O baile



Tudo bem que ela havia se arrumado para o baile, estava se achando mais bonita do que nunca e tudo mais, porém ela estava começando a ficar assustada com os olhares e comentários que os garotos lhe lançavam. E foi então que fico completamente, ao ouvir dois sonserinos sussurrarem "Uau" ao passarem por ela e por Rony.



O motivo de ela ter produzido-se tanto para tal baile, fora Draco Malfoy, tinha de admitir. Queria que o garoto visse o que havia perdido, e dessa vez, Hermione estava afirmando para si própria que ele havia a perdido para sempre. Ela dizia a si própria que estava mais do que na hora de notar que o loiro nunca pensou em a dar uma chance sequer, estava só se aproveitando. Álias um garoto como Malfoy nunca conseguiria amar alguém, muito menos como ela, uma filha de trouxas.



Ao entrar no Salão Principal ficou encantada: a decoração estava incrível, toda em azul claro, realmente haviam caprichado aquele ano. Sorriu. Ela não havia vindo combinando com a decoração, e achava isso ótimo, queria se destacar. Largou o braço do ruivo que disse que iria até Parvati, seu par. Hermione sorriu e soltou um suave tudo bem.



Percorreu o Salão com os olhos em busca de William Kesburne, mas não o achara. Decepcionou-se um pouco, o garoto nunca a deixava esparando. Então decidiu pegar um suco de abóbora para beber enquanto o menino de cabelo castanho claro não aparecia. Mas antes que ela terminasse de beber, fora surpreendida por alguém tapando-lhe os olhos com as mãos. Podia sentir as mãos frias e o perfume de William. Sorriu.



- Sei que é você, William. - ela falou rindo.



O garoto tirou as mãos de seus olhos e sorriu também.



- Ah...não vale...



- Pensei que iria chegar antes de mim...- ela deu a pequena queixa.



- Desculpe...Malfoy me prendeu por um certo tempo me contando umas coisas, e fui me arrumar a pouco. - Kesburne tinha certeza que conseguiria arrancar tudo de Hermione naquela noite. Seu plano era perfeito, não havia como falhar. Ele havia passado um ano praticando para conseguir saber o que os outros faziam, mas simplesmente por uma razão, não tinha acesso ao que Harry Potter fazia, o que de certa forma fazia com que seu poder não lhe valesse em nada. Mas depois de um mês com a mente em total concentração, ele conseguira achar uma forma de ter informações do garoto que sobreviveu. Sentia-se borbulhando por dentro, já podia sentir o gosto da vitória transbordando. Era essa noite. Essa noite arrancaria tudo que a Sangue-Ruim sabia.



- Contando coisas? - Hermione sentiu seu estômago revirar - Que coisa? - "Ah meu deus, uma hora dessas o Malfoy deve ter contado para a escola inteira o que aconteceu entre nós dois..Que vergonha..."



- É. Mas não importa agora... Venha...Vamos dançar. - ele não iria começar pela metade, precisava de toda uma linha de acontecimentos. Puxou Granger pelo braço. A música que tocava era em ritmo rápido e a garota não tinha muito jeito com a coisa. Kesburne tratara de tentar ensina-la, fazendo com que por uma hora ela se esquecesse do que o sonserino havia dito.



Quando cansaram, decidiram sentar-se um pouco. William sorriu, a pegou pelo braço e a levou até uma mesa. Indesejada por ela, por sinal. Lá estava Draco Malfoy, mais lindo do que nunca. Vestia-se de preto e encontrava-se ao lado de Pansy Parkinson que não parecia muito feliz. Sentiu um certo aperto no peito ao ver os dois juntos. "Não, não sinta ciúmes. Ciúmes é um sentimento de posse, e você não tem o Malfoy, entendeu? Nunca terá."



- Sente-se, Mione. - tudo estava saindo muito bem para William.



- Não quero sentar aqui. - ela deu um passo para trás.



- Como se nós quisessemos que você sentasse aqui. - disse Parkinson com desdém - Está louco, Kesburne? Tire essa Sangue-Ruim daqui, e a nossa moral onde fica?



