Draco Malfoy e o Chuveiro



NOTA DA AUTORA: Olá, pessoas! Primeiramente, me desculpem por usar esse espaço anterior ao capitulo quatro para conversar com vocês. Não gosto de fazer comentários anteriorires e obrigar alguns a ter que rolar a barra do mouse pulando para a história! Bem, me desculpem pela ausência da minha nota em “Glastonbury e Bonnie Tyler”. Eu havia preparado um comentário bonito que não foi enviado quando alterei o arquivo no site.
Bem, vamos lá! Quando ao ultimo capitulo? Espero que tenham gostado de ver Snape como babá! Quanto a curiosidades? O ‘cupback’ inventado seria feito com rum, limão, mel, hortelã! Quanto a esse próximo capítulo???  Sem spoilers demasiados, nos falaremos ao final dele. Apenas peço que atentem para cenas um tanto fortes... E quanto digo fortes, não falo apenas de Snape e Hermione, mas falo também quanto a história de Stern. No mais, divirtam-se e boa leitura!



Capítulo 4 – Draco Malfoy e o Chuveiro


Por volta das quatro horas, quando a conversa pesou demais para os ouvidos e para a cabeça, tomada pela ‘fome da madrugada’, Stern sugeriu que eles saíssem dali e fossem comer alguma bobagem em Londres antes de voltar pra casa, mas Hermione não queria ir embora. Ela não podia dizer com todas as letras o que a estava motivando a querer ficar um pouco mais no gramado, mesmo que em meio à chuva. Enquanto as duas discutiam sobre a validade ou não de assistir aos show da manhã, Snape ainda estava deitado com os olhos fechados e a cabeça distante dali.


“Infeliz, o próximo desses é só em dois anos. E se você continuar no ritmo que está já vai estar mendigando por heroína no Soho até lá. Pelo amor de Merlin, é um festival, não uma noite.”- Hermione queria continuar ali.  Ela nunca antes teve a chance de observar Snape em uma intimidade tão grande, e a proximidade com ele a fazia querer provar a si própria e encorajar-se a tentar alguma aproximação.  Depois que tudo que observou ao longo da noite, ela piamente concluía que só podia ter inveja do tratamento dispensado por Snape à amiga.


“Faz como preferir, fica aí. Snape é minha babá. Eu vou, ele vai, você fica rolando na grama.”- Pee havia fechado a cara subitamente enquanto eles estavam conversando, a garota não deixou transparecer em nenhum momento a razão de querer sumir de Glastonbury. Levando em consideração seu comportamento de ordem súbita ser algo frequente, Hermione mal se preocupou em questionar as razões de Stern. – “Levanta, Severo. Precisamos ir.”


Snape abriu os olhos, fechando a expressão apenas pela impetuosidade contida na voz de Pee. Não lhe agradava nem um pouco que a intimidade que ele tinha com ela fosse exposta desse jeito a ponto de que a garota se dirigisse a ele de tal forma. Ele brincou muito ao longo da madrugada, mas não iria acatar o que uma pirralha mandava que fizesse enquanto o chamava de “minha babá”.


“Eu vou ficar. Lou Reed toca, senhorita Stern, e se sabe ao menos quem é esse homem, deveria fazer o mesmo.” – Snape pôs-se de pé e vociferou pragueando mentalmente aqueles que criaram Pee por tamanho mimo dado à garota. –“Ou não.”- Olhando por trás dos ombros de Hermione ele viu a razão de Stern pedir para ir embora. Não era comum que ela negasse ver o dia amanhecer dessa forma. Certamente que algo estava errado e ele fora estúpido em não cogitar essa possibilidade.


Draco Malfoy, acompanhado por uma garota loira, magra e um tanto jovem, olhava sarcasticamente para os três. A uma distancia de dez metros, Snape pode perceber enquanto a menina sussurrava poucas coisas, próxima ao pescoço de Draco que a puxou pelo braço dirigindo-se ao trio. Stern e Snape estavam voltados para os dois, sendo que Pee engoliu em seco ao ver Malfoy se aproximar. Era tarde demais para aparatar dali às pressas, Hermione já virava o pescoço percebendo a reação estranha do professor e da amiga.


