Primeiro dia



Capítulo 3: Primeiro dia


James ficou no meio do dormitório olhando seus quatro colegas de quarto dormirem profundamente com um sorriso travesso no rosto. Ele caminhou até a cama de Sirius o mais silenciosamente que pôde e puxou as cortinas. Agarrou os cobertores de Sirius e deu um puxão forte, fazendo o garoto capotar com tudo no chão.
O jovem adormecido caiu no chão com o baque alto.


- POTTER! - Sirius gritou com raiva, quando viu seu amigo parado na extremidade da cama, sorrindo inocentemente, mas o sorriso foi arruinado porque os cobertores ainda estavam nas mãos de James.


- O quê está acontecendo? - Frank Longbottom disse com a voz sonolenta.
- O que vocês dois estão fazendo? - Peter se arrastou até a cama de Sirius, puxou a cortina para trás para ver Sirius se revirando no chão com as mãos no estômago.
- Nosso pequeno James aqui achou que seria legal jogar seu colega de quarto para fora da cama - Sirius rosnou com raiva, enquanto se levantava e espanava a sujeira imaginária para fora de si mesmo.
James cruzou os braços e olhou para Peter.
- Peter, porque é que você acordou? Devia ter deixado eu e Sirius acordarmos você!
Peter rolou os olhos e saiu da cama para se vestir.
- Desculpe, mas eu não aprecio a ideia de ser acordado por vocês dois.
- Acho que podemos acordar Remus - Sirius disse, olhando para cama de Remus, com um brilho brincalhão no olhar - Para falar a verdade, estou surpreso que ele não tenha acordado com todo esse barulho.
- Certo - Peter disse enquanto retomava seu caminho. - Eu gostaria de ver vocês vivos depois disso.
Sirius levantou-se e olhou para James.
- Como vamos acordar Remus?
- Vamos pular na cama dele - James disse alegremente. - Quer se juntar a nós, Peter?
Peter riu nervoso e balançou a cabeça.
- Não, obrigado. Eu quero viver. Se você quiser morrer, então vá em frente.


Sirius encolheu os ombros e ele e James foram em direção a cama de Remus. Puxaram as cortinas e James levantou três dedos. James colocou um dedo para cada segundo até que chegou no zero. No zero, ele e Sirius pularam na cama e começaram a saltar em cima do jovem lobo, que até a pouco, dormia em paz.

- ACORDE, REMY, ACORDE! ACORDE, REMY! - Sirius gritava enquanto eles pulavam.


Remus gemeu e jogou um travesseiro à Sirius, derrubando-o para fora da cama, em seguida, puxou as cobertas sobre a cabeça.
- Cale a boca. Quero dormir...
- Não, não, Remy. É hora de levantar. Dormir-não-mais! - James disse aquelas palavras como se estivesse falando com uma criança de 5 anos. Ele parou de pular e puxou o cobertor de Remus, depois jogando no chão - Agora levante-se, Remy. É hora do café.


Remus chutou James para fora de sua cama e puxou as cortinas.
- Estou dormindo, vão embora...
James caiu no chão e bateu a cabeça.
- Oww... - ele resmungou e coçou a cabeça. Sirius e James se entreolharam e riram. - Vamos, Remy. É hora de levantar. Temos que ir buscar nossos horários e tomar o café.
Não houve resposta da cama de Remo, então Sirius puxou as cortinas novamente para ver Remus enrolado nas cobertas, dormindo profundamente.
- Ele já está dormindo! - Sirius murmurou. - Ele deve realmente querer dormir - suspirando, Sirius entrou no banheiro e voltou um minuto depois com um copo de água - Isso deve acordá-lo...
Dizendo isso, antes de soltar uma risadinha maligna, ele joga todo o conteúdo do copo em Remus.


James e Sirius riram antes de ajuda-lo.
- Bom, agora que você está acordado, vá se vestir - James ordenou.
- Sim, mãe - Remus murmurou sarcasticamente, ainda meio grogue.


James voltou para sua cama e esperou, pacientemente.


Remus revirou os olhos, pegando suas roupas, apressou-se a se vestir.


- Anda logo, Remy, eu quero ir comer - Sirius reclamou.
- Em primeiro lugar, pare de me chamar de Remy. Eu não gosto. Meu nome é Remus. Em segundo lugar, vá na frente sem mim, então. - respondeu.
- Você sabe como chegar ao Salão? - James perguntou. Remus não respondeu. - Exatamente. Nenhum de nós sabe. Então, se nós nos perdemos indo ao Salão Principal, então, nos perderemos juntos. Agora se apresse.


