O primeiro encontro

Narrado por: Marlene Mckinnon.

Eu estava nas nuvens. Sorrindo, amando, sonhando acordada, pulando. Tudo isso, menos beijando. Claro que eu não ia dar o braço a torcer assim tão fácil. Tenho meu orgulho, sou uma mulher jovem, bonita e sensual. Tá, parei.

Um mês havia se passado desde o cachorrinho de pelúcia. Tudo estava completamente anormal. Sirius me ligava sempre 07h00mim em ponto pra verificar se eu estava acordada e não iria me atrasar para a escola. Claro que eu já levantava da cama me achando à última bolachinha do pacote.

Desisti de pegar carona com meu pai até a escola. Sirius passava na minha casa todos os dias, o que não era nenhuma dificuldade, uma vez que somos vizinhos.

E assim, eu, Sirius, Lily e James íamos para a escola juntos, todos os dias. Felizes e contentes.

Mas as surpresas não param por aí. Todos os domingos, sem exceção, recebo um buquê de flores. Até agora já foram: rosas vermelhas, lírios, margaridas e flores do campo.

Na escola, tinha uma rádio, administrada por um grupo de alunos do último ano. E todos os dias no intervalo ele dedicava uma música pra mim. O incrível é que a música nunca era repetida. Todos os dias as meninas do ‘’fã clube’’ de Sirius Black me olhavam com um olhar maligno, como se eu fosse à coisa mais repugnante da face da terra.

Até que meu armário apareceu pichado com palavras horríveis, meu perfil no Orkut hackeado - o que não foi nenhuma perda faz tempo que exclui minhas fotos e desativei-o -, e bilhetes anônimos, feitos com letras recortadas de revistas e tudo mais, tipo filme de terror mesmo.

Até que Sirius se indignou e fez um discurso na rádio da GHS semana passada.

Falando pela primeira vez em público seus sentimentos em relação a mim.

É claro que ele conquistou seus ouvintes, assim como conquistou meu coração. No final, todos bateram palmas entusiasmadas, e por incrível que pareça, até o fã clube das garotas malignas e retardadas.

Óbvio que fiquei completamente corada, convivência demais com Lily Evans.

Mas as coisas não param por aí.

Hoje eu teria meu primeiro encontro com o Sirius ‘’ex - galinha e extremamente apaixonado por mim’’ Black.

Eu e as meninas estávamos em meu quarto. Lily fazia as minhas unhas e Anne arrumava meu cabelo.

- Que cor você prefere? – Lily me perguntou, mostrando-me uma caixa com no mínino cinqüenta esmaltes.

- Azul. – falei imediatamente.

 - Vai combinar com sua roupa. – Anne falou animada.

Claro que nem pensei se ia combinar com minha roupa ou não. Na verdade eu estava pensando nos olhos do Sirius.

Dei de ombros.

Uma hora depois...

Eu realmente tinha que concordar com as garotas. Eu estava linda. Perfeita. Divina. ‘’Céus, a doença do Sirius é contagiosa’’ pensei alarmada.

- Se eu fosse homem eu te pegava, Lene. – Anne falou divertida.

- Eu também. – Lily entrou na brincadeira.

- Ei, saem pra lá. – eu disse fingindo indignação.

Observei-me mais atentamente no espelho.

Meus cabelos estavam incrivelmente lisos e brilhantes com cachos nas pontas que caiam suavemente sobre meus ombros. Nos pés eu estava com um sapato azul escuro, fechado e com um salto que me deixava uns dez centímetros mais alta.

Nas pernas eu estava vestindo uma meia calça preta toda rendada, que fazia contraste com meu vestido super justo no corpo, ele dava na metade das coxas, era de mangas compridas e tinha um decote generoso. A cor era azul escuro, para combinar com os sapatos.

E para finalizar vesti um casaco preto, de botões que dava um pouco abaixo do comprimento do vestido. Deixei-o aberto, com o vestido a mostra.

No rosto, meus olhos estavam extremamente destacados. Lápis, rímel, delineador e sombra faziam seus milagres. Minha pele estava impecavelmente lisa e sem nenhum defeito, graças à base e o pó.  Nos lábios havia um gloss discreto.

Conferi se não esqueci de nada, como brincos ou anéis.

E então dei uma última olhada no espelho. Pela primeira vez sorri confiante.

Eu estava pronta pra sair oficialmente com Sirius Black.

X

Prometi várias vezes para as meninas que amanhã eu contaria tudo nos mínimos detalhes. Demos vários pulinhos histéricos e gritinhos de alegria. Finalmente me deram boa sorte e foram embora. Confesso que agora que eu estava sozinha me senti um pouco nervosa.

