capítulo 5



Sirius Black    
capítulo 5




Peguei meu celular que vibrava no meu bolso insistentemente e atendi sem ao menos procurar saber quem era.


- SIH! – ouvi a voz irritante da Héstia ecoar, fazendo com que eu instintivamente afastasse o aparelho de meus ouvidos a fim de preservar meus tímpanos.


- Olá, Jones... – disse com pesar, fazendo com que James que estava ao meu lado risse.


- Essa garota é louca, Pads... – ele disse baixinho, voltando a dedilhar uma música qualquer em seu violão.


- Eu estava pensando, vamos sair hoje à noite? Apenas nós dois, então eu posso fazer aquela massagem que você tanto gosta. – ela disse como se estivesse me chamando para ir ao cinema.


Por mais que sexo seja um ótimo programa para se fazer a uma sexta à noite, recusei educadamente. A ideia de ter Héstia dizendo que namorávamos, logo agora que eu conseguira desmentir o boato anterior, não era exatamente o que eu queria.


Ela ainda estava no telefone, tentando me convencer a sair com ela. Recusei mais duas vezes, e então desliguei.


- Sério, o que eu fiz para merecer isso? – perguntei para James.


- C’est la vie, mon ami. – ele disse rindo, e eu lhe mostrei o dedo.


- Tipo, eu tenho a Héstia no meu pé e como se não bastasse a Narcissa está lá em casa hoje... – eu disse suspirando – Eu realmente não estou nem um pouco a fim de ser molestado pela minha prima... Preciso fazer algo hoje à noite.


- A Narcissa não é tão má... – James disse com um sorriso.


- Você não está ajudando nem um pouco, Prongs. – eu disse, sorrindo sarcasticamente.


- O que você quer que eu fale? – ele me perguntou, e eu o encarei com a minha melhor cara de merda - Você sabe que se não sair hoje é porque não quer; já que várias garotas pediram para sair com você, e também não é como se a Rosmerta conseguisse dizer não para você.  


- Ah sei lá... – eu disse, olhando para o teto.


- Quando você vai mostrar para a sua mãe? – James perguntou, depois de um tempo de silêncio.


- Não sei... Você viu a bronca que eu levei do Moony, “caralho, Padfoot! Que porra é essa, você não pensa...”... – eu disse rindo levemente.


- Mas depois ele gostou. Típico do Moony, tentar colocar juízo, mas por fim sendo o que mais atiça. – James disse, e eu confirmei.


- De qualquer forma, vou esperar um pouco. Mostrar primeiro a Eleonor, acostumar a velha, já que por mais chata que ela seja, se ela tiver uma síncope nervosa por minha culpa, eu não me perdoarei tão fácil.


- Acho que essa é a coisa mais legal que já ouvi você dizer sobre a sua mãe... – James disse em falsa emoção.


- Vai se ferrar... – eu disse rindo, fazendo com que James desse nos ombros.




Estava deitado em meu sofá, encarando o teto como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo, quando resolvi tirar meu celular do meu bolso e ligar para Marlene.


- Alo, Sirius? – ela respondeu, e eu sorri comigo mesmo.


- Hey Kinnon, tudo bom?


- Tudo certo, e com você? ­


- Tudo bem também... Eu estava pensando, você tem algo para fazer hoje à noite? – perguntei como quem não quer nada.


- Estava planejando adiantar minha leitura, logo não. – ela respondeu rindo, e eu pensei quem lê em uma sexta-feira à noite.


- Você não quer terminar o trabalho ou sei lá? – perguntei coçando a cabeça.


- Sirius Black? Fazendo trabalho em uma sexta-feira à noite? Você não tem alguma festa ou algum encontro? ­– ela perguntou parecendo surpresa.


- Sinceramente, não. – eu disse surpreendendo a mim mesmo.


- Sério? Você poderia ligar para qualquer garota e sair com ela se quisesse. – ela disse sem entender.


- Se você não quer fazer o trabalho hoje, é só falar. – eu disse, cansado dessa atitude.


- Calma, a gente faz o trabalho hoje… - ela disse levemente estressada.