Após meia hora tomando cinco ou seis voltas erradas, eles perderam a conta, então finalmente chegaram ao Grande Salão. Todos estavam sorrindo (menos Remus, que ainda parecia estar emburrado pela brincadeirinha de Sirius) e famintos. Eles encheram seus pratos e copos, quando o correio chegou. A coruja Eurasian da família Black apareceu carregando um envelope vermelho. Pousou na frente de Sirius, que empalideceu ao vê-lo. Ele pegou o envelope, não com medo mas sim ansioso. James, Remus e Peter olharam para ele, preocupados.
- Abra logo e acabe com isso - disse James encolhendo os ombros.
Sirius balançou a cabeça em concordância e abriu o envelope.
"SIRIUS ORION BLACK! COMO SE ATREVE? Grifinória? GRIFINÓRIA? Eu pensei que iria morrer antes de ver um filho meu entrar para a Grifinória! Que vergonha, que escândalo! A honra da família foi estragada, danificada corrompida, quebrada VIOLADA! Eu sabia o tempo todo...ah, eu sabia...QUE VOCÊ SERIA UM MALDITO TRAIDOR DE SANGUE, ASSOCIANDO-SE COM TROUXAS, TROUXAS! E traidores de sangue, oh, escória! VOCÊ NÃO PODE SER MEU FILHO!"
E então, o berrador simplesmente explodiu em chamas.
Sirius começou um acesso de gargalhadas infinitas, seguido por seus amigos e o resto do Salão Principal.
- Minha mãe é ou não é uma criatura adorável? - ele diz displicentemente, antes de se curvar para seus amigos e sussurar: - Me desculpem por isso.
James continuou rindo, seguido por Peter. Remus suspirou e encolheu os ombros:
- Os Black acreditam na pureza de sangue e pensam que nascidos-trouxas e mestiços não são dignos de estudar magia. Você deve ser realmente diferente, sabe, para entrar na Grifinória.
- Como você sabe disso? - Sirius perguntou.
- Meu pai uma vez me contou sobre as famosas famílias de puro-sangue. Black, Lestrange, Malfoy. Meu pai acha horrível a forma como eles encaram isso tudo. Sem ofensa, Sirius.
- Não levei - respondeu Sirius sorrindo amplamente.


Após o berrador, a professora McGonagall começou a distribuir os horários das aulas.
- Oh, os horários. Qual vocês acham que será nossa primeira aula? - Remus perguntou, animado com a ideia.
Sirius bateu com a mão na testa.
- Tinha me esquecido das aulas!
Remus olhou para ele, descrente:
- Isso aqui é uma escola - ele disse lentamente - O que você esperava?


Quando ela chegou aos quatro rapazes, entregou a eles seus horários e olhou para Remus.
- Sr. Lupin, o senhor pode vir comigo?
Remus olhou para ela, confuso, mas acenou obedientemente com a cabeça.
- Vejo vocês na sala de aula - ele disse olhando para os amigos, que pareciam preocupados.


James balançou a cabeça e viu enquanto os dois se afastavam.
- Gostaria de saber do que se tratava - ele murmurou.
No momento, entra no Grande Salão a garota ruiva do trem com outras quatro garotas, todas risonhas, falando entre si.


Sirius gemeu, chamando a atenção de James.
- Temos aula dulpa de Poções com os sonserinos depois do almoço. - ele faz uma careta - Francamente, passo a vida inteira convivendo com esses viscosos e quando finalmente penso que me livrei deles, querem me prender em uma masmorra com montes deles?
James riu.
- Veja por outro ângulo, teremos mais tempo para torturar Ranhoso - James disse animadamente, seus olhos brilharam com a ideia de mais brincadeiras.
Sirius sorriu maldosamente, antes de voltar para suas programações.
- As próximas, quais serão? - Peter perguntou, olhando por cima de sua refeição.
- Herbologia na segunda-feira, quarta-feira, e o dobro na sexta-feira, na noite de quarta Astronomia, Defesa Contra as Artes das Trevas na quarta-feira e sexta-feira, o dobro na segunda-feira, Encantos na segunda-feira, sexta-feira, e o dobro na quarta-feira, História da Magia na terça-feira, o dobro na quinta-feira, Transfiguração na terça-feira, o dobro na quinta-feira, Poções na quinta-feira, o dobro na terça-feira... - James respondeu.
- Ótimo. Qual a primeira de hoje? - Sirius resmungou.
- Transfiguração. - James respondeu. - É melhor irmos andando se quisermos chegar lá a tempo. Frank, você vem com a gente?
Frank ainda comia o mingau de aveia e parecia estar tendo uma conversa amigável com uma garota chamada Alice, do mesmo ano.
- Quase acabando, quase acabando... - ele faz um gesto com a mão e continua a conversa.
James e Sirius trocam um olhar travesso e saem do salão, com Peter ao seu encalço.


Eles chegaram na sala e já iam tomando seus lugares quando viram que a professora ainda não tinha chegado.
Percebendo uma ruiva muito familiar na sua frente, James se aproximou para falar com ela.
- Oi! - ele diz sorrindo e bagunçando os cabelos - Sabe, você nunca me disse o seu nome.
- O que você quer, Potter? - a cabeça vermelha pergunta, irritada.
- Bom, para começar, o seu nome - James perguntou, sorrindo encantadoramente para ela.
A menina franziu o cenho e estreitou os olhos para ele, desconfiada.
- Lily Evans. Agora vá embora.
James balançou a cabeça.
- Eu também queria saber onde a professora está, Evans - ele acrescenta, irritante.
- Eu não sei. Ela não estava aqui quando chegamos - Lily respondeu, em seguida, virou-se para as amigas.
James se afastou dela, decepcionado com a recepção pouco calorosa, e foi ao encontro de seus amigos.
- A professora não estava aqui quando elas chegaram.
- Eu me pergunto...quanto tempo teremos q... - Sirius para no meio da frase ao avistar uma cabeça morena, cabelo comprido castanho escuro escorrendo pelas costas - Espere um minuto.
James e Pedro fazem sinal com a cabeça enquanto Sirius se afasta.


