Capítulo 3



Acharam uma cabine vazia, onde entraram e logo Alvo e Lorcam começaram uma partida de Xadrez, enquanto Rose lia um livro e Lysander observava os meninos jogarem. Algum tempo depois James juntou-se a eles, apenas para implicar com Alvo, mas não se demorou na vabine.


A porta abriu-se novamente, e Alvo já foi reclamando.


- Olha James, você realmente não t... – ele levantou os olhos para a porta – Ah, oi Scorpio.


- Oi Alvo...


Alvo o cumprimentou, mas Rose nem ao menos levantou os olhos do livro, mesmo tendo emburrado a cara ao ouvir o nome do garoto.


- Hey, Scorpio, quer jogar também? Podemos jogar uma partida de Snap explosivo... – chamou Lorcan


- Claro.


Rose fechou o livro com força e olhou para os demais.


- Não, ele não quer. Não acho que o papaizinho dele vá gostar de saber que ele anda se misturando com Traidores de sangue. – Todos ficaram em silêncio, enquanto Rose se encaminhou para a porta, a abriu e encarou o loiro. – Vai sair, ou prefere que eu te tire a força, Malfoy?


O garoto gaguejou algumas palavras antes de sair com os ombros arriados. Rose virou-se para os outros com as mãos na cintura.


- E não comecem a defender ele.


- Você poderia ser menos grossa, sabia? – disse Alvo – Eu quase confundi você com a mamãe. – resmungou mais baixo.


Rose não respondeu. Voltou ao seu lugar e abriu o livro novamente.


 


Mesmo que tentasse, era um tanto impossível fugir o tempo inteiro de Scorpio.


Rose parara de estudar na biblioteca e passou a fazer seus deveres no dormitório, passava o mínimo de tempo possível no salão comunal – alternando o tempo livre entre visitar Hagrid e ajudar Neville nas estufas – e evitava olhar na mesma direção que Scorpio. Mas ainda assim o via mais do que desejava. Eles tinham as mesmas aulas, e ele passara a sentar-se ao lado de Alvo, bem atrás de Rose e Lysander, e isso irritava a garota.


 


Quando as inscrições para o time de quadribol começaram, Rose enfim tinha com o que ocupar a cabeça, e em seu tempo livre, tomava aulas de vôo com James. Ela sabia voar, claro, seu pai a ensinara quando ainda era pequena, mas sua mãe nunca havia deixado ela voar realmente em uma vassoura. Somente em vassouras de criança, que saiam poucos metros do chão.


James jogava bolas comuns de golfe, enquanto Rose tentava agarrá-las. Aquilo ela havia herdado do pai: Era uma ótima goleira.


No dia do teste, Rose mal conseguiu pregar os olhos, e assim que os primeiros raios de sol começaram a aparecer, ela desceu as escadas, arrependendo-se amargamente da sua decisão, no segundo em que adentrou o salão comunal.


Scorpio estava sentado em uma poltrona em frente a lareira. Só havia ele na sala, todos ainda dormiam. Ela sentou-se do outro lado da sala, e ele não pareceu ter notado a sua presença. Continuava olhando para as chamas, distraído.


Rose recostou a cabeça para trás e fechou os olhos. Em algumas horas estaria voando pelo campo, competindo com outros alunos da Grifinória o posto de goleira do time. Seu pai ficara orgulhoso de saber que ela estava tentando a vaga, ele ficara tão feliz que lhe mandou uma vassoura nova.


- Você está bem?


Ela praticamente pulou da poltrona, abrindo os olhos com rapidez e encarando Scorpio.


- Estou. – foi o mais seca que conseguiu.


- Hm, não parece. – ele sentou-se ao seu lado.


Por um tempo eles ficaram em silencio total, apenas olhando cada um para um lado, mas então Scorpio quebrou o silencio.


- Você recebeu o meu bilhete?


- Qual? O que você se desculpa mas diz que não quer ser meu amigo? É eu recebi.


- Eu nunca disse que não queria ser seu amigo. Disse que não seria sensato.


- Dá no mesmo.


- Não, não dá. Tanto não dá que sou amigo do Alvo.


Rose não respondeu.


- Vai pelo menos me desculpar pelo que falei?


- Desculpar? Você me chamou de uma das piores ofensas para um bruxo. Acha que isso tem desculpa?


- Eu disse que seria grosseiro.


- Então não me falasse.


- E você deixaria eu não falar?


Ela baixou os olhos.