- Certo, na minha casa às 19h.


- Então você quer que eu passe na sua casa em trinta minutos? – ela perguntou rindo, fazendo com que eu revirasse os olhos.


- Não, eu estarei passando em sua casa em trinta minutos e então iremos a minha casa.


- Ok... – ela disse ligeiramente desconfiada, e eu desliguei, sabendo que isso a deixaria puta.




Eram 19h20, quando toquei a campainha da casa de Marlene.


- Você está atrasado. – Marlene disse com cara de quem comeu e não gostou ao abrir a porta.


- Ah, Kinnon... Foram só vinte minutos. – eu disse, fazendo uma cara meiga. Ela me deu um tapão no braço, não é à toa que o Kyle reclama, ela forte! Enfim, levei um tapa, mas ganhei um sorriso.


- Ô MÃE, O SIRIUS CHEGOU! ESTAMOS INDO, OK? – ela gritou, recebendo um murmúrio de aprovação da mãe.


Ela trancava a porta com um pouco de dificuldade, girando a chave para o lado errado. É, ser canhoto tem seu preço. E enquanto isso, eu a observava. Ela vestia uma minissaia jeans daquelas rasgadas, uma regatinha “navy”, um cardigan marrom escuro, galochas escuras que iam até um pouco abaixo de seu joelho e a bolsa famosa da Proenza Schouler na cor caramelo.


Certo, admito que galochas são estranhas, mas caíram tão bem nela que a confundiria com uma daquelas garotas que faz propaganda da Abercrombie, principalmente porque ela SÓ estava vestindo Abercrombie. Galochas estranhas, o caralho a quatro. Fodam-se as galochas. Vocês viram aquelas pernas?


- Hemhem. – Marlene pigarreou, e eu desviei o olhar de suas pernas. Eu não me importava de ser pego no flagra, mas ela, em compensação, estava extremamente corada.


- Nós temos um problema. – eu disse, e ela me encarou sem entender, então eu indiquei a calçada com a cabeça.


- Ai meu Deus! Você realmente comprou! – ela disse em um estado quase que catatônico.


- Comprei. – disse sorrindo, vendo ela se aproximar da moto como uma criança se aproximando de um cachorro bravo – É tão linda.


- Kinnon, Eleonor. Ellie, Marlene. – eu disse sorrindo de orelha a orelha.


- Você acabou de me apresentar para sua moto? – ela perguntou rindo, e eu confirmei.


- Enfim, vamos. – eu disse subindo na moto.


Vi Marlene encarar a moto com curiosidade para então dizer:


- Entendi porque temos um problema agora. – eu ri depois dessa.


- Sobe aí, eu fecho os olhos. – disse tampando meus olhos com as mãos e ouvindo uma risada gostosa dela.




- Sirius, você passou a entrada para a sua casa. – Marlene disse preocupadamente, e eu pude sentir que, se ela virasse o corpo ainda mais para ver a entrada perdida, ambos cairíamos da moto.


- Senta direito, Kinnon... – eu pedi rindo, fazendo com que ela se desse conta que estávamos em uma moto e que ela não podia fazer qualquer tipo de movimento sempre que quisesse – E eu sei que passamos, mas nós não estamos indo para minha casa.


- Para onde estamos indo? Sirius Black, para onde estamos indo? – ouvi Marlene perguntar uma cinco oitavas mais alto que o normal.


- Calma, Kinnon. – eu disse divertidamente – Você já vai ver.


- Sirius Black, eu juro que se eu sentir vontade de matar, eu vou seguir meus instintos.


- Uhuhu, violenta! – eu disse brincando, levando um tapa dela – Ai, ai!




Estacionei a moto na garagem, tirando o capacete rapidamente para me deparar com Marlene tendo dificuldade em tirar o dela. Observei-a tentar se livrar dele, se ela pudesse usar os dentes, ela com certeza o faria, e ri comigo mesmo ao pensar que ela até que ficava bonitinha nessa situação...


- Já pode me ajudar já. – ela disse brava, e eu balancei minha cabeça levemente tentando tirar o que eu tinha em mente da minha cabeça.