Ela estava rindo com uns amigos, conversava animadamente e não pareceu perceber a aproximação dele.
Ele se aproximou, pegando no braço da garota.
- Ei, Marlene McKinnon, certo? - perguntou ele, sorrindo.
A morena se virou.
- Certo. E você...? - ela perguntou, cruzando os braços.
- Sirius Black - disse ele. Esperando que Marlene se afastasse, ou qualquer coisa do tipo pelo fato dele ser um Black. Mas não foi assim. Ela apenas continuou o encarando -, eu não sou como a minha família... - apressou-se a dizer.
Ela apenas o fitava, curiosa.
- Bem, você não estaria na Grifinória se fosse como eles - disse ela com simplicidade, abrindo um sorriso.
Sirius a encarou, sem saber o que dizer, ele solta a primeira coisa que aparece em sua mente:
- Sim...eh...você é muito bonita - ele para confuso, se perguntando se disse realmente aquilo. Soou muito estúpido, na opnião dele.
- Obrigada! - disse ela cutucando o braço dele - Você não é tão ruim.
- Sério? - exclamou ele - Obrigado.
E sorriu mais ainda para ela.


~~~~~~~~~


Remus seguiu a professora McGonagall até uma gárgula de pedra.
- Sorvete de limão - ela disse quando eles estavam de pé na frente da gárgula.


O jovem lobisomem olhou em confusão para a professora por um segundo, antes da gárgula se abrir na frente deles. As escadas começaram a subir em espiral e McGonagall fez sinal para que Remus a acompanhasse.


Os passos foram parando e os dois se encontraram em frente a uma grande porta de carvalho. McGonagall bateu na porta, e uma voz calma respondeu para ela entrar. McGonagall anunciou Remus antes de sair, dizendo que tinha uma aula para iniciar. Remus entrou na sala para ver o professor Dumbledore sentado atrás de uma mesa enorme, com um tipo de brilho especial no olhar. O cômodo era grande e circular. Espaçoso, grandioso. Nas paredes haviam quadros de diretores e diretoras do passado de Hogwarts. Prateleiras ao redor do escritório se enchiam de livros e mesas com instrumentos de prata. Remus achou tudo muito interessante, do tipo que você poderia passar o dia inteiro observando e ainda assim, não conhecer tudo.
Junto à mesa de Dumbledore, existia uma vara de ouro com um belo pássaro vermelho e dourado sobre ela. Próxima ao professor Dumbledore, estava uma mulher, que sorria para Remus, bondosamente.


Remus sorriu e aproximou-se do pássaro. Ele ergueu a mão para o pássaro, que lhe mordiscou delicadamente a mão.
- Esta é Fawkes, uma fênix - Dumbledore lhe disse gentilmente, percebendo o interesse de Remus.
- É um pássaro muito bonito - murmurou, olhando para o fênix.
Dumbledore sorriu bondosamente para o jovem bruxo a sua frente.
Remus, ao se lembrar do porquê que realmente estava ali, trouxe o assunto à tona:
- Acredito que estejamos aqui por uma razão - ele disse, objetivo.
- Sim, sim, nós estamos - Dumbledore disse - sr. Lupin, esta é Madame Pomfrey, cuida da enfermaria e tudo que diz respeito. Ela irá tomar conta de você durante os tempos de lua cheia, nos próximos meses.
Remus suspirou e se sentou em uma cadeira.
- Eu pensei que era sobre isso. Então o que eu faço?
- No dia da lua cheia, se você não estiver sentindo os efeitos ainda, você vai assistir às aulas, normalmente. Se você já estiver sentindo os efeitos, simplesmente ignore todas as suas aulas. Os professores vão entender. Todos sabem sobre a sua condição e a sua situação. O dia depois da lua cheia você vai ficar na ala hospitalar, antes de retornar ao dormitório...tenho certeza que seus amigos serão capazes de ajudá-lo a chegar lá. - Dumbledore explicou.
Remus assentiu com a cabeça:
- Para onde irei na lua cheia?
Desta vez, a enfermeira falou.
- No dia da lua cheia, você vai para a ala hospitalar uma hora antes que a lua apareça. Vou acompanhá-lo até o Salgueiro Lutador.
O lobisomem jovem empalideceu e colocou sua cabeça entre as mãos.
- A árvore foi plantada por minha causa?
Madame Pomfrey sorriu simpaticamente para ele.
- Sim, foi. Abaixo da árvore existe um túnel que levará a um edifício à beira de Hogsmeade. É seguro, não se preocupe. A árvore está lá para proteger a entrada de modo que ninguém possa se aproximar. Quem tentar...não terá a mínima chance. É para sua proteção e defesa dos alunos.
- Duas coisas. Como faço para passar pela árvore que está tentando me matar e se...se eu sair do prédio? Eu poderia ferir as pessoas da aldeia ou matá-las! - Remus disse, sua voz abafada, ele ainda está escondendo o rosto nas mãos. Ele não queria que ninguém tivesse de passar pelo que ele passa todo mês.
- Eu reforcei a construção com encantos de modo que ninguém possa sair, nem mesmo um lobisomem, exceto pelo túnel escondido. Quanto à forma como você vai chegar lá, Madame Pomfrey vai por um nó na árvore que vai congelar tempo suficiente para que você possa entrar no túnel. Na manhã seguinte, ela irá buscar o senhor, e trazê-lo de volta. - Dumbledore respondeu.
Remus assentiu com a cabeça, antes de se lembrar de mais uma coisa:
- Onde fica a ala hospitalar?
- Papoula, por favor, mostre ao sr. Lupin a nossa ala hospitalar, em seguida, o encaminhe para sua primeira aula, sim? - Dumbledore perguntou.


Madame Pomfrey balançou a cabeça e levou Remus para fora do escritório. Depois de mostrar-lhe o caminho para a ala hospitalar, ela levou o garoto para sua primeira aula de Transfiguração. Saindo dali e retomando seu caminho, ela disse adeus.


