Um Novo Começo



 


 


 “- Amo como o amor ama.
Não sei razão pra amar-te mais que amar-te.
Que queres que te diga além de que te amo,
Se o que quero dizer-te é que te amo?
(...) Quando te vi amei-te já muito antes:
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há coisa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fosse porque te previa (...)
Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já longe, mas de longe (...)
- Compreendo-te tanto que não sinto,
Oh coração exterior ao meu!”


(Fernando Pessoa)


 


Demorei muito, mais do que previa, para chegar até aqui. E de depois de tantas voltas e reviravoltas, os céus me reservam esse grato privilégio de poder entregar a vocês o capítulo final hoje, uma data tão especial: o Dia dos Namorados. Especial, nem preciso dizer, por que a fic apresenta as entrelinhas do começo de um namoro muito aguardado por tantas pessoas no Brasil e mundo afora. Então, nesse dia dedicado aos apaixonados, um the end bem romântico (com direito a uma discussãozinha, é claro), como Ron e Mione merecem.


Espero que apreciem.


Com todo coração,


Morgana


P.S: Dedico o capítulo aos meus leitores que estão à espera de um(a) namorado(a) “complicado(a) e perfeitinho(a)”, como Ron era para Mione e vice-versa. Desejo que não precisem esperar muito. Mas se for preciso, saibam que vale a pena ❤❤


 


* * * * *


 


 


 


 


 


O sol mal despontara, mas Hermione não conseguia mais ficar deitada. Praticamente desmaiara ao se esticar na cama com dossel do seu antigo dormitório. Ao cansaço físico se somava o desgaste emocional. Nas bastassem todos os terrores vividos na batalha, no dia anterior havia acompanhado o sepultamento de Fred Weasley.  A professora Minerva achava que os mortos na guerra contra Voldemort deveriam descansar no cemitério de Hogwarts. Os Weasley concordaram e Mione esteve ao lado daquela família que tanto amava, especialmente de Ron, até o momento do último adeus a Fred.


Ron e Mione ficaram juntos durante todo aquele dia que deveria ser marcado apenas pela vitória contra Voldemort, mas, devido a dezenas de mortes causadas pela guerra, havia se tornado longo e triste. Os dois, no entanto, não tiveram tempo e oportunidade de conversar a sós.


A menina estava convencida que precisavam de um momento para dialogar antes de deixarem Hogwarts. Mione ainda passaria uns dois ou três dias n’ A Toca, tempo suficiente para organizar a jornada até a Austrália com o objetivo de encontrar os pais, reverter o feitiço de memória que lançara neles e trazê-los de volta à Inglaterra. No entanto, naquela casa tão movimentada dos Weasley, dificilmente ela e Ron teriam um momento tranquilo para conversar.


Ela tivera uma noite de sono profundo, sem sobressaltos. Aceitara tomar a poção para dormir sem sonhos oferecida por Madame Pomfrey apenas para incentivar Ron a fazer o mesmo. Imaginava que de outra forma o rapaz não conseguiria pregar os olhos. Ele continuava arrasado com a morte do irmão e, sempre que Mione tentava distraí-lo com algum assunto, recebia respostas monossilábicas.


Lembrava-se da rápida conversa que ela e o rapaz tiveram na noite anterior, quando chegou trazendo dois copos com a poção. Ron recusou, dizendo que não necesitava daquilo. “Você precisa descansar. De outro jeito não vai conseguir dormir bem, pode ter pesadelos...”, Mione argumentou.


- Quem disse que me importo em ter pesadelos? Você faz parte de todos eles – disse sorrindo – Aliás, você é o meu maior pesadelo...


Ela protestou. Mas o jeito enamorado com o qual Ron a olhava fez com que ficasse inibida e não revoltada. “Quer dizer que continua achando que sou um pesadelo?”, fingiu se zangar. “Sim. Sempre. Mas você é meu melhor e mais perfeito pesadelo, um pesadelo que não quero que termine nunca”, ele garantiu, com as orelhas vermelhas.


Por fim, Ron concordou em beber a poção e Mione imaginava que, com isso, o rapaz também tivesse conseguido descansar um pouco. Eles necessitavam de uma boa noite de sono depois de tudo que haviam vivido. Parecia inacreditável que tantas realidades coubessem em tão curto espaço de tempo. Há dois dias tinham saído do Chalé das Conchas, ao amanhecer, para procurar por uma Horcrux no Gringotes. Naquela noite chegaram a Hogwarts e precisaram lutar contra os Comensais da Morte. Enfrentaram tantos acontecimentos que parecia ter passado pelo menos um mês.


Ao lado do ruivo, Mione havia vivido também muitas emoções. Algumas terríveis, como a desolação com a perda de Fred, o pânico ao imaginar que Harry também estava morto... No meio de todas essas emoções doloridas, no entanto, guardada algumas felizes, ou melhor, maravilhosas. O primeiro beijo trocado com o ruivo, a esperada declaração do sentimento. E novos beijos, novas palavras...


Pensava também nas palavras silenciadas ao longo de sete anos. A iniciativa do primeiro beijo partira dela. Mesmo se o rapaz correspondera com entusiasmo, não tinha certeza se, passada a guerra, voltariam a discutir, como sempre faziam. E se Ron concluísse que haviam agido sob a comoção da eminente guerra? Sim, sua cabeça racional a levava a ter tais pensamentos, mesmo se o coração há muito acreditava no amor do rapaz por ela.


O ruivo não experimentava sentimentos muito diferentes. Mesmo se permanecera apenas quatro horas na cama, teve um sono reconfortante. Havia dormido pensando em Mione e o seu primeiro pensamento, ao abrir os olhos, foi voltado para a menina. (até aqui)


Ouviu um ressonar. Era Carlinhos, que ainda dormia ao seu lado. Lembrou-se da breve e curiosa conversa que teve com o irmão assim que deitaram. Não imaginava que ele, que não pensava em se casar e nunca tivera relacionamentos muito longos, pudesse dar aquele conselho.


