De Volta a Hogwarts



 


 


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Silêncio. Palavra. Silêncios que dizem muito, que são presença. Palavras que nascem de outras, silenciadas e sublimadas. Desse encontro de silêncios e palavras surgem os grandes momentos, de revelação, encontro, felicidade plena.
E por falar em grande momento... Sim! Chegou a hora do “é agora ou nunca”. Muito difícil reescrever essa cena. Desnecessário até depois da fabulosa narrativa de Rowling. Mas ao mesmo tempo necessário para ser fiel à proposta da fic.
Por sinal, o capítulo foi todo construído no silêncio dos meus leitores, que respeito muito. Agradeço a possibilidade do silencioso encontro comigo mesma por meio desse fascinante amor de Ron e Hermione. E assim brotaram as palavras. Agora que venham outras palavras, a de vocês! Serão muito bem-vindas.


 Always ande Forever,


 Morgana


 


* * * * *


 


 


 


 


 


A sala estava escura e, a princípio, acreditaram que se encontrava vazia. Mas bastou Neville anunciar que Harry Potter havia chegado para vários rostos aparecerem sob a luz difusa. Seguiu-se uma salva de palmas e gritos. Ron e Hermione foram obrigados a desprender suas mãos para dar conta de tantos abraços, beijos afetuosos, tapas nas costas. Os dois, que queriam permanecer bem próximos, acabaram sendo separados por aquela pequena multidão.


Depois de ter os cabelos vermelhos despenteados por Simas, em uma saudação entusiasmada, Ron foi abraçado com força. Logo reconheceu aquele perfume forte demais e os cabelos macios e compridos que coloram em seu rosto. “Ronald! Fiquei tão preocupada quando não voltou para Hogwarts e disseram que iria acompanhar Potter na caça a Você-Sabe-Quem”, falou Lilá Brown.


O rapaz, pensando em Hermione e incomodado com o abraço pegajoso, afastou-se um pouco antes de tirar os braços da menina do seu pescoço. “Obrigado pela preocupação. Estou bem”, garantiu. Ao ver o semblante sofrido da lourinha, que havia emagrecido e perdera o brilho do olhar, se sensibilizou. “E você, como está?”, perguntou.


Lilá começou a contar sobre os sofrimentos passados em Hogwarts e lágrimas pesadas caíram dos seus olhos. Ron, que sempre sentira certo peso na consciência pela forma como terminaram o namoro, teve o impulso de abraçá-la. Para sorte dele, ouviu uma voz decidida e levemente estridente chamando o seu nome.


Quando Ron virou-se, ele avistou Hermione com os braços cruzados e uma expressão nada satisfeita. A loura a cumprimentou, de forma gentil, mas pouco animada, e recebeu uma fria saudação em resposta. “Preciso ir”, o ruivo disse se afastando da ex-namorada e caminhando em direção de Mione.


- Enquanto se confraternizava com Lilá, Harry procurava desesperadamente por você – falou Hermione sem esconder o mau humor.


- Pelo menos eu não estava me confraternizando com o inimigo – argumentou o ruivo lembrando-se da desculpa idiota que havia dado três anos antes ao ficar louco de ciúme por Mione ter ido ao Baile de Inverno com Vítor Krum.


Hermione quis manter o ar sério, mas não conseguiu evitar que um suave sorriso ao ouvir o comentário bem-humorado daquele ciumento rapaz. Sabia que ela própria não era muito diferente, já que seu sangue fervera ao vê-lo conversando com Lilá.


- O coração bateu mais forte quando viu a sua ex-namorada? – questionou já arrependida por ter sido tão óbvia.


- Não, Mione. O meu coração só bate forte por uma pessoa – respondeu antes de segurar com força a mão da menina, que caminhava ao lado dele.


A morena não conseguiu conter mais um leve sorriso, dessa vez de felicidade. E foi assim, de mãos dadas, que os dois se aproximaram do grupo que se reunia ao redor de Harry. Talvez por distração, ou simplesmente por não conseguirem mais se desprender um do outro, não temeram os olhares curiosos e os sorrisos maliciosos dos alunos que os viam com os dedos entrelaçados.


Acompanharam toda a narrativa de Neville de como a Sala Precisa havia se transformado em refúgio da Armada de Dumbledore, que voltara à ativa. Ron e Hermione sentiram-se surpresos e ao mesmo tempo orgulhosos da liderança e coragem do amigo grifinório que superara os próprios medos. Logo todos começaram a se manifestar, querendo participar da luta contra Voldemort ao lado do Menino-que-Sobreviveu.


O grupo pronto a enfrentar o Lorde das Trevas ganhou mais reforços. Chegaram Dino e Luna, sendo aplaudidos por todos, e, logo em seguida, Gina, Fred e Jorge. Feliz ao ver os irmãos, Ron teve vontade de dar um forte abraço em cada um deles. Mas o tumulto em que se encontrava a sala levou a adiar aquela saudação.