~~~~~~~


A professora McGonagall apareceu para dar sua aula com quinze minutos de atraso e começou a se apresentar para a classe:
- Eu sou a professora McGonagall, sua professora de Transfiguração. Transfiguração é uma magia complexa e um tanto perigosa, se você não fizer corretamente, que os senhores irão aprender aqui em Hogwarts. Qualquer brincalhão que atrapalhar minhas aulas irá sair dela e nunca mais voltar. Vocês foram avisados.


James pegou um pedaço de pergaminho, escreveu rapidamente sobre ele e deu a Sirius.


Remus está demorando demais. Será que aconteceu algo mais sério? - JP


Eu não sei. Eu me pergunto o que aconteceu com ele. Ele não poderia ter ficado em apuros, qual é, ele é Remus. - SB


Sim, qual a chance dele arrumar encrenca sozinho? Ele teria que estar conosco para se meter em apuros. - JP


Tenho certeza que daqui a pouco ele aparece, vamos perguntar o que houve. Viu que McGonagall disse que seu primeiro nome era Minerva? - SB


O que tem isso? - JP


James olhou para Sirius, então, o vê sorrindo maldosamente.


Professora Minnie. - SB


James suspirou e balançou a cabeça.

Você não está realmente querendo entrar nessa, está? Ela não parece o tipo de professora que se deve mexer. - JP


Essa é a diversão. - SB


Então a chame de Minnie no meio da aula. - JP


Aposta quanto? - SB


James olhou para a nota e balançou a cabeça. Ele olhou para trás para ver McGonagall mudar sua mesa em um porco e de volta em uma mesa, impressionando toda a classe.
- Isso é transfiguração. Você não vai ser tentar isso, ainda. É demasiado avançado. Para hoje, você estará tomando notas, então...tentará transfigurar um palito em uma agulha. Eu não espero que a maioria consiga terminar a lição por completo hoje. Iremos fazer um experimento. Peguem suas...


Depois de tomarem notas por cerca de vinte minutos, McGonagall mostrou como realizar o feito.
James sorriu para Lily, que acompanhava McGonagall pela classe, enquanto a professora parou próxima a mesa de James. Ele lhe deu oi, mas ela lhe deu um rolar de olhos e virou para sua própria mesa, fazendo Sirius rir da cara de desapontamento de James. A professora lhes deu somente um olhar de censura, antes de voltar a dar suas voltas pela sala...


Sirius sentiu a hora chegar. Ele olhou para James e sorriu. Levantou a mão e esperou que McGonagall o visse.
- Poderia demonstrar novamente essa transfiguração incrível, professora Minnie?


A classe se virou imediatamente para Sirius, todos em choque, depois viraram para olhar McGonagall, que parecia em choque, e em seguida, irritada.
- Não me chame assim, sr. Black. É professora McGonagall ou senhora para você. Dez pontos a menos da Grifinória pelo desrespeito. Da próxima vez será detenção.


James teve que plantar a mão firmemente sobre a boca para evitar gargalhar feito um louco. Levou alguns minutos para ele começar a sua lição. Ele levantou a varinha quando Sirius chutou-o por baixo da mesa e fez sinal com a cabeça para a porta, onde se encontrava Remus.


A professora McGonagall olhou para a porta, também.
- Sr. Lupin, estou feliz pelo senhor se juntar a nós. Estamos transfigurando palitos em agulhas. Assim, irei lhe mostrar. Você pode obter as notas de um colega mais tarde.


