Chapter I-II



Chapter I-II – O Cálice de Fogo


 
Parte 1
 


- Boa noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes - disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros. - Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.


Uma das garotas de Beauxbatons, ainda segurando o xale na cabeça, deu uma inconfundível risadinha de zombaria.


- Ninguém está obrigando você a ficar! - murmurou Hermione, com raiva.


- O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete - disse Dumbledore. - Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!


Ele se sentou, e Harry viu Karkaroff se curvar na mesma hora para a frente e iniciar uma conversa com o diretor.


As travessas diante deles se encheram de comida como de costume. Os elfos domésticos na cozinha pareciam ter se excedido; havia uma variedade de pratos à mesa que Harry jamais vira, inclusive alguns decididamente estrangeiros.


- Que é isso? - disse Rony, apontando uma grande travessa com uma espécie de ensopado de frutos do mar ao lado de um grande pudim de carne e rins.


- Boujilabaisse - disse Hermione.


- Para você também! - respondeu Rony.


- É francesa - explicou a garota. - Comi nas férias, no penúltimo verão, é muito gostosa.


- Acredito - retrucou Rony, servindo-se de chouriço de sangue.


De alguma forma o Salão Principal parecia muito mais cheio do que de costume, ainda que só houvesse umas vinte pessoas a mais ali; talvez porque os uniformes de cores diferentes se destacassem tão claramente contra o preto das vestes de Hogwarts.


Agora que tinham despido as peles, os alunos de Durmstrang deixavam ver que usavam vestes de um intenso vermelho-sangue.


Vinte minutos depois do início do banquete, Hagrid entrou discretamente pela porta atrás da mesa dos funcionários. Deslizou para sua cadeira na ponta da mesa e acenou para Harry, Rony e Hermione com a mão coberta de ataduras.


- Os explosivins estão passando bem, Hagrid? - perguntou Harry.


- Otimamente - respondeu ele animado.


- É, aposto que estão - disse Rony em voz baixa. - Parece que finalmente encontraram a comida que gostam, não? Os dedos de Hagrid.


Naquele instante, ouviram uma voz:


- Com licença, vocês von querrer a boujilabaisse?


Era a garota de Beauxbatons que rira durante a fala de Dumbledore. Finalmente retirara o xale. Uma longa cascata de cabelos louro-prateados caía quase até sua cintura. Tinha grandes olhos azul-profundos e dentes muito brancos e iguais.


Rony ficou púrpura. Olhou para a garota, abriu a boca para responder, mas não saiu nada a não ser um fraco gargarejo.


- Pode levar - respondeu Harry, empurrando a terrina para a garota.


- Vocês já se serrvirram?


- Já - disse Rony sem fôlego. - Estava excelente.


A garota apanhou a terrina e levou-a cuidadosamente até a mesa da Corvinal. Rony continuou com os olhos grudados nela como se nunca tivesse visto uma garota na vida. Harry começou a rir. O som das risadas pareceu sacudir Rony daquele transe.


- É uma veela! - exclamou com a voz rouca para Harry.


- Claro que não! - retrucou Hermione mordazmente. - Não vejo mais ninguém olhando para ela de boca aberta como um idiota!


Mas não era bem verdade. Quando a garota atravessou o salão, muitas cabeças de garotos se viraram, e alguns pareciam ter ficado temporariamente sem fala, exatamente como Rony.


- Estou dizendo, não é uma garota normal! - disse Rony, curvando-se para um lado para poder continuar a vê-la sem ninguém na frente. - Não fazem garotas assim em Hogwarts!


- Fazem garotas legais em Hogwarts - respondeu Harry, sem pensar.


- Quando vocês dois repuserem os olhos dentro das órbitas - disse Hermione com energia - poderão ver quem acaba de chegar.


Ela apontou para a mesa dos funcionários. As duas cadeiras que estavam vazias acabavam de ser ocupadas. Ludo Bagman sentou-se agora do outro lado do Prof. Karkaroff enquanto o Sr. Crouch, chefe de Percy, ficou ao lado de Madame Maxime.


- Que é que eles estão fazendo aqui? - indagou Harry surpreso.


- Eles organizaram o Torneio Tribruxo, não foi? - disse Hermione. - Imagino que quisessem vir assistir à abertura.


Quando o segundo prato chegou, os garotos repararam que havia diversos pudins desconhecidos, também. Rony examinou um tipo esquisito de manjar branco mais atentamente, depois deslocou-o com cuidado alguns centímetros para a direita, de modo a deixá-lo bem visível para os convidados à mesa da Corvinal. Mas a garota que lembrava uma veela parecia ter comido o suficiente e não veio até a mesa apanhá-lo.


Depois que os pratos de ouro foram limpos, Dumbledore se levantou mais uma vez.


Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o salão. Harry sentiu um tremor de excitação só de imaginar o que viria a seguir. A algumas cadeiras de distância, Fred e Jorge se curvaram para a frente, observando Dumbledore com grande concentração.


- Chegou o momento - disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. – O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio...


- O quê? - murmurou Harry. Rony deu de ombros.


- Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia - houve vagos e educados aplausos -, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.


Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático.


Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado. Ao lembrar-se dele vestido com um terno bem cortado na Copa Mundial de Quadribol, Harry achou que parecia estranho naquelas vestes de bruxo.


Seu bigode à escovinha e a risca exata nos cabelos pareciam muito esquisitos ao lado dos longos cabelos e barbas de Dumbledore.


- Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo – continuou Dumbledore - e se juntarão a mim, ao Prof. Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões.


A menção da palavra "campeões", a atenção dos estudantes que ouviam pareceu se aguçar.


Talvez Dumbledore tivesse notado essa repentina imobilidade, porque ele sorriu e disse:


- O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.


Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de


Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas.


Tinha uma aparência extremamente antiga. Um murmúrio de interesse se elevou das mesas dos alunos; Dênis Creevey chegou a subir na cadeira para ver direito mas, por


ser tão miúdo, sua cabeça mal ultrapassou a dos outros.


- As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman - disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor -, e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.


A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém


parecia estar respirando.


- Como todos sabem, três campeões competem no torneio - continuou


Dumbledore calmamente -, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... o Cálice de Fogo.


Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio.


A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.


Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.


- Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice - disse Dumbledore. - Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa das Brúxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.


- Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação, - continuou Dumbledore, - Traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha. E, finalmente, gostaria de incutir nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de idéia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa noite a todos.


- Uma linha etária! - exclamou Fred Weasley, os olhos brilhando, enquanto atravessavam o salão rumo às portas que se abriam para o saguão de entrada.


- Bom isso deve ser contornável com uma Poção para Envelhecer, não? E depois que o nome estiver no cálice, a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou não dezessete anos!


- Mas eu acho que ninguém abaixo de dezessete anos terá a menor chance – disse Hermione - ainda não aprendemos o suficiente...


- Fale por você - disse Jorge rispidamente. - Você vai tentar entrar, não vai, Harry?


Harry pensou brevemente na insistência de Dumbledore de que nenhum menor de dezessete anos submetesse o nome, mas então a maravilhosa visão de si mesmo ganhando a Taça Tribruxo invadiu mais uma vez sua mente... ele pensou no quanto Dumbledore ficaria zangado se algum menor de dezessete anos descobrisse uma maneira de atravessar a linha etária...


- Onde está ele? - perguntou Rony, que não estava ouvindo uma só palavra dessa conversa, e examinava a aglomeração de alunos para ver que fim levara Krum. - Dumbledore não disse onde o pessoal de Durmstrang vai dormir, disse?


Mas sua pergunta foi respondida quase instantaneamente; os garotos estavam passando pela mesa da Sonserina naquele momento e Karkaroff se apressava em chegar aos seus alunos.


- Voltamos ao navio, então - foi ele dizendo. - Vítor, como é que você está se sentindo? Comeu o suficiente? Devo mandar buscar um pouco de quentão na cozinha?


Harry viu Krum sacudir negativamente a cabeça e tornar a vestir as peles.


- Professor, eu gostaria de beber um pouco de vinho. - disse outro garoto de Durmstrang esperançoso.


- Eu não ofereci a você, PoLiakoff - retorquiu Karkaroff, seu caloroso ar paternal desaparecendo instantaneamente. - Vejo que derramou comida nas vestes outra vez, moleque porcalhão...


Karkaroff lhe deu as costas e conduziu os alunos para fora, chegando à porta no mesmo momento que Harry, Rony e Hermione.


Harry parou para deixá-lo passar primeiro.


- Obrigado - disse Karkaroff, olhando distraído para o garoto.


E então o bruxo estacou. Tornou a virar a cabeça para Harry e encarou-o como se não pudesse acreditar no que via. Atrás do diretor, os alunos de Durmstrang pararam também. Os olhos de Karkaroff percorreram lentamente o rosto de Harry e se detiveram na cicatriz. Os alunos de Durmstrang miraram Harry cheios de curiosidade, também. Pelo canto do olho, o garoto viu que alguns faziam cara de terem finalmente entendido. O garoto que sujara as vestes de comida cutucou uma colega ao seu lado e apontou abertamente para a testa de Harry.


- É, é o Harry Potter, sim - disse alguém com um rosnado às costas deles.


O Prof. Karkaroff virou-se completamente. Battler Ushiromiya se achava parado


ali, Beatrice atrás dele, seus olhos encarando sem piscar o diretor de Durmstrang.