- Viu. A culpa não é minha. E em nenhum momento eu disse que concordava com aquilo.


Ela tornou a ficar em silencio.


- E então? – Ela o encarou. – Me desculpa, Rose Weasley?


Ele a olhava com sinceridade nos olhos, notando que ela ponderava.


- Tudo bem, eu te desculpo. – ele sorriu timidamente, e ela mudou de assunto – O que faz acordado a essa hora?


- Teste de quadribol. – ele apontou para a vassoura encostada próxima a escada do dormitório masculino.


- Eu também farei o teste. Qual a posição?


- Artilheiro. Você deve tentar a vaga de goleira, é claro.


Ela assentiu com a cabeça.


- Acho que já está na hora do café. – os dois levantaram-se e foram para o salão.


 


O teste não fora difícil e nem demorado, então, antes do almoço eles estavam reunidos na arquibancada ouvindo o capitão do Time, Mark Stevens, falar. James estava logo atrás do capitão, e fazia sinal positivo com o dedo para Rose.


-... E todos tiveram um bom desempenho, mas apenas os melhores ficarão. A lista de selecionados estará disponível no salão comunal até o fim da tarde. Obrigado a todos, e boa sorte.


O time seguiu para o vestiário, e os demais para dentro do castelo, conversando alto e parecendo apreensivos.


- E então...? – Scorpio corria para acompanhar Rose – Como acha que foi?


- Bom, eu agarrei 8 de 10, mas o outro goleiro agarrou 9 de 10.


- É, mas você não choramingou quando o grandalhão do sexto ano atirou a goles. E ainda conseguiu agarrar a dele.


- Tomara que levem isso em consideração. E você? Como acha que foi?


Eles chegaram ao grande salão, e sentaram-se junto com Alvo e Lyz, que se entreolharam, espantados.


- Acho que fui bem. Tirando o balaço que me acertou, voei realmente bem.


- Quanta modéstia – sussurrou Rose


- E quando sai o resultado? – perguntou Alvo


- Hoje a tarde.


- Boa sorte! – desejou ele aos dois.


 


Naquela tarde a sala comunal estava agitada. Todos esperando que Mark colocasse o resultado no quadro de avisos, e quando o fez, todos se amontoaram em frente a ele para conseguir ver. Entre empurrões e cotoveladas, Rose conseguiu chegar ao quadro, e lá estava a lista.


 


Time de quadribol – Grifinória.


Goleira:          Rose Weasley


Artilheiros:     Mark Stevens / James Potter / Scorpio Malfoy


Batedores:      Carl Phillip / Josh Bennet


Apanhadora:  Meggan Hudson


 


James foi o primeiro a chegar até a ruiva, e a abraçou.


- Bem vinda ao time, Rosinha! – ele a pegou no colo e a girou – você agarrou muito bem!


- Obrigada Jay – respondeu, vermelha, enquanto Alvo e Lyz juntavam-se aos dois e parabenizavam a menina.


- E olha, o Scorpio também entrou! – disse Lyz – parabéns aos dois.


- Onde já se viu? – exclamou James, olhando de lado para o quadro de avisos – Um Malfoy no time da Grifinória. Absurdo...


E saiu reclamando em direção aos amigos. Scorpio se aproximou com um sorriso tímido nos lábios.


- Hey! Parabéns pela vaga.


- Você também! Espere até eu contar ao papai! Ele vai pirar. - Rose saiu correndo para fora da sala, em direção ao corujal.


Scorpio continuou no mesmo lugar, olhando para o vazio.


- Não vai contar a novidade para o seu pai? – perguntou Alvo.


- Não há nada que vá desapontar meu pai, mais do que eu isso. Acredite, ele não irá querer saber.


- Mas você entrou pro time! Isso é ótimo! – animou-o, Lyz


- Não para ele. Ou não perceberam que eu entrei para o time da Grifinória? Como seu irmão disse, Alvo: Um absurdo.


Ele se afastou dos dois, subindo para o dormitório.

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Comentários (2)

  • Giselle Pontas

    Oi Narália, obrigada por comentar :DSim, eu pretendo mostrar um pouquinho sobre todos os anos deles, mas não necessáriamente acontecimentos em Hogwarts, e nem um capítulo por ano.Fico feliz que esteja gostando :D 

    2012-02-23
  • Natália Denipoti de Oliveira

    To adorando a fic :) uma pergunta: voce vai contar todos os anos deles né?? adoro isso haha

    2012-02-22
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