Aproximação.



Eles treinaram durante horas, Emma havia melhorado, de forma que Dennis começou a usar feitiços mais complexos.


 


-Estou exausta , estamos treinando há séculos! –queixou-se a garota.


 


-O. k. Vamos parar por enquanto.


 


Ela bufou, fazendo os fios de cabelos  que estavam em seu rosto voarem e o garoto riu da cara dela.


 


-Emma...


 


-Hum.


 


-Você vai ter que tomar a poção.


 


-Que poção?


 


-Ora, que poção! Para melhorar seu tornozelo. Se houver mesmo uma guerra, você não conseguirá duelar.


 


-Tudo bem, eu tomo a poção.


 


-Ótimo, iremos depois do almoço.


 


Emma pegou sua varinha e a girou com os dedos, observando-a, Dennis olhando para ela, mas ela ignorou e voltou-se para a varinha. Lembrando-se de sua avó, de seu amigo Simon, dos pais dele, de suas casas no campo, no meio do nada, longe de tudo e qualquer coisa que pudesse incomodar.


 


-Ei! – Dennis a acordou de seus devaneios, estalando os dedos na frente dela.


 


-O quê? – perguntou confusa.


 


-Você dormiu de olhos  abertos, o sonho estava bom? – ele perguntou chegando perto.


 


-Estava apenas lembrando, da minha vida, sabe, antes de chegar aqui.


 


-Você nunca me contou sobre ela. –ele disse, eliminando um pouco mais de distância.


 


-Não tem muito que  contar.- ela percebeu o quão perto estavam. – Vo- você quer que eu conte?


 


-Adoraria. – ele sorriu.


 


-Bem, quando eu era pequena, Bellatrix assassinou meus pais, depois disso, fui morar com uma tia minha em uma pequena fazenda. La conheci Simon, ele era meu melhor amigo, foi ele quem me deu “Hogwarts uma história”,de aniversário. Assim que Voldemort tomou o poder, Bellatrix assassinou todos eles, minha tia, Simon, e seus pais, quando ela tentou me matar, o feitiço bateu em meu colar, - Emma tirou um colar, com um pingente, da blusa. -  Eu me fingi de morta, e eles foram embora, depois disso, eu fugi.


 


-Bellatrix fez muitas vítimas:os pais do Neville, sua família, a família de seu amigo, Hermione.


 


-Eu odeio essa mulher.


 


-Com razão.


 


Ela ainda mexia em seu colar.


 


-Posso ver?


 


-Pode claro.


 


Ela tirou o colar e o colocou nas mãos dele. Ele girou o medalhão, que era usado de pingente, entre os dedos.


 


-Era da minha mãe, ela o deixou pra mim antes de morrer, disse que traria sorte. - ela sorriu.


 


-Ela devia ser linda, como você.


 


A garota corou, “por um motivo tolo” pensou, mas corou.


 


-Posso colocar em você?


 


-Claro! – ela se virou no pufe para que ficasse de costas para ele.


 


Ele passou a corrente pelo pescoço dela e trancou o pequeno fecho, colocando os cabelos dela para frente.


 


-Pronto. – ele disse enquanto ela se virava.


 


-Obrigada.


 


-Ás suas ordens. – ele diminui a distância novamente.


 


Eles estavam bem perto um do outro, Emma podia sentir a respiração dele agora, sentiu um frio na barriga e se achou tola por isso. Ela iria fazer doze anos no final desse ano, era muito nova para se apaixonar, e ele tinha quantos anos? Quatorze? Por ai, se não tivesse mais. Ela sacudiu os pensamentos de sua cabeça e ditou os olhos dele, o garoto olhava de seus olhos para sua boca, sentiu as bochechas queimarem mais uma vez, ele sorriu e se inclinou, ela fez o mesmo.


 


De repente, o alto falante soou: “Bom dia, Neville acabou de voltar com nosso almoço, todos para a mesa!” A voz de Colin ecoou pelo salão, fazendo Emma pular de susto, ela arregalou os olhos, eles se afastaram.