Eu realmente estava sozinha em casa. Meus pais saíram pra jantar fora. E meu irmão mais velho não contava, ele está na faculdade, nos EUA. Só vem em casa nas férias.

Desci as escadas em direção a sala com cuidado. Eu sabia andar de salto, o que era um alívio, não corria o perigo de tropeçar e pagar um mico na frente do Sirius.

Sentei no sofá e esperei. Olhando pacientemente para o relógio. Quando deu exatamente 08h00 um barulho de campanhia me sobressaltou.

Imediatamente pulei do sofá, nervosa sem nenhum motivo.

‘’É ele’’ pensei apavorada. Peguei minha bolsa de qualquer jeito, respirei umas 10 vezes pra me acalmar e fui abrir a porta.

E lá estava ele, escorado no batente da porta, com aquele sorriso torto que me fazia esquecer como respirar. Segurando um buquê de rosas vermelhas. Com os cabelos caindo desalinhados em direção aos olhos incrivelmente azuis. Mas hoje ele realmente brincou de ser lindo com aquela roupa!

Vestia uma camisa lisa, verde escura, com uma jaqueta de couro por cima. Calça jeans escura simples e um tênis normal, branco da Nike.

Estava simples e estiloso. Do jeito que só Sirius Black conseguia ser.

Quando eu finalmente tive forças pra desviar meus olhos dele, percebi que ele olhava fixamente para as minhas coxas e meu decote. Sorri por dentro. Vitoriosa. O que foi muito estranho, geralmente eu corava como a Lily. Hoje eu descobri que aquele olhar não me incomodava, muito pelo contrário, eu me senti linda e desejada pelo homem que eu amava. Tem coisa melhor do que isso? Não, não tem.

Como num gesto automático eu peguei o buquê de seus braços. Ele piscou duas vezes, como se estivesse saindo de um transe. E sorriu pra mim.

- Você está incrivelmente linda, meu amor. – Meu coração batia descontrolado. Era incrível o efeito que ele tinha sobre mim.

- Obrigada. – agradeci sincera. – Você também está um gato.

Encaramos-nos por um instante até que eu disse que já voltava, ia colocar o buquê num vaso. Fiz isso o mais rápido que pude. Quando fechei a porta atrás de mim ele segurou minha mão. Não fiz objeção.

- Aonde vamos? – perguntei animada, fazendo-o dar um sorriso sincero.

- Alguma sugestão? – ele perguntou.

- Surpreenda-me.

Agradeci quando ele abriu a porta do carro pra mim. Eu realmente gostava daquele novo Sirius Black.

Seguimos no carro em silêncio, de vez em quando ele me olhava sorrindo e eu retribuía. Ao fundo tocava uma música baixa. Reconheci ser Califórnia Kim Bed – Rihanna.

- Posso aumentar? – perguntei. Eu amava aquela música!

- Claro, também gosto dessa música.

- Você gosta de Rihanna? – aquilo me surpreendeu. Pensei que ele fosse mais chegado em outras bandas.

- Gosto de qualquer tipo de música, na verdade.

- Eu também. – respondi, enquanto escutávamos a música.

Era uma música extremamente romântica. Fiquei constrangida. Nós dois ali, ele dirigindo e eu do lado. Em silêncio. Aquela música no fundo. Ai meu Deus, que vergonha. Uma cena digna de fanfic de autora sem criatividade! (brincadeira)

Quando o refrão começou, ele pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos. Senti-me segura. Sorrimos um pro outro.

Eu nem estava prestando atenção onde estávamos indo. Assustei-me quando ele parou o carro.

Quando acabei de tirar o cinto ele já estava abrindo a porta pra mim.

- Onde estamos? – perguntei quando não reconheci o lugar.

- Em um clube.

- Tipo um clube de piscinas?

- Também. – ele respondeu misterioso.

Andamos de mãos dadas até a porta do local.

Havia um porteiro. Abriu a porta pra gente imediatamente.

- Boa noite, senhor Black.

Dei uma risadinha, não resistindo ao senhor Black.

Ele também achou engraçado, pois quando estávamos longe o suficiente do porteiro ele riu junto comigo.

- Achou graça, senhora Mckinnon?

- Muita. – respondi ainda rindo.

Foi quando o meu queixo caiu. Estávamos em um clube. Havia piscinas e quadras de esportes. Mas também era um clube de golfe.

Tinha um campo enorme na minha frente, com a grama lisinha e extremamente verde.

O local era bem iluminado.

E no centro no campo havia uma mesa pra duas pessoas.

Fiquei sem palavras.

- E então? – ele perguntou hesitante.

- Estou sem palavras. – respondi sincera.