Diante da insistência dos alunos em colaborar na eminente guerra e da negativa de Harry, que achava ser apenas dele e dos dois amigos mais próximos a missão de encontrar e destruir Horcruxes, Ron interveio.


- Por que eles não podem ajudar? Eles podem ajudar – propôs o ruivo em voz baixa para que ninguém mais pudesse ouvir, exceto Hermione, que estava entre os dois. – Não sabemos onde a coisa está. Precisamos encontrá-la depressa. Não temos que dizer a eles que é uma Horcrux.


- Acho que Ron tem razão. Nem sabemos o que estamos procurando, precisamos deles. Você não tem que fazer tudo sozinho – concordou Hermione que recebeu em troca um leve aperto de mão do ruivo.


Harry aceitou a sugestão dos dois amigos e, convicto que a próxima Horcrux tinha sido feita a partir de um objeto pertencente a Ravenclaw, buscou a ajuda dos alunos da Corvinal. Tudo indicava que aquele objeto era o diadema perdido. Cho Chang, ex-aluna da casa que acabara de voltar a Hogwarts para ajudar a Armada, se ofereceu para mostrar o quadro em que a fundadora da Corvinal usava o diadema.


Gina sabia ser ciumenta como o irmão quando necessário e não ia deixar que Harry e Cho ficassem sozinhos. Por isso foi um tanto agressiva ao impor que Luna acompanhasse Harry até a sala comunal de Corvinal, onde se encontrava o quadro de Ravenclaw. Aliviada ao ver a amiga e o ex-namorado saindo juntos, foi então que a ruivinha reparou melhor em Ron e Hermione.


- Vocês estão de mãos dadas? – disparou Gina – Quer dizer que os dois estão...


- Sim, estamos. E há muito tempo – respondeu Ron, parecendo não se importar com o fato de suas orelhas terem mudado de cor.


- Er... Gina, não é nada disso! Acho que Ron não entendeu a sua pergunta – desculpou-se Hermione que ficou desconcertada e vermelha como um pimentão com aquela resposta do ruivo.


- Ah, sei! Continuam amigos, mas você não consegue mais largar a mão dele – Gina rebateu com um sorriso.


- Quem não consegue mais largar a mão de quem? – perguntou Fred que acabara de chegar junto com Jorge. 


- Precisa perguntar? Basta olhar Roniquinho e Mionizinha para ver que formam um simpático casal – assegurou Jorge.                                                                                                                           


Ainda mais sem graça, Mione soltou a mão do amigo e se afastou para conversar algo com Neville. Gina a acompanhou e Ron, depois de lançar um olhar chateado aos irmãos, não conseguiu conter um sorriso ao ver as caretas que os dois faziam.


- Vocês estão juntos desde quando? – quis saber Fred.


- Com certeza leu o resumo que fizemos do livro Doze Maneiras Infalíveis para Encantar Bruxas e colocou algo em prática – completou Jorge.


- Fala alguma coisa, Roniquinho! Ou agora só sabe ficar com esse riso idiota na cara? – provocou Fred diante do silêncio do irmão mais novo.


- Afinal, vocês estão ou não estão namorando? – insistiu Jorge.


- Não posso responder. Se eu disser que sim será uma mentira. Mas também não vou ser de todo sincero se falar que não – Ron refletiu.


- Ih, sei não. Acho que ele bateu com a cabeça em algum lugar – Fred analisou com uma risadinha.


- Ele sempre foi um pouco surtado mesmo – concluiu Jorge antes de dar uma gargalhada e começar a se afastar junto com o irmão gêmeo.


- Esperem! – Ron pediu, abraçando os dois ao mesmo tempo - Fiquei muito feliz em ver vocês.


- Nosso irmãozinho surtou de vez – falou Fred balançando a cabeça.


- Ficou feliz em nos ver?  Só pode ser – concordou Jorge.


- Estou falando sério – Ron reforçou.


 “Tudo bem. Mas não viemos aqui a passeio”, garantiu Fred. “Viemos para lutar junto com a Armada de Dumbledore”, complementou Jorge.


- Eu sei. Vocês são autênticos Weasley. E um Weasley não foge da luta – afirmou o irmão mais novo.


- É verdade. Como deve imaginar, mamãe e papai logo vão estar aqui em Hogwarts – falou Fred dando uma piscadela.


- Eles não perderiam esse momento por nada. Será uma honra derrotar Você-Sabe-Quem ao lado de vocês – garantiu Ron, que estava sinceramente feliz em reencontrar a família, mesmo se em um momento tenso como aquele.


- A honra será nossa - repetiram os gêmeos em uníssono antes de se afastarem para reunirem-se a um grupo de alunos e contar mais algumas piadas.


Ao lembrar-se da taça, que prometera guardar com cuidado, Ron teve um lampejo. Sim, era isso! Havia uma arma contra a Horcrux, a mesma usada para aniquilar o diário de Tom Riddle. Aflito para logo colocar aquela ideia em prática, correu até onde estava Hermione.


