Um.



1


A água escorria pelo o seu corpo, uma água morna, gostosa. Ótima para relaxar.


E era exatamente isso o que ela precisava. Relaxar.


Hermione Granger tinha vinte e três anos agora, continuava com a mesma aparecia de sempre, quem sabe, dois centímetros mais alta. Namorava Ronald Weasley e morava sozinha em um bairro trouxa/bruxo, em um apartamento pequeno, mas aconchegante. Era uma das psiquiatras do St.Mungus mais respeitadas – e chefe da ala psiquiátrica -  e tinha até uma figurinha nos sapos de chocolate!


Para muitos, Hermione já tinha uma vida feita.


Ela desligou o chuveiro e se enrolou na toalha rosa que estava pendurada ao lado do box. Limpou o espelho todo embaçado e suspirou.


Daqui à uma hora, ou menos, teria que voltar a trabalhar.


Não que ela não gostasse de trabalhar. Ela amava o seu trabalho. Mas estava ficando cansada, não tinha um dia de folga há três semanas. Não via Rony há três semanas.


Suspirou outra vez.


Ela abriu a porta do seu banheiro já parando no seu quarto. Um cômodo grande o suficiente para ter tudo o que era essencial. Uma cama de casal, um armário, uma estante pequena e uma mesinha para analisar as fichas de seus pacientes. Trocou a toalha por uma calça Jens e um blusa branca simples, o seu jaleco com o símbolo do St.Mungus foi por cima. Penteou os cabelos e lançou um feitiço para eles secarem imediatamente, prendendo-os logo depois em um coque apertado. Colocou dois brincos discretos que havia ganhado de Harry e Gina no seu aniversario no mesmo ano e finalmente ajeitou a sua varinha dentro das suas vestes.


Hermione se olhou no espelho pela a última vez e depois aparatou.


--X—


As noites em Azkaban são as piores.


Pense na sua memória mais sombria, na que te causa mais dor, na qual te causa mais arrependimento. Pensou? Agora imagine você tendo que reviver todas elas enquanto é o alvo de cinco pessoas lhe lançando crucio.


Isso não chega nem perto do que é à noite em Azkaban.


Você ouve gritos e grita junto com todos, mas ninguém escuta, muito menos liga. Você é torturado, mas na verdade não está sendo torturado coisa nenhuma. É tudo dentro da sua cabeça. E é por isso que muitos enlouquecem ou simplesmente preferem morrer ao passar mais uma noite ali dentro.


Mas Draco Malfoy não acreditava que podia ser tão ruim a esse ponto.


Até que foi obrigado a viver o que acontecia ali dentro de verdade.


As aulas de oclumência que sua tia lhe dera no passado não adiantaram nada. E ele gritava junto com os outros. Gritava até que os dementadores se afastassem. E eles demoravam a se afastar.


Mas em nenhum momento ele se arrependeu de ter feito o que lhe botou dentro daquele inferno. Nenhuma única vez.


Ele matou. Mas matou por amor.


Coisa que ele duvidara que alguém ali dentro havia feito.


Matou os assassinos de sua mãe, Narcisa, e os de sua noiva, Astória. E quando ele lhes perguntou o porquê de matá-las, eles responderam: “Traidoras de sangue! Traíram o Lord das Trevas! Por isso ele foi derrotado! Por essas malditas vadias traidoras de sangue!”


E então ele pronunciou as palavras que o condenariam para sempre.


--X—


N/A: Primeiro capitulo bem curtinho só para você saberem como anda as coisas no mundo bruxo rsrs.


Espero que vocês gostem dessa fanfic, eu já havia postado ela aqui antes, mas acabei excluindo...


Já estou trabalhando no segundo capitulo então ele deve sair logo.


Beijos; Cathy.

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Comentários (2)

  • Rosie Bolger

    Muito bom o teu cap, amei teu modo de escrever.  

    2013-01-30
  • Caren F

    Ain ain ain que tenso. Ficou ótimo o capítulo! Sério mesmo, partindo para o outro. Beeijos

    2012-05-20
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