“Você já pediu Hermione em namoro?”, Carlinhos perguntou. “Não. Mas precisa disso? Mione sabe que gosto dela”, Ron justificou. “Claro que precisa. Ou você não quer um relacionamento sério? Depois dela ter esperado tanto tempo, é o mínimo que pode fazer”, enfatizou o irmão.


Ele concordou com Carlinhos. Na verdade, já pensava em fazer aquele pedido. Mas ficava muito desconfortável sempre que começava a planejar o que dizer. Todas as palavras pareciam inadequadas. Soavam ora antiquadas, superficiais, lugares-comuns ou adocicadas demais. Lamentou não ter um pouco do talento de Gui para falar com as mulheres. Sabia apenas que precisava tomar aquela iniciativa ainda em Hogwarts. Na Toca não teriam privacidade para isso.


Quando Hermione chegou à Sala Comunal da Grifinória, viu que uma das poltronas próximas à lareira estava ocupada por um bruxo de cabelos vermelhos. Poderia ser qualquer um dos Weasley, mas ela sabia que era Ron.


- Oi, Ron. Dormiu bem? – quis saber a menina assim que se posicionou em frente à poltrona onde o rapaz estava sentado.


- Mais do que planejava. O único problema é que não tive nem um pesadelo com você...


- Ron, deixa de ser ridículo! – Mione reclamou antes de abrir um sorriso.


O rapaz se levantou e pegou Hermione pela mão, dizendo estar morrendo de fome. Ela sorriu pensando que certas coisas nunca mudavam. Ron jamais dispensava uma boa refeição.


No momento em que saiam pelo retrato da Mulher Gorda, esbarraram em Harry. “Bom dia. Estava procurando por vocês. Conseguiram descansar?”, o amigo perguntou.


- Um pouco, Harry. E você? – respondeu Hermione.


- Praticamente desmaiei. Aquela poção preparada pela Madame Pomfrey é realmente poderosa – contou Harry – Nem vi Ron chegar ao quarto. Você conseguiu dormir um pouco cara?


- Dormi bem. Melhor até do que pretendia – falou o ruivo.


- Vocês dois conseguiram conversar depois daquele... hum.. cumprimento entusiasmado que trocaram quando Ron aderiu à causa dos elfos? Por que...


- Harry?! O que você está querendo com isso? – queixou-se Hermione que já estava com as faces vermelhas.


- Não levem a mal. Não quis ser indiscreto. Eu só acho que vocês dois precisam conversar. Na verdade, há muitos anos deveriam já ter esclarecido alguns assuntos – afirmou Harry, que não gostava de dar conselhos, mas sentia uma dívida de gratidão com aqueles dois.


- Eu estava planejando mesmo conversar com Mione – reconheceu Ron com as orelhas escarlates.


- Mas não deem bobeira. A professora Minerva estava procurando por Mione e os seus pais, Ron, com certeza também gostariam de estar com os dois... Vocês já adiaram isso por muito tempo. Fizeram demais por mim e pelo mundo bruxo. Agora precisam de um tempo só para vocês – aconselhou Harry.


- Você não vem tomar café com a gente, Harry, como nos velhos tempos? – convidou Hermione.


- De modo algum. Se alguém tiver que atrapalhar vocês, com certeza não serei eu – assegurou Harry.


- Vamos, então, Hermione? – Ron puxou a menina pelo braço consciente de que não teriam muito tempo já que ainda naquele manhã partiriam para A Toca.


- Cuide bem da minha irmã, hein, Ron? Não vou dar mole caso você a faça sofrer...


- Harry, por favor, não precisa disso – respondeu a menina com o rosto muito vermelho.


Ron seguiu o conselho do amigo. Escolheu uma mesa isolada do refeitório e tomou café velozmente, sem puxar qualquer assunto. Hermione reparou na pressa do rapaz e tratou de ser rápida, o que não era difícil para ela, uma vez que comia muito menos. A menina ainda terminava de beber o suco de abóbora quando o Ruivo finalmente falou: “Mione, mesmo antes do Harry tocar nesse assunto, eu já achava que a gente precisa conversar”.


- Eu também acho. Só conseguimos ter aquela conversa rápida e foi durante um momento tenso da batalha – ela ponderou.


- Vamos para um lugar mais tranquilo? – disse se levantando rapidamente da mesa e estendendo a mão para a menina.


Mione seguiu o rapaz, que caminhava apressado na frente, puxando-a pela mão. Seu coração estava aos saltos. Mesmo em meio à dor de tantas perdas, era maravilhoso estar com Ron e saber que ele a amava. Ou será que não a amava tanto assim?


Antes que Hermione pudesse concluir qualquer pensamento, os dois já se encontrava em uma pequena varanda, passagem pouco utilizada para o interior do castelo que não havia sido destruída na guerra. Ron parou e virou-se para Mione, segurando as duas mãos da menina.


Ansiosa e levemente constrangida com aquele momento, a menina pediu para que ele começasse a falar. Ron ainda ficou alguns segundos perdido nos olhos castanhos de Mione. Mordeu os lábios, abriu um sorriso tímido e respirou fundo.


- Ontem à noite, mesmo tomando a poção da Madame Pomfrey, eu demorei a dormir. Fiquei pensando em tanta coisa. e também em nós dois. Eu não queria que tudo terminasse aqui, com essa guerra...


- Terminasse aqui? Como assim? – ela perguntou se recusando a acreditar no que acabara de ouvir.


- Ah, Hemione, você sabe. Eu e você ficamos longe das nossas famílias, envolvidos nessa missão arriscada. Agora nós dois não vamos ficar juntos o tempo todo e tudo vai voltar ao lugar... Sei que deve ser assim, mas...


- Não estou entendendo. Você quer voltar a ser apenas meu amigo? – questionou perplexa.


- Claro que não! Quer dizer... Você acha isso? Que devemos voltar a ser amigos, como antes? – devolveu a pergunta.


- Eu sei o que acho. Quero saber o que você pensa – enfatizou.


- Hermione, eu não quero. Eu não posso mais ficar longe de você.  Mas eu tenho medo que você pense de outro jeito – reconheceu.


- Ron, como você é lerdo. Que história é essa de eu pensar de outro jeito? Será que não fui suficientemente clara sobre o que eu sinto por você? – questionou.


