Bônus Especial




 BÔNUS ESPECIAL


CAPÍTULO 1 DA FIC "Entrelinhas Ron e Hermione - Confirmações - Ano 7" 


Dedicado esse bônus a duas lindas (!): Gego e Luluweasley. Pensei em voltar a guardar os meus textos no baú (parar de escrever jamais por que esse é um hobby apaixonante e me desestressa; mas tive dúvidas se deveria continuar a compartilhar o que produzo). No entanto, os comentários dessas duas leitoras queridas, que não cessaram com o fim da fic, me deixaram vacilante. Ainda não sei exatamente o que vou fazer, porém achei que elas mereciam (e os demais que curtiram também!) esse bônus especial. Espero que gostem. :)   


Um abraço,

Morgana 

P.S: Gego e Lulu, deixei recadinhos para vocês em "Apenas um pedido". 


 * * * * *


 


 


 


Capítulo 1 - Quando o coração dói


 


Já tinham passado 15 dias desde que Ron se despedira de Mione na estação de trem. O tempo parecia se arrastar tamanha a saudade que o rapaz sentia da amiga. No entanto, por vezes o tempo parecia voar já que ele desejava adiar ao máximo o início da perigosa jornada em busca das horcruxes.


Os membros da Ordem da Fênix, depois de testarem várias vezes os feitiços protetores ao redor da Toca e nos outros locais que seriam usadas na missão de resgatar Harry em segurança, decidiram que chegara a hora de buscar Hermione. Ron insistiu ao máximo, pedindo para acompanhá-los, mas dessa vez foi o próprio Arthur Weasley que o proibiu terminantemente de participar de uma tarefa tão arriscada.


Desde que o filho mais novo chegara à Toca, o sr. Weasley vinha adiando aquela conversa. Mas vendo a expectativa de Ron com a chegada da amiga, percebeu que não podia esperar mais e o convidou a acompanhá-lo à sua oficina, um dos locais mais tranquilos da casa.


Ron  gostava muito de visitar a oficina. Naquele espaço repleto de parafernálias trouxas, sentia-se mais próximo do pai, que era uma pessoa reservada, apesar de muito presente na educação dos filhos.


Quando entrou na oficina na companhia do pai, foi inevitável para Ron lembrar do diálogo que tiveram naquele local, durante o recesso de fim de ano. Arthur Weasley havia perguntado ao filho sobre o namoro dele com Lilá Brown, mas a conversa acabou girando até parar em Hermione Jane Granger.


Naquele dia, o ruivinho percebeu que os seus pais torciam para que namorasse a morena. Mas ainda não entendia porque acreditavam que aquele então improvável relacionamento tinha chance de dar certo. Ele e Mione eram como água e vinho e a menina, muito inteligente e talentosa, com certeza preferiria um bruxo com essas mesmas características.


Ao mergulhar nessas lembranças, Ron perguntou a si mesmo se o pai voltaria a falar de Hermione. Passados quase sete meses daquela primeira conversa, agora ele estava não apenas mais confiante sobre o próprio sentimento como tinha maior esperança de que a menina pudesse corresponder ao seu amor. Os momentos de dúvidas ainda existiam e eram frequentes, mas não sufocavam a certeza de que não podia mais guardar algo tão grande em segredo.


Arthur, vendo o filho distraído, observando os objetos espalhados pela oficina, convidou-o a se sentar na velha poltrona ao lado da mesa de madeira na qual fazia pequenos reparos e estudava as invenções trouxas. Para dar início à conversa, o pai perguntou ao rapaz se estava mesmo decidido a acompanhar Harry no cumprimento da missão delegada por Dumbledore. Ron respondeu sim com grande convicção e o Sr. Weasley entendeu que precisava, antes de tudo, alertá-lo sobre os riscos e dar algumas dicas de feitiços de defesa.


O rapaz escutava o pai com atenção. Sempre aprendia muito com o sr. Weasley e sentia uma admiração sincera por ele. Não apenas por ser um excelente bruxo, mas, especialmente, por sua simplicidade, lealdade e, de modo particular, pelo grande amor que tinha pela família. Assim, compenetrado nas palavras do pai, o ruivinho foi surpreendido quando Arthur mudou o rumo da conversa.


- Meu filho, vou lhe pedir algo muito difícil. Mas não tire conclusões precipitadas, por favor – falou.


- Tudo bem. Pode pedir – disse o rapaz.


- Como já falei, é um pedido exigente. Você vai precisar ter fibra, coragem. Porque se trata de ir contra o próprio coração – prosseguiu.