“Professor! Priminha!” – Era ironia. Ironia explicita nas palavras e na situação onde se encontravam, pensava Pee. Hermione subitamente se questionava sobre Stern precisar de um auror de plantão a cada instante. – “Sugiro que cumprimente Astória, Stern.”


“Esse não era um lugar que eu achei que fosse te ver. Alias, primo, - raiva contida pela expressão- Eu não esperava te ver de novo. Não fora de Azkaban. Cadê aquela Barbie metrossexual que você chama de pai? Não tá por perto hoje, né?”


“Cala a boca, Stern. É hora de ir.” – Snape agarrou Stern pelos ombros e arrastou Hermione pelo braço com a outra mão. Certamente que Granger parecia não fazer a mínima ideia do que havia acontecido ali. Primo??? Stern tem laços com a família Malfoy, pelos Deuses. Ela só podia concluir que o que havia de tão errado com Pee era ter pais comensais da morte, tal Lucius Malfoy.


“Papai sente saudades. Traga a sangue-ruim Granger pra uma visita. ” – Elas puderam ver Draco gritar em resposta à provocação de Stern enquanto eram arrastadas pela multidão saindo de vista para aparatar longe dali.


Em um súbito ‘crack’, os três desaparataram  no beco do Largo Grimmauld.  Stern parecia devastada, Hermione não se lembrava de tê-la visto com uma raiva tão real, e com lágrimas de ódio nos olhos. Encolhida pelo choque, Pee olhava para baixo enquanto tremia no frio de Londres.  Quase que derrubando Hermione, Snape voou na direção da outra garota. Sua expressão era perturbadora.


“O que ela sabe, Stern???”- Snape chacoalhou os ombros de Pee, que chorava descontroladamente sem conseguir falar uma palavra inteira. – “Até onde a Hermione sabe!!!???”- O professor aumentou o tom da voz, e virou-se para Hermione que observava a tudo assustada e em silêncio.  Assim que Snape ergueu-se e deu dois passos na direção dela, ela andou para trás. Nada parecia fazer muito sentido. Snape estava perturbado com o que havia acontecido.


“Granger...” – Ele ergueu uma mão na direção dela, mantendo baixa a voz. Snape falava como a um animal que não assustar. Hermione sacou a varinha de dentro da blusa apontando na direção do professor, em sua cabeça pairavam duvidas sobre em que tipo de trama estavam envolvidos os dois. – “Você não vai precisar disso, Hermione. ”


“De nada. Não tenho coragem suficiente pra falar nada nem pra ela nem para o Harry, ou qualquer um dentro da ordem.” – Stern enxugava os olhos e falava com Snape , sem sequer voltar os olhos à amiga.


“Por Merlin, o que aconteceu aqui?” – Hermione tentava baixar a varinha, mas os baços estavam parados em choque ainda. Ela mantinha os olhos arregalados indo do professor de poções para a garota a sua frente. – “Qual dos dois vai me contar?” – Visto o silêncio, o olhar de Snape para ela, e Stern desviar os olhos para a calçada, ela continuou. – “Seus pais eram comensais.”


“É mais complicado do que isso. Não temeria em te contar se fosse isso, ou só isso.”- Pee finalmente conseguiu olhar Hermione nos olhos.


“Não vai ser agora que você vai explicar vinte anos de traumas, Stern.”- Snape passou a mão pelos cabelos grisalhos. – “Eu te levo até Sussex, enquanto a senhorita Granger entra em casa.”- Hermione acatou, e virou-se silenciosamente andando até o número doze.


“Mione...” – Era a voz chorosa de Pee.


“Quando estiver com tudo em ordem na cabeça, você pode me contar.” – Hermione quase sussurrou, e virou-se novamente para a frente indo em direção à casa. Assim que chegou ao portão, ouviu um ‘pop’ e eles não estavam mais lá. Ela respirou fundo e entrou em casa amaldiçoando o dia em que foi querer aproximar-se de Stern.


Ela entrou em casa, estava tudo vazio. Provavelmente Harry não havia voltado e decidiu dormir nA’toca. Quando seus pés tocaram o primeiro degrau da escada ele rangeu e disfarçou um ‘crack’ do lado de fora da porta. Assustada, ela primeiro pensou ser Stern voltando, mas depois repreendeu-se por não fazer idéia de que tipo de gente podia estar atrás dela, visto que a amiga precisava de segurança em tempo integral. Sacando a varinha e andando de lado, ela sutilmente parou próxima a maçaneta esperando pelo pior.