- De certa forma sim. Mas você é tão brilhante e eu...  Só tenho um sobrenome bruxo e a sorte de ter acompanhado o famoso Harry Potter e a melhor aluna de Hogwarts em uma missão...


- Para com isso, Ron. Ao invés de ficar perdendo tempo apontando as suas limitações, você devia me fazer uma proposta, não acha? – falou com um sorriso.


- Proposta? De que proposta está falando? – simulou espanto.


- Ah, não, Ron. Não acredito. Quando um cara e uma menina se gostam geralmente querem ter um relacionamento sério e... Não. Não posso acreditar que você nem tenha pensado em falar sobre isso! – protestou.


Ele havia entendido tudo. Buscava apenas uma confirmação. Não era fácil, mas Ron sabia que devia ser assim. Precisava pedir Hermione formalmente em namoro. Ela queria e merecia isso. Apenas ainda não tinha certeza de quais palavras usar.


- Claro que pensei, Hermione. Só não sabia a forma certa de falar. Mas como demorei tanto tempo, acho que deve ser assim – e sem largar a mão direita da menina, se ajoelhou em frente a ela, e a olhou fixamente nos olhos – Hermione Jean Granger, você aceita ser a minha namorada?


Ambos estavam muito corados. O coração de Hermione batia ainda mais veloz. “Pode se levantar, Ronald Billius Weasley”.


O rapaz obedeceu e continuou contemplando fixamente os olhos da menina, esperando uma resposta. Hermione sabia que devia dizer alguma coisa, mas precisava entender com mais profundidade os sentimentos de Ron.


- E você poderia me dizer quais as razões que tenho para aceitar você como meu namorado? – perguntou num tom descontraído, como que querendo provocar o rapaz.


- Não tenho o que dizer. Mas sei exatamente as razões porque quero ser seu namorado – e num fôlego só, como quem esperara muito para dizer essas palavras, continuou – Você é a menina mais linda e especial que eu já conheci. É forte e meiga ao mesmo tempo, corajosa e sensível, sabe usar muito bem a razão, mas não esquece da emoção. Tem um grande senso de justiça, é leal, correta, sabe defender os mais fracos, não mede sacrifícios pelos amigos. Mas a principal razão é que não posso mais viver sem você. Não consigo imaginar o meu futuro se não for ao seu lado.


Hermione permanecia em silêncio, mas o seu olhar, a respiração ofegante e a boca entreaberta, tudo denunciava que ela estava suspensa naquelas tão aguardadas, mas, ainda assim, surpreendentes palavras.


- E então? Você não vai me dar uma resposta? – ele questionou sorrindo com os olhos.


- Antes eu acho que preciso falar das razões que tenho para aceitar ou não ser sua namorada – a menina respondeu com solenidade.


- As razões para você recusar são fáceis de enumerar... Mas para aceitar... Tem alguma razão além do fato de ser irracional? Eu, um bruxo tão desajeitado, querer namorar uma bruxa extremamente poderosa. Acho que foi por isso que demorei tanto tempo para me declarar. Tinha medo de você ficar com raiva de tamanha ousadia e me lançar uma azaração – provocou com um sorriso torto.


- Ronald!!! Não fale assim nem de brincadeira... Aliás, não gosto desse tipo de brincadeira. Você é um grande bruxo, de muito talento e coragem, como provou nesses sete anos que somos amigos. Nas horas mais necessárias você usou toda sua habilidade como bruxo e especialmente a sua coragem – ela respondeu sabendo da insegurança do rapaz que, mesmo se mais branda, ainda persistia.


- Mas me acovardei na hora que em que mais precisaram de mim. Deixei você e Harry sozinhos...


- Ron, você sabe perfeitamente bem que estava sob a influência da horcrux. E teve coragem e dignidade suficientes para voltar e reconhecer o seu erro. Se você fosse um covarde, jamais faria isso. Você salvou a minha vida incontáveis vezes, salvou a vida de Harry. É um amigo fiel, uma pessoa fiel a seus princípios, com valores verdadeiros e enraizados como a amizade, a família, a honestidade, a bondade. Você é a pessoa mais fascinante que eu conheço. Sem falar que você é lindo. Esses seus olhos azuis e o seu sorriso encantador me tiram do sério – ela abriu o coração e suas faces rosadas denunciavam que não era fácil dizer aquelas palavras.


- Poxa, Hermione... Você não exagerou um pouco? – Ron franziu os olhos.


- Nem um pouco, pode ter certeza – foi a vez de Mione falar com segurança.


- Acho que devo fazer a pergunta de novo – disse Ron segurando a mão direita da menina e voltando a se ajoelhar – Hermione Jean Granger, você aceita ser minha namorada?


O rapaz logo se levantou, e se manteve muito próximo de Hermione, aguardando a resposta, que veio depois de um belo sorriso.


- Sim, Ron! Sim! E com muita alegria – ela respondeu.


Ainda sem acreditar que ela havia aceitado, Ron ficou estático, olhando para a menina. Era bom demais para ser verdade. Ele e Hermione estavam namorando! Será que ainda dormia e sonhava, mesmo tendo tomado a poção preparada pela Madame Pomfrey? Mione ficou incomodada com aquela aparente paralisia do ruivo. “Achei que você ia dizer alguma coisa?”, questionou incerta.


O ruivo sorriu. E ela se encantou, mais uma vez, com a beleza daquele sorriso que parecia iluminar tudo ao seu redor. “Na verdade, eu tenho algo a dizer sim”, ele respondeu, voltando a se calar. Ron inclinou levemente a cabeça e olhou para a boca de Mione. O coração da menina falhou uma batida ao sentir os lábios do rapaz se aproximar dos seus. Tinha a sensação de que reagiria assim a todos os beijos trocados com o agora namorado.
 


xxx



Há três meses, a guerra tinha terminado. Todos tentavam voltar à antiga rotina e as feridas provocadas por tantos sofrimentos e mortes aos poucos se transformavam em profundas cicatrizes. Ainda existia dor e lágrimas, mas, ao mesmo tempo, a comunidade bruxa sentia um grande alívio. Ninguém temia mais sair de casa sem saber se voltaria ou seria morto. Voldemort e os seus Comensais haviam sido derrotados.


