Nova esperança



- Prometa que vai cuidar dele filho? - o Sr. Weasley disse olhando pra Henry nos braços de Megan.

- Será como se fosse meu filho.

- Não sei como agradecer Megan, querida... - a Sra. Weasley falou abraçando a nora com cuidado pra não acordar o bebê.

- É melhor vocês dois irem andando, antes que ELE descubra.

- Pai, vocês precisam da minha ajuda...

- Rony, você precisa tirá-lo daqui. Eu já lhe expliquei tudo, por favor entenda...

- Claro pai, eu... - Rony olhou pra Megan - Entendo...

- Vamos Rony! - Megan disse segurando no braço do marido pra que ele não questionasse mais.

- Mande-nos notícias. - a Sra. Weasley disse acenando enquanto se afastavam.

- Mandaremos. - Rony disse também acenando com a expressão apreensiva.



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- Onde esteve? - Voldemort perguntou quando Harry entrou na sala vazia do ministério.

- Não quis ficar trancado aqui, resolvi dar uma volta.

Voldemort levantou-se da poltrona onde estava e andou de um lado pro outro, depois virou-se para Harry o encarando:

- Foi visitar Hermione. - ele afirmou e Harry desviou o olhar.

Voldemort deu uma gargalhada fria:

- Não precisa me esconder.

- Eu precisava comprovar que o que me disse era verdade. Você mentiu pra mim...

- Menti para lhe evitar sofrimento.

- NÃO VOU DEIXAR ELA MORRER! - Harry virou-se de costas respirando profundamente - NÃO VOU DEIXAR!

- Pra isso terá que ter mais poder...

- Estou tendo.

- Não o suficiente.

- O que quer dizer? - Harry virou-se novamente pra ele curioso.

- Quero dizer que, se quiser continuar adquirindo mais poder para poder salvar a vida de Hermione, terá que me ajudar.

- Estou lhe ajudando. - Harry afirmou rapidamente.

- Tcs, tcs... não o bastante! - Voldemort disse olhando fixo pra frente e falou numa voz calma - Eu preciso de mais um favor seu...

- Que favor?

- Que eu saiba, Hermione está grávida....

- Sim, mas o que...

- Quero que traga seu filho! - Voldemort disse sem rodeios.

- O QUE? Não posso fazer isso com Hermione! - Harry também falou rapidamente - Além disso, que eu saiba ele nem nasceu ainda e...nem sei se é um menino...

- Algo me diz que é.... - Voldemort disse pensativo - E você irá comprovar.

- JÁ FALEI QUE NÃO FAREI ISSO! - Harry disse irritado.

- Isso mesmo Harry, eu posso sentir a raiva e o medo dentro de seus pensamentos, isso o deixa mais.... forte... - novamente uma risada fria e ele disse - A escolha é sua... só o poder é capaz de salvá-la.

Harry tapou os ouvidos e as imagens de Hermione em seus sonhos invadiram a sua mente deixando-o ainda mais perturbado.

- O que quer que eu faça? - Harry disse encarando Voldemort.

- Eu já lhe disse. Quero que traga seu filho....

- Repito que não sei se é menino mestre.

- Você irá confirmar. Volte àquele hospital e me traga a resposta ainda hoje.

- Não vou ter coragem.

- Então também não terá a mente necessária para adquirir esses poderes. Não tenha tenha dó, não tenha piedade...faça as coisas como elas tem de ser. Além disso, não será tão ruim, afinal você não vai querer que John e os outros coloquem seu próprio filho contra você quando ele for maior...

- De maneira alguma mestre, o sr.... tem razão.

- Então se apresse. Preciso dessa resposta ainda hoje.

- Como quiser Milord. - Harry disse fazendo uma pequena reverência e novamente colocou o capuz cobrindo-lhe o rosto.



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- Está do mesmo jeito! - o Sr. Weasley saiu do quarto onde Hermione estava deitada.

- O que está acontecendo Arthur? - a Sra. Weasley falou cobrindo o rosto com as mãos - Parece que



tudo está se tornando um caos e que...não teremos chance alguma...

- Não pense nisso querida! - ele falou sentando-se ao lado dela a abraçando.

- Com o Harry do "outro lado" não temos chance...todos nós sabemos que ele não é um bruxo qualquer.

- Nós é que não enxergamos esses anos todos.

Molly ficou pensativa alguns istantes e depois falou se levantando:

- Vou ficar um pouco com Hermione.

- Vá sim, eu vou tomar um café...

Ele deu um beijo na bochecha da esposa e saiu andando. A sra. Weasley entrou no quarto e Hermione



continuava imóvel, agora com um sorriso suave no rosto. Ela abriu os olhos devagar quando Molly se aproximou:

- Hermione querida, você está bem.

- Sra. Weasley... Harry.... - Hermione fazia um esforço pra falar - Ele esteve aqui.

- Impossível querida, estávamos aqui o tempo todo.

- Esteve. - ela novamente afirmou virando o rosto pra frente sorrindo. - Me disse que fazia tudo pra me.....proteger.

- Deve ter sido apenas um sonho.

- Não... - Hermione falou virando o rosto encarando Molly - Eu pude sentir ele.

- Hermione querida, Harry não vai mais apararecer.... - a Sra. Weasley disse com a expressão de pena olhando pra Hermione.