-“Reducto!” – E um jato vermelho voou de sua varinha para a porta que se abria devagar. Antes que pudesse ver quem era, seu feitiço foi desviado para o vaso próximo do sofá.


“Merlin, Granger! Quer me matar?!” – Snape estava parado a porta entregando a varinha de Hermione de volta a ela. Ele parecia profundamente assustado, seu rosto estava pálido e a boca aberta.


“Mas que diabos... O senhor que quer me matar! De susto!” – As palavras haviam sido jogadas para fora da garganta, antes mesmo que ela pudesse reprender a si própria por falar tão duramente com o professor desejado. – “Me desculpe, mas... Porque voltou?”


“Sente-se, Granger.” – Snape respondeu, dando as costas a ela e fechando a porta. Hermione já não fazia mais idéia do que estava se passando por ali. – “Stern não pode te contar nada. O ministério tem uma cláusula com ela de que para protege-la, tudo que diz respeito à família dela deve ser mantido sob sigilo.”- Hermione podia perceber certo desgosto de Snape em referir-se à família de Stern. Ela havia se sentado no sofá da sala, e o mestre de poções, enquanto concluía seu discurso, jogou-se ao seu lado, puxando um banco com a varinha para apoiar os pés. 


Refletindo seriamente sobre o que o professor havia dito, ela só podia pensar que tudo que a amiga passou era grave demais e que o ministério a protegia tendo em vista todos os prováveis crimes que ela deveria ter observado durante a infância. Agora, parte das coisas, tomavam ordem em sua cabeça. Se Stern passou por tantos tormentos era compreensível que ela fosse uma garota complicada.


“Que tipo de laços ela tem com os Malfoy?” – Essa era a única coisa que ainda não tinha nenhuma parcela de sentido. Snape bufou e abriu os olhos.


“Nenhum. Ela foi criada perto do Draco, e os dois são como primos. ” – Ele urrou em resposta, precisava de uma saída para aquela situação. Stern já havia estragado boa parte das coisas com o ataque de choro em frente a Hermione e ele não podia deixar que tudo fugisse de controle. O problema maior era Potter.


Ele virou-se para ela e temeu pela visão. Hermione estava com os joelhos em cima do sofá, sentada sobre os pés encarando ele. Devido ao fato de que ele havia se esgueirado no sofá quase deitando tamanho o cansaço, a garota estava posicionada acima de seus olhos.  A expressão na face dela era neutra, mas no fundo ele sabia que tipo de questionamentos se passavam por sua cabeça naquele instante. Snape deixou que os olhos corressem soltos sobre ela, olhando para a testa, os cabelos presos, os lábios escurecidos pelo batom, o pescoço nu sem o casaco e a dobra de pele que acabava na blusa cor de areia. Aquela visão o terrificou. Ele não queria olha-la daquela forma, ensaiou isso antes de sair de Hogwarts e controlou-se a noite toda.


“É compreensível que ela seja quem é.” – Hermione sugeriu, sem perceber que a atenção do mestre para si mudara instantes antes.


“Você não faz idéia, Granger.” – Ele completou em resposta. Seu pomo de adão subiu e desceu enquanto ele engoliu o tanto de saliva que se formou sob a língua enquanto a observava segundos atrás. Voltou o semblante sério e inexpressivo ao olhar nos olhos da garota. Ela lhe parecia sugestivamente alguém para abraçar. Abraçar? Velho estupido!- sua cabeça o irritava em momentos como esse.


Distraída, Hermione sentou-se por completo no estofado, cruzando as pernas, e cruzando os braços enquanto abraçava o próprio corpo. Snape permaneceu em silêncio ao lado dela, colaborando para que sua mente já anestesiada voasse para fora da sala. Por mais que Hermione pensasse sobre Pee e todo o assunto que as havia envolvido no fim de noite, ela não podia deixar de sentir-se intimidada com a presença de Snape em sua casa vazia.  Sua cabeça voava além do homem sentado ao seu lado no sofá, e ela concentrava-se em manter a compostura tendo em vista o que a mente cansada fantasiava com ele.