- Pai, o senhor acha que sou um covarde? Estou pronto a tudo. Pode falar – respondeu Ron com ênfase.


- Sei que você não é e nunca foi um covarde. Mas vejo com quanta ansiedade você está aguardando a chegada da Hermione. Infelizmente, no entanto, vai precisar continuar a manter os seus sentimentos por ela em segredo. Você e Mione não podem começar a namorar antes de terem concluída a jornada que vão iniciar em companhia de Harry – explicou Arthur com sua voz pausada e tranquila.


O ruivinho levantou as sobrancelhas e arregalou os olhos muito azuis. Por Merlin! Como o pai lhe pedia para não namorar Mione! Pensar nessa possibilidade era a sua maior motivação para enfrentar todos os riscos daquela insana jornada! E justamente agora que finalmente encontrara coragem de revelar os sentimentos à menina. Precisava ao menos compreender porque Arthur estava lhe dando essa orientação.


- Não estou entendendo, pai.  As chances de eu e Mione começarmos a namorar são menores que as de derrotarmos Voldemort. Ainda assim, eu queria saber por que, caso isso fosse acontecer, teríamos que esperar até o fim do cumprimento da tarefa que Dumbledore nos confiou – questionou o ruivinho.


- Não menospreze a sua capacidade de conquistar uma bruxinha especial. Você e eu sabemos muito bem, meu filho, que o coração de Hermione já é seu. E há muito tempo. Mas vocês não podem dividir o coração com nada e ninguém no momento. Precisam estar inteiramente concentrados na missão que vão iniciar – explicou.


- Mas se a gente decidir começar a namorar? Quais as consequências? – retrucou com veemência.


- Estarão colocando em risco o sucesso da própria missão, a vida de vocês e de muitos outros bruxos. Na verdade, isso não é um pedido de pai. Mas sim uma determinação que estou lhe dando como membro da Ordem da Fênix. E sem a nossa ajuda, Harry não vai nem conseguir sair da casa dos Dursley – afirmou ao ver a resistência do filho.


Diante desse argumento, o rapaz sentiu que nada mais restava a falar. Mas não conseguia evitar um grande aperto no coração. Lembrava das palavras que havia acabado de escutar do pai. “Não menospreze a sua capacidade de conquistar uma bruxinha especial. Você e eu sabemos muito bem, meu filho, que o coração de Hermione já é seu”. Gostaria de ter aquela certeza, mas, mesmo que tivesse, de que adiantaria agora? Precisava abrir mão daquele sentimento tão forte e sincero.


Após se despedir do pai, Ron seguiu para os jardins da Toca. Estava se sentindo sufocado, precisava respirar, quem sabe gritar, para amenizar a dor que experimentava. Por que tudo tinha que ser tão difícil para ele e Hermione? Muitas vezes havia pensado que, se não tivesse aquele ciúme doentio de Vítor Krum, poderia ter ido ao Baile do Sluge com menina e já estariam há muito tempo namorando.  A história dos dois, no entanto, não caminhou linear assim. Era sempre marcada por mal-entendidos, brigas, imprevistos.


O ruivo não sabia dizer exatamente o que se passava em sua mente naquele momento. Uma mistura de tristeza, decepção, raiva. “Por que eu não tenho direito de ao menos falar do meu sentimento para Hermione”? Sem resposta para essa pergunta, experimentando uma grande revolta por ser obrigado a ir contra o próprio coração, deu um forte murro no tronco de uma árvore. A dor pareceu acordá-lo para a realidade e, depois de encostar no tronco e escorregar até sentar no chão, permitiu-se finalmente derramar algumas lágrimas.


xxx


Hermione acabara de acordar e estava em seu quarto, perdida em muitos pensamentos. Voltara da França na noite anterior e agora precisava encontrar uma forma de executar o plano que tinha traçado. Havia reservado passagens áreas para os pais no voo que partiria para Sidney, na Austrália, em três dias. Sabia que o casal Granger precisava sair do país para manter-se em segurança. Descobrir a melhor forma de convencê-los a fazer aquela viagem era o dilema da menina.


Quando Mione se prepara para sair do quarto é atraída por uma luz azul que vinha da janela. Sabia que era magia e a sua intuição lhe dizia tratar-se de magia do bem. Mas consciente que o mal tem seus disfarces, temia cair em alguma cilada. Bateu com a sua varinha no vidro e um nome se materializou em sua frente: Tonks. Decidida, abriu a janela, deixando o feixe de luz entrar. Logo a jovem bruxa, com seu inconfundível cabelo rosa, surgiu em sua frente.


-Olá, Hermione! Desculpe aparecer assim, mas não podia avisar antes – saudou-a uma sorridente Tonks.