- Quem é você? - perguntou ele


- Eu sou o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas - disse Ushiromiya sério. - E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter, Karkaroff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.


Era verdade; metade dos estudantes no salão aguardava atrás deles, espiando por cima dos ombros uns dos outros para ver o que o que estava causando o engarrafamento.


Sem dizer mais uma palavra, o Prof. Karkaroff arrebanhou seus alunos e saiu. Battler observou-o desaparecer de vista, seus olhos fixados as costas do bruxo, uma expressão de intenso desagrado em seu rosto.


Se alguém passasse por ali durante a noite, perceberia uma pequena borboleta azul flutuando em direção ao cálice, antes de ser engolida pelas chamas do mesmo.



 



Parte 2 
 


- Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir - disse Dumbledore. - Estimo


que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado - ele indicou a porta atrás da mesa -, onde receberão as primeiras instruções.


Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo; na mesma hora todas as velas, exceto as que estavam dentro das abóboras recortadas, se apagaram, mergulhando o salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que qualquer outra coisa ali, a brancura azulada das chamas que faiscavam vivamente quase fazia os olhos doerem. Todos observavam à espera... alguns consultavam os relógios a todo momento...


- A qualquer segundo agora - sussurrou Lino Jordan, a dois lugares de distância de


Harry.


As chamas dentro do Cálice de repente tornaram a se avermelhar. Começaram a soltar faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um pedaço de pergaminho chamuscado - o salão inteiro prendeu a respiração.


Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância do braço, de modo a poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas.


- O campeão de Durmstrang - leu ele em alto e bom som - será Vítor Krum.


- Grande surpresa! - berrou Rony, ao mesmo tempo que uma tempestade de aplausos e vivas percorreu o salão. Harry viu Vítor Krum se levantar da mesa da Sonserina e se encaminhar com as costas curvas para Dumbledore; ele virou à direita, passou diante da mesa dos professores e desapareceu pela porta que levava à câmara vizinha.


- Bravo, Vítor! - disse Karkaroff com a voz tão retumbante que todos puderam ouvi-lo apesar dos aplausos. - Eu sabia que você era capaz!


Os aplausos e comentários morreram. Agora todas as atenções tornaram a se concentrar no Cálice de Fogo, que, segundos depois, tornou a se avermelhar. Um segundo pedaço de pergaminho voou de dentro dele, lançado pelas chamas.


- O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour!


- É, ela, Rony! - gritou Harry, quando a garota que parecia uma veela levantou-se graciosamente, sacudiu a cascata de cabelos louro-prateados para trás e caminhou impetuosamente entre as mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa.


- Ah, olha lá, eles estão desapontados - disse Hermione sobrepondo sua voz ao barulho e indicando com a cabeça o resto da delegação de Beauxbatons. "Desapontados" era dizer pouco, pensou Harry. Duas das garotas que não tinham sido escolhidas debulhavam-se em lágrimas e soluçavam, com as cabeças deitadas nos braços.


Quando Fleur Delacour também desapareceu na câmara vizinha, todos tornaram a fazer silêncio, mas desta vez foi um silêncio tão pesado de excitação que quase dava para sentir seu gosto. O campeão de Hogwarts é o próximo...


E o Cálice de Fogo ficou mais uma vez vermelho; jorraram faíscas dele; a língua de fogo ergueu-se muito alto no ar e de sua ponta Dumbledore tirou o terceiro pedaço de pergaminho.


- O campeão de Hogwarts - anunciou ele - é Cedrico Diggory!


- Não! - exclamou Rony em voz alta, mas ninguém o ouviu exceto Harry; a zoeira na mesa vizinha era grande demais. Cada um dos alunos da Lufa-Lufa ficou de pé, gritando e sapateando, quando Cedrico passou por eles, um enorme sorriso no rosto, e se encaminhou para a câmara atrás da mesa dos professores. Na verdade, os aplausos para Cedrico foram tão longos que passou algum tempo até que Dumbledore pudesse se fazer ouvir novamente.


- Excelente! - exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou.


- Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem. Torcendo pelos seus campeões, vocês contribuirão de maneira muito real...


Mas Dumbledore parou inesperadamente de falar, e tornou-se óbvio para todos o que o distraíra.


O fogo no cálice acabara de se avermelhar outra vez. Expeliu faíscas. Uma longa chama elevou-se subitamente no ar e ergueu mais um pedaço de pergaminho.


Com um gesto aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou o pergaminho. Ergueu-o e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito.


Houve uma longa pausa, durante a qual o bruxo mirou o pergaminho em suas mãos e todos no salão fixaram o olhar em Dumbledore. Ele pigarreou e leu...


- Harry Potter!

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Esses novos professores são realmente uma figura,foram eles q colocaram o nome do Harry?

    2012-06-12
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