Na torta e aconchegante casa dos Weasley, não era diferente. Todos ali se esforçavam por reaprender a viver sem a presença física de Fred, embora soubessem que ele sempre estaria entre eles. O sexto filho de Arthur e Molly experimentava a mesma tristeza pela perda do irmão. Ao mesmo tempo, no entanto, uma grande felicidade invadia o seu coração. Ficava confuso com essa contradição. Porém, bastava estar ao lado de Hermione para que tudo voltasse a fazer sentido e uma paz inexplicável preenchesse todo o vazio.


Não acreditaria caso alguém dissesse a um ano atrás que ele teria coragem de pedir autorização ao sr. Granger para namorar Hermione. Mas logo descobriu que o conceituado dentista era um homem de tradições e, vencendo toda a insegurança, o jovem bruxo deu aquele passo. Também não fazia ideia que o pai de Mione o encararia com um semblante tão sério antes de responder: “confio na decisão e escolha da minha filha”. Sentiu um certo alívio até o momento em que o pai dela, com um olhar severo, dizer da responsabilidade de Ron em fazê-la feliz. “Não quero ver Hermione chorando por sua causa”, enfatizou.


O rapaz respondeu, com convicção, que estava disposto a tudo para fazer Hermione feliz. Mas não imaginou que, cada vez mais, a sua própria felicidade dependesse da dela e vice-versa. No entanto, apesar de todo cuidado e carinho que tinha pela namorada, não conseguia evitar alguns desentendimentos e brigas. Harry dizia que, caso Ron e Mione não discutissem, não seriam mais eles mesmos. Ainda assim, o ruivo evitava alguns assuntos polêmicos e por isso adiou certa conversa. Em poucos dias, porém, a menina estaria de volta à Hogwarts para concluir os estudos e ele sentia que não podiam se separar sem que esclarecessem, de uma vez por todas, aquela situação.


Naquele domingo de sol, Hermione estava n’ A Toca. Almoçaria por ali, na companhia dos pais. Com o início do namoro dos filhos, os casais Weasley e Granger, apesar das diferenças de temperamento e de cultura (afinal, vinham de comunidades bruxa e trouxa), tinham se tornado muito próximos. Ron aproveitou um momento de conversa animada entre os quatro para chamar a menina para acompanhá-lo até o jardim da casa. Assim que chegaram à área externa, enquanto caminhavam, o ruivo já se adiantou em dizer: “Mione, eu preciso fazer uma pergunta muito importante para você”.


- Pode perguntar – ela disse curiosa.


- Por que você ficou com o Vítor Krum se não gostava dele? – o rapaz disparou.


- Krum de novo, Ron? Até quando você vai ficar cismado com ele? – Mione questionou ressentida.


- Até quando eu entender o que aconteceu – ele respondeu com a fisionomia fechada.


Hermione sabia que, se não tivesse muito cuidado com as suas palavras, ela e o rapaz acabariam brigando seriamente, como nos tempos em que eram apenas amigos e ainda não tinham plena certeza dos próprios sentimentos. Queria evitar essas discussões a todo custo e por isso resolveu responder de forma bem tranquila.


- Tudo bem, Ron. Agora que somos namorados, você tem direito de saber. Para começo de conversa, acho importante dizer que naquela época eu já era apaixonada por você – disse levemente envergonhada.


-Sério?! Eu achei que você tinha passado a me olhar de forma diferente no sexto ano, quando comecei a namorar Lilá – falou surpreso.


- Foi você que abriu os seus olhos apenas naquela época. Refleti muito sobre esse meu sentimento ao longo dos últimos meses e cheguei à conclusão que sempre gostei de você mais do que como de um amigo. Mas só me dei conta disso no final do terceiro ano – começou corajosamente a menina.


- Mione, agora é que tudo ficou mais confuso. Você acabou de dizer que gostava de mim desde o terceiro ano, mas, além de não aceitar o meu convite para o baile, ainda ficou com outro cara... Isso não faz sentido! – rebateu Ron.


- Claro que faz sentido, Ron. Eu queria ser tratada com carinho, elogiada, admirada por você. Precisava sentir que era alguém especial em sua vida. Mas você me tratava muitas vezes com indiferença, de forma rude, elogiava no máximo alguma ideia que eu tinha e, ainda por cima, flertava algumas meninas em minha frente. Sem falar na sua decisão de levar a bruxa mais bonita que lhe aceitasse para o baile e ter me excluído dessa lista – disse começando a se exaltar.


- Só que eu me dei conta a tempo que você podia ser uma ótima companhia e lhe convidei. Você devia ter aceitado. Se não fosse tão orgulhosa, a gente podia ter começado a namorar há muito mais tempo! – respondeu o rapaz elevando a voz.


- Eu não queria ser a sua última opção! Você só me convidou depois de semanas, quando não conseguiu outro par mais interessante! – contra-argumentou a menina com o rosto vermelho


- Hermione, eu não entendia ainda o meu sentimento por você... Tinha muito ciúmes quando você dava mais atenção a Harry ou a outro cara, sentia a sua falta sempre que estávamos distantes, gostava de conversar com você. Mas achava que isso era normal entre amigos. Aliás, pensava que um rapaz e uma menina que são amigos nunca poderiam vir a ser namorados – falou voltando a abaixar o tom de voz.


- Pois é, Ron, mas enquanto você se decidia, aumentava a minha certeza de que  jamais olharia com especial interesse para mim. Foi nesse momento que Krum entrou em minha vida. Ele foi um verdadeiro cavalheiro, me tratando da forma gentil que você nunca me tratou, me elogiando como você tampouco me elogiou. Ainda assim, eu mantive alguma esperança de que você despertaria de uma hora para outra e me olharia de uma forma nova, entendendo, finalmente, que podíamos ser mais que amigos. Por isso não aceitei logo o convite dele para o baile. Mas quando você me disse, em tom de surpresa, como quem faz uma grande descoberta, que eu era uma menina e, portanto, podia acompanhá-lo ao baile, meu sangue subiu. Como assim você só notava agora, depois de quatro anos de convivência, que eu era uma menina? E ainda dizia que eu podia ir com você ou com Harry como se isso não importasse? – desabafou a menina.