- Oi, Tonks! Que bom ver você – respondeu Mione com um leve sorriso.


A bruxa metamórfica contou que já era a quarta vez que vinha à casa da menina procurá-la. Hermione explicou como fora difícil convencer os pais a voltar antes do planejado da França. Quando Tonks perguntou quantos dias mais Mione precisava para poder seguir com ela para A Toca, a jovem bruxinha começou a chorar.


Depois de enxugar as lágrimas que teimosamente insistiam em sair dos seus olhos, Hermione contou a Tonks como estava sendo sofrido deixar os pais, sem ter certeza se ficariam em segurança. Falou do seu plano de mandá-los para a Austrália, enfatizando que nunca haviam gostado muito do clima frio da Inglaterra.


Tonks tentou consolá-la dizendo que os o casal Granger ficaria bem. E voltou a pedir que a menina marcasse a data e o horário da partida para A Toca. “Meus pais viajam em três dias. Devem sair daqui às sete da manhã. Você pode me buscar às nove?”, perguntou. Não conseguiu evitar mais algumas lágrimas e respirou fundo, tentando acalmar as emoções.


- Ânimo! Vai dar tudo certo. Seus pais vão ficar bem, em segurança. Depois, acho que não vai ser nada mal ir para Toca. Especialmente porque tem um bruxinho ruivo, de lindos olhos azuis, que está esperando ansiosamente por você – falou Tonks.


A morena deu um sorriso tímido e permaneceu quieta. Já não queria mais negar aquele forte sentimento que tinha por Ron. Diante do silêncio da menina, a bruxa prosseguiu:


- Ele insistiu muito em me acompanhar até aqui. Mas Arthur foi irredutível. Aliás, se depender dele e da professora Minerva, vocês não vão poder namorar tão cedo.


Antes de Hermione pedir que explicasse aquilo melhor, Tonks foi se despedindo. “Prepare-se e coloque tudo em ordem. Daqui a três dias estarei aqui para levá-la à Toca”, falou, desaparecendo logo em seguida e deixando para trás uma suave luz azul.


xxx


A melhor lembrança de Hermione daquelas férias na França foi da tarde que passou junto com a mãe, em Paris, para comprar o vestido que usaria na festa de Gui e Fleur. Sentiu-se, como nunca, compreendida e amada. Não tinha mais esperanças de estar presente no casamento, já que o seu pai não pretendia voltar para Londres antes do dia 1º de agosto. A mãe, no entanto, vendo o sofrimento da filha, garantiu que ela chegaria à Toca a tempo de participar da celebração.


 - Não se preocupe. Eu irei com você na festa. Não posso recusar o gentil convite da sra. Weasley – afirmou, olhando de um jeito carinhoso para a filha.


Hermione hesitou por alguns instantes quando a mãe perguntou como queria o seu vestido. Nunca fora vaidosa e gostava de roupas básicas, de cores discretas. No entanto, desde que se descobrira apaixonada por Ron começou a se produzir mais, por vezes até fugindo do próprio estilo para agradar o rapaz. Como diria para a mãe que só desejava um vestido que fizesse o ruivinho a achar linda?


- Ainda não sei muito bem... Quero um vestido bonito, mas que não chame muito atenção. Até porque os Weasley são muito simples – falou.


- Sei... Você quer chamar a atenção apenas de um jovem ruivo de olhos muito azuis – disse a mãe.


- Claro que não, mãe! Quer dizer... Ron é tão imprevisível sempre. Tem horas que parece nem notar a minha existência, em outras percebe se a ponta da minha unha está quebrada...


- Mione, não conversamos muito sobre esse assunto. Você é reservada como o seu pai quando se tratam dos assuntos do coração. Mas pelo que me falou, e também por meio das cartas escritas por Ron as quais tive acesso, não tenho dúvidas do amor dele por você – analisou a mãe.


- Eu queria ter essa certeza. Ron está bem mais atencioso, mas ainda assim nunca falou, por exemplo, que me acha bonita – deixou escapar a menina.


A sra. Granger deu um sorriso e passou a mão no cabelo da filha, ajeitando-o. Sempre achara Hermione muito bonita, de uma beleza simples e harmoniosa. Mas eram os olhos da filha, vivos e iluminados, que chamavam mais a atenção.


- Claro que Ronald acha você linda, minha querida. Apenas não tem coragem de falar. Eu já percebi que ele é um rapaz inseguro e não vai conseguir se abrir enquanto não acreditar que tem alguma chance de conquistar você – ponderou.