Concentrada na conversa com Gina, Mione ficou assustada ao ouvir o ruivo chamar o seu nome com urgência. “Você precisa me acompanhar”, o rapaz pediu. “Ron, até podemos procurar uma nova Horcrux, mas antes temos que encontrar um jeito de destruir essa”, ela respondeu em voz baixa ao ver o jeito ansioso do rapaz.


“Mione, eu sei disso. Precisamos ir logo para a Câmara Secreta”, ele sussurrou nervoso. “Como assim?”, a morena questionou sem entender. “Vamos. A entrada é pelo banheiro da Murta-que-Geme”, falou Ron puxando a amiga pelo braço. 


- Banheiro? Vocês vão ao banheiro agora? – perguntou Gina incrédula ao ver os amigos saírem apressados, quase correndo.


Ron achou melhor convocar uma vassoura antes de saírem da Sala Precisa. Seria necessário enfrentar a alta queda pelo cano e a longa distância dos corredores escuros e úmidos até chegar ao centro da Câmara Secreta. Hermione tinha muitas perguntas a fazer, porém achou melhor simplesmente dar as mãos ao ruivo e caminhar rápido ao lado dele.


xxx


Quando finalmente alcançaram o corredor quase deserto que levava ao banheiro da Murta-que-Geme, Hermione questionou ansiosa: “E então? Pode me explicar qual é o seu plano”?


- É muito simples. Vamos à Câmara Secreta apanhar algumas presas de basilisco e destruímos a taça – o ruivo respondeu com simplicidade.


Como ela mesma não tinha pensado nisso antes?! O Diário de Riddle, a primeira das Horcruxes descobertas, havia sido destruído com uma daquelas presas. E, pelo que sabia, o basilisco morto não tinha sido enterrado e jazia na Câmara. “Brilhante, Ron! Você teve uma ideia realmente brilhante”, repetia a menina.


Hermione não saberia dizer o que tinha sido mais difícil: desvencilhar-se das perguntas da Murta, suportar os longos segundos nos quais Ron ficou em silêncio, concentrado em lembrar a sonoridade exata da palavra “Abre” em língua de cobra, ou a queda livre pelo cano, montada na vassoura e agarrada às costas do ruivo. Agora percorriam voando aqueles túneis escuros e frios, iluminados pela fraca luz que saía de suas varinhas.


- Achei que de vassoura seria mais rápido e seguro. Não temos muito tempo – disse o rapaz virando o pescoço para trás para que Mione pudesse escutá-lo melhor.


- Qual o tamanho aproximado do basilisco, Ron? – a menina perguntou alto.


- Não sei muito bem. Não cheguei até lá, lembra? Fiquei preso do outro lado com o professor Lockhart depois que minha varinha explodiu e parte do teto desmoronou – recordou Ron.


- Pobre professor. Fico triste quando lembro que não recuperou a memória até hoje – lamentou Hermione.


- Você ainda sente pena dele? Aquele feitiço foi lançado contra mim. Sorte que minha varinha quebrada fez com que ricocheteasse até ele, caso contrário, eu é que estaria internado no St. Mungus – reclamou.


- Graças a Deus nada aconteceu com você. Mas ainda assim tenho pena do professor – rebateu.


- Sempre teve uma quedinha por ele, não é? Não sei o que viu naquele charlatão – queixou-se o ruivo.


- Ron, não é nada disso. Ele era simpático, educado e parecia tão bem preparado. Como eu poderia saber que não passava de uma fraude? Já basta a sua implicância eterna com Krum. Não vai ficar chateado agora por que falei do professor Lockhart, vai? – a menina perguntou abafando um risinho.


- Não, Hermione. Até porque chegamos ao fim da linha. Agora temos que aterrissar – disse começando a abaixar suavemente a vassoura até alcançarem o chão.


As pedras que fecharam o corredor na primeira vez que Ron estivera na Câmara continuavam lá. O buraco aberto com esforço por ele enquanto Harry enfrentava Tom Riddle e o basilisco ainda era a única passagem para o coração daquele sombrio lugar. Ultrapassaram o obstáculo com esforço e logo tiveram que parar novamente ao encontrar uma parede sólida na qual havia duas esculturas de cobras entrelaçadas.


Um arrepio de terror percorreu o corpo de Hermione. Os olhos das duas serpentes eram enormes esmeraldas que irradiavam um brilho verde e sinistro. O rapaz, mostrando liderança e decisão, voltou a repetir o sibilo grave que já abrira a pia do banheiro. Mais uma vez deu certo! As duas estátuas se afastaram e uma passagem foi aberta na parede de pedra.


- Vamos! – o rapaz falou segurando as mãos de Hermione que, respirando fundo, o acompanhou.


Cerca de 10 metros à frente avistaram o esqueleto da cobra, gigantesco e assustador. Um pouco mais distante estava a cabeça do basilisco, cortada por Harry com a espada de Gryffindor há cinco anos. Um cheiro muito forte, de morte e medo, assombrava o lugar. Ron sabia que precisavam sair logo dali.