- Certo. – disse rapidamente, tirando o capacete dela com um simples toque.


- Essa coisa tem trava a prova de criança? – ela perguntou fazendo bico, eu ri.


- Vamos... – eu disse oferecendo o braço a ela.


Andamos até as escadas, e quando começamos a subi-las, soltei o comentário que me renderia hematomas.


- Calcinha rosa bonita, Kinnon. – disse piscando para ela que ficou boquiaberta.


- Seu filho da puta. – ela disse irritada, mas rindo, correndo para as escadas o mais rápido que podia.


Em pouco tempo cheguei em meu andar e Marlene chegou um pouco depois de mim, batendo-me forte mente no braço.


- Isso dói. – reclamei, enquanto abria a porta.


- Bom mesmo... – ela disse séria – De quem é essa casa, Sirius?


- Minha. – eu disse sorrindo orgulhosamente.


- Sua? – ela perguntou cética, entrando no lugar.


Ela examinou o lugar rapidamente, afinal não era como se ela tivesse muito o que ver. Ela viu minha cama, meu armário, minha escrivaninha, o banheiro, o sofá com muitas almofadas, a cozinha, olhou pela janela... Ela examinou tudo, bateu levemente nas paredes, pulou um pouquinho para ver como era o taco do piso. Sinceramente, eu estava ficando com medo do que ela fosse falar.


- Você está morando aqui? Nessa quitinete? – ela perguntou descrente, e eu confirmei – Pelo amor de Deus, Sirius... Uma quitinete? Você trocou sua casa por uma quitinete?


- É o que parece, não é? – eu disse um pouco carrancudo, ninguém critica minha casa.


- Por quê? – ela perguntou cansadamente, sentando no sofá.


- Porque eu não aguentava mais ficar naquela casa. – respondi friamente.


- Por que você não comprou algo um pouco melhor, então?


- Porque eu comprei a Eleonor. – eu disse irritado, encostando-me na parede.


- Você preferiu gastar uma pequena fortuna numa moto do que investir num lugar melhor para morar? – ela perguntou como se fosse muito difícil de acreditar que eu fizesse isso.


- Algum problema?


- Aparentemente, não; tirando, claro, o fato de você ter sido extremamente irresponsável. – ela disse me dando bronca.


- Você está me dando uma bronca? – perguntei retoricamente – Se eu quisesse bronca, Marlene, eu ia convidava minha mãe a vir aqui, não você.


- Como você é criança. – ela disse, fazendo-me rir.


- Eu, criança? Tem certeza que sou eu quem está sendo criança? – perguntei sarcasticamente ao elevar meu tom de voz, ela me encarou com os olhos arregalados, calando-se por alguns segundos.


- Vamos terminar logo o trabalho, então você pode me levar para casa. – ela disse por fim.




Estava terminando de digitar a conclusão quando Marlene colocou a mão em meu ombro, fazendo com que eu me virasse e a encarasse.


- Desculpa. – ela disse ligeiramente ressentida, e eu levantei uma sobrancelha rindo levemente.


- Como? – eu perguntei fingindo que não tinha entendido.


- Me desculpa. – ela pediu novamente, corando.


- Eu não entendi...


- Me desculpa por ter dado um chilique... – ela começou a dizer, mas parando ao notar que eu prendia o riso – Eu não acredito nisso, eu tentando me desculpar e você de gozação comigo? – ela disse descrente, fazendo com que eu risse abertamente – Eu retiro minhas desculpas.


Vi Marlene se levantar e começar a pegar suas coisas e enfiá-las rapidamente em sua bolsa.


- O que você está fazendo? – perguntei idiotamente.


- Não é óbvio? Eu estou indo embora, Black. – ela disse brava, fazendo com que eu arregalasse os olhos e me levantasse.


- Qual é, Kinnon? Sério? – eu disse descrente – Eu estava brincando, se eu soubesse que você fosse ficar tão brava não teria feito isso... Me desculpa, vai.


- Tanto faz... – ela disse ainda brava e caminhando até a porta.