- Mas mãe, o que mais eu posso fazer? Só falta falar abertamente que eu gosto dele...


- Eu entendo, minha filha. Você quer que ele tome a iniciativa. Mas a minha intuição materna me diz que será agora, no casamento do irmão, que ele finalmente vai se declarar. Por isso precisamos escolher um vestido bem bonito – falou a mãe, tomando a filha pela mão e entrando em uma elegante loja.


Mãe e filha olharam uma dezena de vestidos até chegar a aquele lilás, lindo e delicado, com um corte perfeito que valorizava ainda mais o corpo delgado da menina. Hermione se olhou no espelho e não conseguiu conter o sorriso. Nunca se achara tão bonita como agora.


- Você está linda, minha filha! Ronald vai ficar ainda mais apaixonado – falou a mãe, dando uma piscadela.


Sua mãe dificilmente se enganava. Tinha aquela típica intuição que faz os filhos pensaram que todas as mães são bruxas. E Hermione, depois de escolher o sapato, colar e brincos que usaria na festa, terminou a feliz tarde em uma cafeteria, saboreando um delicioso sorvete com a srª Granger. A menina sentia-se muito bem, confiante como nunca que Ron finalmente teria coragem de se declarar e começariam o tão esperado namoro.


Todas essas lembranças pareciam estar a anos-luz de distância agora. Naquela madrugada insone, nem mesmo lembrar-se de Ron e saber que ele a esperava ansiosamente consolava o coração de Hermione. A bruxinha já não tinha mais lágrimas. Há quase três dias chorava sem parar. Sabia que precisava agir assim, não tinha outra opção. Mas isso não amenizava o seu sofrimento.


Na noite anterior havia sido surpreendida por um toque suave na janela. Imaginou que Tonks voltara antes do dia e horário combinados. Quando viu que era um gato que arranhava o vidro tentando entrar, logo se lembrou da professora Minerva. O gato rajado pulou para dentro do quarto da menina assim que ela abriu a janela. No lugar do bichano surgiu a esbelta e alta srta. McGonagall.


- Boa noite, Granger. Peço perdão pela minha impertinência de entrar em seu quarto sem ser convidada e em horário inadequado. Mas não irei demorar – disse com voz suave.


- Fique à vontade, professora Minerva. É um prazer receber a sua visita – respondeu com sinceridade.


A professora logo observou que a jovem trazia os olhos muito vermelhos e inchados. Explicou que estava ali para ajudá-la e Mione não perdeu tempo. Falou do seu plano para deixar os pais em segurança e Minerva confirmou o que a menina já suspeitava e temia: a melhor forma de convencê-los a se mudar, sem correr o risco de decidirem logo voltar para Inglaterra, seria alterar a memória deles. Era um feitiço muito difícil e arriscado, mas precisava ser feito.


Com o encorajamento da professora, Hermione se conformou com a difícil tarefa. Minerva passou algumas dicas para realizar da melhor forma o feitiço, que deveria ser executado no dia seguinte. Quando se preparava para se despedir da menina, a professora a olhou de forma carinhosa e falou:


- Hermione, tenho minhas razões para acreditar que o jovem Weasley vai lhe pedir em namoro – disse em tom apreensivo


- Hã... A senhora acha? – perguntou a menina de um jeito envergonhado, sem conseguir evitar um sorrisinho feliz. Era tudo que ela mais queria!


 - Eu sinto muito, Hermione. Mas você não pode aceitar namorar com Ronald Weasley – falou olhando fixamente para a menina, como quem medisse a reação dela.


“Como assim não posso aceitar namorar com Ronald Weasley?! Desde quando a professora Minerva pode decidir algo tão importante em meu lugar? Eu sou apaixonada por Ron e ela sabe disso”, pensava a menina que, mordendo os lábios, olhava de jeito interrogativo para McGonagall, esperando uma explicação.


- Srta. Granger, você com certeza aprendeu, nas aulas de História da Magia, que a amortentia era usada como arma na guerra dos bruxos. Quando enamorados, ficamos tão encantados com o objeto do nosso amor que não conseguimos nos concentrar totalmente nos feitiços, dividindo a nossa energia, raciocínio e poder. Isso acontece, especialmente, no estágio inicial do relacionamento, no tempo da paixão. Depois tudo se equilibra – explicou pausadamente.


Hermione tentou continuar calada, mas algo dentro dela se rebelava. Já era maior de idade no mundo bruxo, assim como Ron, e dentro de dois meses faria 18 anos, alcançando a maioridade trouxa. Tinha maturidade suficiente para se concentrar e fazer toda a sua parte na difícil missão que havia assumido. Sabia que o ruivinho havia amadurecido muito nos últimos tempos e também não se distrairia fácil assim.


