Capítulo Dois



—mãe que sorriso foi esse?  -perguntei me deseperando.


—nada filha não posso mais sorrir não?Bem agora eu vou responder a sua pergunta, como eu já disse você é linda, mas a sua cegueira não te deixa ver isso, eu só quero que você se valorize mais, imagine você numa missão com seria se você tivesse que seduzir um homem para conseguir algo.


—Ei! Eu não sou cega e eu daria veritasserum para o cara ai ele falaria até a cor da cueca dele se eu perguntasse. – retruquei emburrando;


—Continuando depois dessa carta falante ai, eu sei que você tem amigos lindos e maravilhosos que cuidam e se preocupam com você, e eu não sou burra nem nada e vi como os seus olhinhos brilharam quando você ouviu a voz desse James ai, cê tá gostando dele né?


Essa minha mãe é uma louca, nunca que eu ia gostar de um amigo e sabe por quê? Por que amigos não gostam de outros amigos, simplesmente por isso, James é um cara muito legal, mas é meu amigo e só.


—Nada disso mãe, ele é meu irmão, e mesmo que eu quisesse, não poderia ter um sentimento diferente.


—E eu posso saber por quê?


—Porque ele não sente nada mais que amizade pela minha pessoa. – Era isso que ele demonstrava então era isso que eu entendia.


—Ok vou fingir que acredito, então Lily você vai pelo menos cortar o cabelo?


—E por que eu deveria? – Rá! Eu não sou fácil não.


—Eita menininha teimosa, você sabia que esse seu cabelo maluco ai não é cortado desde aquela vez que sua avó fez aquele estrago e...  – ela parou de falar e me encarou.


 Droga, droga, droga maldita hora em que eu fui olhar para o chão.


—Lily, Lily Evans você está com medo que alguém corte o seu cabelo só por que a sua avó fez aquilo?


—Ok me chame de tudo menos de medrosa, minha avó quase me deixou careca e a senhora diz só?Eu tenho trauma até hoje de qualquer um que tenha uma tesoura na mão e a senhora acha que isso não é nada?Eu passei um ano inteirinho de gozação na escola por causa do meu cabelo maluco, UM ano, 365 dias sendo o centro das piadas da escola, faça me o favor Amy! Uma criança de dez não passa por isso sem ser traumatizada pelo resto da vida.


 Desabei, não foi fácil pra eu passar esse ano quase careca, quando eu soube que eu era um bruxa eu pensava ”Pronto sou uma bruxa quase careca, onde já se viu isso”, depois disso eu prometi que nunca mais cortar meu cabelo em hipótese alguma ou eu não me chamaria Lily Evans.


—Lily deixa de ser dramática, você não ficou quase careca, seu cabelo só ficou um pouco curto de mais.


—Como eu disse quase careca, toda a minha auto-estima ficou na fossa.


—Ok vamos esclarecer as coisas por aqui, então você se recusa a cortar o cabelo justamente por causa desse pequeno... Hum digamos trauma de infância? – ela perguntou fazendo olhando querendo não acreditar no que tinha ouvido, mas eu seu que no fundo ela quer mesmo é ri da minha cara.


—Yeah!Parece tosco esse meu medo, mas e daí? Toda pessoa tem um medo não tem?Petúnia te medo de cobras, a prima Mel tem medo de porcos, a senhora tem medos de ratos e eu tenho medo que alguém corte o meu cabelo e ele não fique do jeito que eu queria.


Levantei-me e fui para a janela e fiquei olhando a rua, as pessoas, os carros passando pra lá e pra cá.


—ah Lil eu realmente pensando que era algo grande, tipo um segredo de estado e tudo mais, olha minha filha você vai ter que enfrentar esse medo mais cedo ou mais tarde, de preferência mais cedo já pensou quando você tiver um filho e ele perguntar “mamãe qual é o seu maior medo?” e o que você vai responder “Ah filho a mamãe tem medo de que alguém corte o cabelo dela”. – mamãe finalizou essa sua visão do futuro reprimindo um sorriso.


É claro que eu sei que meu filho não vai falar isso, depois que ela falou ficou um silencio total, me recusava a encarar a verdade e a cara de riso da minha mãe, suspirei e comecei a pensar no que ela disse, eu já enfrentei coisas piores, já quase morri várias vezes e nunca tive medo.


—Ok, apesar de que eu sei que vou me arrepender muito, mas olha mãe eu tô confiando na senhora se eu ficar ridícula de novo eu prometo, mas eu prometo que não vai ter trauma nenhum que vai me impedir de quebrar aquelas xícaras ali. – às vezes eu posso ser má.


                               -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-


No dia seguinte acordei cedo por causa daquele despertador irritantemente irritante, eu sei muito bem que meu pai queria me torturar de dando um troço desses de aniversário.


Ainda sonolenta fui para o banheiro, tomei um banho bem demorado e desci, minha mãe estava lá embaixo comendo.


—eu não disse que ia ficar maravilhoso. – ela falou sorrindo.


—é eu sei – falei enquanto me sentava.


E o que ficou maravilhoso? Simples o meu cabelo, que agora está uns dois dedos abaixo do meu ombro, depois que eu finalmente aceitei cortar o coitadinho do meu cabelo minha mãe me levou para o tal salão de beleza, e cá entre nós foi muito bom, se eu soubesse que era assim eu tinha ido há muito tempo atrás, mamãe também me obrigou e eu digo obrigou a jogar todas as minhas roupas, claro que eu fiquei triste e frustrada, mas que é que pode com Amélia Evans? Talvez meu pai eu acho, mas de qualquer forma ele nem estava em casa.