- Exagerada... – eu disse baixo, mas não o suficiente para que ela não ouvisse.


- Sou mesmo! – ela disse, parando na frente da porta – Abre a porta!


- Sem chance. – eu disse rindo, fazendo com que ela se virasse e me encarasse furiosa. Sério, ela estava furiosa do tipo com chamas nos olhos.


- Sirius Black!


- Marlene McKinnon! – disse no mesmo tom de voz, zombando da cara dela.


- Abre a maldita da porta ou... – ela começou.


- Ou você vai arrombar a porta? Adoraria vê-la tentar. – eu disse cínico fazendo com que ela colocasse a bolsa dela no chão e virasse para o sofá onde as chaves pareciam reluzir.


- Sério? – eu perguntei rindo, mas ao vê-la se aproximar das chaves, fui mais rápido e peguei a chave, segurando-a no alto – Você quer?


- Sirius, abre a porta ou me dê as chaves. – ela disse colocando as mãos na cintura, ficando muito fofa... E estranhamente intimidadora.


- Ham, deixa eu pensar... – disse sorrindo sacanamente – Não.


- Me dá... – ela disse tentando pegar as chaves, mas não alcançando. Ela pulou algumas vezes, mas depois sorriu maliciosa e me deu um soco no braço.


- Caralho, Marlene... Tá louca? – eu perguntei a enquadrando contra uma parede.


- Desculpa...? – ela perguntou sorrindo levemente, fazendo com que eu a encarasse como se ela fosse totalmente louca.


- Você é louca. – eu disse, e ela confirmou, fazendo com que eu gargalhasse e incentivasse o riso dela.


Nós ficamos rindo por um tempo e quando isso acabou, passamos a nos encarar em um silêncio constrangedor, o qual só foi quebrado quando eu ri levemente.


- O que foi? – ela perguntou curiosa.


- Eu não acredito que eu vou fazer isso. – eu disse rindo descrente, era tão clichê.


- Fazer o... – ela começou, mas parou assim que viu meu rosto se aproximando do seu.


- Esquece isso. – eu disse me afastando e respirando fundo – Vamos assistir um filme, ok?


- Ok... – ela disse indo se sentar no sofá, enquanto eu arrumava meu notebook na mesinha de centro.


- Qual filme você quer ver? – perguntei virando para trás – Life as we know it, Megamind, The Rebound, Aladdin, Saw, American Pie, The Hangover, Footloose...


- Você tem Footloose no seu notebook? – ela perguntou surpresa, fazendo com que eu risse comigo mesmo.


- Só não conte a ninguém. – eu disse, fazendo com que ela risse – Footloose, então?


- Pode apostar... – ela disse rindo.


Cara, o que está acontecendo comigo? Eu não sou esse Sirius Black cheio de bixisses... AAARGH!




Estávamos na parte em que Footloose tocava, e eu percebi que havia algo de diferente com Marlene, ela estava inquieta, fazendo com que eu temesse que ela estivesse passando mal.


- Você está bem? – perguntei desconfiado, fazendo com que ela sorrisse amarelo.


- É só que eu gosto muito dessa música...


- E? – perguntei a encorajando.


- Você vai rir de mim...


- Provavelmente. – respondi sorrindo e ela me empurrou levemente.


- Eu sempre fico com vontade de dançar quando ouço essa música. – ela disse e eu ri – Eu disse que você ia rir.


- E eu confirmei que ia mesmo... – eu disse rindo – Mas então, se quer dançar, dança. – ela me encarou cética – Eu fecho os olhos.


- Boa tentativa, mas não caio mais nessa. – ela disse rindo, fazendo com que eu risse junto – Sem contar que a música já está acabando.


- Sem problemas... – eu disse voltando a música para o começo e ela me encarou levantando uma sobrancelha – Ah, vai... Eu quero ver agora. – eu disse, e ela negou – Eu danço com você...


QUE? EU DANÇO COM ELA? QUE?


Eu não estou pensando de acordo, fumei crack sem saber só pode. Lucy in the Sky with Diamonds.