Remus assentiu com a cabeça e viu McGonagall transfigurar um palito em uma agulha. Depois de obter o seu palito, ele foi se sentar na parte de trás ao lado de Sirius. Ele trabalhou por quase cinco minutos antes de receber uma nota:


Onde você estava? - JP


Esqueça isso. Isso não é importante. - RL


Eu não compro isso. Você está 40 minutos atrasado. - SB


Tinha que ser realmente importante para você perder a maior parte da aula. - JP


Esqueçam isso, pessoal. - RL


Remus passou a nota de volta e voltou a trabalhar no seu palito. Até agora ele tinha consigo deixar uma ponta afiada e prata, mas não por completo ainda.


James conseguiu transfigurar seu palito em agulha depois de 4 tentativas, o que lhe rendeu 10 pontos para a Grifinória.


Onde McGonagall levou você? - JP


Não acabei de dizer pra você esquecer isso? - RL


Não, você escreveu. E nós só queremos saber. Não pode ser nada tão ruim assim, então você pode nos dizer? - JP


Vamos. Nós somos seus amigos. Você pode contar com a gente. - SB


Esqueçam isso, já disse para esquecerem. - RL


Pessoal, professora Minnie está olhando para cá. - PP


Professora Minnie? - RL


Sirius inventou de chamá-la de ''Minnie'', por causa de ''Minerva''. Perdemos 10 pontos. Sirius é incrível... - PP


Sempre soube que ele iria causar problemas no primeiro dia - RL


Sirius olhou para Remus, que apenas deu de ombros.


- Menos dez pontos para a Grifinória, rapazes. Sem passagem de nota em sala de aula. - professora Minnie disse e tomou a nota dos meninos. Depois de ler isto, ela olhou para Remus, e balançou a cabeça. Ela suspirou pesadamente antes de dizer: - Voltem ao trabalho.


Até o final da aula, Remus, Lily, e Sirius conseguiram transfigurar suas agulhas corretamente, juntamente com um par de corvinais. Todos eles receberam cinco pontos cada.


- O que foi aquilo? - James perguntou, assim que eles estavam fora da sala.
- O que foi o quê? - Remus perguntou.
- Depois que Minnie leu o bilhete, ela simplesmente olhou para você e balançou a cabeça. Não explodiu nem nada. - James disse, olhando para Remus, que estava andando atrás dele.
Remus encolheu os ombros.
- Provavelmente, sabia onde eu estava e porquê não estava na aula.
- Claro. - James resmungou, inconformado. - O que temos a seguir?
- História da Magia, em seguida, um período livre, então o almoço. - Remus respondeu, olhando para sua programação - Eu ouvi dizer que o professor de História da Magia é um fantasma. Ele adormeceu e quando se levantou na manhã seguinte, ele simplesmente saiu de seu corpo...
Sirius gemeu:
- Eu ouvi dizer que suas aulas são extremamente chatas. Ele faz as pessoas dormirem!
- Um lugar perfeito para se tirar uma soneca - James respondeu.
- Ah, mas é claro - Remus disse sarcasticamente. - Dormir em sala de aula. Não estou surpreso.


Quando chegaram à sala, Sirius e James se sentaram em uma mesa na parte de trás e Peter e Remus sentaram-se na frente deles. Remus puxou um pergaminho, tinta e uma pena para começar a tomar notas, enquanto Peter apenas olhava para o teto. Atrás deles, James e Sirius conversavam calmamente uns com os outros.


O professor Binns começou a falar sobre algo chato e monótono sobre rebeliões assim que a campainha tocou. No meio da aula, James e Sirius resolveram interrogar Remus novamente.


O que há de errado, Remy? - SB


Não me chame assim - RL


Por que, Remy? - SB


Estou avisando, Black. Pare de me chamar assim - RL


Remy. Remy. Remy. Remy. Remy. Remy. -SB


Remus olhou para a nota e se levantou para encarar Sirius.
- Sirius Black! - ele gritou, chamando a atenção da classe. - O que eu falei sobre me chamar assim? - ele puxou a varinha e apontou diretamente para Sirius.
Sirius riu enquanto James parecia seriamente preocupado e Peter até amedrontado.
- Remus, você não sabe mag... - começou James, mas já era tarde.


- PETRIFICUS TOTALUS - Remus gritou.
O corpo de Sirius enrijeceu e seus membros congelaram, caindo no chão. Remus girou sua varinha na mão e a colocou de volta no bolso com um sorriso no rosto.
James se ajoelhou ao lado de Sirius:
- O que você fez, Remus?
- Feitiço do Corpo Preso, bem útil.
O professor Binns não notou a confusão e continuou sua chata palestra.
- Hm...mas você sabe um contra-feitiço, não sabe?
Remus pensou por um momento antes de sorrir timidamente para James.
- Hum...não?
James riu alto e se levantou.
- Então nós vamos ter que pedir ajuda a um professor.
Remus soltou um grito de raiva e bateu com a cabeça na mesa.
Lily olhou para eles e franziu a testa, antes de seus incríveis olhos verdes se arregalarem assustados e ela levantar a mão agilmente, chamando a atenção do professor-fantasma.
Binns olhou para ela e franziu a testa.
- O que é isso, senhorita...?
- Evans, senhor. Um estudante foi amaldiçoado e não sabemos a contra-maldição. - Lily explicou.
- Será que alguém pode o levar para a ala hospitalar? - Binns pediu.
- Nenhum de nós sabe onde fica, senhor. É o nosso primeiro dia - Lily continuou.
Remus respirou fundo e se levantou:
- Eu levo ele.
James levantou uma sobrancelha.
- Você sabe onde fica a ala hospitalar?
- Sim. E nós podemos levá-lo a um professor, se realmente precisar - Remus respondeu enquanto guardava suas coisas de volta na mochila. Jogando sua alça sobre o ombro, ele pegou os tornozelos de Sirius e James pegou seus ombros. Os dois o levaram para fora da classe, invadindo o corredor, agora, deserto.


