Capítulo 1



- UAU! – fez-se coro, quando Hagrid os conduziu até a margem de um lago negro, onde alguns barcos estavam atracados. Na margem oposto, erguendo-se em uma rocha enorme, podia-se ver as luzes de Hogwarts.


- 4 em cada barco, por favor.


Rose e Alvo pularam para um barco onde um casal idêntico os chamava com os braços erguidos. Lysander e Lorcam Scamander eram gêmeos, filhos de Luna Lovegood e Rufos Scamander, e eram amigos de Rose e Alvo desde sempre.


Juntos, os quatro viram as luzes tornarem-se mais fortes, o castelo ficar maior e a emoção crescer. A sua volta os sussurros entusiasmados preenchiam o silencio, hora ou outra alguém exclamava mais forte, dizendo ter visto um tentáculo, e em dado momento um garotinho de cabelos negros gritou, jurando ter visto o rabo de uma sereia.


Para Rose, pareciam ter passado apenas alguns segundos quando o barco bateu levemente na rocha, e Hagrid começou a ajudar os alunos a saírem.


- E então, Rosinha? – perguntou o homem, enquanto a ajudava a desembarcar – o que achou da sua primeira vista de Hogwarts?


- É tão... Grande e... Mágico. – respondeu, tornando a olhar para o castelo a sua frente.


O homem apenas riu, ajudando os demais a desembarcarem. Ela segurou a mão de Alvo, que tremia e suava, e passara todo o caminho calado, e juntos seguiram os outros alunos e Hagrid, que iam em direção ao castelo.


 


-... A partir de hoje, Hogwarts será a sua casa. Seus triunfos renderão pontos, e seus fracassos o tirarão. – a voz severa de Minerva fazia-se ouviu acima dos poucos sussurros vindo das 4 mesas apinhadas de alunos. – Ao final do ano letivo, a casa com maior número de pontos vencerá a taça das casas.


Mas apenas metade da atenção de Rose estava voltada para a diretora. Enquanto alguns alunos olhavam embasbacados para o céu estrelado, outros olhavam intrigados para o chapéu que agora cantava. Mas apenas uma pessoa não prestava atenção em nenhuma das duas coisas.


Duas fileiras a sua frente, um menino loiro de expressões finas e olhos acinzentados virava a cabeça a cada minuto para trás, e quando seu olhar encontrava o de Rose, tornava a virar-se para frente corado. O chapéu parou de cantar, e a diretora tornou a falar.


- Agora vou chamar-lhes pelo nome. Devem sentar-se neste banco, colocar o chapéu na cabeça, e esperar que ele anuncie sua casa.


Alvo tremeu e apertou o braço de Rose.


- Hey, All, fica calmo – ela sussurrou – vai dar tudo certo.


Ele olhou para a prima com a expressão de que se abrisse a boca poderia vomitar. Seus olhos lacrimejavam e ele assumira um tom pálido. Mas antes que Rose pudesse falar qualquer outra palavra de consolo, a diretora chamou com a voz alta.


- Alvo Severo Potter.


O silencio no salão agora era palpável. Rose olhou para a mesa dos professores e viu que Neville, ou o professor Longbotton, levantou-se alguns centímetros para poder ver. Hagrid sorria tentando tranqüilizar o pequeno, enquanto ele e tropeçava em direção ao chapéu. Na mesa da grifinória James olhava atento, com um sorriso zombeteiro nos lábios, visto a ansiedade do irmão mais novo.


Mesmo sentado era possível notar que Alvo tremia, e ele tinha total noção disso, visto que segurava com força na borda do banquinho, enquanto a diretora colocava o chapéu velho em sua cabeça, cobrindo seus olhos e orelhas.


- Ora, ora, se não é mais um Weasley-Potter. Hmmm... O que eu faço com você? – perguntou a vozinha em sua cabeça – seu pai me deu trabalho, e confesso que em dado momento quase me arrependi de tê-lo posto onde pus, mas você... Hmmm... Não tem a força de sua mãe. E vejo que nem a coragem de seu pai... Ou estou enganado?


- Eu não quero ir pra sonserina. – pensou Alvo, quase implorando.


- Oh não, não... Pensei em... Lufa-lufa, talvez?


Alvo não havia pensado nessa possibilidade. Sempre se imaginou um Grifano e temeu a sonserina, mas nunca havia pensado em outra casa.


- Mas... Papai disse que você levaria em consideração...


