.


Mas de repente Hermione ouve alguém chamando seu nome, ela olha para os lados e não vê ninguém, talvez fosse impressão sua, então continuou andando, precisava ficar sozinha, esfriara a cabeça. Queria que assim como esqueceu dois anos de sua vida, esquecer aquele dia...


"Hermione!"


A castanha se virara para o nada, alguém estava a chamando, mas não via ninguém.


– Harry?- Perguntou, só podia ser ele, o único que possuía a capa de invisibilidade. Cinco minutos se passara se fosse Harry teria se revelado.


Com passo mais rápido ela continuou andando, coragem era o que faltava naquele momento, talvez fosse melhor voltar para o salão comunal, mas não queria ver Isabela tão cedo.


"Não! Hermione!"


Hermione olhou para os lados nervosa. Estaria ficando louca? Ou ouvindo voz igual a Harry? Sem pensar em uma resposta ela saiu correndo, olhando sempre para os lados, dessa vez não estava com medo de um professor, alguém a chamava...


"Fuja! Peça ajuda”.


– Por favor, pare!- Pediu a castanha. Ainda correndo, e acabou esbarrando em alguém, e ao ver quem era lhe deu um forte abraço.


– Hermione, tudo bem?- Perguntou o loiro de olhos azuis acinzentados. Vendo que a garota tremia sem pensar retribuio o abraço.


– Eu... Eu n-não sei, e-eu...


Ela se afastou rapidamente, esquecendo tudo, a briga com Isabela, as vozes e saio andando a passos rápidos, só dessa vez Draco foi atrás.


– Hermione não fuja. Temos assuntos pendentes...


– Não, não temos- Disse Hermione que já estava a uns dois metros do loiro.


– Como não? Você diz que esta apaixonada por mim depois sai correndo.


A castanha parou no mesmo instante, e se virou para Draco, como se nunca tivesse ouvido algo tão absurdo.


– Eu não disse que estava apaixonada por você... Não se aproxime, ou eu...


– O que? Vai me bater com esse travesseiro?- Perguntou ele encurtando a distancia entre os dois.


A garota largara tudo no chão (o que fez muito barulho, pois os livros que estavam dentro da mochila eram muito pesados), e procurava entre as vestes sua varinha, segurou-a e apontou para Malfoy.


– Droga- Sussurrou ela, estava tão nervosa que não se lembrava de nenhum feitiço.


Draco rapidamente segurou os pulsos que Hermione segurava a varinha e a prensou na parede. Ela porem não tentou se soltar, no fundo estava gostando daquilo, seu coração batia acelerado em seu peito, Draco podia sentir já que seu corpo estava colado ao da garota, à vontade de beija-la era grande, na intenção de fazê-lo ele se aproximou ainda mais, os lábios quase se tocando, já podia sentir o hálito de menta que vinha de Hermione, será que sua boca teria igual sabor?


Isso ele nunca soube, pois segundos depois...


MIIIIAAAAAUUUUUUUU


– Encontrou eles querida?!- Era voz de Filch que ecoava em um corredor próximo.


 


Hermione que continuava presa ao loiro, nem sequer moveu um musculo, porem agora estava desejando sair o mais rápido dali. Draco também não se mexera, era a segunda vez só naquele dia que era interrompido, sua vontade era explodir aquele zelador irritante e aquela gata infeliz.


– É melhor agente correr, você não acha?- Perguntou a garota num sussurro.


– É melhor. - Respondeu ele sem outra alternativa. E os dois começaram a correr, a voz de Filch se aproximava cada vez mais. Não tinha para onde ir, e além do mais, onde Hermione iria dormir? Não podia voltar para as masmorras por dois motivos: 1° Se tentasse voltar para as masmorras poderia dar de cara com Filch no caminho, e 2° Não queria encontrar Isabela.


Draco tentava abrir as portas das salas para se esconder do Filch, mas todas estavam trancadas. Enquanto o menino tentava entrar em uma sala, Hermione virou um corredor próximo, um corredor sem portas com poucos quadros em comparação aos outros. Mas de repente quando a garota se virara viu que o corredor já não era tão vazio, pois agora na sua frente havia uma grande porta de carvalho, olhou para os lados para ver se mais alguma outra porta iria se revelar, mas nada aconteceu. Draco alcançou Hermione segundos depois.


– Desde quando existe esta porta?- Perguntou o loiro.


– Não sei num minuto a parede estava lisa, no outro... Há é a Sala Precisa.


– Sala Precisa?