 


-Er... - ele pigarreou – Vamos comer?


 


-Ah, vamos sim.


 


Ele se levantou em um salto e a puxou, passando sua mão pela cintura dela, Ela passando o braço pelo pescoço dele e assim se dirigiram até a mesa.


Sentaram em silêncio e comeram a horripilante torta de legumes e frango de Aberforth, pelo menos teve pudim de sobremesa, a pedido de Luna.


Luna sentou-se ao lado dela e estavam muito entretidas conversando sobre bufadores de chifre enrugado.


 


-Sabe, meu pai conseguiu um chifre para me dar de aniversário, mas faz tempo que eu não o vejo. – ela disse enquanto se servia de pudim. –Quer?


 


-Sim, obrigada.


 


-Eu adoro pudim. – ela disse enquanto servia Emma.


 


-Você pertence a qual casa aqui em Hogwarts?


 


-Corvinal, e você?


 


-Não sei, mas eu seria da Corvinal ou Grifinória.


 


-Legal.


 


Dennis entrou na conversa de repente.


 


-Luna, você tem vestes sobrando aqui com você?


 


-Tenho sim.


 


-Você pode emprestá-las a Emma? Eu tenho que levá-la á enfermaria.


 


-Claro que empresto, tenho duas comigo, Emma pode ficar com uma pra ela. Venha comigo Emma. – disse Luna puxando-a.


 


-Cuidado com o pé! – ele gritou para ela que já corria com Luna.


 


-Fique tranquilo, não vou morrer por uma caminhada. – ela gritou de volta.


 


-Nunca se sabe! – ele gritou mais uma vez.


 


Luna a levou para a mesa de Colin e pegou sua mochila que estava embaixo dela, todas as bolsas ficavam lá, a garota retirou umas peças de roupa e uma gravata.


 


-Aqui, tome um banho no quarto das meninas, la é melhor do que o banheiro daqui, eu te levo ate la. Vamos avisar o Dennis-guarda-costas  antes. –ela riu e entregou as vestes para a garota.


 


Elas encontraram Dennis esperando na porta da sala.


 


-Eu vou levá-la para tomar um banho, você pode nos esperar na sala comunal da Corvinal.


 


-Tudo bem, vamos? – ele já passou a mão pela cintura dela,  dando apoio.


 


Eles atravessaram a porta e Emma sentiu seu coração bater forte, era a primeira vez que ela pisava nos corredores de Hogwarts, apertou o braço de Dennis e ele apertou a cintura dela. Eles chegaram à sala comunal da Corvinal, que estava deserta, e Dennis sentou-se em uma poltrona.


 


-Esperarei aqui. – ele disse.


 


Elas subiram as escadas que davam para o dormitório feminino, e entraram no banheiro, Luna ligou uma das banheiras.


 


-Quente frio ou morno?


 


- Morna.


 


-Bem, a banheira está pronta, aqui estão os sais de banho e sabonete líquido, pode colocar as roupas aqui, - Luna pegou um banquinho – e tem toalhas limpas ali. Bom banho.


 


-Obrigada.


 


-Eu vou ficar lá embaixo com Dennis.


 


-O. k.


 


Ela observou Luna sair do banheiro e fechar a porta, Emma começou a se despir. Entrou na banheira, sentindo a água morna percorrer sua pele gelada.


Escolheu os sais, lendo os rótulos, e os misturou na água, azul, laranja e rosa. A água da banheira ficou com uma cor de por do sol.


 


Afundou a cabeça na água e ficou. Submergiu depois de um tempo, seus cabelos molhados, pegou o sabonete liquido e se lavou, depois, afundou a cabeça de novo.


 


Saiu da banheira e pegou uma das toalhas, se secou, pegou outra toalha e passou nos cabelos. Pegou a roupa emprestada e se vestiu menos a gravata, que ela não sabia dar o nó.


