Helga Hufflepuff;





Irlanda, primavera de 1010.


As folhas se ajitavam nas copas das arvores ja ha algum tempo. O vento deixou de ser uma brisa suave e acolhedora, e se tornou uma verdadeira ventania. As nuvens brancas e delicadas sediam lugar no céu azul para nuvens grandes, pesadas e em um tom de cinzar grafite e purpura, fazendo o belo dia ensolarado, se tornar um fim de tarde com uma tempestade forte e eminente a caminho.
As águas cristalinas do lago Kellowy se moviam tranquilas, com pequenas ondas quabrando na margem seixosa, cor de areia.

- Helga querida. - chamou novamente a voz incansável. - Helga?

- Desculpe-me Lady Hilghn, aonde estavamos? - perguntou Helga desgrudando os olhos das nuvens e voltando a  olhar para o livro em seu colo. Ja estava ali ha quase uma hora, era quase uma rotina visitar a Velha senhora Hilghn as terças feiras de tarde e essa terça feira em especial, Helga saiu de casa com intenção de voltar apenas depois das seis, afinal, a anciedade tomava conta de si. Tudo deveria correr como o planejado.

- Na cavalgada querida, na cavalgada. - respondeu a senhora em tom divertido.

- Bem, sim, deixe me ver, " Lord Hummeo cavalgou por colinas verdejantes e campos abertos por horas a fio, e não teve durante todo esse tempo, nenhum vislumbre de sua amada Senhorita Bumblehead." - Mas uma vez a garota deu uma pausa na leitura para encarar os ceus. Sabia que Rowena só lhe mandaria a carta mais tarde, mas não conseguia evitar. Seus olhos vaguavam inconcientemente para a janela a procura de uma bela águia, com a plumagem em um, azul petróleo tão intenso que era quase negro.

- O sobrenome dela não é Bumblehead. - disse Lady Hilghn, com os olhos entrecerrados.

- Pois deveria ser. - Resmungou Helga.

- Bom, isso é certo. - Concedeu lady Hilghn – Mas não fomos nós que escrevemos a história não é?
Helga limpou a garganta e voltou ao lugar aonde tinha parado.

- "Ele ia se aproximando cada vez mais, e a senhorita Bumblehead.."

- Helga!

- Butterwoth – grunhiu Helga. - Seja qual for seu sobrenome, correu em direção ao penhasco. Fim do capitulo.

- O penhasco? Ainda? Ela não havia corrido para o panhasco no fim do capitulo naterior?

- Talvez o caminho seja muito longo.

Lady Hilghn enrecerrou os olhos.

- Não acredito em você.

- É muito capaz que eu tenha mentindo sobre isso para nos poupar de alguns paragrafos da extraordináriamente perigosa vida de Paulette Butterworth. - respondeu a garota voltando a esquadrinhar o céu com os olhos atentos.

- Senhorita Hufflepuff, acho que seria melhor a senhorita dar um tempo na leitura, ja que estamos sair da página 103 há mais de duas horas, e nada.

- Na verdade, são apenas 45 minutos, descontando a parada para o chá. - respondeu a garota, se voltando para a senhora enrrugada enquanto essa golpeava o chão com sua inseparável e perigosa bengala e agitava uma das mãos num gesto de impaciência.

- Tanto faz. Só o que me intereça é a hora em que esse bendito homem vai chegar.

- Seu filho volta hoje para casa Lady Hilghn? - perguntou a garota fechando o livro e colocando-o em cima da mesinha que ficava ao lado de sua confortável poltrona junto com o sino para os empregados.

- Sim, ele fez uma longa viajem a Escócia e hoje ele finalmente volta para casa, em tempo de se preparar para a temporada de bailes londrinos. Quem sabe ele não encontra enfim uma esposa? E você Helga querida, não pensa em se casar? Meu filho pode ser um tanto quanto aventureiro, mas é um dos melhores partidos da região. - Comentou a anciã com um olhar casamenteiro.

- Definitivamente não está na minha hora. - respondeu a garota.

- Mas logo ficara tarde de mais. Quantos anos a senhorita tem? 18,19? - perguntou Lady Hilghn sacudindo os ombros.

- Não é delicado se fazer um pergunta dessas Milady, mas ja que pergunta, tenho 17. - respondeu a garota se levantando. - E se me dá licença, está na hora de ir. Ainda tenho que preparar uma poç.. Hãn, um remédio para aquele ferimento de meu pai.