- Cala a boca, Parkinson. - Kesburne esboçava uma cara de fúria para com Pansy - Tudo bem, Mi. Se você não quiser sentar aqui...nós sentamos em outra mesa...sozinhos...- dera enfase a palavra.



- Pode sentar aí, Granger. - Malfoy abrira a boca pela primeira vez no baile. Não deixaria de jeito algum William Kesburne a levar para outra mesa longe de seus olhos. Sabia muito bem das intenções do garoto. Ele iria usar Hermione para conseguir o que queria, e a usaria de todos os modos. Ele simplesmente não poderia deixar. - Não mordemos.



- Não tenho tanta certeza. - Hermione o fitou com fúria. Não sabia como podia sentir tudo aquilo por um garoto com ele. - Vamos, Will. - ela pegou o braço pálido do garoto e o puxou.



Draco Malfoy se levantou. Não podia fazer nada, por mais que quisesse. Mas afinal o que ele estava sentindo pela garota? "PORRA DE MERDA!" Algo parecia estar o sufocando por dentro ao vê-la com Kesburne, e todos aqueles garotos a olhando de cima em baixo, desejando-a. Mas não podia fazer nada. Não. Respirou fundo e sentou. Não poderia estragar sua vida por uma paixonite adolescente. Tinha de deixar Kesburne cumprir o serviço, já que não havia conseguido o cumprir.





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Gina estava tão atraente. Ele não estava conseguindo se agüentar, o pescoço dela parecia estar suplicando pela boca dele. Levemente encostou os lábios neste e sentiu Gina estremecer. Sorriu.



- Harry...



- O que foi, amor?



- Está fazendo isso pra me provocar.



- Como descobriu? - ele riu e voltou a beijar o pescoço dela.



- Para, o Rony está se aproximando da mesa.



Rapidamente o moreno se ajeitou e lançou um um olhar para a ruiva. Riu. Ela também riu, mas não entendia por quê. Muito menos Rony e Parvati que chegaram e se sentaram na mesa, tendo de esperar dois minutos para as risadas finalmente terminarem.



- Qual a graça? - perguntou Parvati com sua voz terrivelmente irritante.



- Na verdade, nada. Eu e Harry simplesmente começamos a rir, não há motivo...



- Ah. - disse Rony com cara entediada. O ruivo virou a cabeça. Lá estava Pansy Parkinson com Draco Malfoy. Pareciam conversar. Suspirou e virou a cabeça para frente de novo. O que afinal de contas estava acontecendo? Era só uma garota bonita como várias outras de Hogwarts. "Por que justo você veio parar em minha cabeça, Parkinson, hein?" pensou. Parvati parecia estar muito feliz ao lado do goleiro a Grifinória, e tratou de abraça-lo como se realmente alguma coisa a mais estava ocorrendo entre os dois.



- Ei, Rony. Vamos buscar cerveja amanteigada? - perguntou o moreno. Todos naquela mesa pareciam felizes, menos Rony. Aquilo era totalmente injusto.



Soltou um simples "claro" e largou-se de Parvati, indo atrás de Harry.



- Ora, Rony, por que essa cara? É por que Hermione tá saindo com aquele sonserino idiota? Pode me falar, cara.



- Claro que não. Não tem nada, sei lá.



- Não minta, você está assim há um bom tempo. Você deveria aproveitar hoje, entende? Se é mesmo uma mina que tá te deixando assim, simplesmente desecana, tá bom? A Parvati tá altus gata hoje, você deveria aproveitar ela é totalmente caída por você.



- É, eu sei. - Rony sorriu maliciosamente.



- É assim que eu gosto, velho. Aproveita hoje e deixa essas coisas do coração para resolver depois. - Harry bateu fortemente nas costas de Rony e pegou uma cerveja amanteigada para ele e um suco de abóbora para Gina. O mesmo fez Rony, que ao chegar na mesa entregou o suco de abóbora a Parvati e a abraçou. Aproveitaria ao máximo aquela festa.