Agora meu cabelo está completamente lindo e eu perdi meu medo de tesouras assassinas além de que eu vou voltar para Hogwarts hoje.


 


Terminei de tomar meu suco em silêncio e fui para o meu quarto peguei minha mochila e desci novamente.


—vamos.


—vamos, já vai uniformizada?


—já.


—mas e as roupas que eu comprei?  -mamãe perguntou com voz de choro.


—deixa pra outra ocasião. – falei sorrindo.


—tá bom então – ela falou pagando as chaves do carro.


Às vezes minha mãe parece uma criança igual o James, pois nessas férias eu senti uma falta danada dos marotos das minhas amigas é claro e pensar que ano que vem eu já vou estar no último ano e então eu nunca mais vou voltar á Hogwarts, mas deixa esse momento dramático pra lá.


Cheguei à estação King’s Cross ainda era bem cedo só tinha uns primeiranistas, fui atrás de uma cabine qualquer, entrei em uma que ficava no final do vagão sentei e esperei, eu estava com um pouco de sono e como eu odeio que a luz nos meus olhos, e quem é que gosta? Coloquei o capús da minha capa que era enorme e cobria todo o meu cabelo junto com metade da minha cara.


Fiquei assim durante uns cincos minutos, mas não conseguir dormir até que ouvi umas vozes e gargalhadas das quais eu conhecia muito bem, dava pra ouvir a voz do Sirius entrando junto com os outros, continuei do mesmo jeito pra ver o que eles fariam.


—Essa ai não tem jeito mesmo hein, quando não chega atrasada e dorme, chega cedo e continua dormindo parece até que tá invernando.


—cala a boca Sirius não tá vendo que ela está dormindo. – falou Remus


—nah, vou acordar ela.


—Nem pense nisso, eu to mais do que acordada. – falei me ajeitando.


—Ué tá acordada? – mas que pergunta idiota foi essa.


—Não imagina Sirius – James disse me fazendo rir. – e então ruiva como foi de férias.


Quando eu ia responder as meninas chagaram.


—Sentiram minha faltaaaaaaaaa!!!!!!! – Cris gritou.


—pensei que o Sirius fosse dizer isso – James falou.


—que nada – ela falou se sentando. – Lily tira esse capús tá o maior calor aqui dentro.


—Mas tá tão bom assim. – choraminguei.


—não teima comigo menina! – ela parece a minha avó.


Dei língua e voltei a tentar dormir o que foi inútil por que Cris veio o abaixou o meu capús revelando meu lindo cabelinho cortado e repicado Yeah!


—L-Lily?


—quê? – falei com tom de indiferença


—Você cortou o cabelo? – não é peruca.


—Não é peruca, é claro que ela cortou o cabelo né Cris.


—UAU, você está linda.


—magnífica.


—deslumbrante.


—sem comentários.


—obrigada, obrigada, obrigada e obrigada. – falei corando, maldita hora para corar.


 


Depois desse meu momento vergonha e eu nem sei por que fique com vergonha, acho que foi por causa do jeito que o James estava me olhando, mas isso não importa.


Ficamos a viagem toda conversando e contando piadas meu sono tinha passado, ao chegar ao castelo como sempre fomos direto para o salão principal.


Depois do banquete eu, Mandy e Cris fomos para o dormitório, os meninos foram aprontar alguma coisa, fui me trocar enquanto as meninas conversavam sentadas nas camas. Entrei no banheiro toda feliz pensando que eu ia vestir o meu pijaminha quentinho de algodão, abro meu malão e encontro um pedaço de pano que não cobre nem metade da minha coxa, esse pedaço de pano chamado camisola estava lá bem dobradinho, isso é bem coisa da minha mãe, faze o quê? Peguei a bendita camisola vermelha de seda e vesti, quando sai do meu quarto as meninas já estavam dormindo, depois eu é que sou a dorminhoca, fui para a janela do quarto e fiquei lá até uma coruja pousar e me estender uma de suas perninhas em que estava a carta que era da minha mãe.


 


“Boa noite filhinha vou ser direta você vai ter um companheiro de missão, juntos vocês dois vão investigar o que foi roubado naquele dia e recuperar, já conversei com professor Dumbledore, eu marquei de vocês dois se encontrem ai agora de noite na sala de transfiguração que foi cedida pela professora minerva, quando terminar de ler essa carta destrua.


 Beijinhos mamãe. ”


 


 


Dito e feito, quando terminei de ler a carta queimei ela pequei meu hobbe vesti não ia só de camisola encontrar meu parceiro de trabalho né? Além do mais estava com muita preguiça de vesti outra e fui para a sala de transfiguração, para a minha sorte não tinha ninguém no salão comunal, fui pelas passagens secretas até a sala de transfiguração quando eu cheguei lá estava meio escuro vi uma sombra que parecia ser de um homem cheguei mais perto e falei.


—Boa Noite.


Rapidamente ele se virou.


—Lily? – ele exclamou assustado.


 


—J-James?


Não podia ser, mas como? 
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n/a: oiiiiiiiiiii gente fiquei tão feliz em saber que pelo menos tem alguém lendo, aiaiai bommmmmmmm ai está o cap espero que tenham gostado, comentemmmm.
Bju...Jhu Soares 

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