A Marca Negra



Harry continuou caminhando incansavelmente, estava determinado a encontrar o que seu coração queria. De repente, sentiu o pulso esquerdo arder e o olhou com curiosidade, lá tinha um desenho de um crânio com uma serpente saindo pela boca, o desenho estava incandescente, mas como ele nunca percebeu isso. Ele passou a outra mão pelo pulso afim de diminuir a dor causada, que ele não sabia o porque. Continuou caminhando, agora lentamente enquanto o pulso ardia cada vez mais. Harry se sentou depois de algumas horas que ficou caminhando, respirou profundamente e sentiu uma pontada forte na testa, sua cicatriz também doía, ele passou a mão diversas vezes por ela tentando achar respostas para tudo, fechando os olhos enquanto tentava se lembrar de como era sua vida antes de conhecer os Tusken Raiders.

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Todas as pessoas de túnicas continuavam ajoelhadas perante Hermione, esta porém estava imóvel olhando para si mesma, não acreditava no que estava acontecendo, a cada segundo sua memória ia fazendo ela se lembrar de coisas que tinha vivido e rapidamente seus olhos se encheram de lágrimas. Uma mulher havia se levantado e andou até ela com a cabeça parcialmente abaixada, fazendo mais uma reverência, disse alguma coisa que Hermione não pôde entender, porque se tratava de outro idioma. Um outro homem caminhou na mesma direção dela e perguntou:
- Estávamos esperando seu retorno nobre senhora Morgause.
- Senhora Morgause? - Hermione sentiu-se impressionada ouvindo novamente sua própria voz.
O homem disse reverênciando-a novamente:
- Sou Rerem. Fico feliz em servir nossa grande Deusa. Foi enviada ao nosso povo para trazer o equilíbrio e a paz novamente, esperamos por sua volta por milhares de anos.
- A-Acho que eu...
- A senhora precisa descansar. - o homem disse fazendo-a sentar numa grande poltrona extremamente confortável. Hermione continuou olhando pra frente, foi recordando aos poucos o que tinha acontecido, lembrou-se do rosto de Harry, principalmente dos seus olhos expressivos, foi sentindo as sensações invadirem seu corpo, de repente começou a ficar fraca e lágrimas começaram a cair pelos seus olhos. As lembranças continuaram invadindo sua mente a cada instante, pôde ver com clareza os olhos amarelados de Harry na sua frente chorando e implorando para que vivesse, depois pôde ver os rostos perfeitos de dois bebês que choravam descontroladamente e por trás de tudo uma gargalhada gélida, que cobria praticamente todos os sons. Ela baixou a cabeça enquanto soluçava e depois de alguns instantes em que ficou assim, ergueu o rosto, os olhos vermelhos e molhados e disse entre os dentes batendo a mão fechada no braço da poltrona:
- Ele vai pagar por ter destruído minha família. EU JURO QUE ELE VAI PAGAR! - ela gritou com toda a raiva que podia, as pessoas ficaram assustadas e o homem que falava o idioma dela, acalmou todos dizendo que ela estava se adaptando.
- Preciso da ajuda de vocês! - ela disse rapidamente virando-se para Rerem.
- Ajudamos em tudo o que precisar minha senhora.
- Quero que formem um exército, e venham comigo para a Inglaterra.
- Não podemos sair de nossa terra... - ele começou a dizer e Hermione falou com a voz audaciosa - Vai ousar me desobedecer!? - nesse momento um vento distindo soprou dentro da sala e o homem ficou a olhando, admirando-a.
- Nós lhe ajudaremos.

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- O que quer que façamos Dumbledore? - Minerva perguntou notando a expressão do diretor naquela tarde - Acha mesmo que você-sabe-quem esteja voltando...e... - uma pausa na qual os olhos da professora se encheram de lágrimas - Acha que Harry Potter viria com ele.
- Isso é muito pouco provável minha cara Minerva. - ele falou pensativo - Todos nós sabemos de que Harry não tem maldade no coração.
- Não parece! - Snape falou rapidamente - Todos aqui sabemos o que ele fez.
- E sabemos o que você fez também, Severo. - Dumbledore disse em sua habitual voz serena - Contudo, temos que contar a verdade à pequena Hayssa e ao garoto Henry.
- Não! - Minerva falou afobada - Henry Weasley acha realmente que é filho dos Weasleys, o que vai pensar se souber da verdade Dumbledore, isso decididamente não é o correto a fazer.
Dumbledore ficou calado por alguns instantes e finalmente disse:
- Se acham melhor assim, eu vou aceitar a opinião de todos, porém.......Henry Weasley saberá sua história de qualquer maneira, quer nós queramos ou não.
- Meu Deus... - uma das professoras levou uma das mãos à boca apreensiva e não dando muita atenção a isso, Dumbledore disse:
- Enquanto isso não acontece, quero que reabram o clube dos duelos, ensinem magias avançadas, agora não é tempo para privações, estamos em Guerra e.... - uma pausa - Temo que Voldemort esteja mais poderoso.
Todos os professores ficaram surpresos, com o tom usado pelo diretor, afinal ele nunca temeu Voldemort e nunca se referiu a ele como poderoso.
- Não temo por mim, nem por vocês meus amigos.... - ele falou parecendo "ler" as expressões dos outros - Mas sim...pelos alunos que aqui temos e principalmente pelos dois que nasceram no meio disso tudo.
- Então vai contar tudo à Hayssa Potter?! - Snape perguntou.
- Sim...eu irei, ela precisa saber o que estaremos enfrentando e o que aconteceu conosco a alguns anos atrás.
- Não vai ser bom Alvo. - Minerva mais uma vez interferiu com a expressão temerosa - Todos não chegam perto dela porque sabem de coisas que ela nem desconfia, e se souber de tudo rapidamente... não podemos prever o que vai acontecer.