- Temos que arrancar algumas presas e levar com a gente. Serão úteis para destruirmos outras Horcruxes. Mas essa taça vamos aniquilar aqui mesmo – afirmou com segurança.


Os dois se abaixaram e, com a ajuda das varinhas, conseguiram arrancar várias presas. Quando viu que já eram suficientes, Ron tirou a taça de dentro do casaco, colocando-a no chão, à frente deles.


- Hermione, acho que agora é o seu momento de destruir a Horcrux – ele sugeriu com a voz firme.


- Não, Ron, por favor... Eu não estou pronta para isso. Faça você, que já destruiu a outra Horcrux – Mione respondeu.


- Nós três estamos nessa jornada juntos. Primeiro foi Harry a destruir uma Horcrux, depois eu... Agora é a sua vez. Mas não se preocupe. Vou estar ao seu lado – garantiu.


- Tudo bem. Eu vou tentar. Mas não saia de perto de mim – a menina pediu.


- Mione, a porção de alma dele que vive nesse objeto vai reagir. Não vai aceitar facilmente ser destruída – informou.


Contemplando aqueles olhos azuis que tanto amava, Hermione encontrou forças para começar a agir. Ajoelhou no chão para ficar mais perto do objeto. Assim que apontou uma das presas para a taça, no entanto, uma luz vermelha brilhou dentro do objeto. Pouco depois aquela voz sinistra, já conhecida por Ron, sibilou, inicialmente em tom baixo, depois cada vez mais alto.


- Conheço os seus segredos e todos os seus medos, Hermione Granger. Sei tudo que se passa em seu coração. Como você vai ter coragem de destruir a sua única esperança de alcançar os seus sonhos? – começou.


- Não acredite nisso. É tudo mentira! – gritou Ron.


Mas o som da voz era agora muito mais alto que o apelo do ruivo. “Qual rapaz vai reparar em alguém como você, que não tem beleza, simpatia e está longe de ser uma companhia agradável”? – continuou Tom Riddle. – “Você não tem amigo algum, a sua presença não é desejada por ninguém. Apenas aturam você por causa da sua inteligência”.


- Hermione, destrua a taça agora! – gritou Ron o mais alto que pôde.


A taça começou a tremer e uma bolha em tom vermelho despontou do seu interior, logo ganhando a forma de Ronald Weasley. Em seguida, mais um estrondo e duas imagens se ergueram gigantescas e assustadoras na frente da menina. Eram os pais de Hermione.


- Trabalhamos sem parar e gastamos todas as nossas economias para garantir que sempre estudasse nas melhores escolas. Mas você nos decepcionou. Foi fazer um curso de magia que sequer conseguiu concluir – atacou Riddle agora pela boca do pai de Hermione que a mirava com um olhar de censura.


- MIONE! Não dê ouvidos. Esses não são seus verdadeiros pais – berrava inutilmente Ron, já que menina só conseguia ouvir a voz de Tom Riddle.


- Você tem que ser a melhor. Não pode ser menos que isso. Precisa tirar as maiores notas. Saber todas as respostas. É inaceitável que não acerte sempre. Mas você agora está errando. Desconhece qual é a decisão correta a tomar – foi a vez da mãe dela a criticar.


A bruxa olhou para a figura que parecia maior e estava no centro. Era a que mais temia. Agora era pela boca daquele espectro de Ronald Weasley, assustador e sedutor ao mesmo tempo, que Riddle falava.


- Por que eu me importaria com você se não fosse por sua inteligência? Não é divertida, não é agradável, não é bonita. Se não conseguir tomar a decisão certa, ninguém mais vai precisar da sua companhia. Você vai ficar sozinha, completamente sozinha – ameaçou.


Fortes soluções fizeram as costas de Hermione tremer ao mesmo tempo em que ela abaixou a mão que segurava a presa, parecendo derrotada. Ron percebeu que precisava agir rápido. Ajoelhou-se ao lado da menina e a abraçou pelos ombros, falando de forma delicada e firme em seu ouvido:


- Eu me importo com você e nunca vou deixá-la sozinha. Destrua a taça agora, Hermione! AGORA! Estou ao seu lado!


Algo se transformou dentro de Hermione. Foi como se de repente abrisse os olhos e percebesse que era tudo mentira. Ron se importava com ela, sempre a defendia, se preocupava com seus sentimentos, perguntava se estava cansada, havia se alimentado, precisava de algo. Mesmo tremendo, teve força para perfurar a taça, da qual se desprendeu uma fumaça vermelha e um som estridente, como um grito de agonia. A menina abaixou a cabeça e começou a soluçar, dessa vez sem desespero, mas com alívio. Ron continuou por mais alguns instantes abraçado à morena. Depois se levantou e ofereceu a mão como apoio para a amiga se levantar.