- Talvez você não tenha reparado, Mione, mas logo depois eu me posicionei. Disse que você poderia ir comigo e Harry, com Gina. Naqueles breves segundos em que acreditei que você me daria uma resposta positiva, eu fiquei tão feliz! Foi como se meus olhos se abrissem e eu me desse conta do quanto gostava de sua companhia. Mas, como eu já falei, eu não entendia a força do sentimento que tinha por você – o ruivo falou com simplicidade.


- Você ainda estava se dando conta do que sentia, mas eu já tinha certeza. Saí da aula chorando, depois de dizer para você que estava indo com uma pessoa. Estava decidida a desistir de vez de você e aceitei o convite de Krum. Soube logo depois que você também não teve dificuldades de encontrar um novo par e iria com Padma ao baile. Para mim estava tudo encerrado – ela falou com firmeza.


- Como estava tudo encerrado? – o rapaz se mostrou surpreso.


- Eu tinha desistido de nós dois. Bem, pelo menos naquele momento essa foi a minha resolução. No que dependesse de mim, aquele improvável história, que ainda não tinha começado, nem aconteceria mais – a menina confessou.


- A nossa história já tinha começado, Mione. Agora também eu percebo isso melhor. No primeiro ano, quando eu soube que estava chorando por ter ficado magoada comigo depois de me ouvir dizer para Harry que você era um pesadelo e por isso não tinha amigos, eu fiquei muito abalado. Não sabia o que fazer, não queria que você sofresse assim, mas não tinha ideia de como podia consertar aquilo. Meus sentimentos eram também tão contraditórios... Continuava chateado por ter corrigido minha pronúncia do feitiço e, especialmente, por você possuir aquele ar de superioridade e me olhar sempre de nariz empinado. Ao mesmo tempo fiquei sensibilizado, vamos dizer assim, com as suas lágrimas. Mas foi depois do episódio do trasgo, quando você se acusou para defender eu e Harry, que percebi que era uma garota muito legal. Seja como for, nunca mais consegui ver você chorando sem me sentir tocado, por mais que possa ter parecido que eu era indiferente – Ron contou.


- É tão bom saber de tudo isso. Parece que finalmente toda a nossa história faz sentido, como um quebra-cabeça que se completa. Desde quando me descobri apaixonada por você, travei uma luta dentro de mim entre o meu lado passional, que me fazia acreditar que um dia seríamos namorados, e o racional. E foi com a razão que decidi que não iria alimentar mais qualquer esperança de ter o meu sentimento por você correspondido e decidi ir ao baile com Krum – Mione explicou.


- Já reparou que sempre voltamos àquele baile? Demorei a entender que alguma coisa muito importante aconteceu ali. Você estava linda, Mione! Eu fiquei perplexo com tanta beleza e imaginava como seria bom ser o seu par naquele dia. Claro que morri de ódio do Krum e também me chateei com você, por ter recusado a minha companhia – o rapaz desabafou.


- Percebi tudo isso pela forma como você olhou para mim. Primeiro parecendo deslumbrado, depois com muita raiva. Mas tudo era confuso. A gente tão inexperiente, não entendia como os sentimentos podem ser assim contraditórios. Então, depois de passados alguns dias do baile, como você não deu mais nenhum sinal que gostava de mim, o meu lado racional voltou a agir. Imaginei que podia ser interessante namorar um rapaz como Krum, bem-sucedido, inteligente, como boa aparência...


- Hei, você não precisa elogiar aquele búlgaro tanto assim! Depois reclama que sou ciumento – Ron protestou emburrado.


- Ron... Mas você sempre significou muito mais para mim. Sempre fui apaixonada pelos seus olhos azuis, por esses cabelos vermelhos tão macios e perfumados, pelo seu sorriso perfeito, sua risada tão contagiante, sua inteligência rápida, intuitiva, o jeito como me defendia e até pelo seu lado ciumento, resmungão, acredita? – Hermione confidenciou.


- Sei, mas você acaba de dizer que imaginou que seria interessante namorar um cara como Krum! – ruivo rebateu, mesmo se tocado com as palavras da menina.


 - E o principal, aliás, o único motivo para isso é que ele me dava a atenção e os elogios que eu esperava receber de você – queixou-se – Mas depois que ele me beijou percebei que não podia iludir a mim mesma, não seria namorando Krum que eu esqueceria você.


- Então, na verdade, a culpa foi minha por não ter agido, por não conseguir entender os meus próprios sentimentos e lutar a tempo pelo seu amor? – o bruxo questionou.


- Sabe, Ron, não existem culpados. Mesmo se sofri muito com toda essa espera, precisávamos passar por tudo isso para que o sentimento que tínhamos um pelo outro amadurecesse e se fortalecesse – a menina disse com suavidade a menina.


- É duro admitir, mas hoje sei que era eu, especialmente, que precisava amadurecer. Bem que Jorge e Fred sempre falavam que eu não percebia o que estava a um palmo do nariz. Mas nunca os levei a sério – Ron refletiu em voz alta.


- Eu também precisava amadurecer. Ao mesmo tempo em que eu era apaixonada por você, me irritava com algumas atitudes suas, queria que mudasse em muitos aspectos. Hoje eu entendo que, quando a gente ama de verdade uma pessoa, acolhe-a com todo o seu ser, com as qualidades e limitações, sem pretender que ela seja diferente – ponderou a inteligente bruxinha.


Os dois se olharam e trocaram um lindo sorriso. Ron se aproximou e, com delicadeza, tirou uma mecha de cabelo do rosto da menina. Parecia que aquele diálogo repleto de revelações, mas também de tensão, terminaria ali, provavelmente com mais um beijo apaixonado. Mas a menina lembrou de seu momento de maior sofrimento, o namoro de Lilá com o ruivinho, e sentiu que precisava conversar também sobre isso.


- Você quis saber sobre Krum, quem nem sequer foi meu namorado, e não fala nada sobre o seu relacionamento com Lilá – ela disse, se afastando do rapaz.