- Mesmo com...tudo isso que aconteceu... - Hermione falou com a voz tranquila - Sei que ainda há...bondade em seu coração...

- Hermione eu...

- Precisa acreditar....nele sra. Weasley.

- Depois de tudo o que ele fez! Foi horrível e...

- Ele ainda tem bondade no...coração. - Hermione falou dando uma pausa respirando profundamente.

A Sra. Wealsey apertou as mãos dela e não pôde evitar as lágrimas que escorriam por seu rosto pensando em tudo que acontecera.

- Sra. Weasley... - Hermione chamou e a mulher a olhou docemente.

- O que foi minha querida?

- Onde...estão meus filhos?

Molly ficou perplexa diante da pergunta, não sabia o que falar, estava ali, bem diante de Hermione. Como explicaria o que aconteceu? Não podia fazer isso, era injusto. Por outro lado não podia deixar tudo a perder.

- F-Filhos?

- Eu...me lembro quando...John me mostrou...os dois...

- Não não! - ela afirmou rapidamente - Você teve apenas uma linda garotinha...colocou o nome dela de Hayssa.

Hermione foi tentar questionar, mas foi interrompida pela Sra,Weasley:

- Você não estava bem, por isso não se lembra.

- Acho que... imaginei...porque o Harry...queria muito um filho...

- Hayssa é linda. Tem os olhos incrívelmente verdes...

Hermione sorriu respirando profundamente, era visível como estava cansada e a Sra. Weasley falou:

- É melhor você descansar querida.

- Lembre-se do que...eu lhe disse sra. Wealsey...

Molly não disse nada, apenas beijou a testa de Hermione e olhou pra ela sorrindo. Após Hermione fechar os olhos, esta saiu do quarto fechando a porta com cuidado.



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- Olhe como é lindo Rony! - Megan disse erguendo Henry no ar.

- É mais parecido com o Harry. - ROny falou tentando não se lembrar do amigo e das coisas que fizera.

- Não acho, quero dizer, os olhos sim...os cabelos são da cor dos de Hermione.

- Tem razão. - Rony estava muito deprimido. - Simplesmente não acho justo tirar os filhos das pessoas.

- Ron... - Megan se aproximou dele gentilmente - Seu pai lhe explicou a situação. Se Henry ficasse na Inglaterra seria pior, Harry com certeza voltaria para pegá-lo a mando de você-sabe-quem.

- Tem razão.... - Rony falou pensativo segurando Henry no colo - Só não me conformei com o que o Harry foi capaz de fazer, só isso... - ele olhou significativamente pra Megan.

- Não se culpe por isso.

- Não estou me culpando. Só acho que eu deveria estar lá, talvez o meu amigo estivesse precisando de minha ajuda.

- Olhe, não fique pensando nisso agora, agora temos com quem nos preocupar... - ela sorriu acariciando o rosto do bebê.

- Megan, e quando ele crescer, o que vamos falar? Se Hermione ficar bem e ela o ver, acha mesmo



que não vai reconhecê-lo?

- RONY! Nós estamos no presente e é com ele que temos que nos preocupar! - ela falou decididamente - Me dê licença que eu vou colocá-lo pra dormir, você está deixando ele assustado!

- dizendo isso, Megan tirou Henry dos braços de Rony e subiu as escadas de sua humilde casa até o quarto.

Rony se largou no sofá jogando a cabeça pra trás pensando no que poderia fazer para ajudar.



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- Por favor, eu queria saber onde fica o berçário? - Harry foi naquela noite, por volta das 23h no hospital St. Mungos.

- Siga direto por aqui e depois vire à esquerda! - uma enfermeira disse gentilmente tentando ver o rosto de Harry.

- Obrigado. - Harry falou rapidamente e saiu andando pelo caminho indicado.

Os corredores estavam iluminados por algumas tochas com um fogo fraco e quando chegou em frente à uma espécie de grande janela de vidro, ele pôde ver muitos bebês que dormiam tranquilamente. Uma enfermeira andava de um lado pro outro vendo se estava tudo bem. Harry bateu delicadamente no vidro e a mulher veio até ele.

- Sim senhor?!

- Potter... - falou Harry apontando para os bebês. A enfermeira pegou uma lista procurando, fez um sinal positivo e alguns segundos depois chegou carregando uma menina enrolada numa manta cor-de-rosa, a garotinha dormia tranquilamente. Na manta tinha um pequeno crachá escrito "Hayssa Potter". Harry colocou a mão gentilmente no vidro, ele não conseguia descrever o que sentia naquele momento. Harry estava hipnotizado, mas foi interrompido pela mulher que carregava a criança e que batia no vidro fazendo sinal pra ele entrar. Harry apontou pra si mesmo e a mulher afirmou com a cabeça.

Harry pensou um pouco e lentamente abriu a porta do berçário. A muher perguntou num sussurro:

- É o sr. Potter?

- Não eu... sou um parente dele.

- Quer carregá-la?

Antes que Harry afirmasse com a cabeça, a mulher lhe entregou a menina:

- Sabe, todos dizem que parece muito com o Sr. Potter. Tem os cabelos lisinhos e pretos, e os olhos verder...

Harry mal conseguia ouvir o que a enfermeira dizia, apenas olhava sua filha em seus braços com ternura, quando a garotinha institivamente abriu os pequenos olhos verde-vivo.





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