– É essa sala que tem aqui em Hogwarts só se revela quando você mais precisa. - Respondeu a castanha.- Você deveria saber, esta escrito em Hogwarts: Uma historia.


– Mas é claro. Tudo esta escrito nesse livro...


– Vamos entrar?


– É melhor voltar para o salão comunal.


– Não, eu não quero voltar para lá. E o Filch deve ter avisado os quadros.


– Oque? Por quê?... Ok vamos entrar- Disse Draco percebendo que Hermione não queria conversar sobre o assunto.


Quando abriu a grande porta, se surpreendeu ao ver que a Sala Precisa, não parecia, uma sala de aula ou qualquer outra sala que já vira, e sim...


– Um quarto- Hermione pareceu contente por alguns segundos, até que observou bem o quarto- Só tem uma cama, você tem que dar um jeito de voltar para o salão comunal, eu vai dormir aqui. Boa noite.


– Como é que é? Eu voltar para o salão correndo o risco de dar de cara com o Filch, enquanto você dorme aqui tranquila? Não que tal você ir?


– Já disse, não posso voltar. Faz o seguinte, conjura uma cama para você, afinal eu encontrei a sala.


– Eu ainda não aprendi a conjurar nada. Então vamos ter que dormir na mesma cama, ela é de casal.


– Mas não somos um casal...


– Só hoje Hermione, se eu levar mais uma detenção, eu vou ser expulso do time. - Hermione pareceu pensar um pouco antes de falar.


– Ok Draco, você vai ficar de um lado da cama e eu do outro...


– Claro, onde mais eu iria ficar?- Ele pode notar que a menina ficara vermelha.


– Você vai ficar calado, e me deixar dormir em paz, e...


– Entendi, podemos ir dormir agora? Obrigado.


Draco caminhou até a cama, e começou a tirar a camisa. Hermione o encarou perplexa, ele nem pareceu se importar, até que ela falou:


– Sabe, eu ainda estou aqui e é muito indecente de sua parte se trocar na minha frente. E mais, você não vai dormir pelado comigo.


Ele deu uma risadinha e disse:


– Quem falou em dormir pelado? -Perguntou- Não estou te obrigando a ver nada. E sabe outras meninas em seu lugar, teriam se virado para a parede ou tapado o rosto. - Disse ele e na mesma hora Hermione tapou os olhos- Já estou pronto para dormir, se troca logo.


Hermione continuou parada, não estava com vontade de dormir, muito menos de dormir na mesma cama que Draco Malfoy, a única coisa que queria naquele momento era uma pessoa para conversar, geralmente teria pensado em Isabela e como não pediria contar mais com ela teria de arranjar. Foi ai que se lembrou de Gina, e de como estava afastada de seus amigos, mas agora Hermione era uma Sonserina, e sonserinos e grifinorios não se misturam isso era tipo uma regra que até Isabela seguia.


– Vai ficar ai, feito uma estatua?-Perguntou Draco.


– Não estou com sono. - Respondeu Hermione sentando num lindo banco cor de prata forrado com almofadas verdes, que acabara de aparecer.- Você acha que eles me odeiam?- Perguntou ela tristemente.


– Eles quem?


– Harry, Rony, Gina. Você sabe, desde quando vim para Sonserina, eles me olham como se eu fosse... Sei lá, uma traidora.


– Bem, não me peça para pensar como aqueles cabeça de vento. - Draco se sentou na beira da cama. - Porque? Sente falta deles?


– O que você acha?


– Eu acho que eles são... Sortudos, e burros. - Respondeu o loiro. Olhando para a parede, como se nela tivesse algo realmente interessante.


– O que? Como assim?- Perguntou ela sem entender.


– Sortudos, por ter em quem confiar ter amigos verdadeiros que te ajudam sem esperar receber nada em troca. - Disse ele, com a expressão vazia.- E burros por não enxergarem isso.


Eles ficaram por um tempo em silencio, até que Hermione perguntou:


– Porque você me odeia tanto? Tipo: Você odeia nascidos trouxas.


Ele a encarou surpreso e sem entender.


– Eu não te odeio Hermione. De onde você tirou isso?


– Bem... Por onde começar?- Disse ele fingindo pensar em varias resposta.


– Quer dizer, eu te dei motivos para pensar assim. Mas, será que não dei motivos para pensar o contrario?


– Bem... É claro que deu.


–Hermione, entenda. - Ele disse se juntando a ela no banco- Eu gosto, realmente gosto de você.


Então ele a beijou, Hermione retribuiu...



P.S: Espero que tenham gostado desse capitulo, e me desculpem pois o proximo vai demorar um pouco comentem por favor. 

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