Um novo membro na família.

Um novo membro na família.







''Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)

 


Narrado por: James Potter.


SIM! Passei de ano, não acredito. É muito bom pra ser verdade. Pra quem não está entendendo nada vou explicar.


Hoje é o dia que sai as notas das provas finais, só faz essa prova quem é muito burro. Ou seja. Eu, James Potter e Sirius Black.


Nem sei o que meu pai ia fazer com a gente se rodássemos outra vez. Mas passamos. ‘’Com as calças na mão’’. Como dizem por aí.


Sirius e eu estamos saindo da escola, sorridentes e felizes. Como sempre. Dei uns amasso na Isabelle ali atrás pra ‘’extravasar’’ e ouvi um sermão do Almofadinhas (do Sirius, pra quem não entendeu) dizendo que não aprendo e blá blá. Fazer o que se a mina é gostosa? Essa é sempre minha resposta.


Fomos de carro até em casa. Sirius já pode dirigir, tenho profunda inveja dele. E ele tira com a minha cara toda hora. Falta pouco tempo pra tirar minha carteira para esfregar na carta dele, há.


Já estava anoitecendo quando entramos em casa. Ainda demos uma passada na casa do Aluado (pra quem não entendeu. Remus Lupin, nosso outro melhor amigo) pra contar as novidades. Ele obviamente ficou muito feliz. E nos deu os parabéns. Mas depois que a namorada dele, Anne, chegou, saímos de lá, ninguém merece ficar de vela.


Estranhei meu pai e minha mãe já estar em casa, geralmente eles chegam por volta das nove horas.


Os dois estavam sentados no sofá, assistindo o noticiário das sete. Com expressões sérias.


- Alguma coisa aconteceu, pai? – foi Sirius que perguntou. Sim, ele mora aqui há dois anos porque fugiu de casa e acha que pode chamar meu pai de pai. Ok. To brincando. Sirius é da família.


- Acidente com um funcionário da minha empresa. – e apontou para a televisão.


Sentamos no outro sofá para saber mais detalhes.


- ... um carro bateu de frente com um caminhão de porte pequeno no início da noite, na estrada principal. Estão investigando se o motorista do caminhão estava embriagado. O carro capotou três vezes na pista molhada e bateu de frente em uma árvore. Ainda não sabemos o estado de saúde das vítimas. Foram encontrados alguns documentos, John, Alice, Petúnia e Lily Evans já foram levados para o hospital mais próximo...


- Nossa. – foi só o que consegui dizer. Sirius e minha mãe também pareciam preocupados. Mas nada se compara ao meu pai.


- As filhas dele, as filhas... Estavam juntos. E a esposa, Alice... – era só o que ele conseguia dizer.


Depois de a empregada trazer um calmante pro meu pai, que estava muito nervoso, parece que o tal John Evans era seu amigo e funcionário. Minha mãe achou melhor irmos ao hospital saber notícias da família.


Sirius e eu concordamos rapidamente e fomos junto com eles.


Levou mais de uma hora pra saber que hospital eles estavam afinal. Estava chovendo muito forte. No noticiário disseram no ‘’hospital mais próximo’’, como se isso ajudasse em alguma coisa. Todos já estávamos muito nervosos quando finalmente achamos o tal hospital.


Meu pai já estava esperando o pior. As imagens na TV mostraram o carro praticamente destruído. Minha mãe falava toda hora que tínhamos que ter fé.


A secretária do hospital perguntou se éramos parentes. Toda aquela burocracia de hospital. Meu pai já estava perdendo a paciência quando ela nos encaminhou para o médico que estava de plantão para saber alguma notícia.


Não eram notícias muito boas.


Apenas uma pessoa havia sobrevivido, porque estava com cinto de segurança. Lily Evans estava viva. John e Alice e Petúnia estavam mortos.


Confesso que mesmo não conhecendo as pessoas fiquei bolado com a história, Sirius também estava.


Nunca tinha visto meu pai chorar. Minha mãe e ele estavam muito abalados. Depois que a ficha caiu em todo mundo, minha mãe sugeriu que perguntássemos por Lily.


O médico disse que ela estava sedada. Quebrou o braço esquerdo e bateu com a cabeça. E repetiu novamente que o cinto de segurança salvou sua vida.