Hermione se encontrava de pé, mas ainda sem coragem de erguer os olhos. Ron colocou a mão no queixo da menina, suspendendo o rosto dela. “Está tudo bem. Você foi brilhante como sempre”, falou. Impulsionada talvez pela busca de conforto depois daqueles momentos tão exigentes ou simplesmente por força do sentimento que tinha pelo amigo, Mione se atirou nos braços do ruivinho. Ainda  estavam abraçados quando o rapaz sussurrou: “Vamos vencer esta guerra. Não vou mais sair de perto de você”.


Pouco depois, os dois se afastaram. Hermione estava imersa nos olhos muito azuis do ruivo quando uma lembrança dominou a mente dela: Ron ainda aguardava o beijo que lhe negara. Desejou, de todo coração, que aquele fosse o momento de finalmente concluírem o encontro entre os seus lábios. 


O rapaz, parecendo ler os pensamentos da bruxinha, fez um leve carinho no rosto dela com as costas da mão. Mione fechou os olhos. “Agora ela vai aceitar me beijar”, pensou o ruivo. Mas, ao seu aproximar da menina, seus lábios se direcionaram para a testa da amiga, em um beijo fraternal.


- Vamos, Hermione. Harry deve estar procurando por nós – disse Ron quebrando aquele momento de ternura.


xxx


De volta aos corredores da escola, Ron e Hermione não demoraram a perceber que a guerra começara. Sons, tremores, gritos e clarões pela janela anunciavam o início da batalha. Precisavam entrar na Sala Precisa e tentar encontrar Harry. Seguiam apressados levando as presas de basilisco que Mione havia reduzido magicamente quando subiram na vassoura para sair da Câmara Secreta. Enquanto o ruivo fechava a passagem do banheiro, Hermione fez com que as presas voltassem ao tamanho normal. A menina acreditava que em breve precisariam usá-las.


- Por que pensou em trazer tantas presas, Ron? – perguntou para quebrar o silêncio.


- Quem sabe Harry resolva aceitar a ajuda de Neville e Luna. Eles mostraram estar preparados e são nossos grandes amigos – o rapaz argumentou.


A menina suspirou lembrando-se dos momentos terríveis vividos há poucos minutos diante de uma porção da alma de Voldemort. Sabia que não devia ser assim, mas ficara muito constrangida ao ver os seus piores medos verbalizados por Riddle diante do ruivinho. Adivinhando os pensamentos da menina, Ron falou: “Não fica assim. Ele sabe apenas ressaltar o negativo e nos faz sentir péssimos”.


- Mas ele conseguiu colocar a dúvida dentro de mim. Sempre achei mesmo que o meu desempenho escolar era muito importante para os meus pais. E algumas vezes tive a impressão de ficar excluída da amizade entre você e Harry, de ser lembrada apenas quando precisavam de alguma ajuda da minha inteligência – desabafou Hermione.


- Claro que isso não é verdade, Hermione. Seus pais amam você pelo que é, não por suas notas. Claro que minha amizade com Harry é diferente. Somos rapazes, temos mais afinidades...


- Quer dizer que considera Harry mais seu amigo do que eu?  - provocou acelerando o passo ao ouvir um novo estrondo.


- Entenda como quiser – respondeu o rapaz preferindo não dizer abertamente que não a queria mais apenas como amiga – Mas o fato é que, quando destruímos a Horcrux, de certa forma superamos também os nossos medos.


- E quais foram os medos que você superou? – ela não conseguiu segurar a curiosidade.


- Achava que era o filho menos querido dos meus pais. Sei lá... Sou o sexto. Eles sempre me trataram muito bem, mas eu era aquele que recebia tudo de segunda mão. Agora entendo que, com tantos filhos, eles não podiam comprar tudo novo para todos – revelou sem constrangimento.


- Eu, que vejo o relacionamento da sua família de fora, sempre percebi o grande carinho dos seus pais por você. Sua mãe quer protegê-lo dos perigos por amor, mas ao mesmo tempo não consegue esconder o orgulho de você estar na linha de frente na luta contra os bruxos das trevas. Ouvi seu pai dizer a Kingsley que, de todos os filhos, você é o que tem maior talento para auror – contou a menina.


- Sério? Nunca imaginei que ele achasse que eu pudesse ser auror. Na verdade, eu mesmo não tenho certeza se seria capaz – afirmou dando uma risada.


- Pelo visto você ainda tem que superar melhor essa sua segurança. Mas quais outros medos você deixou para trás, Ron? – ela insistiu.


- Não quero falar sobre isso. Quero reunir toda a minha coragem para o que nos espera – foi tudo o que o ruivo achou prudente responder.


Finalmente chegaram ao corredor que levava à Sala Precisa e ouviram um grito. Não era de terror e sim de alívio. Harry andava rápido na direção dos amigos e foi logo falando, em um misto de alívio e queixa: “Onde vocês se meteram, pô”? O Menino-que-Sobreviveu olhou incrédulo para Ron quando o ruivo explicou que estavam na Câmara Secreta. Aquilo não fazia sentido. Hermione, com seu talento para explicar tudo didaticamente, dessa vez falou com entusiasmo e pouco clareza.