- Sério? – ela perguntou tão chocada quanto eu, talvez um pouco menos, talvez ela estivesse esperançosa.


- Posso tentar... – eu vou me matar, porra. Ótimo momento para falar sem pensar, ótimo momento!


Então observei Marlene levantar levemente e começar a dançar. Ela não dançava num estilo Pussy Cat Dolls, não que eu estivesse pensando que ela dançasse assim. Ela dançava calmamente, apenas mexendo seus pés e dando pequenos giros, que de pequenos não tinham nada... Ela dava umas cinco voltas nesses giros e voltava a dançar normalmente, nem um pouco tonta. E então, antes de eu perceber, eu estava dançando com ela. Então ela riu e fez uma estrelinha, sim, ela fez uma estrelinha e conseguiu não bater em nada, mas isso me deu a visão privilegiada de suas calcinhas, e quando eu ri, ela me empurrou um pouquinho, fazendo com que nós dois ríssemos. No começo eu não sabia se era impressão minha, parecia-me que Marlene dançava se aproximando de mim, fazendo com que eu tivesse de me afastar, contudo senti minhas costas irem de encontro à parede e percebi que aquilo não era impressão. Mal tempo tive de sorrir com essa descoberta, pois assim que minhas costas encostaram na parede, senti não apenas os lábios de Marlene selarem os meus, mas senti todo seu corpo colado ao meu.


Senti sua língua contornar meus lábios, pedindo passagem, a qual concedi mais do que prontamente, mas antes mesmo que pudéssemos aprofundar o beijo ela havia se separado de mim.


- Me desculpa. – ela disse, e eu percebi pelo seu tom de voz que ela estava em choque. Eu não estava em choque, mas estava bastante surpreso enquanto a observei se afastar cada vez mais até sentar-se no sofá.


Eu aproximei-me dela calmamente e, cara, como ela é linda... Como eu nunca havia reparado nela antes? Quando cheguei muito próximo do sofá, senti suas mãos nas minhas puxando-me para baixo, fazendo com que por pouco eu não caísse em cima dela, eu tinha uma de minhas pernas no chão e outra entre suas pernas no sofá, enquanto minhas mãos estavam no encosto do sofá, impedindo que eu caísse.


Ela levou uma de suas mãos as minhas costas enquanto a outra fora para o meu pescoço, puxando-me levemente para frente enquanto ela se erguia para me alcançar. Ela beijava como nenhuma outra garota, um beijo demorado de quem sabe o que faz e que me tirava do sério. Por algum motivo, minhas mãos permaneciam no sofá, então fiz o favor de tirar uma delas de lá e colocar na cintura de Marlene, apertando-a levemente.


- Come on, Black... I know you can do better than this. – ela disse, fazendo com que eu risse, enquanto pousava meus lábios logo abaixo de sua orelha. Peguei o lóbulo da orelha dela entre os dentes e respirei profundamente, fazendo com que ela se arrepiasse.


- You don’t wanna know all I can do, Kinnon. – eu disse, ligeiramente rouco, recebendo uma puxão de cabelo que faz com que meus olhos encarassem os dela, sorri.


- Try me, show me what you got. – ela disse, mordendo meu lábio inferior.


- You asked for it. – disse tirando minha mão de sua cintura, colocando-a um pouco acima de seu joelho, para então levantá-la e fazer com que ela caísse no sofá, soltando um gritinho de susto.


Eu ri rapidamente, não tinha tempo para isso, então deitei meu corpo sobre o dela, deslizando minha mão por toda extensão de seu corpo, fazendo com que ela prendesse a respiração. Senti ela começar a beijar meu pescoço, enquanto eu tratava de livrá-la daquele cardigan maldito que ela usava. Uma vez livre do maldito, passei a beijar seus ombros e clavículas, tendo suas mãos arranhando minhas costas por debaixo da camiseta como incentivo, mas de repente, senti uma de suas mãos em meus cabelos, ela me puxava para capturar meus lábios novamente. Enquanto nos beijávamos, coloquei uma de minhas mãos em sua cocha acariciando-a ora mais forte ora mais leve conforme a intensidade do beijo, e como eu adorava saias.