A comida estava maravilhosa. O lugar era incrível. Conversamos sobre várias coisas. Descobrimos aos poucos tudo um do outro que ainda não sabíamos.

Eu realmente não suspeitava que Sirius já soubesse o que fazer na faculdade. ‘’Arquitetura’’ ele respondeu sem hesitar assim que eu perguntei. Então lhe contei que eu gostaria de fazer Jornalismo.

O tempo passava incrivelmente rápido quando estávamos juntos. Era bom e ruim. Eu queria mais um tempo com ele.

- Já quer ir embora? – ele me perguntou, quando cansamos de tagarelar sobre coisas banais.

- Quero. – respondi. Percebi que ele ficou decepcionado com minha resposta. – Mas não pra casa. – acrescentei sorrindo.

Caminhamos de mãos dadas até o carro. Aquilo estava ficando incrivelmente normal.

No carro fomos ouvindo músicas e conversando. Eu não estava mais constrangida.

- Onde vamos? – perguntei curiosa, depois de uns vinte minutos andando pela cidade.

Ele não respondeu. Apenas sorriu. Misterioso.

Depois do que me pareceu mais uns dez minutos só subindo, o que me pareceu um morro. Ele desceu do carro, abrindo a porta pra mim.

Quando desci e andei alguns metros pra frente, fiquei sem palavras, pela milésima vez naquele dia.

Como eu deduzi, estávamos em uma espécie de morro. Era uma vista incrível, dava pra ver toda a cidade de Londres.

Nunca apreciei de verdade a cidade que eu moro. Era uma cidade maravilhosa.

Olhei pro Sirius depois de algum tempo, ele apenas me observava com um sorriso gentil nos lábios. Era incrivelmente absurda a mudança que ele teve de um mês pra cá. Ele mudou, eu não podia mais negar. Mudou por mim, apenas por mim.

Aproximei-me dele, nunca desviando meus olhos dos seus. Ele me olhava, ainda sorrindo. Talvez ele esperasse uma atitude minha. Depois de tantas atitudes que ele tomou. Realmente essa era a minha vez.

Continuei me aproximando, sem nunca quebrar nosso contato visual. Quando finalmente estávamos a centímetros um do outro, colei meus lábios nos dele.

Como era de se esperar, ele reagiu imediatamente, me puxando pra mais perto, passando uma de suas mãos pela minha cintura e a outra na minha nunca. E eu como num gesto automático passei meus braços em volta de seu pescoço.

Claro que já tínhamos nos beijado muitas vezes. Mas nunca daquele jeito. Era um beijo diferente, calmo, sem pressa, doce e perfeito. Diferente dos vários beijos rápidos e com gosto de saliva que trocamos.

Ficamos assim por vários minutos, até que a falta de ar nos fez parar.

Ficamos com nossas testas coladas por algum tempo. Apenas sentindo a presença um do outro. Aquilo era bom demais. Nunca imaginei que pudesse me sentir tão feliz. E o melhor de tudo: era com Sirius Black.

Beijamos. Beijamos e beijamos.

Quando fui perceber estávamos sentados no chão. Sirius encostado em uma árvore e eu escorada em seu peito, ele me abraçava de uma forma protetora. Senti-me incrivelmente segura.

- Você aceita namorar comigo? – ele sussurrou em meu ouvido, fazendo eu me arrepiar da cabeça até o dedão do pé.

Meu Deus! Ele está me pedindo em namoro!

- Aceito. – sussurrei também. Virando meu rosto, de modo que nossos rostos ficaram a centímetros um do outro.

E então ele me surpreendeu. Tirou do bolso uma caixinha pequena e aveludada na cor vermelha. Dentro havia duas alianças de compromisso.

- Eu te amo, Marlene Mckinnon. – ele falou enquanto colocava aquele anel perfeito em meu dedo anelar da mão direita. Coube perfeitamente.

Meu coração falhou. Minha respiração ficou irregular.

Era a primeira vez que ele falava que me amava.

- Eu te amo, Sirius Black.

Falei pela primeira vez, sem medo. Enquanto colocava também a aliança em seu dedo.

Encaramos-nos por um momento bastante curto e então nos beijamos.

Aquele momento não precisava de palavras.

-

ooooooooi minhas leitoras lindas! :D
Estou amando os comentários de todas vocês, obrigada por lerem a minha fic, de verdade. *-*
Hoje não vou responder uma por uma, porque estou queimando em febre :/
Mas fiz um esforcinho pra vim postar esse capítulo pra vocês, terminei de reescrever ele ontem.
Espero que vocês gostem. Eu amei escrevê-lo.
Até a próxima , amo vocês.

2 dias pra 15 de Julho :/

Lily Proongs 

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