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Pansy observava com ódio Rony e Parvati dançando. Aquela noita estava sendo uma porcaria para ela. Malfoy estava de mau humor, e o grifinório não parecia ter a notado em momento algum. Bufou.



- Vamos dançar?



- Não. - Draco estava se segurando para não fazer burrada. Kesburne havia se sentado ao lado de Hermione, e enquanto conversavam animadamente, ele fazia alguns carinhos na face dela, e ela parecia estar gostando. Não podia fazer nada...não podia...mas queria, e muito. Afinal, Granger o pertencia, era dele e de mais ninguém. Ele sabia, sabia que sim, lá no fundo ela sentia amor por ele. Era ódio e amor. O que sentiam um pelo outro nunca seria ultrapassado por outro sentimento. Pelo menos até então era o que ele sentia. Mas vendo ela sorriu para William Kesburne estava começando o fazer mudar de idéia. Ele nem sabia mais o que deveria pensar, o que era certo e errado pra ele quando viu Kesburne beijando a bochecha dela. Virou a cara. Levantou-se.



-Então finalmente iremos dançar? - Pansy perguntou esperançosa.



- Não.



O loiro foi em busca de uma cerveja amanteigada. Não queria mais voltar. Não queria mais ver aquilo. Não queria ter de ver a garota nos braços de outro. Pegou a cerveja e foi para fora do castelo tentar pegar um pouco de ar fresco. Talvez mais tarde conseguiria voltar.



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Estavam conversando de forma animada, mas ela ainda estava se sentindo incomodada pelo fato de Pansy Parkinson estar ao lado de Draco Malfoy. Kesburne estava começando a acariciar-lhe a face e a princípio ela achara aquilo muito estranho, mas depois começara a sorrir quando ele fazia isso, queria que Malfoy visse que ela não etsav nem um pouco abalada. Mas mesmo assim, era muito estranho. William dera-lhe um beijo na bochecha e ela pode ver que logo após Malfoy não se enocntrava no Salão. "Será que ele se sentiu incomodado pelo fato de mim ..." parou o pensamento "Poupe-me, Mione. Malfoy nunca se incomodaria por mim." suspirou. William lvantou-se e voltou com duas cervejas amanteigadas.Ela agradeceu esboçando um belo sorriso. Analisou o garoto. Ele realmente bonito como havia constatado quando este entrou na escola. Riu baixinho. E se demonstrava curioso. "É sim, muito lindo...só não é mais que o Malfoy...Chega, HERMIONE GRANGER!" foi então que se lembrou do que o suposto amigo havia lhe dito ao chegar no Salão, e então o medo de que Draco Malfoy havia espalhado o que acontecera entre os dois aumentou.




- Mas então..- ela começou sem graça- o que o Malfoy estava lhe dizendo para que demorasse tanto?




- Ah...- William olhou para baixo tentando passar para ela uma sensação ruim - Não quero falar disso agora, Mi, estragaria sua noite.




Aquilo a fez gelar.




- Não importa...me conte.




- Tem certeza que quer saber? - ele falou com cara de pena.




- Quero.




- Pois bem, eu contarei. Estavamos eu e Nott no Salão Comunal da Sonserina quando Malfoy chegou. Parecia estar diferente do que normalmente, se é que me entende. Ele riu alto. Perguntamos o que diabos havia acontecido para o deixar daquele jeito e ele disse q havia, você sabe, com você...Mas, Mi, não se abale, eu não acreditei mesmo nele, sério. - ele disse com cara de compreensivo e sentindo o gosto saboroso da vitória dentro de si.




- O que? - ela podia sentir as lágrimas banharem as bochechas - Nós...eu...não fizemos nada disso...nós...




- Só iam? Eu sei, Mi. Sabe, depois de tudo o que você me contou eu tinha certeza que teria uma recaída...mas eu sei que você não fez nada porque caíria em si antes. O Malfoy é um idiota, fica calma, ninguém acreditaria nele.




- Ninguém? Ah sim, agora eu entendo perfeitamente porque todos os garotos estão me olhando dessa forma. Estão pensando que eu sou qualquer uma!