- Onde você viu aquela azaração? - James perguntou, enquanto caminhavam.
- Eu vi em um livro durante o verão, então, resolvi praticar. Sabe, achei que fosse importante - Remus explicou.
- Cara, você precisa nos ensinar isso mais tarde. Você é bom. Sem contar que sempre é bom ter uns feitiços de defesa na manga. E podemos usá-lo contra os sonserinos nojentos - James disse.
Remus balançou a cabeça e suspirou.
- Claro que é para isso que você usaria...
- Rapazes, o que vocês estão fazendo fora da sala de aula? - uma voz severa perguntou depois de alguns minutos de caminhada. - E o que aconteceu com o sr. Black?


Os meninos pararam ao ver McGonagall olhando para eles.
- Maldição do Corpo Preso. - Remus respondeu. - Professora, a senhora poderia...er...nos ajudar? Nós não sabemos uma contra-maldição.
- Como isso aconteceu e porque o professor responsável da aula não pôde fazer a contra-azaração? - McGonagall perguntou desconfiada.
- Eu tenho certeza que o professor Binns não consegue fazer mágica - James respondeu.
A professora McGonagall levantou uma sobrancelha e bateu o pé no chão.
- E quem fez isso com o sr. Black?
Remus e James se entreolharam rapidamente, antes de Remus esboçar um sorriso tímido e dizer:
- Fui eu, professora Minnie.


James olhou para Remus em estado de choque. Sua boca estava aberta e seus olhos se arregalaram. Ele sabia que Remus diria a verdade, mas não esperava que ele desrespeitasse uma professora.
Ele sentiu uma enorme vontade de gargalhar, mas o olhar que McGonagall tinha, o fez mudar seriamente de ideia.


A professora olhou para Remu, chocada, depois franziu a testa.
- Sr. Lupin, eu esperava mais de você. Vinte pontos da Grifinória e detenção esta noite às oito! - McGonagall puxou a varinha e apontou para Sirius - Finite. - Remus, James e Sirius caíram no chão frio de mármore - Agora voltem para a aula, os três.


Os três meninos balançaram a cabeça e caminharam de volta para a aula. Quando eles estavam fora da vista de McGonagall, Sirius virou-se para Remus.
- Você me enfeitiçou! - Sirius rosnou.
Remus encolheu os ombros.
- Você me chamou de Remy.
Sirius sorriu, depois franziu a testa.
- Você chamou a professora de Minnie e tem a primeira detenção do ano. Eu queria ter a primeira detenção do ano!
Remus olhou para ele, descrente.
- Tenho detenção. É por isso que eu queria ir para a ala hospitalar. Madame Pomfrey não nos daria detenção, eu aposto!
- Não nos daria? - Sirius respondeu - Não daria a você, você quer dizer!
- Porque a chamou a professora de Minnie, afinal? - James perguntou, incrédulo - Eu pensei que você nunca iria desrespeitar um professor!
- Eu não tinha mais nada a perder. Eu percebi que deveria me divertir porque eu iria ganhar uma detenção, de qualquer maneira.
- ESSE É O ESPÍRITO DO CAUSADOR DE PROBLEMAS! - Sirius explodiu em risos, antes de acrescentar: - Eu sabia. Sempre soube o que você é. Fazer você se tornar um brincalhão vai ser mais fácil do que eu pensava! - Sirius respondeu alegremente.
- Eu não vou me tornar um brincalhão. - Remus rosnou - Uma detenção é suficiente. Vou ter problemas o suficiente por entrar em detenção já no primeiro dia. Não preciso de mais, obrigado.
Sirius sorriu.
- O que seus pais irão fazer, hein? Enviar um berrador como presente?
Remus parou de andar e olhou para James e Sirius com os olhos arregalados. Ele não tinha pensado nisso ainda.
James e Sirius começaram a rir.
- Pequeno Remy irá receber um berrador amanhã. Isso é ótimo, porque todos saberão que você foi o primeiro a ganhar detenção - James disse entre o riso.
- Vocês dois não estão ajudando.


Os três rapazes entraram na sala de aula com James e Sirius ainda rindo, e Remus franzindo a testa. Peter olhou para os seus três amigos e levantou uma sobrancelha.
- Mas do que é que vocês estão rindo?