- Oh sim, claro. E não esqueça de mandar minhas lembranças. - respondeu a velha senhora, se voltando para o pequeno sino de ouro em cima da mesinha. Da forma como a conhecia, sabia que ela iria pedir mais chá.

Helga saiu da sala de visitas da mansão Hilghn apressadamente, em direção a uma travessa mais deserta, e de lá, aparatou na frente de sua casa.
Entrou sem fazer barulho e correu para seu quarto, ainda havia tanto a ser feito.
Havia uma ave no parapeito de sua janela, e Helga correu para desamarra a carta, reconhecendo de imediato a ave.
O conteúdo da carta foi lido rapidamente, e uma resposta consideirável foi formulada ainda mais rápido, sendo despachada por uma pequena coruja que estava com a familia a pouco tempo.
Helga conseguiu arrumar tudo o que precisaria dentro de uma pequena bolsa que levava nos ombros, e a bolsa precisou de diversos feitiços e encantamentos para se expandir a ponto de caber tudo, não arrebentar e não pesar mais do que deveria pesar uma bolsa normal, afinal, a viagem seria longa, e ela não tinha uma mágica força extra.. apenas sua varinha.
Helga colocou um pequeno vidro com um curiosa poção violeta borbulhante na penteadeira do quarto de sua irmã mais velha, junto com um papel indicando os modos de uso e voltou a seu quarto. Ela saberia o que fazer com aquilo.
Alguns minutos depois, e garota ja poderia ser vista deixando o povoado onte viveu durante toda sua vida, e dando tchal a uma longa fase. Agora, tudo seria diferente.
O céu ja estava escuro, e o caminho era iluminado apenas pela luz da lua, as montanhas ao longe, deixavam apenas seus contornos visiveis á luz esbranquiçada, e a garota que caminhava rapidamente pela estrada parecia mais um fantasma, com um brilho prateado nos olhos, e a pele num tom de branco fantasmagórico.
Helga parou derepente, ao ver algo estranho se mover atras de alguns arbustos a direita,  e imediatamente segurou  varinha com mais força dentro das vestes. Se fosse algum trouxa, ela teria que dar um jeito de se defender sem deixa-lo ver o que o atingiu.

- Vai ficar a noite inteira aí olhando, ou vai me ajudar aqui? Minha saia está presa aqui. - Falou uma voz conhecida, Helga abriu um grande sorriso, ao ouvir a voz da amiga, que ja não via a tanto tempo.

- Rowena, o que você fez para se prender ai? Não me diga que foi.. hmmm, se aliviar? - perguntou a loira, sentindo o sangue subir para o rosto, e deixando uma risadinha escapar.

- HAHAHA! Você me mata de rir. - respondeu a morena de mau humor. - Ouvi seus passos e pensei ser alguém perigoso, então me escondi, mas essa droga de planta não me deixa sair daqui.

- espera um insatante.. essa "droga de planta" como diz você.. - começou Helga.

- Ai droga, essa planta maluca agarrou minha perna. - interroupeu Rowena começando a se desesperar. - Isso é visgo do diabo, mas é impossivel, vivem trouxas nessas redondezas, ninguém poderia simplesmente colocar uma planta dessas aqui.

- Espera, qual era mesmo aqule feitiço? - se perguntou a loira. - Ah sim, Lummus Solen - Helga apontou a varinha para a planta junto com Rowena, e juntas fizem a planta recuar.

- Pensei que teria que apelar aos gritos. - Falou a morena rindo. - Okay, isso foi divertido, mas vamos logo sair daqui. Não quero plantas loucas tentando me agarrar.

- Vamos lá, eu amo plantas, mas não tô afim de ficar a noite toda cuidando de um visgo maluco. - concordou Helga voltando para a estrada.

As duas caminharam por mais algumas horas, mas pararm algum tempo depois. Cercaram uma clareira com feitiços proteores e armaram barraca. O dia seguinte seria longo. Mas o primerio passo, para a jornada de quilômetros, estava sendo dado. Enfim o sonho de toda uma vida estava começando a se realizar.

                                                                       

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Nossa...Eu gosto da Helga *-* E gosto da casa que ela criou. Gostei muito do capitulo... Se com essas duas já vai ser uma loucura, nem imagino quando os garotos aparecerem também. Outro dia li uma Helga/Salazar que até me fez gostar do casal...Seria legal no meio disso tudo ver um pouco dos dois, em de qualquer um deles kkkkk Beijoos! 

    2013-04-05
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