Cap. 11



Capítulo 11
 
     No dia seguinte, todas as aulas estavam suspensas, o ano letivo havia acabado.  Hogsmead estava cheia de magos e bruxas preparando-se para dar adeus a Dumbledore.
     Pouco antes de o funeral começar, uma carruagem azul do tamanho de uma casa, puxada por uma dúzia de cavalos alados gigantes, surgiu dos céus e aterrissou na borda da floresta. Vi oficiais do ministério da magia, incluindo o próprio Ministro da Magia, chegando e sendo acomodados no castelo. Eu, Harry, Ron, Lilá e Gina estávamos juntos o tempo todo. Nos visitamos a enfermaria duas vezes: Neville já tinha tido alta, mas Gui ainda estava sob os cuidados de Madame Pomfrey.
     Era café da manhã, e o salão estava incrivelmente quieto. Eu estava lendo a edição do dia do Profeta Diário quando Ron perguntou-me
     - Mais alguém que conhecemos morreu? - recuei ante a dureza forçada na voz dele.
     - Não, - disse dobrando o jornal. - ainda estão procurando Snape, mas nem sinal...
     - Claro que não, - Harry me cortou, ele ficava irado cada vez que o assunto 'Severo' surgia - não vão encontrar Snape enquanto não encontrarem Voldemort, e se eles não o acharam em 16 anos...
     - Eu vou descansar  - disse Gina interrompendo o que sabíamos que seria um longo discurso de Harry sobre o excesso de confiança de Alvo em Severo  - Não tenho dormido bem desde... bem... dormir um pouco me faria bem.
     Ela beijou Harry (Rony desviou o olhar), acenou para nos 3 e partiu para o quarto das meninas.
     Harry que ontem tinha me mostrado a nota dentro do pingente e eu havia visitando a biblioteca um pouco tentando descobrir algo.
     - Não, - disse tristemente quando Harry me perguntou se eu tinha achado algo - eu tenho tentado, Harry, mas não achei nada... há vários bruxos conhecidos com essas iniciais: Rosalind Antigone Bungs... Rupert "Axebanger" Brookstanton... mas eles não parece se encaixar. Julgando pela nota nota, a pessoa que roubou a Horcrux conhecia
Voldemort, e eu não acho indício algum de qualquer um dos dois ter tido algo a ver com ele...
-
-
-
     Eu nunca tinha ido a um funeral bruxo antes; não sabia o que esperar e estava um pouco preocupada sobre o que veria, e como me sentiria. Não parava de me perguntar se alguém ia desconfiar da morte de Dumbledore, e se o funeral seria real o bastante.  Eu ainda achava difícil imaginar que Dumbledore tinha morrido, e mesmo sabendo a verdade, tinha que fingir estar triste para que ninguém desconfiasse.
     Na hora do almoço, Professora McGonagall subiu e o triste zumbido de luto no Salão morreu completamente. - Está  quase na hora - ela disse. - Por favor, sigam os seus Chefes das Casas até os jardins. Grifinória, comigo por favor.
     Nós formamos uma fila do lado de seus bancos praticamente em silêncio e fomos conduzidos em direção ao lago. O calor do sol esquentava meu rosto enquanto seguíamos a Professora McGonagall em silêncio para um local onde centenas de cadeiras haviam sido colocadas em fileiras. Um corredor levava ao centro delas onde havia uma mesa de mármore posta na frente com todas as cadeiras direcionadas à ela.
     Uma extraordinária diversidade de pessoas já estavam acomodadas em metade das cadeiras: pobres e sábios, velhos e novos. Muitos não consegui reconhecer, mas teve alguns que sim, incluindo membros da Ordem da Fênix: Kingsley Shacklebolt, Olho-Tonto Moody, Tonks com seu cabelo que havia retornado para um rosa choque, Remo Lupin, com quem ela parecia estar de mãos dadas, Sr e Sra Weasley, Gui ajudado por Fleur e seguido por Fred e George, que estavam vestindo jaquetas de pele de dragão preta. Vi Madame Maxime, que ocupava sozinha duas cadeiras e meia, Tom, o proprietário do Caldeirão Furado, o baixista cabeludo dogrupo bruxo As Esquisitonas, Ernie Frang, motorista do Noitibus, Madame Malkin, da loja de vestimentas do Beco Diagonal. Os fantasmas do castelo também estavam lá, pouco visíveis no brilho do sol, discerníveis apenas quando se moviam, resplandecendo cintilantes no ar.
     Eu, Harry, Ron, Lilá e Gina procuramos lugares no final da fileira ao lado do lago. As pessoas estavam sussurrando umas às outras; parecia o som de um leve movimento na grama, mas a canção de Fawkes ainda estava alta mais ao longe. Neville chegou sendo ajudado a encontrar um lugar por Luna.
Firenze, permanecia como um sentinela próximo a margem d"água.
     Depois que todos estavam acomodados, Hagrid passou caminhando vagorasamente no corredor entre as cadeiras. Ele estava chorando silenciosamente, sua face cintilando com as lágrimas, e em seus braços, escondido em um veludo decorado com lantejoulas e estrelas douradas, aquilo que devia ser corpo de Dumbledore.