Hermione se via cercada por uma parede de pedras, na qual escorava as costas e respirava ar gelado e úmido. Ela podia reconhecer o lugar onde estava, eram, obviamente, as masmorras. A garota, com um vestido branco acetinado e solto, sentia o medo ao observar que no único canto iluminado da sala fechada de pedras Snape retirava a camisa olhando pra ela. Mantendo o contato visual com a garota, Snape manteve a ferocidade ao andar em direção a ela.


Chegando a dois centímetros do corpo de Hermione, o homem a segurou pelo pescoço com a mão forte, enquanto a outra erguia a saia do vestido, escorregando-se pela lateral da coxa dela.  Quando finalmente sua mão atingiu a tira de tecido sobre o quadril da moça, ele sorriu sob os lábios fechados e arranhou o pescoço dela com os dentes. Hermione ofegava, mantendo os olhos abertos para deleitar-se com a atuação do mestre de poções. Ela sentia o corpo tremer a cada milímetro que mão dele esgueirava-se em direção à parte interna de sua coxa.


Snape repentinamente a agarrou pelos braços e virou o corpo de Hermione. Agora ela estava de costas para ele, e podia sentia a pressão que o corpo dele fazia no seu. Snape beijava, lambia, mordia o pescoço da garota. Suas mãos vagavam da lateral do abdômen para os seios dela.  Hermione ousou pressionar o quadril com mais força para trás em direção ao corpo dele e obteve como resposta as duas mãos do professor agarrando com toda a força seus seios e escorregando em direção a suas coxas na intenção de afasta-las, mesmo com a garota de costas. Hermione prendeu a respiração e quando sentiu aquele corpo afastar-se do seu, ela abriu os olhos.


Severo Snape, ainda na sala dos Black, estava na mesma pose onde ela o deixara: Parado a seu lado no sofá da sala. Entretanto, por mais terrivelmente agradável que parecesse, Snape a encarava com um sorriso sarcástico nos lábios.


“Hrmm.” – Hermione limpou a garganta e tentou abrir os lábios para desviar aquele par olhos, mas ela havia sido pega em flagrante. O mestre de poções, apoiado sobre os cotovelos de costas no sofá, olhava atentamente pra ela, esperando por uma resposta. Ele estava divertindo-se com a aflição dela. Quando percebeu que não saíram palavras entendíveis da boca da garota, Snape simplesmente ergueu uma das sobrancelhas, encorajando-a a falar.


“Estou cansada. ”- Foi tudo que Hermione conseguiu dizer olhando para o professor antes de corar por completo a face.


“Estou vendo... Senhorita Granger.” – Snape ergueu as costas na intenção de ir embora. Observar a última divagação dela com ele foi o bastante para que quisesse correr de volta dali até Glastonbury. A atração, por mais mútua que fosse, era constrangedora agora que ele tomara ciência do fato. 


Hermione pulou do sofá assim que ele se levantou, e correu em direção à porta sem levantar os olhos para Snape. Maldito, maldito legilimente.  Como ele ousava entrar assim em sua consciência? Estava obvio demais para o sorrisinho de sarcasmo que ele tinha no rosto que pelo menos uma parte da ‘atuação nas masmorras imaginárias ele havia visto.


“Boa noite, professor.” – Hermione provocou, erguendo o queixo e tentando manter a calma. Ela não podia sentir-se intimidada por qualquer coisa assim. Afinal, se tinha mesmo todo esse desejo guardado em si, era fato que uma hora ela iria querer externa-lo. Snape tomar consciência disso sendo um enxerido era problema dele.


“Boa noite, senhorita Granger.” – Snape respondeu, sem tirar os olhos dos dela em nenhum minuto. Embora esse último diálogo entre os dois provavelmente vá lhe soar como desagradável pela manhã, naquela hora não parecia um completo erro manter o garbo em frente a uma Hermione com postura de menininha.


Snape passou por ela encarando o olhar da menina, sem questiona-la sobre absolutamente nada do que ele supostamente havia visto em sua cabeça. Assim que o mestre aparatou em um enrolar da varinha, Hermione pôde enfim fechar a porta e livrar-se daquele desconforto de meio-termo. Ela suspirou fundo e tentou imaginar que na verdade ele apenas a inqueriu com o olhar pelo longo período de silencio que ela fizera, e não porque ele havia realmente enxergado toda a ação em seu subconsciente.