- HÁ! Vão querer ensinar-me meu trabalho agora? Vejo apenas o que está na sua cabeça, jovem. E vejo potencial para Lufa-lufa... Mas Grifinória...? Hm... Quem sabe...


- Por favor... – agora ele tremia mais ainda, e seus olhos lacrimejavam como nunca.


- Vamos ver. Talvez seja interessante... Hm... Sim... Sua mente me dá todas as respostas que eu preciso... Uhun... – e então, tomando fôlego, o chapéu anunciou em voz alta – GRIFINÓRIA.


Alvo não soube explicar como conseguiu tirar o chapéu e andar até a mesa onde Victoire e James o esperavam.


- Cara, tinha que ver a sua cara – gritou James, em meio aos aplausos – precisava de uma foto desse momento.


Ele só conseguia sorrir, e viu Rose acenando para ele com o polegar estendido.


- oi. – Rose levou um susto quando ouviu uma voz próxima.


Ela olhou e viu o menino loiro e de olhos cinzas do seu lado, sorrindo de lado.


- Hm, Oi.


- Você é Rose Weasley, não é?


- Como você sabe?


Ele deu de ombros antes de responder.


- Vi você e seus pais na estação.


E então Rose lembrou-se daquele rosto.


- Scorpio Malfoy?


Ele estendeu a mão.


- Muito prazer.


Ela apertou, pouco confiante de que teria sido realmente prazeroso para ele, encontrá-la.


A cerimônia seguia, mas nem Scorpio e nem Rose puxaram mais assunto. Lysander fora transformada em uma Grifana, enquanto Lorcam fora para a Corvinal (como sua mãe).


- Rose Jane Granger Weasley.


Ela seguiu para o banquinho, tentando manter o sorriso sem tremer. Sentou-se e a professora colocou o chapéu em sua cabeça, como fez com os outros. Não demorou nada para que a vozinha soasse em sua cabeça como um riso.


- AH! Que todos fossem fáceis assim... – disse a voz – Onde mais colocar uma Granger-Weasley se não na... GRIFINÓRIA.


Ela seguiu para perto dos primos e foi abraçada por Alvo. Mas sua atenção voltou-se rapidamente para os alunos, no minuto em que a professora Minerva chamava:


- Scorpio Hyperio Greengrass* Malfoy.


O menino estufou o peito e seguiu a passos lentos para o banquinho.


- 2 galeões que ele é sonserino. – sussurrou James para um garoto a sua frente, que sorriu e tocou o punho fechado no dele.


- Feito.


Ele sentou-se no banquinho, e a exclamação do chapéu quase o fez pular.


-AH! Um Malfoy... Acho que sonserina vai ganhar mais u...


- Eu não sou o meu pai. Não sou um sonserino.


- Ora, ora, como não? Está no seu sangue.


- Não, não está.


O chapéu tornou a rir com deboche, mas manteve-se em silencio, apenas murmurando palavras sem sentido enquanto analisava a cabeça de Scorpio. O salão estava mergulhado em sussurros e cochichos. Os professores comentavam entre si, e a mesa da sonserina parecia alarmada. Era raro o chapéu demorar tanto assim para classificar alguém.


- Não ligo para sangue puro, eu não sou o meu pai. – repetiu Scorpio, entre dentes.


- Certo, certo. Sinto que posso me arrepender disso, senhor Malfoy, mas se é a sua vontade... GRIFINÓRIA.


Ninguém aplaudiu. Nem mesmo os professores acreditavam no que estavam ouvindo: Um Malfoy na grifinória? Todos o acompanharam com os olhos, e boquiabertos, quando ele andou trêmulo, mas sorrindo, em direção a mesa da grifinória, sentando-se em uma das pontas, um pouco afastado dos demais.


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* Scorpio não tem o sobrenome da mãe (Segundo sites de pesquisa), mas acho que ele não ser só um Malfoy fará parte da personalidade dele.

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Eeeentão pessoas que leem isso aqui (Tem alguém?) Estou aguardando comentários, correios corujas, sinais de fumaça, e-mails, cartas e patronos. Quero saber o que estãoa chando...
Beijinhos, 

Pontas 

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Comentários (1)

  • Bruneca Granger Weasley

    Poxa otima sua fic, adoro ler fics onde o scorpius se torna mais doce..................só espero que nao demore no proximo cap.........Bjssss

    2012-02-14
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