Natal em Família



- Des-desculpe, mas...não sei quem é o senhor... - Harry disse quando se afastou do Sr. Weasley.
- Então, o que veio fazer aqui?
- Vim procurar por respostas...coisas que são vagas na minha mente, e que eu quero saber.
- Não se lembra mesmo de nada Harry? - o Sr. Weasley perguntou sentando-se radiante em sua cadeira.
- Harry? - este perguntou muito mais confuso - Este é meu nome mesmo?
- Harry Potter. - o sr. Weasley confirmou - Você não se lembra de nada?
Harry olhou para baixo respirando profundamente e depois de alguns segundos em um constrangedor silêncio falou:
- Apenas um nome.
- Que nome?
- Hermione. - ele disse com os olhos marejados, como se aquele nome lhe trouxesse muita saudade.
O Sr. Weasley também ficou chocado por alguns instantes:
- Sabe quem é ela?
- Não... - ele disse imediatamente - Enquanto eu estava na floresta um dia, como outro qualquer, ela me disse que ia vingar tudo e todos que nos destruíram.
- Como assim ela disse? - o Sr. Weasley estava ficando muito ansioso, contendo as lágrimas ao se lembrar também de Hermione.
- M-me desculpe....n-não sei... - Harry respirou fundo passando as mãos pelos cabelos bagunçados, sentindo uma enorme dor de cabeça.
- Não quis lhe atormentar. - Arthur disse imediatamente.
- O-o senhor, pode me ajudar? - Harry perguntou sentido-se extremamente cansado.
- Eu estava esperando por este momento a muito tempo Harry. - ele falou triunfante e uma lágrima escorreu por sua bochecha. - Daqui a pouco vamos para a casa.
- Casa?
- Sim, todos ficarão mais do que felizes em lhe ver....ah sim, ficarão.
- Eu...não quero que aja incômodo.
- Eu já disse meu jovem Harry, você nunca foi um incômodo para ninguém. Eu sabia que aquele não era você...
- Quem senhor?
- Não, nada....deixe para lá, temos muitas coisas para conversar. Enquanto isso, acho melhor irmos andando. Está quase na hora do jantar.
***
- Gina, querida...pode atender a porta pra mim?
- Sim mãe! - uma jovem ruiva se levantou rapidamente da cadeira em que estava na cozinha e se encaminhou até a porta a abrindo. - PAP....- antes que pudesse

terminar a frase, seus olhos pousaram sobre o rapaz ao lado dele, com cabelos extremamente negros e olhos verde-esmeralda. Gina ficou parada, sem saber se sorria em

ver o amigo novamente ou se chorava de emoção. A Sra. Weasley notou o silêncio e foi para a frente da porta ainda com um pote na mão mexendo alguma coisa.
- Mas o que está.... - seus olhos também atingiram Harry e no mesmo instante a tigela de vidro que estava em sua mão se quebrou em minúsculos pedaços. -

HA-Harry?
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Na manhã seguinte, o céu tinha amanhecido numa cor acizentada devido à quantidade de chuva dos últimos dias. Hayssa acordou cedo, se vestiu e ficou esperando por

Matt no salão comunal, e juntos, desceram para o salão principal que já se encontrava cheio.
- Bom dia, alunos. - Dumbledore disse quando parecia que todos os alunos estavam presentes.
Um "bom dia" em uníssono foi dado ao diretor.
- Antes de mais nada, tenho alguns avisos a serem feitos...em primeiro lugar, quero que entrem em seus salões comunais a partir das 6 da tarde devido à causas que não

posso explicar agora. Em segundo lugar...avisar-lhes que, as aulas no Clube dos Duelos será reativada e por último, como aviso da professora Minerva, que as incrições