- Foi o Ron, ideia do Ron! – exclamou Hermione, sem fôlego – Não foi absolutamente genial? Nós estávamos lá, depois que você saiu, e eu disse ao Ron, mesmo que a gente encontre a outra, como vamos nos livrar dela? Ainda não nos livramos da taça! Então, ele se lembrou! O basilisco!


Harry continuava a olhar para os dois perplexo, sem entender. “Uma coisa para destruir as Horcruxes”, Ron esclareceu com simplicidade. Foi então que, olhando para aqueles grandes dentes curvos carregados pelo rapaz, finalmente compreendeu. Os dois amigos tinham se aventurado até a Câmara Secreta para arrancar presas de basilisco, armas potentes para destruir os objetos que guardavam porções da alma de Tom Riddle.


Quando Harry questionou como haviam entrado na Câmara sem falar ofidioglossia, mais uma vez foi Hermione quem respondeu, mostrando um orgulho que encheu o coração do ruivinho. “Ron sabe! Mostre a ele”, pediu. Mesmo profundamente constrangido com aquele pedido, o jovem Weasley repetiu um silvo estrangulado e medonho.


O ruivo contou timidamente que havia prestado atenção na sonoridade emitida por Harry ao abrir o medalhão. Para surpresa dele, Hermione voltou a mostrar entusiasmo ao falar daquele feito. “Ron foi incrível! Incrível!”, ela afirmou.


“Genial!” berrou Harry ao saber como destruíram a Horcrux e ver os restos contorcidos da taça de Hufflepuff. Uma nova explosão lembrou-o que não tinham muito tempo. Ele logo informou aos dois amigos que precisavam procurar o diadema de Ravenclaw na Sala Precisa.


Os três voltaram apressados ao local que se tornara o quartel-general da Armada de Dumbledore e lá encontraram Gina, Tonks e a avó de Neville, que viera lutar ao lado do neto. A velha e talentosa bruxa logo disparou pela escada de pedra que dava acesso aos corredores com a varinha em punho. Ron, Gina e Harry trocaram um sorriso ao ver a agilidade e a disposição da senhora.


“Está muito melhor que a tia Muriel. E olha que não é tão rabugenta”, concluiu Ron. “Nossa tia-avó é um caso perdido. Mas pelo menos é sua fã, Ronald Billus. Acho que o testamento dela está em seu nome”, alfinetou a irmã. Enquanto os três conversavam, Tonks se aproximou de Hermione e a chamou à parte.


- E então? Você e o seu ruivo já se acertaram? – a auror sussurrou antes de deixar escapar um risinho.


- Bem... er... quase. Acho que quando tudo isso terminar... – disse Mione com um sorriso tímido.


- Não perca tempo. O amor é uma força muito poderosa para ser vencida pelo medo ou orgulho – Tonks aconselhou.


No momento que se preparava para sair da sala, Tonks chamou rapidamente Ron. “Sei que nunca conversamos muito. Não me julgue intrometida ou impertinente. Mas gostaria de lembrar a você que a mulher precisa de palavras. Não bastam os gestos. É necessário que o homem fale do sentimento que tem por ela”, disse para um intrigado rapaz.


Ron não teve tempo de dizer nada e nem mesmo de raciocinar. Tonks saiu correndo da Sala Precisa assim que soube que Lupin estava levando um grupo de combatentes para os jardins de Hogwarts. Hermione sentiu vontade de perguntar ao ruivo o que a auror havia falado para ele, mas conteve a própria curiosidade.


Os três amigos pretendiam traçar novos planos para encontrar e destruir mais uma Horcrux. Por isso Harry pediu a Gina que os deixassem a sós, mas insistiu para ela voltar em seguida, cumprindo assim a promessa feita à mãe de não se afastar da Sala Precisa. Foi então que algo há muito tempo aguardado e, ainda assim, completamente surpreendente aconteceu.


- Calma aí um instante! – falou Ron com energia – Esquecemos alguém!


Hermione perguntou, inocentemente, de quem o rapaz falava. A princípio não entendeu quando o ruivo respondeu que haviam esquecido os elfos domésticos. Harry deu voz à dúvida da menina ao interpelar Ron questionando se ele queria colocar os elfos para lutar. A menina já ensaiava uma argumentação, dizendo que aquela guerra era deles, os bruxos, e não deviam envolver outras criaturas.


- Não, não acho que os elfos devem lutar. Mas acho que devíamos dizer a eles para dar o fora. Não queremos outros Dobbys, não é? Não podemos mandá-los morrer por nós...  – Ron começou a explicar com o semblante sério.


Há muito tempo Hermione se segurava para não seguir o maior desejo do seu coração. Estavam envolvidos em uma missão séria e perigosa, o mundo bruxo precisava deles, os integrantes da Ordem da Fênix alertaram que não era o tempo de romances e, além do mais, nem tinha certeza dos sentimentos de Ron. Essas motivações continuam ali, lembrando a menina que devia agir com a razão. Por tudo isso, Mione não conseguiria explicar o que aconteceu em seguida.