- Não tenho nada a falar sobre isso. Já disse tudo. Eu estava péssimo, sentindo-me duplamente rejeitado por você. Tanto por não ter me falado sobre o seu envolvimento com Krum como por não ter acreditado que sem a felix felicis eu conseguiria vencer a partida de quadribol. Queria esquecer tudo aquilo, queria esquecer que havia pensado na possibilidade de ser seu namorado. E o relacionamento com Lilá parecia a chance perfeita para isso – ele justificou.


- Poderia ter me procurado, falado o que estava sentindo, perguntado a mim sobre Krum, como está fazendo agora. Se você soubesse como sofri por você me tratar tão mal, com indiferença, depois de eu tê-lo convidado para a Festa do Sluge. Se soubesse como meu coração ficou partido quando vi você beijando Lilá – refletiu Mione.


- Hoje eu sei que deveria ter aberto o meu coração. Mas na época eu nem pensava nessa hipótese. Não queria correr o risco de ser rejeitado mais uma vez, de fazer um papel ridículo. Você, a melhor aluna do nosso ano, escolhida para o seleto Clube do Sluge, convidada para ir ao baile com um famoso jogador de quadribol, poderia perfeitamente me dar uma resposta atravessada, dizer para eu me colocar no meu lugar, junto aos bruxos medíocres – ele falou.


- Para com isso, Ron! Você sabe perfeitamente bem que nunca admiti que falassse mal do meu amigo Ron e não vou deixar muito menos que se refira assim ao meu namorado Ronald Billius Weasley – falou.


- Ah, é? E o que tem a dizer em defesa dele? – o rapaz provocou ao mesmo tempo que se aproximava mais de Hermione.


- Você gosta que eu lhe elogie, não é? – ela perguntou sorridente – Isso não é difícil para mim. Graças ao meu namorado, eu e Harry Potter saímos vivos da perigosa jornada em busca das horcruxes e da guerra contra os bruxos das trevas.


- Exagero seu. Mas não posso negar que assumi como missão defender a sua vida e garantir que nada de mal lhe acontecesse – o rapaz afirmou enquanto envolvia as mãos da menina nas dele.


- E você foi sempre perfeito nisso, desde o primeiro ano. Só falhou nessa missão naqueles meses que namorou Lilá – disse Mione com um leve sorriso.


- Hermione, esquece de uma vez Lilá. Eu também não vou mais falar de Krum. Tudo isso ficou no passado. Você é o meu presente e o meu futuro, a menina que eu amo, aquela que conquistou o meu coração para sempre - afirmou, olhando para a namorada de um jeito apaixonado.


- Eu também só quero pensar no presente e no futuro ao seu lado, Ron. Sou a bruxa mais feliz do mundo por ter um namorado especial como você – enfatizou no melhor tom enamorado.


- Uau! Eu posso não ser o bruxo mais poderoso da atualidade. Mas sou o mais feliz de todos os tempos – ele falou abrindo um sorriso e abraçando a menina pela cintura.


Mione deu uma gargalhada e, logo em seguida, ficou séria, olhando aquelas orbes azuis com profundidade. “Eu te amo”, ela falou.


- Eu também te amo – ele começou, intercalando palavras e beijinhos – Apaixonadamente... Desesperadamente... Com todo meu ser... Desde sempre... E para sempre.


Os dois voltaram a se encarar com belos sorrisos no rosto. Sem desviar os olhos um do outro, Ron e Mione se aproximaram até os seus lábios se tocarem. O beijo apaixonado que se seguiu poderia selar o final feliz de mais uma história de amor. Para os dois jovens bruxos, era apenas o começo de uma maravilhosa aventura a dois, marcada por momentos românticos, perigos, descobertas, brigas, pedidos de perdão, lágrimas e sorrisos. Uma aventura que começou em uma amizade e se transformou em primeiro e único amor.



F  I  M


 


x x x


  


Para ouvir antes, durante ou no fim do capítulo:


Because You Loved Me


http://bit.ly/9Yt2qs 


For all those times you stood by me
For all the truth that you made me see
For all the joy you brought to my life
For all the wrong that you made right
For every dream you made come true
For all the love I found in you
I'll be forever thankful baby
You're the one who held me up
Never let me fall
You're the one who saw me through, through it all 


You were my strength when I was weak
You were my voice when I couldn't speak
You were my eyes when I couldn't see
You saw the best there was in me
Lifted me up when I couldn't reach
You gave me faith 'cause you believed
I'm everything I am
Because you loved me
(...)


 


 


 


 


 

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Comentários (20)

  • Camys Lovegood

    1 mês depois do capitulo postado que eu fui terminar de ler! Achei perfeita essa fic. Adoro Romione, é meu casal preferido de HP. É sempre bom ler fics ótimas assim. Tem muitas autoras de Romione que abusam demais de clichês e as histórias ficam sempre iguais mas as suas são perfeitas. Já devo ter lido todas! Gostei muito. Obrigada!!!!!

    2013-08-02
  • Morgana Lisbeth

    Minha querida Lily, você não “falhou” comigo nunca. Apenas me deu alegria com seus comentários longos, as suas análises profundas... Nada como quem entende do riscado e você é uma verdadeira especialista em HP, a quem tiro o meu chapéu.  Sei da sua luta – com faculdade, estágio etc... –e por isso compreendi perfeitamente (mesmo se senti sua falta) qdo não chegou até aqui. Que bom que conseguir ler até o fim! Fiquei super feliz em saber que gostou da história e quer ler outras fics minhas. Estou com uma on line (na fase final) e começando a escrever mais algumas coisas. Vou manter vc informada sobre qualquer novidade. Bjs!