Enquanto minha mão explorava aquelas pernas perfeitas, a dela insistia em brincar com o cós da minha calça ou em massagear minha lombar. Eu não aguentaria muito tempo com ela sob mim, principalmente, quando ela insistia em erguer-se em minha direção, então como que instintivamente, coloquei uma de minhas mãos em seus glúteos e a trouxe para perto de mim em um movimento um tanto quanto brusco.


Daria tudo para não ter feito isso, já que isso aparentemente fez com que o juízo de Marlene voltasse e ela me empurrasse para o chão.


- Auch. – eu disse, porque realmente havia doído.


- Eu... Erm... Eu vou ao banheiro. É melhor você se aprontar para me levar para casa. – ela disse evitando olhar para mim, fazendo com que eu risse.


- Pode deixar que eu vou me “aprontar”. – disse, e quando ela entrou no banheiro, permiti-me praguejar – Merda.




Em pouco tempo já estávamos na frente da casa dos McKinnon. Marlene saiu primeiro da moto, e eu saí logo depois a acompanhando até a porta.


Não sei quanto tempo ficamos apenas encarando um ao outro... Awkward. Nós simplesmente não sabíamos mais como agir. Os eventos anteriores estavam ainda muito frescos em nossas mentes.


- Erm... Ahn... – eu comecei, sem saber o certo o que dizer. Puta que pariu, se controle, Black!


- Tchau, Six. – Marlene disse me abraçando, instantaneamente eu a envolvi em meus braços e me permiti enterrar meu rosto em seus cabelos.


- SAIA DE PERTO DA MINHA IRMÃ! – eu ouvi Kyle falar, puxando Marlene para longe de mim e me segurando pela minha camiseta.


- McKinnon, me larga. – eu disse com calma, lutando para não lhe dar um soco.


- Por que eu deveria? Porra, Black! A Marlene é minha irmã, não é nenhuma das suas putinhas quaisquer, então não a trate como tal! – Kyle ficava mais vermelho a cada palavra.


- Do que você está falando, Kyle? E pelo amor de Deus, larga ele. – Marlene disse brava, quase tão vermelha quanto o próprio irmão.


- Do que eu estou falando, Lene? – ele perguntou chocado e me soltando – Vai dizer que vocês dois não foderam como coelhos aonde quer que vocês estavam? Porque se isso não tivesse escrito na sua cara, está escrito no seu cabelo... Eu sei como o cabelo de uma mina fica após sexo, Lene... E você está com cabelo de sexo!


- O que? – Marlene perguntou, rindo da cara do irmão. E eu me peguei desejando que a conversa realmente tivesse fundamentos – Bom, já que você sabe tanto sobre cabelos, Kyle. Me diga, como fica o cabelo de uma menina após ir a um lugar de moto, terminar um trabalho da McGonagall e voltar para casa novamente de moto? Porque foi somente isso que aconteceu, mas aparentemente você pensa sempre o pior de mim... Afinal, não é como se eu fosse sua irmã gêmea ou algo do tipo, porque eu sou apenas mais uma vadiazinha que você acabou de conhecer. – ela disse sarcasticamente.


- Você sabe que não é assim, Lene? – ele disse sério para depois se virar para mim e me empurrar – E você, encoste um dedo nela de forma não fraternal, que eu lhe quebro. – ele terminou, voltando para casa logo depois.


- Desculpa por isso. – Marlene disse encarando a porta.


- Não foi sua culpa. – eu respondi dando nos ombros – Você realmente acha que ele ia partir para briga se você não tivesse intervindo?


- Provavelmente. – ela respondeu rindo levemente.


- Eu totalmente conseguiria ganhar dele. – eu disse convencidamente, mas incerto de mim.


- Totalmente. – ela disse querendo rir.


- Obrigado pelo apoio. – eu disse a empurrando levemente.


- Disponha.


- Até mais, Kinnon.


- Até mais, Six. – e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela já havia plantado um beijo na minha bochecha e voltado para sua casa.




N/A.: espero que tenham gostado, e comentem!

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