Na verdade, Hermione não sabia para onde ir, mas as suas pernas caminharam seguras até junto de Ron. Também não tinha ideia do que fazer, porém seus braços não hesitaram em se enroscar ao pescoço do rapaz. Não suspeitava sequer o que devia dizer, mas a sua boca só ansiava pelo silencioso encontro com lábios tão atraentes. E foi assim, sem pensar e nem entender racionalmente seus próprios gestos, que começou aquele beijo apaixonado.


Ron levou um susto quando ouviu o estrondo. Hermione tinha jogado todas as presas de basilisco no chão. E por que estava olhando para ele assim? Conhecia aquele jeito um tanto enlouquecido. Com certeza não acreditara que queria salvar os elfos e lançaria uma azaração sobre ele. Mas espera aí! A menina pulou e o agarrou pelo pescoço! O quê?! E agora tinha colado os lábios nos dele. Seria uma nova forma de feitiço?


Quando suas bocas se tocaram, Hermione hesitou. “O que estou fazendo?”, perguntou a si mesma e, por um momento, teve vontade de sair correndo. Ron parecia estático, frio, como se houvesse virado pedra. Mas essa sensação durou breves segundos. Antes que Mione fizesse qualquer movimento para se afastar do rapaz, ele também deixou cair tudo que levava nos braços e começou a retribuir ao beijo com paixão. E a envolveu com tamanha força pela cintura que a menina saiu do chão


Não demorou mais que cinco segundos para Ron entender. Hermione estava dando um fim à longa espera dele. Aquele era o beijo tão aguardado, que ela rejeitara n’A Toca, não concretizara no Chalé das Conchas e nem à beira do lago, depois da arriscada missão em Gringotes. E como os lábios de Mione eram macios! Logo deixou a momentânea paralisia e respondeu ao beijo com toda a força do amor silenciado por muito tempo.


Há pelo menos quatro anos Hermione aguardava por aquele beijo. Quando o ruivo finalmente tomou a iniciativa, viu-se obrigada a interromper o encontro dos seus lábios. Não foi uma atitude fácil e inúmeras vezes ela se arrependeu de ter feito isso. Agora, depois de longa espera, suas bocas voltaram a se unir. E Mione tinha certeza: Ron havia sido feito para ela já que beijar o rapaz era algo maravilhoso. Ela se sentia nas nuvens e sabia que nem a mais poderosa magia poderia produzir tal efeito.


Até mesmo nos seus mais belos sonhos Ron não imaginou que beijar Hermione fosse tão fantástico assim. Por que tiveram que esperar tanto por um gesto simples e, ao mesmo tempo, pleno de significado? Ele estava tão envolvido naquele momento que a prendeu com mais força do que pretendia, tirando a menina do chão. Não sabia mais onde estava, o que precisava fazer, nem mesmo que se encontravam no meio de uma guerra. Foi então que uma voz, ainda muito distante, começou a chamá-lo de volta à realidade. 


“Isso é hora?”, Harry perguntou timidamente, mas logo percebeu que os dois amigos estavam em outra dimensão, completamente envolvidos naquele apaixonado beijo. “OI! Tem uma GUERRA rolando aqui”, dessa vez falou alto. Como se despertos de um sonho bom, daqueles que nunca desejamos acordar, Ron e Hermione desgrudaram os lábios.


- Eu sei, colega. Então é agora ou nunca, não é? – disse Ron de um jeito etéreo, ainda abraçado à menina.


Harry pediu ao amigo, que estava com a orelha no mesmo tom vermelho dos cabelos, para segurar as presas até conseguirem encontrar o diadema. A menina, com as faces muito coradas, se abaixou para ajudar o ruivo a pegar os dentes de basilisco do chão. Poderia parecer que tudo voltara a ser como antes. Mas bastava observar Ron mordendo os lábios para abafar o sorriso bobo que insistia em se formar em seu rosto e Hermione com um semblante apaixonado para entender a revolução proporcionada por aquele beijo.


xxx


Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo: 


More Than Words
http://bit.ly/f6sIOO 


Saying I love you
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you
Not to say, but if you only knew
How easy it would be to show me how you feel
More than words is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say that you love me
Cause I'd already know 


What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying I love you
 (...) 


Now that I've tried to talk to you and make you understand
All you have to do is close your eyes and just reach out your hands
And touch me, hold me close, don't ever let me go
More than words is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say that you love me
Cause I'd already know
(...)



 

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Comentários (19)

  • Andye

    Tãaaaaaaaaaaaaaao Lindo! Adorei. E a Gina e a Tonks, perfeitas. O toque especial dos gêmeos apimentando as coisas. Adorei esse capítulo.

    2013-05-08
  • Morgana Lisbeth

    Oi, Tati! Você é que me deixou sem palavras com seu comentário carregado de palavras carinhosas e de emoção. Depois de sete livros, oito filmes, realmente não tem como não nos deixar envolver por esses personagens tão fantásticos que vão encantar ainda muitas novas gerações. Fiquei mega feliz quando fiz logon na FeB e encontrei o espaço de notificações carregado de comentários seus! Amo! Espero você nos próximos capítulos!