    2013-07-18
  • Lily_Van_Phailaxies

    Lindo, lindo, lindo, lindo, PERFEITO! Ameiiiiiiiii o capítulo!!! Rony e Hermione necessitavam terminar essa conversa Krum/Lila, afinal eles sempre foram cabeça dura de mais para se colocar no lugar do outro e tentar entender o porque cada um tomou determinada atitude, tal conversa só demonstrou o quanto eles amadureceram e estão encaminhando para uma vida adulta no qual construirão um família. Apesar de ter falhado muito com vc em questão dos comentários, adoraria ver alguma oneshot sua desses momentos posteriores ao livro. Quem sabe posso ter esperança com relação a isso néh?! (não me culpe por tentar! rsrsrs) Bom, só tenho que agradecer por cada momento disponibilizado para escrever e postar esses capítulos maravilhosos, amei cada capítulo, assim como, sua preocupação em ser tão perfeitamente detalhista nas características tanto o físicas quanto psicológicas dos personagens. Parabéns, e espero poder contar com novos trabalhos seus! =D

    2013-07-12
  • Morgana Lisbeth

    Finalmente!!! Consegui chegar para responder, com todo carinho que merecem, os leitores que passaram por aqui. Fernanda, foi um desafio escolher a música, mas essa falava de algo que considero essencial no relacionamento dos dois: o fato de se complementarem em suas diferenças e de estarem um ao lado do outro nos momentos mais necessários, sendo apoio, força...  Amei escrever a fic, coloquei aqui todo meu coração, e acho que isso passou de alguma forma para quem leu minhas “mal traçadas linhas”. Talvez seja uma questão de gênero... Eu me coloquei no lugar de Mione e quis presenteá-la com as palavras que esperou ouvir de Ron por tanto tempo. Achei que ela merecia também o pedido de namoro, com toda pompa possível. E como sempre gostei de colocar os dois para falar (desculpe-me tia Rowling, mas nossos queridos Ron e Mione conversaram muito menos do que eu gostaria nos livros), não podia perder a oportunidade de fazê-los “discutir a relação”, rememorando relacionamentos que causaram grande ciúme. Que os anjos digam amém e a sua “aposta” se concretize. Se for para o bem de todos, é claro. Espero continuar a contar com a sua companhia em “À Espera da Coruja”, que também está chegando ao fim... Bjs! Grande Luis! Cumpriu a promessa e chegou ao the end comigo! Que interessante saber a forma como descobriu a fic. Não acredito em “coincidências”; acho que de alguma forma (acredita em magia?) os leitores maravilhosos que deveriam ler minhas “entrelinhas” chegaram até aqui. Pois é, o amor desses dois é mesmo muito lindo. Tão puro, verdadeiro, capaz de esperar, renunciar, sacrificar-se pelo outro. Tudo recheado com muitas discussões, claro, para ter um pouco mais de emoção. Obrigada pela companhia! Tati, acho que nenhum de amaria tanto Ron e Mione se eles não tivessem esses temperamentos tempestuosos. E todas as brigas, ao longo dos anos, só serviram para aproximá-los sempre mais. Certo é que eles não conseguem ficar um sem o outro. Calaram esse sentimento, sempre mais forte, até que (lembrando a composição de Gonzaguinha), “não deu mais para segurar: explode coração”. Conto com a sua companhia em minha outra fic :) Oi, Julliana! Você chegou (via comentário, ao menos) nos momentos decisivos da fic, nos quais os leitores se fazem tão importantes. Pode ter certeza que não vou parar de escrever (talvez crie um blog para compartilhar outras histórias, mas informou aos meus leitores sobre isso no meu perfil da FeB). Thanks por suas belas palavras <3 Eliana, você tem um jeitinho carinhoso todo especial e eu fico me sentido mesmo uma “linda” sempre que leio os seus comentários (rs). Também estou mal-acostumada, só que a ter leitores maravilhosos assim, que me impulsionam a querer me aperfeiçoar ainda mais na arte de escrever. Serei uma eterna aprendiz, mas é bom aprender :* Mellissa, vivi uma experiência muito boa escrevendo a fic em “tempo real”. Foi a minha primeira experiência assim. Um desafiante, mas importante aprendizado. Digo que cresci muito graças a opinião e a interação com leitores que, como você, fizeram a diferença na minha vida e na minha escrita. Apenas agora, duas semanas depois de chegar ao the end, é que consegui voltar aqui para responder o comentário. E confesso que ainda me emociono com tantas palavras lindas, generosas... Você faz parte desse grupo de pessoas lindas com Ron e Mione me deram a possibilidade de encontrar. Yoda, as briguinhas não podiam faltar no último capítulo, não é? Acho que a vida toda será assim: esses dois nunca vão deixar de discutir, mas cada vez menos, talvez por hábito, para não deixar a relação cair na mesmice... E as reconciliações serão mais rápidas, com todo sentimento, renovar de promessas de amor eterno. Ai! Como estou romântica! (hehe). Mas sou assim mesmo, apesar de não ser do tipo “melosa”. Gosto de emoções, surpresas... Nem sei porque estou falando de mim. Mas, enfim, o fim. Beijinhos Aline, você sempre fez comentários muito fofos, mas nesse você se superou. Li, reli, li novamente... Fiquei mesmo emocionada. Percebi que escreveu com sinceridade, com emoção. Para você e para os demais leitores que deixaram o coração ser “tocada” por essa história e que “tocaram” o meu coração, dedico esse belo poema de Cora Coralina: “Não sei se  a vida é curta ou longa demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas. / Muitas vezes basta ser: colo que  acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove./ E isso não é coisa  do outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura… enquanto durar.” Lumos, você sempre se faz presente, desde a “Entrelinhas 2”, e, sem dúvida alguma, foi uma das leitoras que me motivou a continuar a escrever. Suas opiniões, sugestões (inclusive de músicas), especialmente quando ainda tinha tão poucos leitores, foram decisivas, inspiradoras. Agradeço muito por sua companhia. E aproveito para fazer o comercial da minha outra fic (À Espera da Coruja - http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=44173). Será uma honra receber a sua visita lá *_* Olá, Julliano! A sua participação, que começou também na minha fic anterior, foi bem importante. Mesmo se não conseguia comentar em todos os capítulos, vez ou outra se fazia presente, sempre de forma motivadora. Tenho outros projetos (nem todos ligados ao universo de Harry Potter) e vou divulgar entre meus leitores. Continuamos juntos em “À Espera da Coruja” :) Compartilhar é a melhor parte, não é, Andye? Demorei a tomar coragem. Tantos leitores que conheciam o Universo HP tão melhor que eu...  Parecia uma ousadia da minha parte escrever e, de modo especial, postar as minhas  histórias. Mas, de repente, encontrei leitores tão queridos, afetuosos, apaixonados por Ron e Mione, como eu. Você, é claro, está nessa lista de VIPs. Beijins ~~ Lele, tão lindinha você! Fico feliz de saber que não desanimou ao ler a sua primeira fic (criada por mim ~ orgulho!). Existem ficwriters fabulosos. Espero que tenha o prazer de sempre encontrar com eles (infelizmente, também existem histórias ruins). Thanks :D Oi, Sil, fiquei com o coração apertado com o fim da fic. Talvez por isso tenha demorado tanto a postar o último capítulo. Mas tudo tem seu ciclo, a história estava completando o ciclo dela. Quem bom deixar esse gostinho de “quero mais”. Eu, como escritora, também vivo isso, pode ter certeza. Mas ainda estou lá em “À Espera...”, no meu twitter, no e-mail... Não é difícil me encontrar. Beijos, querida! Kamilla, os meus leitores antigos são especiais e os novos, mais especiais ainda! Estou postando uma outra fic, tenho mais alguns projetos... Espero continuar a contar com sua companhia e comentários fofos ^^  Se amamos porque amamos, Willi, só me resta dizer que amei a sua participação, os seus comentários sempre tão profundos, cheios de sentimento. E tem esse amor comum, intenso, por Ron e Mione que nos liga, ou melhor, liga uma multidão de pessoas em todo o mundo. Depois dessa sua definição perfeita – “amar é aprender, é aceitar o ser amado como ele é, e aprender e crescer junto com ele, é ver o que esta debaixo do seu nariz, é ousar, é enfrentar desafios, é se permitir, é desfrutar da companhia de quem nos faz bem, e entender e se entender, e confundir e esclarecer, é sentir esse frio na barriga gostoso, é sentir raiva, e perdoar..... é ser feliz!!” – acho que nem tenho muito mais a dizer. Vou passar nas suas fics, com certeza! :)