- Minnie nos encontrou no corredor - Sirius disse tentando parar de rir.
- Remus disse que azarou Sirius e depois a chamou de Minnie - James continuou entre o riso.
Peter ainda parecia confuso, mas sorriu.
- E o que aconteceu?
- Ela nos arrancou vinte pontos e eu ainda recebi detenção - Remo respondeu amargamente - A mulher tira pontos da própria casa!
- É apenas uma detenção. Por que vocês estão rindo tanto? - um menino da Lufa-Lufa perguntou, embora se divertisse.
Remus jogou sua mochila no chão violentamente e sentou-se na carteira ao lado de Peter.
- Todo mundo acha divertido ganhar detenções?
James ria e Sirius também. A expressão de Remus não era nada amigável.
- Achamos que Remus vai receber um berrador, entende, por ganhar a primeira detenção do ano - Sirius respondeu depois de tomar algumas respirações profundas para acalmar o seu riso.
- Você não tem do que falar. Você também recebeu um berrador - o menino da Lufa-Lufa respondeu, parecendo confuso.
Sirius balançou a cabeça.
- Sim, mas eu estava esperando por isso. Remus é um bom garoto. Quem poderia esperar que ele recebesse um berrador?
Remus olhou para ele, incrédulo:
- Você parece estar se divertindo com isso, não é?
- Admita, é engraçado - Sirius respondeu, sorrindo.


Durante o período livre, os quatro rapazes trabalharam em seu ensaio para História da Magia. Ou, pelo menos, Remus fez e ajudou Peter. James e Sirius passaram o tempo brincando e rindo.


Na hora do almoço, os quatro meninos foram para o Salão Principal e sentaram na mesa da Grifinória. Eles estavam lá apenas por cinco minutos antes de um sétimo ano vir ao encontro deles:
- Olá - o garoto tinha o cabelo vermelho e um sorriso enorme no rosto.
- Ei - disse James sorrindo.
- O que você quer? - Sirius perguntou.
- Eu ouvi dizer que vocês pegaram a primeira detenção do ano por enfeitiçar um colega e chamar McGonagall de Minnie - o jovem disse, parecendo se divertir.
Peter, James e Sirius olharam para Remus com sorrisos enormes no rosto, enquanto Remus bateu com a cabeça na mesa.
- Isso é tudo culpa sua, Sirius.
- Como pode ser minha culpa? - Sirius perguntou.
- Se você não tivesse me chamado de Remy, eu não teria azarado você!
Sirius balançou a cabeça, antes de responder:
- Mas eu não obriguei você a chamá-la de Minnie.
- Você inventou esse nome - Remus resmungou.
- Então, você é o cara da primeira detenção do ano? - o rapaz perguntou.
Remus assentiu com a cabeça.
- Como foi que você...?
- As pessoas gostam de fofocas, entende. E a primeira detenção do ano e como a pessoa conseguiu é algo que as pessoas amam. Todo mundo já sabe. - o rapaz respondeu - A propósito, meu nome é Bilius Weasley. Sinto que vocês quatro irão fazer meu sétimo ano interessante.
Sirius e James trocaram sorriso cumplices.
- Oh sim. Esse ano será inesquecível, Bilius.
Bilius sorriu.
- Demais. Acho bom mesmo. Então, suponho que vocês sejam os mais brincalhões?
- Bem, Sirius e eu. Peter gosta de brincadeiras e as vezes ele faz parte de algumas. E Remus aqui vai aprender a nobre arte da brincadeira e se tornar um brincalhão e tanto - James explicou, enquanto Remus continuava a bater sua cabeça continuamente na mesa.
- Meus pais vão me matar quando souberem de todos os problemas que estou tendo por causa de vocês três - Remus murmurou.
Bilius riu e se levantou.
- Vejo vocês por aí!
Alice e Frank, também do mesmo ano que eles, se aproximaram. Alice, inclusive, vivia sendo vista com Lily. Na certa, já tinham se tornado amigas.
- Detenção no primeiro dia, então? - disse Frank escondendo um sorriso.
- Bilius falou sério então? Todos já sabem? - Remus questionou.
- Acho que sim. Falam que tem uma garota do quinto ano, seu nome é Bertha Jorkins. Ela é tipo a rainha da fofoca - Alice fez uma careta -, garante que toda a escola saiba de tudo.
- Ela sabe o significado da palavra ''privacidade'''? - Remus perguntou, irônico.
- Pelo menos ela não é muito inteligente - Frank disse aos amigos, sorrindo fracamente.


Após o almoço, os cinco meninos e Alice seguiram para a próxima aula, Poções.


- Eu sou o professor Slughorn, o mestre de poções - Slughorn continuou com seu discurso antes de pedir a classe para preparar a poção Cura-Furunculus. James se sentou com Sirius e Peter com Remus.