Deixando a porta fechada às costas, ela deixou o corpo escorrer pela madeira até que pode sentar-se no chão. A mente agora voava de volta para Stern. Por mais que a historia tivesse sido meio explicada por Snape, havia uma dúzia de incoerências por ali. Hermione se questionava se o motivo da proteção que o ministério fornecia a garota não era do tipo “repreensão”, na qual aurores estavam a cerca-la a todo instante esperando por alguma ação suspeita ou informação para usar em um tribunal de júri. Deixando seus questionamentos de lado, ela achou melhor subir e encostar a cabeça no travesseiro. Tudo estaria mais claro pela manhã – ou pela tarde- quando ela se levantasse. “Disposta a um novo dia no laboratório, com Snape fazendo graça de suas taras imbecis.” – A voz interior em sua cabeça acrescentou.


De volta a Hogwarts e aos seus aposentos, Severo Snape parecia encantado por ter tido uma noite diferente. Não que essa se igualasse as que ele passava ouvindo Sinatra sozinho e tomando vindo enquanto fantasiava sobre a vida, mas havia um certo brilho que ele não podia negar em sair e voltar no meio da madrugada.


Ao longo de todos esses últimos anos como comensal, Snape mal tivera tempo de ir a um bar sem que o pulso esquerdo ardesse e ele fosse chamado a alguma tarefa degradante. Além do mais, mesmo com as ressalvas sobre a vida privada de Stern, a noite lhe dera uma pequena sugestão do  que a senhorita Granger estava a pensar sobre ele. Enquanto ele observava a garota desligada a seu lado no sofá dos Black, tentava mentalmente impedir-se de querer investigar o motivo e seus devaneios. Quando ele finalmente cedeu ao próprio impulso de dar uma pequena olhada no subconsciente de Granger, flagrou-a sonhando acordada com uma versão sensualizada dele próprio a pressionando de costas na parede. O reflexo durou um segundo, tempo suficiente para que sua consciência o mandasse dar o fora dali.


Logicamente que ele a havia flagrado no mais gracioso dos pecados, o desejo. Snape já havia utilizado a imagem da garota como inspiração de seus devaneios duas vezes. Uma delas, em uma noite em que só restaram os dois no Largo Grimmauld, entre o natal e o ano novo após a queda do Lord das trevas. A outra fora hoje, antes de tomar coragem para cumprir a tarefa que Alvo havia “imposto a ele. Pensar sobre imposição com cautela era fruto da conclusão de que ele havia realmente gostado da noite que passou e que ainda não havia acabado. Não havia acabado porque toda essa reflexão sobre Hermione Granger provocava reações fortes em seu corpo. Não que ele nunca tivera uma ereção em pensar ou olhar para uma garota em sala de aula, mas a sério, aquela era a primeira vez que havia “reincidência” do fato.


Enquanto tirava a roupa, praticamente correndo para o banho de chuveiro, Snape continuava a se questionar. Deixar que uma imagem ou um desejo invadissem sua mente e não fazer nada, era colaborar para que a merda estivesse pronta.  Assim que as primeiras gotas de água quase que fervente atingiram a cabeça e as costas do morcegão, ele não mais conseguia esconder a vontade que estava de pensar em Hermione ali com ele. Tê-la com as pernas agarradas em sua cintura enquanto ele a fodia sem dó contra a parede do banheiro.


Dizer ao cérebro: “Não pense em elefantes cor-de-rosa.”, só faz com que o cérebro pense em elefantes cor-de-rosa.  Imaginar Hermione Granger ali a sua inteira disposição sexual só o fazia divagar sobre as infinitas possibilidades de coloca-la contra parede já que isso ia de encontro à fantasia da própria Hermione. Severo pensava na garota de joelhos, com a água batendo sobre os seios enquanto ele socava seu pau na garganta dela, sendo que ao mesmo tempo em que ele pensava na ex-aluna como uma ninfeta depravada no chuveiro junto a ele, suas mãos trabalhavam para satisfazê-lo.  Snape gemia fraco ao pensar que podiam ser os lábios dela cercando seu pau, e aumentava a intensidade dos movimentos com uma mão enquanto a outra repousava sobre a cabeça da Hermione imaginária a sua frente.