Respiramos aliviados. Pelo menos não era nada grave.


Depois que meu pai se acalmou um pouco, seguimos para a cantina do hospital. Ele começou a falar:


- Pode ser uma ironia do destino talvez. Mas a dois dias atrás John esteve em meu escritório.


Pausa. Esperamos ele continuar.


- Acho que ele sentiu que algo grave ia acontecer.


- Como assim? – Sirius perguntou.


Eu também não estava entendendo. Minha mãe não estava diferente de mim.


- Ele me pediu que se algo acontecesse com ele e a esposa dele, para que eu não deixasse as filhas dele sozinhas. Por que elas não têm mais nenhuma família, que eu não as deixasse ir para o orfanato...


Minha mãe entendeu na mesma hora. Sirius e eu também. Então quer dizer que essa tal... Lily? Que ninguém conhece vai morar na nossa casa?


Fiquei alheio ao resto da conversa. Minha mãe e Sirius pareciam estar adorando a idéia. Mas sem nem conhecer a garota primeiro?


Entendi o lado da minha mãe. Ela sempre quis ter outro filho. Mas depois que eu nasci ela teve um problema grave no útero, e desde então é muito perigoso, tanto pra ela e tanto pra criança, se ela engravidasse uma segunda vez.


Desde que Sirius se mudou pra lá, ela imediatamente o ‘’adotou’’ como um segundo filho. Sirius é e sempre será muito bem vindo na minha casa, tanto pra mim e tanto pro meus pais.


Mas levar uma pessoa que a gente nem conhece...?


Fui interrompido por meu pai me chamando.


- James, filho? Estamos falando com você.


- O quê? – perguntei normalmente.


- Queremos saber o que você acha se Lily for morar conosco. Se ela concordar com tudo é claro. – quem perguntou foi minha mãe. Ela parecia feliz. Claro que não estava feliz com o acidente, mas feliz por ganhar uma nova ‘’filha’’.


- Sirius? – perguntei.


- Por mim tudo bem, cara. – ele respondeu. – Vai ser super maneiro. – claro que Sirius ia concordar.


Eu não ia ser o estraga prazeres da menina e ser o responsável se ela for mandada para um orfanato.


- Tudo bem. – respondi.


Contra minha vontade.


                                                                 X


Lily foi pro quarto por volta da meia noite, sem correr nenhum tipo de risco de vida. Já a família dela. Não posso dizer a mesma coisa. Meu pai, que conhecia a família foi chamado para reconhecer os corpos. Minha mãe estava organizando o enterro que seria assim que Lily acordar.


Não consigo imaginar como vamos dar essa notícia tão drástica a ela. Simplesmente não consigo pensar no que falar. Meu pai e minha mãe se dispuseram a conversar com Lily. Sirius e eu vamos acompanhar eles até o quarto e aproveitar pra conhecer nossa ‘’irmã caçula’’. Ou eu acho que é. Nem sabemos a idade da menina. Deve ter cinco. Dez. Ou vinte. Meu pai não soube nos responder, pois só conhecia John e Alice. E conheceu Petúnia, há pouco tempo quando foi reconhecer o corpo. Segundo ele, ela devia ter seus 18 anos.


Estávamos caminhando lentamente pelos corredores do hospital, em direção ao quarto 701. Minha mãe foi na frente e abriu a porta. Havia uma enfermeira lá dentro, colocando algum tipo de medicação na veia da menina.


Fiquei sem palavras. Foi a primeira vez que a vi.


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Comentários (1)

  • Lana Silva

    OMG Sabe como eu fiquei em choque aqui ? Nossa como assim a familia toda morreu ? Eu fiquei muito besta mesmo. Poxaaaa agora sim eu tô sentindo muita pena da Lily. Eu ia começar falando sobre a frase de Shakespeare que tipo assim eu amooo muito é uma frase linda que eu sou apaixonada, mas quando vi o lance do acidente fiquei super passada. Nossa que sorte essa viu ? De o pai dela ter pedido isso ao pai do James. Por isso meu pai fica falando o tempo todo quando eu tô com ele pra colocar o cinto - não que eu seja besta de não colocar - mas ele fala. Vixe....Beijoos! 

    2012-07-16
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