- Professora Minerva, agradeço por sua preocupação. Mas pode ficar tranquila que eu e Ron não corremos esse risco. Estamos suficientemente compenetrados e conscientes da jornada perigosa que nos aguarda – afirmou.


Inspirada pela experiência de muitos anos de vida, a professora argumentou ser melhor errar por excesso de zelo que por displicência. “Se vocês dois se amam de verdade, vão pensar no bem um do outro e saberão esperar para começar o namoro no tempo certo, quando não correrão riscos e nem colocarão outras vidas em risco. Afinal, têm grande responsabilidade diante do mundo bruxo”, ponderou.


A menina ainda ficou hesitante até ouvir o argumento que atingiu mais fortemente o seu coração. “Minha cara Hermione Granger, eu já lhe disse que considero Ronald Weasley um bruxo brilhante. Mas ele é um rapaz e os rapazes, em geral, são impacientes. Saber esperar é um dom das mulheres. E cabe a você fazer a sua parte e convencê-lo de que não podem namorar agora. Talvez para isso precise continuar mantendo o seu sentimento por ele em segredo”.


Hermione suspirou ao lembrar daquelas palavras. Tinha feito tudo exatamente como combinara com a professora Minerva. Em menos de duas horas amanheceria e os seus pais pegariam um táxi até o aeroporto. Ela já não existia mais para eles, tinha sido eliminada de suas lembranças. Havia ficado todo aquele dia em seu quarto, escondida pelo feitiço protetor, lendo e chorando. Agora só lhe restava esperar pela chegada de Tonks e partir para A Toca. Ron a aguardava, com seus lindos olhos azuis. Mas nem isso a consolava.


xxx


 


 


Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo:


Never Alone


http://irpra.la/m/1020699 


I waited for you today
But you didn't show
No no no.
I needed you today
So where did you go?
You told me to call
Said you'd be there
And though I haven't seen you
Are you still there?


I cried out with no reply
And I can't feel you by my side
So I'll hold tight to what I know
You're here and I'm never alone
And though I cannot see you
And I can't explain why
Such a deep reassurance
You've placed in my life.
We cannot separate
'Cause you're part of me.
And though you're invisible
I'll trust the unseen
(…)


 

 

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Comentários (5)

  • Morgana Lisbeth

    Bem-vinda, Leletícia! Espero contar com sua companhia quando começar a posta a fic :)  

    2012-06-04
  • leleticia Le Parckinson

    que lindo s2s2 PERFEITOOO

    2012-06-04
  • Morgana Lisbeth

    Oi, meninas!Lumos, que bom saber que vc leu o bônus! Como não recebe as notificações sobre a inserção de novos capítulos, não achei que voltaria à fic... Pois é, a Rowling é a principal culpada da demora do romance (rs). Mas acho, sinceramente, que Ron e Mione teriam começado a namorar se não fosse o início da jornada em busca das horcruxes. Os dois (pode ser que inconscientemente ou por sugestão de alguém) adiaram o namoro por um "bem maior" e com isso mostram grandeza de caráter :)Gego, fiquei contente em saber que curtiu o bônus. Nesse caso, a culpada foi vc e Lulu (e não a tia Rowling (rs). Estou editando o segundo capítulo. Caminho devagar, mas não parei (viva!). Talvez poste uma fic menor, que também estou produzindo, antes dessa. Vamos ver! O tempo é curtinho... ;*  

    2012-06-03
  • Gego

    Fiquei muito feliz quando vi o capitulo ON. Nada melhor como distracao para um dia exaustivo. Muito obrigada! *3*A-D-O-R-E-I! Super criativo, fofo, tenso, engracado, enfim, essas e outras caracteristicas que eu amo nos seus textos. E, pelo o que eu li, essa fic promete. Torcendo pra voce tomar coragem e postar. Alias, manda o link se for em outro site, viu? Ja te disse, sou sua leitora fiel. Qualquer lugar, to indo atras. :D Em relacao ao voto, realmente, quem quer que seja, estava com a pura intencao de prejudicar voce. Mas isso eh normal, prova que voce eh boa. Sempre vai aparecer um invejoso...PS: Esse teclado tah um ***, nao ligue para os erros.;* 

    2012-06-02
  • lumos weasley

    Que bom que postou um bônus, obrigada vc fez uma leitora muito feliz!O Arthur e Minerva, só empatando o amor dos dois que coisa deixa eles serem felizes! Poxa eles já esperam tanto!Bjs! 

    2012-06-02
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