Ele mal conseguia apoiar-se sobre os joelhos eretos quando imaginou o rosto da menina esperando que ele gozasse tudo que podia na boca dela. E assim ele fez, na alucinação de que ela estava realmente ali com ele e ansiava por sentir a boca cheia de sua porra, ele gozou para satisfaze-la.


Quando finalmente abriu os olhos e soltou a respiração meio travada pelos gemidos segurados na garganta, Snape frustrou-se por não haver ninguém com ele. Deixando que a água escorresse sobre o peito, ele passou a sentir estúpido por deixar que divagasse tão além da realidade por uma menina besta, como Granger. Mas seu subconsciente não deixou por menos de corrigi-lo. Ele não podia enxergar Hermione como uma menina besta. Ela não era besta e nem menina, se bem que pensar na garota com um que de malícia misturado a uma provável inocência o atormentava de prazer. Era inevitável para ele não sentir tesão em pensar em foder uma garota tão agradável como Hermione, e ele reprimia a si próprio cada vez que a cabeça sugeria que ele puxasse isso para o mundo real.


“Bom. Muito bom. Mas fica dentro do chuveiro.” – Snape bradou para si mesmo, enquanto se secava com a tolha. Ele sabia que a ressaca moral do dia seguinte seria braba, e apenas por sugerir a si mesmo que realmente tentasse arrancar a calcinha de Hermione com os dentes, já sentia a dor de cabeça e o mau humor do dia seguinte. Certamente que ele teria de compensar toda a atividade que teve ao chegar em seus aposentos, descontando grosserias e desafetos na garota.


Enquanto isso, Stern tremia em sua cama de pensar nas palavras de Draco. Ela nunca havia sido fraca para chorar assim, tomava essa como uma das únicas lições aplicáveis que recebeu da mãe. A imagem que passava era uma as poucas coisas que fariam diferença mesmo que ela desprezasse as pessoas a sua volta. Lembrar-se do que ela havia passado na mansão Malfoy desde pequena a fazia sentir-se como uma miniatura de Harry Potter na casa dos Dursley, só que com dois tios que fariam os Dursley parecerem bonecas de porcelana.


Ao longo da infância ela foi tida como igual entre Draco, e criada como a menina que Narcisa ousava em moldar a seus gostos e vontades. Lucius nunca quisera mais de um filho, aquilo era inviável ao nome da família e ao dinheiro dos Malfoy. Fracionar a fortuna lendária na Inglaterra Bruxa, era uma ofensa para seu nome, fazendo que como marido ele nunca aceitasse as vontades da mulher em ter mais filhos. Enquanto crianças, nem Pee nem Draco haviam frequentado escolas.


Quando menores, Narcisa e a tutora os haviam ensinado leitura e noções básicas de música e história bruxa. Passada a idade em que eles não tinham noção de comportamento e mal sabiam se expressar Lucius tomou as rédeas da educação dos meninos. E apartir daí, a vida de Stern se tornou um inferno. Quanto mais tempo ela passava na presença do Malfoy mais velho, mais afastada de Narcisa ela ficava e as coisas pioraram ainda mais quando ficou resolvido que Draco e Pee tomariam lições individualmente. Até aí, na idade dos nove, Stern aguentava os comentários sugestivos de Lucius dizendo que os pais não a queriam, que ela era um estorvo para aquela família e que mal merecia ser educada. As provocações pareciam sinais de que ele fora obrigado a acolher a menina em sua casa e que futuramente pretendia cobrar-lhe pela criação.  Ela chegou a refletir quando criança, de que Malfoy deixou que Narcisa a ensinasse a ler e tomar outras lições por simples medo do que ela poderia causar se não fosse instruída. Afinal, Stern, desde muito jovem, podia causar ‘acidentes às pessoas quando irritada. A garota chegou a atravessar as costelas de uma criada da casa com uma faca levitada após um surto de raiva aos seis anos por não querer tomar seu banho de sol diário.


Em meio a episódios estranhos e o desprezo por parte de Lucius, até os nove anos ela tivera uma infância quase que normal, visto que a relação entre ela e Narcisa e ela e Draco, tinham caráter até que familiar. Entretanto, quando as lições individuais começaram, Pee percebeu que as coisas poderiam tomar rumos extremamente cruéis em Wiltshire. No tempo em que ela ficava trancada com Lucius na biblioteca da mansão Malfoy, o tio aproveitou para descontar toda a raiva e suposta angustia que tinha pelos pais da garota.