    2013-04-26
  • Tati Hufflepuff

    O que falar sobre esse capítulo? estou sem palavras!! Eu sempre fiquei pensando em como teria sido a destruição da taça... se a alma de Voldemort teria torturado a pessoa que a destruiu e você conseguiu colocar cor numa lacuna em branco que tia Jo nos deixou... e fez isso de uma maneira incrível!! Ver a Hermione dessa forma vulnerável, com seus medos totalmente expostos foi intenso demais... principalmente por que ela se expôs na frente do Ron que agiu de uma maneira linda ajudando a Hermione a ter forçar pra destruir a taça. O beijo... o que falar do beijo? Acho que pra nós, fãs de Ron/Hermione, essa foi uma das cenas mais esperadas livro... e você colocou algo a mais na cena deixando tudo mais especial... Nem preciso dizer o quanto gosto da sua escrita, acho que a quantidade de seguidores e fãs que você tem aqui falam por si só... Os comentários são apenas uma forma que nós temos de mostrar a você o quanto sua história nos fascina! E se tem um projeto de continuação, eu sou totalmente a favor!! Bom, vou parar com o comentário giga aqui! Parabéns pelo capítulo, pela escrita e pela história! Acho que não é novidade que sou sua fã!! :**

    2013-04-22
  • Morgana Lisbeth

    Oi, Luis! Muito bom encontrá-lo por aqui também:)O beijo demorou - tia Rowling quis assim (rs) - mas finalmente saiu! Acho que não foi por acaso que Ron esteve ao lado de Hermione quando foi a vez dela destruir a horcrux. Assim pôde se certificar que a inteligente menina tb tinha suas fragilidades, assim com ele, e que se completavam. Espero que continue acompanhando a fic até o fim. Falta pouco! 

    2013-03-31
  • Luis ursao

    aaahhhhhh ate que enfim aconteceu o beijo entre eles hauahuhauahuahauhauhauhaah demoraram pra caramba, mais que bom que aconteceu,podia ter acontecido antes se nao fossem tao cabeça dura e essa parte da camara secreta, a horcruz torturando a hermione eu sempre fiquei pensando como ela teria resistido para que nao fosse destruida, torturou psicologicamente a hermione tbm, ate nisso os dois combinaram kkkkkkk otimo capitulo

    2013-03-29
  • Morgana Lisbeth

    Oi, Lele! Você não imagina qto fiquei tensa para escrever essa cena. Era uma grande responsabilidade. Depois veio uma luz e achei que aquele seria um bom caminho a seguir. Fico feliz de saber que o resultado agradou a alguns leitores :)Sil, peço desculpas, mas minha alter-ego é a pessoa mais reservada que conheço (hehe). E como não tenho face... Quem sabe ela cria coragem de se apresentar. Ah, sim, moramos no "litoral desse oceano atlântico" e escrevo para você olhando a chuva forte cair no mar... Lilian, só vou contar para vc, mas estou com algumas cenas do tempo de namoro de Ron e Mione rascunhadas. Vamos ver onde o vento vai me levar ♥

    2013-03-23
  • Lilian Granger Weasley

    Cara parabéns, pelo capitulo!!! Foi maravilho ler ele!! Finalmente aconteceu o tão aguardado beijo!!! Anciosa pra ler o proximo capitulo!! * Na esperança de ver a continuação com outras fics!! mais sinceramente vc escreve super bem!! Parabéns msm, Quero mais mais... adorei!!!!

    2013-03-23
  • Sil86

    Querida Morgana faço minhas as suas palavras pois tbm te acho uma pessoa especial e para mim seria um prazer conhecer vc! Sou de São Paulo capital e vc? mas em todo casp me add no face meu e-mail é [email protected] assim poderemos conversar mais! E quanto ao projeto "continuação" vc sabe que tem o meu apoio total! Fica a dica! Bjs 

    2013-03-19
  • LeleCangane

    Aaaaai que perfeição!!!!O momento mais esperado dos Mm's que superou as espectativas! Maravilhoso, emocionante, incrível, valeu muuuuito a pena esperar!!!! Parabéns Morgana, ficou perfeito!!!!Bjos

    2013-03-19
  • Morgana Lisbeth

    Oi, Julliano! Você tb está comentando desde as "Entrelinhas" do livro 6 e isso é uma honra para mim. E pensar que agora, como contabilista às portas do prazo final para o IRPF, vc ainda encontrou tempo de comentar, sinto-me lisonjeada.  Sim, Julliano, os dois amadureceram bastante e espero que a minha escrita tb (vamos aprendendo, espero rs).Sou bem-humorada e se minha resposta à sua brincadeira pareceu o de uma bruxa rabugenta, eu é que  devo pedir desculpas :)

    2013-03-18
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