para o time de quadribol estão abertas. Muito Obrigado!
Após as palavras do diretor, o salão principal foi invadido por uma onda de conversas distintas.
- O que é Clube dos Duelos? - Hayssa perguntou.
- Ah, é um lugar onde bruxos duelam, usando Magia é claro.
- Excelente! - Henry falou sorrindo para ela - Sempre tive vontade de ver meus pais duelando, mas nunca deixaram.
- Mas não há pergiro...há?!
- Ah não, quer dizer, não se eles usarem feitiços que não causem tantos estragos. Só me pergunto uma coisa?
- O que? - Nancy perguntou.
- Porque Dumbledore inventou de reabrir este clube dos duelos, quero dizer, será que realmente Voldemort voltou?
- JÁ DISSE PRA NÃO FALAR ESSE NOME! - Matt gritou fazendo alguns alunos olharem para eles.
- Não sei qual a frescura de vocês.
- É, eu também não. - Hayssa concordou rindo - Quero dizer...como alguém pode ter medo de um nome?!
- Vocês dois são loucos. - Anne disse e Hayssa pôde notar uma estranha movimentação entre os professores - É, eles estão preocupados...Notei isso em todas as aulas.
- É claro que estão preocupados. - Matt completou lançando um olhar de medo para Nancy - E se "você-sabe-quem" estiver novamente com a ajuda do seu aprendiz?!

Não quero nem imaginar.
- Aprendiz?!
- Olhe Hayssa, não quero falar sobre isso. - o colega balançou a cabeça negativamente e Nancy começou dizendo novamente cochichando - Não acredito muito nessas

coisas, mas...há histórias que as pessoas contam a respeito do aprendiz de Você-sabe-quem, nunca ninguém soube seu verdadeiro nome, e aqueles que souberam e

continuaram vivos, até hoje se arrepiam ou preferem qualquer coisa a ter de mencionar o nome dele. Então, muitos o chamam até hoje como Tarino...ou...
- Não... é Tyrannus! - corrigiu Matt ainda em voz baixa - Mas...sempre que pergunto a papai e mamãe sobre isso, fogem do assunto e diz que não é assunto meu.
- Eu...gostaria de saber da história desse tal de "Lord Tyrannus". - falou Henry que até o momento estava ouvindo a história atentamente - Sabe Hayssa, talvez seu pai

tenha conhecido ele, afinal...ele que destruiu Voldemort.
Novamente, com outra careta Matt disse:
- Primeiro, não fale o nome dele, quantas vezes vou ter de repetir!? Em segundo, você-sabe-quem não foi destruido, se não, a marca não estaria no céu.
- Quem vocês acham que morreu então?! - Henry insistiu na conversa e Nancy bateu a mão na mesa em sinal de desaprovação - QUER PARAR! Esse assunto não é

coisa nossa.
- Ah propósito, onde vão passar o natal? - Matt perguntou querendo mais uma vez mudar de assunto ao ver que alguns alunos olhavam para eles.
- Na casa da vovó, o tio Carlinhos vai estar lá, e o Tio Gui também. - Henry respondeu entendendo que a conversa teria de ser encerrada - E você Nancy?
- Ainda não sei, pretendo ir para a França, passar com meus avós, faz tempo que eu não os vejo...
- E seus pais?
- Bom, meus pais são separados, como vocês sabem, e neste ano, quero passar o natal em algum lugar diferente. E você Hayssa?
- Bom eu... - a garota começou com a voz fina e seus olhos ficaram marejados ao se lembrar de John - Não sei.
- Porque não vem para a casa dos meus avós Hayssa? - Henry sugeriu com um largo sorriso no rosto - Tenho certeza que você vai adorar eles.
- Não sei. - foi a única coisa que ela respondeu e todos ficaram em silêncio vendo que a amiga estava novamente pensando em John. - Bom, com licença, vou à

biblioteca, estudar. - ela falou se levantando colocando a mochila nas costas e pegando uns livros em cima da mesa - Nos vemos mais tarde.
******************************************