- Calma, Mi. Você sabe que não é qualquer uma, e que se algo tivesse rolado entre vocês dois era porque na realidade você gosta do Draco, e não tem culpa de ele ser um babaca completo...Se acalme...Ninguém acreditou nele, nem no Nott se é que o Nott passou essa bobagem pra frente.




Hermione estava enlouquecida. Nunca deveria ter se envolvido daquela forma com um Malfoy. "Canalha" sentia vontade de bater nele com todas as suas forças.




- Mione, calma... toma um pouco de cerveja...




- Ele vai me pagar caro...ah se vai... - sentia vontade de chorar, mas em vez disso, limpou as lágrimas com todo o cuidado para não borrar a maquiagem e tomou um pouco da cerveja amanteigada. Um pouco não, o copo todo. Pediu para Kesburne outra, e ele a trouxe. - Você pode me ajudar, não é mesmo, William?




- Em que? - o garoto perguntou.




- Arriunar Malfoy.




- Ah...claro. - concordou. Hermione estava bebendo da forma que ele precisava que o fizesse.




A noite passava rápido com o som, com a bebida e suas amarguras. Quando Kesburne viu, Hermione estava complemente bebada. Tratou de pega-la pela mão e leva-la até um local deserto.




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Pansy havia sido abandonada. Estava só. E olhando Ronald Weasley dançando abraçadinho a outra garota. "Uma hora ele vai ter de olhar pra cá..." ela repetia pra si própria, e aquela hora finalmente chegou. Tratou de piscar para ele. Não tinha a mínima idéia do porquê havia o feito, mas o fizera. O garoto ruborizou. Ela sorriu.



O ruivo tratou de deixar Parvati conversando com Lilá e foi até Parkinson. Afinal, ela havia piscado pra ele, não é mesmo?



- Ahn... - ele não sabia o que dizer para a morena.



- O que há, Weasley?



- Bem, você havia piscado para mim, pensei que queria dizer-me algo...talvez... - ele estava vermelho. E muito. Aquilo estava a fazendo sentir diferente.



- E quero... - ela sorriu - Vamos lá fora, vamos. - ela levantou e ele foi atrás. Ninguém notou para o alívio dela. Na verdade eles não chegaram até lá fora, foram até um corredor onde não havia ninguém e ela o abraçou, não conseguia mais agüentar.



- Fala pra mim o que você tá tendo com aquelazinha... - ela sussurrou no ouvido dele.



Rony sentia-se confuso, mas abraçava Pansy fortemente. "Então sentiu ciúmes da Parvati?" ele riu.



- Do que está rindo? - ela se soltou dele fazendo cara de brava.



- Nada, vem cá. - ele a abraçou de novo. Como era forte... - Não tenho nada com ela...



- Melhor assim.



- E o Malfoy?



- O que tem ele?



- Vocês estão juntos, não é mesmo?



- É só fachada...



- Uhm, porquê? O Malfoy é gay ou qualquer coisa assim? - Rony riu.



- Claro que não, não fale assim do meu amigo. Nós éramos namorados, mas acho que ele está se metendo com alguém que não deve, por isso terminou comigo e agora voltou mas nem nos beijamos. No começo meu importava porque eu gostava dele, mas agora... - ela parou de falar.



- Agora...?



- Não importa mais, porque...- ela não conseguia mais terminar a frase.



- Por que? - Rony sentia seu coração bater rápido, abraçou Pansy com mais força.



- Porque eu me apaixonei por outra pessoa, é isso. Eu não queria mas simplesmente aconteceu.



- Então, me fale. Fale por favor, quem é essa pessoa.



- É você, Weasley...você...



Ele olhou no fundo dos olhos frios dela que dessa vez pareciam estar mais ternos, e aos poucos aproximou seus lábios dos dela... o beijo aconteceu da forma que deveria ter acontecido, quando devia ter acontecido. Um beijo cheio de amor e sem pressa, um beijo que nunca iriam se esquecer. E quando terminou, os dois tinham certeza que não tinham escolhido a opção errada, e que assim iria seguir. Juntos, sendo no pensamento ou fisicamente, mas sempre trariam o outro junto de si.



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