Tudo começou com tapas e outros tipo de repreensão física para que ela se mantivesse quieta ou respondesse o que ele buscava, mas em uma tarde Lucius pareceu afetuoso demais quando pediu que ela ficasse quietinha quando conversasse com Narcisa sobre o que acontecia ali.  Ele então abriu a braguilha da própria calça e levou a mão da garota até o corpo dele.  Abusos dessa natureza e piores foram passados dentro daquele escritório, já que em uma conversa com a esposa, Lucius Malfoy determinou que Stern não fosse a Hogwarts por segurança quanto aos pais dela, e permanecesse em casa sendo educada por ele.


Assim aconteceu, até que temendo pela própria vida, em um dia, no ano em que Pee havia completado quatorze anos, Lucius chegou em casa ofegando e trancou-se com Narcisa em uma das salas do andar inferior da mansão. Naquela tarde as coisas iriam mudar, ela podia sentir. Finalmente, enquanto ela sentia os passos dados pelos tios no andar de baixo, pode ouvir os saltos de Narcisa subindo a escadaria em direção a seu quarto. Quando a tia entrou e finalmente lhe dirigiu a palavra, depois de um episodio em que entrara desavisada dois anos antes no escritório enquanto a garota tomava lições do marido, Stern pode acalmar-se sabendo que o pai havia voltado para lhe buscar.


A história, repassada agora quase que silenciosamente na cabeça de Pee, era firmemente ajustada. Por mais que naquele dia ela livrou-se dos Malfoy, tomou ciência de coisas muito piores, viu que a vida como ela conhecia deixaria de existir naquele instante. Dois anos depois Stern estava desmaiada em uma sala nas masmorras, na presença apenas do diretor Alvo Dumbledore e de Severo Snape. Caindo no próprio colchão, Pee ergueu-se enxugando o suor da nuca. Ela havia apenas se lembrado. Maldito Draco Malfoy, maldita noite em que decidira ir até Glastonbury. Maldita vontade de viver uma vida independente e sumir com o passado nojento que teve.


 


NOTA DA AUTORA²: Agora, sim! Meu comentário específico a este capitulo!
Sobre a trama: A classificação da fanfic indica que a linguagem utilizada será forte e que as cenas descritas podem conter temas que causem algum tipo de desconforto ou não sejam apropriados a “menores de idade”. Entretanto creio que não só os menores de idade, mas todos que leram sentiram algum tipo de aflição quanto a Pee, pela pequena cena que descrevi dela na companhia de Lucius Malfoy. Optei por fazer uma descrição breve, não é esse o foco. De qualquer forma, se você se sentiu incomodado/a por favor, me mande uma mensagem privada.
Quanto ao capitulo de forma geral? Ah, sim!  É... Levei em consideração alguns comentários que recebi! Precisava de um pouco mais de interação entre Severo e Hermione, mesmo que imaginária de ambas as partes como optei por fazer. Ter uma fic longa me dá um pouquinho mais de liberdade para esticar o desenvolvimento das coisas, embora eu talvez tenha deixado passar um pouco da hora, visto que já estamos no quarto capítulo! Entretanto a demanda de uma história longa, para que não se torne cansativa é que ela seja dinâmica. Por isso procuro postar o mais rápido possível! Gostaria de pegar a todos com o ultimo capitulo fresquinho na memória! A história de Pee??? Bem, tá quase óbvio né ~galere~. Divirtam-se especulando sobre o tema nas Reviews!!!
Quanto ao próximo capitulo??? Finalmente acho que vou conseguir escrever a cena do Snape bêbado. Opa, spoilers, spoilers... Aguardem, pessoal!!!

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Comentários (2)

  • Diênifer Santos Granger

    Lass roubando minhas palavras! kkkk Ameeeeeeeei!!!

    2013-12-14
  • Violettaa

    Fantástico... Dramático mas fantástico... A cena quente na imaginação de mione superou todas as minhas expectativas... E a historia de Pee e triste, e lamentável saber que abusos sexuais não acontecem só em historias fictícias... Aguardo ansiosa pelo próximo capitulo...Parabens sua fic esta Show *-*E realmente uma pena a nota ir até 5 se não eu daria 10... Beijinho >_<  

    2012-07-19
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