As últimas semanas que se seguiram em Hogwarts, não se via nada, a não ser alunos e professores preocupados sobre os rumores que surgiam aos poucos sobre o

retorno de Voldemort. Todos olharam para Hayssa como se fosse uma estranha, e o clima continuava pesado a medida que o natal se aproximava. Na última semana,

um dia antes de voltarem para suas casas e aproveitar o natal com suas famílias, Hogwarts continuava com o ambiente gélido e sombrio, e ninguém sabia explicar o

porquê.
- Alunos que vão voltar para suas casas, me sigam. Alunos que não vão, fiquem onde estão. - Filtch dizia enquanto fazia sinal para os alunos irem passando por ele em

direção às carruagens prontas para levá-los à estação de Hogsmead.
- Não gosto desse cara. - Matt falou quando subiram no trem após deixarem parte das malas para serem guardadas.
- Fiquei sabendo que ele é um aborto. - Nancy concordou depois de se sentar numa cabine vazia.
- Deve ser horrível para algúem que convive com bruxos.
- Talvez seja por isso que ele seja tão...mal humorado.
A viagem seguiu tranquila, todos no trem continuavam em silêncio e temiam tocar no assunto a respeito de Voldemort. Quando o veículo começou a parar os monitore se

levantaram guiando os alunos para fora do trem. Os amigos atravessaram a plataforma, de volta ao mundo dos trouxas. A família Weasley já estava à espera de Henry.

Mattew e Nancy correram em direções opostas para encontrar seus familiares. Hayssa ficou parada olhando tudo, esperando desesperadamente que visse o rosto de

John aparecendo entre as pessoas, e neste momento, todos os momentos começaram a passar por sua mente e o porque que tudo aquilo estava acontecendo, quando de

repente, saiu do transe:
- HAYSSA! Olha...esse é meu pai. - Henry disse apresentando Rony, que no momento se encontrava com um sorriso fraco no rosto e os olhos marejados enquanto

olhava para a garota.
- Muito prazer Sr. Weasley.
- E está é minha mãe.
- Ah, olá.
- Bom meu filho, vamos andando. - Megan disse tirando a capa dos ombros dele e olhou pra Hayssa sorrindo - Vamos conosco querida.
- Ah claro. - ela assentiu e foi caminhando ao lado de Henry, após ambos acenarem na direção dos dois outros amigos.
***
- Bom é aqui. A casa da vovó. - Henry disse quando chegaram nos jardins da Toca - Parece estranha, mas você vai gostar, vamos. - ele segurou na mão dela correndo e a puxou para dentro da casa. A sra. Weasley estava na cozinha preparando o almoço, e sorriu radiantemente ao ver Henry se aproximar dela, depois, seus olhos cairam sobre Hayssa, e Molly não pôde deixar de levar uma das mãos à boca.
- Bom dia querida. - foram as únicas palavras que ela conseguiu dizer depois de alguns segundos em choque e correu para abraçar a menina.
- Bom dia Sra. Weasley.
Hayssa achou a casa aconchegante e ao mesmo tempo engraçada, na cozinha havia uma grande mesa com vários lugares e um fogão a lenha no canto. Olhou para o

lado direito e pôde chegar à sala, onde havia sofás e poltronas remendados com retalhos velhos, quadros e desenhos de todos os tipos espalhados pelas paredes e um

curioso relógio pendurado com nove ponteiros. Todos na cozinha se cumprimentavam, e sem perceber, Hayssa foi caminhando pela sala, olhando para todos os lados

maravilhada com a simplicidade da casa e ao mesmo tempo a grandeza que via nas coisas.
- Quem é você? - uma voz a chamou, uma voz de homem. Ela se virou rapidamente e quase tropeçou no tapete velho.
- Sim?
- Quem é você? - perguntou novamente a voz e Hayssa pôde ver que vinha de uma das poltronas ao fundo da sala, onde havia um homem sentado.


N/A: ENTÃO leitoresss, demorei pacas pra escrever, nossa...meu cérebro estava frito com tantas coisas que eu tenho pra fazer, mas tudo bem, eu sei que o CAP ficou um lixo, mas vou melhorar na próxima. Espero que gostem e continuem comentando a FIC.
Bjos a todos.

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