    2013-06-28
  • willi santana

    Pois, como voce bem citou Morgana, amo porque amo, a há mais nada a dizer além de que amo.... assim é o amor, assim é Ron e Hermione, e é assim que nós o amamos esse casal perfeito, e indubitalvelmente amamos sua fic.... não há muito o que dizer, além do que nossos personagens preferidos já fizeram, amar é aprender, é aceitar o ser amado como ele é, e aprender e crescer junto com ele, é ver o que esta debaixoo do seu nariz, é ousar,é enfrentar desafios, é se permitir, é desfrutar da compainha de quem nos faz bem, e entender e se entender, e confundir e esclarecer, é sentir esse frio na barriga gostoso, é sintir raiva, e perdoar..... é ser feliz!! E tenha certeza que sua fic nos fez imensamente felizes, em todos os momentos, em toda expectativa, a cada capitulo desta descoberta das entrelinhas, parabéns por essa ideia maravilhosa, parabéns pelo seu dom, e parabéns por essa e pelas outras fics também. Ah, e obrigada também por nos desejar muito amor e um namorado fofo como o Ron, tenho que confessar que estou precisando :P Grande beijo e até a proxima, e se voce tiver um tempinho passa nas minas fics.... não são tão elaboradas e eencantadoras como as suas, mas eu tento.... beijoca!!! 

    2013-06-16
  • KamillaWeasley

    Não tenho muito a dizer sobre essa fanfic,apenas que ela é perfeita!!Fico triste só de pensar que acompanhei a postagem de apenas três capítulos e também não vai ter outros :'(. A música perfeita e combinou bem com o final,Obrigada por compartilhar-lha comosco e espero que esteja pensardo em fanfics fururas ;).Um beijo e muita felicidade 

    2013-06-16
  • Sil86

    Querida Morgana primeiramente perdão sumi por uns dias (muito trabalho).Mais uma vez vc me deixa sem palavras! Mas vamos lá: limpo as lágrimas que mais uma vez teimam em cair, pois este capitulo foi simplismente LINDO, claro que não poderia terminar sem colocar tudo em pratos limpos, os dois esclarecendo todos os pontos "obscuros". O sentimento presente em cada linha e a emoção a flor da pele. Morgana foi muito bom passar todos estes meses ao seu lado, esperando anciosamente a postagem de novos capitulos. Infelizmente temos que nos separar. Espero de coração que vc resolva continuar! Em caso positivo por favor não esqueça de me mandar uma corujinha!Bjs em seu coração S2

    2013-06-15
  • LeleCangane

    ah meu merlin, morgana, estou sem palavras!! voce tem mtos leitores, mas pode acreditar q pra nenhum foi tao especial entrelinhas ano 7 como pra mim, afinal, foi a primeira fanfic q eu li, antes msm dos anos 5 e 6...obrigado por td, todos os momentos em que as entrelinhas e os MMs me acompanharam, o universo que vc abriu em minha vida atravez da FeB e td mais...estou no cel, pq meu not quebrou e sou horrivel com o tec do cel entaum vou ter q escrever pouco maaaaas.... bem, mil beijos e ate mais 

    2013-06-15
  • Andye

    Apenas uma palavra define esse final: PERFEITO!Triste pelo fim, mas muito feliz por um capítulo tão envolvente e perfeito. Mais uma vez, parabens Morgana, você tem muito talento e graças a Merlin tem compartilhado com a gente.Beijocas e continue a escrever...  

    2013-06-14
  • Julliano César Carneiro Viana

    Parabéns Morgana!!!Q pena q a fic tenha acabado,mas sua promessa se cumpriu.Vc conseguiu terminar ela e com grande estilo,com um cap excelente e com bastante sensibilidade. Obrigado pela oportunidade d compartilhar seus textos conosco,foi incrível.Espero q continue por aki,em outras fics,pq eu continuarei aguardando novidades suas por aki acompanhando À espera da coruja e (possíveis)projetos futuros.Sucesso e inspiração pra vc sempre!! 

    2013-06-14
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