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Alguns dias se passaram, o clima estava tenso em Hogwarts e em todo o mundo da magia, pois desconfiavam da volta de Lord Voldemort. Os alunos passavam olhando desconfiados para Hayssa. Henry, Matt e Nancy continuaram insistindo para que ela se animasse um pouco e depois de alguns esforços, eles realmente conseguiram o que queriam.
- Então aceita vir ver o treino de quadribol com a gente hoje? - Henry perguntou esperançoso quando ela fechou o pesado livro que lia.
- É aceito! - ela sorriu ao ver a expressão de triunfo no rosto do amigo.
- Ufa, até que enfim! - Matt disse erguendo as mãos para o céu e Nancy se aproximou dela:
- Não queremos mais te ver triste.
Hayssa não respondeu, apenas sorriu se esforçando para que os olhos não ficassem marejados, afinal não fazia muito tempo que seu padrinho havia morrido.
Os quatro sairam caminhando lado a lado, rindo e conversando sobre as provas que se aproximavam. O sol já estava se pondo quando finalmente, chegaram ao campo de quadribol, onde o time da grifinória treinava incansavelmente.
- Algum dia eu vou ser um jogador do Chuddley Cannons! - Henry disse sonhador batendo a mão no peito.
- O que é isso?
- Vai me dizer que não sabe o que é Chuddley Cannons? - Matt perguntou abismado, olhando para Hayssa.
- Ahn...para falar a verdade, não! - ela disse dando ombros e Henry respondeu.
- Um time de quadribol, o MELHOR time que existe e podem escrever, algum dia eu vou estar lá...voando e...
- EI, está se achando não?! - Nancy brincou enquanto se encaminhavam para a arquibancada.
- Há! Eu já disse, podem escrever.
- Ora essa, nós precisamos de sonhos para viver... - Hayssa falou agora um pouco mais animada - É só assim que alcançamos o que queremos.
Henry sorriu virando seu rosto para o lado, respirando a brisa fresca do fim de tarde, fechou os olhos, seus cabelos lisos voaram um pouco para trás e ele sorriu abrindo os olhos, mas seu sorriso imediatamente desapareceu.
- Cara? Está me ouvindo? - Matt perguntou rindo sacudindo-o pelo ombro. Henry estava perplexo com o que via àcima das árvores da floresta proibida, um enorme crânio com uma cobra saindo pela boca, em uma cor verde, como se tivesse sido conjurado em fumaça. Ele continuou calado e, os outros vendo que este mantinha os olhos fixos à frente, também olharam, assim como todos os jogadores da Grifinória estavam parados em suas vassouras no ar.
- O......O-O que é isso? - Hayssa teve que engolir muita saliva para conseguir falar.
- Marcanegra. - Matt disse num sussurro ainda olhando pra frente. - Meus pais me falaram sobre ela.
- Marca o que?
- Marca Negra! - ele disse ainda sussurrando - Vamos sair daqui.
Henry continuava parado enquanto os três se levantaram.
- O que traria essa..."marca negra" até aqui? - o garoto perguntou com a cabeça levemente curvada para o lado, como se estivesse hipnotizado com o que via.
- QUER FAZER O FAVOR DE SE LEVANTAR! - Nancy finalmente gritou vendo que os jogadores tinham pousado suas vassouras e sairam correndo na direção do castelo.
- Vamos logo!
- Eu gostaria de saber...
- É claro que a Marca Negra quer dizer que "Você - Sabe - Quem" está aqui. - Matt disse ainda num sussurro e Hayssa pôde notar que ele estava levemente suado, e isso significava que os bruxos tinham medo daquilo que aparecia no céu, seja lá o que aquilo pudesse ser realmente.

N/A: Geeeeente, espero que estejam gostando, agora meu TEMPO é MTOOOOOOOO curto, quase nem sento mais em frente ao PC, é claro, só no trabalho, mas pra ficar vendo processos e mais processos hehehe, então comentem!!!

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