     Vi que Harry e Ron olhavam pálidos e chocados.  As lágrimas estavam caindo densamente e rapidamente nas roupas de Gina e Lilá. Apesar de  não podermos ver com clareza o que estava acontecendo na frente, Hagrid parecia ter posicionado o corpo cuidadosamente em cima da mesa.
     Um pequeno homem de preto havia feito um longo discurso que eu sinceramente não prestei atenção, e agora havia acabado finalmente e reassumido seu assento.
     As pessoas gritaram. Chamas brilhantes e brancas surgiram e envolveram o corpo de Dumbledore e a mesa sobre a qual ele estava era levantada cada vez mais alta obscurecendo a visão do corpo.  Uma branca fumaça espiralada compôs formas estranhas no ar, então uma tumba de mármore branco cobriu o corpo de Dumbledore e a mesa onde ele repousara.
-
-
-
     Lentamente as pessoas começaram a se mover e a falar. Percebi que a grande maioria estava com o rosto molhado pelas lagrimas. Eu era uma das únicas que não estava triste, mas vendo a tristeza dos outros, não pude deixar que uma lagrima escapasse e escorresse por meu rosto parando quando chegou na gola da minha camiseta.
     Harry e Ron se olharam sérios, e ao mesmo tempo cada um puxou sua namorada para um lado. Tinha certeza que eles iam terminar com elas. Apesar de não concordar com isso, sabia que era o mais seguro para elas.
     Gina e Lilá passaram por mim indo a caminho do castelo abraçadas e chorando. Ron se aproximou e vi a tristeza estampada em seu rosto. Ele não queria fazer isso. O abracei fortemente tentando em vão consola-ló. Quando Harry estava vindo em nossa direção, o Primeiro Ministro chamou-o e eles foram em direção ao lago.
     Quando finalmente Harry voltou, soltei Ron e pergintei-lhe
- O que Scrimgeour queria?
- Ele me procurou para obter informações sobre Dumbledore e para ser o novo garoto propaganda do Ministério.
     Rimos fracamente e começamos a andar. Quando meus olhos pousaram no castelo, não pude evitar de dizer
     - Eu não posso aceitar a idéia de que nunca mais retornarei... - disse tristemente. - Como podem se quer pensar em fechar Hogwarts?
     - Talvez não fechem - disse Ron - Nós não estaremos em perigo maior aqui que em nossas casas, estaremos? Todos os lugares são iguais agora. Eu diria até que Hogwarts é mais segura que dentro da casa que qualquer bruxo possa defender. - tenho certeza que quando Severo assumir a diretoria e os Comensais começarem a dar aulas ele vai mudar de opinião, mas que sou eu para falar isso? - O quê você acha, Harry?
     - Eu não retornarei mesmo se reabrir - disse Harry. Mais uma vez Dumbledore estava certo.
     - Eu sabia que você ia dizer isso. Mas então o que você fará? - disse fingindo curiosidade. Tinha certeza que ele iria atras das outras Horcrux.
     - Eu vou retornar a casa dos Dursleys por enquanto, porque Dumbledore assim desejou -disse - Mas vai ser uma visita curta, e então irei embora.
     - Então você partirá e não retornará para a escola? - perguntou Ron
     - Eu pensei em ficar um tempo na Toca - murmurou Harry - Mastenho a sensação de que devo partir. E preciso visitar as sepulturas de meus pais, ele
desejava isso. E então...
     - E então o quê? - perguntou Ron
     - Então eu tenho que encontrar os Horcruxes restantes, não tenho? - disse Harry, seus olhos postos sobre a branca tumba de Dumbledore, que refletia nas águas do lago. - Se Dumbledore estava certo, e eu tenho certeza que estava, existem ainda quatro deles lá fora. Eu preciso encontrá-los e destruí-los e então depois eu devo ir de encontro ao sétimo pedaço da alma de Voldemort, o pedaço que ainda permanece em seu corpo, e sou eu que deverá encontrá-lo para matar. E se eu encontrar Severus Snape ao longo do caminho, tanto melhor para mim, quanto pior para ele - Harry, pensei, você ainda vai se arrepender de odiar tanto Severo...
     O silêncio começou a pesar. A multidão estava quase dispersa agora, davam os pêsames com um largo abraço na figura monumental
de Hagrid, cujos suspiros ainda ecoavam através das águas.
     - Temos que voltar, Harry - disse Ron de repente.
     - O quê? - disse os eu e Harry ao mesmo tempo.
     - Para a casa de seu tio e sua tia - disse Ron apontando para mim e para ele - E então iremos contigo, onde quer que você vá.
     - Não - disse rapidamente Harry, ele não contava com isso.
     - Você já nos disse isso. Disse que tinha tempo para nós voltarmos atrás, e nos tivemos tempo, não tivemos?
     - Estaremos contigo pro que der e vier - disse Ron. - Mas amigo, você realmente deve retornar à minha casa antes que a gente faça outra coisa.
     - Porque?
     - Gui e Fleur vão se casar, lembra?
     -Sim. Não devemos faltar! - ele disse finalmente depois de um tempo.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.