Mirou o espelho embaçado, e limpou com a toalha usada, se olhou no espelho. Estava mais alta, cabelos mais compridos, havia amadurecido mais também, crescido, em todos os aspectos.


 


Esvaziou a banheira, pegou sua roupa e desceu, Luna e Dennis estavam conversando, Dennis olhou e sorriu.


 


-Me dê suas roupas, eu vou colocar na sua mochila. – disse Luna caminhando a ela.


 


-Obrigada. – Emma entregou a roupa para ela.


 


-Tchau! – disse Luna saindo da sala.


 


Dennis se aproximou.


 


-E a gravata?- ele perguntou.


 


-Não sei dar o nó.


 


-Eu faço pra você. – ele pegou a gravata. – Não é tão difícil assim.


 


Ele passou a gravata pelo pescoço dela e começou a fazer o nó, Emma era quem observava dessa vez.


 


-Pronto!- ele olhou para ela e sorriu. –Vamos?


 


-Vamos!


 


Ele a pegou pela cintura para lhe dar apoio novamente.


 


Chegaram à enfermaria em silêncio, lá Madame Pomfrey a fez deitar em uma maca, e observou seu tornozelo.


 


-Seu tornozelo esta quase bom, não sei porque não veio antes.


 


-Achei que não era necessário.


 


-Tudo bem, eu vou buscar uma poção, fique aqui.


 


Eles a observaram sair da sala, Dennis foi ate ela, pegou sua mão e se aproximou de seu ouvido.


 


-Aguente firme, o gosto é horrível! – ele sussurrou e começou a rir.


 


-Obrigada por me desesperar, Dennis seu grande imbecil.


 


Ele se afastou, soltou a mão dela e voltou a sentar. Madame Pomfrey chegou com um vidrinho e uma colher. Despejou um líquido verde na colher.


 


-Isso é o quê? Musgo líquido? – perguntou Dennis ironicamente.


 


-Não!É uma poção que ira fazer o tornozelo dela melhorar em menos de uma hora. – explicou calmamente, mesmo que soasse irritada. – Agora beba.


 


Emma colocou a colher na boca e fez uma careta, ouviu Dennis explodir em gargalhadas.


 


-Prontinha querida, agora você pode voltar para sua sala comunal. – a senhora sorriu. – Desculpe a curiosidade, mas você é uma Weasley?


 


-Sim. – ela disse sem saber de nada, só sabia que a moça pensava que ela era parente de Rony, Gina, Gui, e “os outros” que ela não conhecia.


 


-Tchau crianças, cuidem-se.


 


Ela se apoiou em Dennis e eles saíram da enfermaria, assim que se afastaram bastante, ela o empurrou de encontro à parede, foi ate seu ouvido.


 


-Você tinha razão, o gosto era horrível, idiota!-ela sussurrou.


 


Ele a segurou pela cintura com as duas mãos, de frente para ele, encostou a testa na dela e disse:


 


-Obrigado mais uma vez. – e a beijou.


 


Ele a beijou, um beijo curto e urgente, não planejado, mas desejado, ela levou as mãos até o pescoço dele e correspondeu o beijo.


 


Quando eles se afastaram, ambos sorriram. Ficaram um tempo lá, se olhando apenas ele a beijou novamente, dessa vez um beijo mais intenso.


 


-Acho melhor irmos. –ela disse assim que ele a soltou.


 


- É também acho. – ele respondeu e deu um selinho na garota.


 


Quando chegaram à sala precisa, encontraram todos quietos e sentados de frente para o quadro. Eles correram até Colin.


 


-O que houve? – perguntou Dennis.


 


-Três pessoas chegaram, Neville acabou de sair.


 


Emma virou a cabeça para os desconhecidos, ela não havia visto nenhum deles em sua vida todo, exceto por...



n\a: O.k. Culpem a beta malvada pelo final...

Espero que esteja(m) gostando.


Coelha dos Lovegood's    

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