No meio da classe, Sirius e James olharam feio para Snape.
- Ei, Remus! - James chamou o menino a sua frente.
Remus terminou de colocar os ingredientes em sua poção antes de olhar para James.
- O quê?
- Você conhece alguma azaração boa para usarmos contra o Ranhoso? - James sussurrou, olhando para o professor, tendo certeza de que ele não estava ouvindo.
- Porquê você está me perguntando isso? - Remus sussurrou de volta.
James deu de ombros.
- Você sabia o feitiço do Corpo Preso. Nós não aprendemos alguns feitiços realmente utéis até agora...
- Mesmo que eu saiba alguns truques, seria inútil mostrar a você. - Remus respondeu. - Não é nada com você - ele acrescentou -, eu só não preciso de outra detenção, James. - Sirius e James fizeram cara de decepcionados. - Não. Não adianta. Agora voltem para o trabalho. - e assim ele fez, ajudando Peter também.
James voltou-se para Sirius:
- Tem algumas bombas de bosta aí?
Sirius balançou a cabeça.
- Eu não trouxe meu estoque. Meu irmão me denunciou para minha mãe e ela acabou jogando todos fora. - ele disse tristemente. - Traidor miserável.
- Então é assim? Nem nossas próprias mães confiam em nós? - James perguntou, indignado.
Sirius suspirou.
- Remus!
Remus suspirou pesadamente, e se virou para encarar o amigo.
- O quê foi agora?
- Nós não temos bomba de bosta - Sirius respondeu, ignorando o olhar irritado no rosto de Remus.
- Oh, que vergonha. Vocês não deviam nem ter saído da cama nessas situações. - Remus respondeu sarcasticamente, revirando os olhos e voltando para sua poção.
- Remus, precisamos da sua ajuda. Algo que faria essa poção explodir... - James dizia.
- Eu não vou ajudar vocês nisso - Remus rosnou.
- Por favor, por favor, por favor... por favor, por favor, por favor, por favor. - James e Sirius imploravam.
Remus balançou a cabeça, derrotado, ele bateu a mão na testa.
- Tudo bem, agora calem a boca!
James e Sirius sorriam um para o outro. Remus murmurou instruções enquanto eles assentiam com a cabeça com entusiasmo. Poucos minutos depois, Sirius andou até o caldeirão de Snape, displicente. No caminho de volta, James jogou um chumaço de papel em Snape para obter a sua atenção para longe de seu caldeirão.
Enquanto Snape estava distraído, Sirius deixou cair algo no caldeirão e correu de volta para sua mesa. Ele sentou ao lado de James e sorriu.


Alguns segundos depois, Snape estava de pé sobre a sua poção, colocando o próximo ingrediente quando... a poção explodiu na cara dele, meleca voando na cara de Snape. A poção estava em suas vestes, cabelos e braço também. Furúnculos vermelhos começaram a aparecer no rosto, braços e em todo o seu corpo, fazendo-o gemer de dor.


Slughorn olhou por cima de sua mesa, observando a confusão, se levantou irritado:
- Quem fez isso?


Ninguém respondeu. Eles só olharam para o professor, inoscentes.
- Será que alguém poderia fazer o favor de levar o sr. Snape até a ala hospitalar? E vamos lá, digam quem fez isso! Irá perder 20 pontos e ganhar detenção, não estou brincando...


Uma sonserina se levantou e levou Snape para fora da sala.


Lily olhou para os quatro rapazes risonhos.
- Isso é tão imaturo! Eu não posso acreditar que você fez isso! - ela sussurava para James, olhando em desaprovação - Você ainda não perdeu pontos suficientes para a Grifinória hoje?
- Vamos lá, Evans. É apenas uma brincadeira - ele disse sorrindo para ela.
Lily deu mais um olhar de desgosto e se afastou dos quatro.
- Ela não parece gostar de brincadeiras - disse Sirius.


No café da manhã no dia seguinte, Remus ficou olhando para o céu, mordendo o lábio.


- Então, o que você teve que fazer na detenção? - Sirius perguntou.
- Eu tive que polir troféus - Remus respondeu.
- Isso não é tão ruim - disse James.
Remus esfregou os braços.
- Sem mágica. Meus braços ainda estão doloridos.


James sorriu e voltou para os seus ovos com bacon.
- Bem, você já viu como funciona as coisas. Pode ir se preparando, Remy. Apartir das nossas brincadeiras, elas irão render detenções, se formos pegos. Esteja preparado fisicamente e psicologicamente.
- Principalmente psicologicamente - disse Sirius, sorrindo travesso.
- Quem disse que eu vou ajudar vocês? O que faz vocês acreditarem que eu... - Remus ia dizendo.
James suspirou e olhou para Sirius exasperado.
- Nós já não explicamos isso?
Sirius balançou a cabeça.
- Sim, nós já explicamos. Você faz parte deste grupo, Remus. Então você irá sim, fazer parte das nossas brincadeiras. E pelo que eu vi ontem, você tem um espírito travesso, sim. E não adianta olhar assim não, você sabe que tem! Com seu cérebro, acredito que não seremos pegos tão facilmente. Vai ser bom para todos nós. Você quer nos manter afastados das detenções, certo? Então. Sem problemas.
Remus suspirou e olhou para cima. O correio estava chegando.
- O correio - ele disse, nervosamente.
- Ooooh. Vamos ver se pequeno Remy receber um berrador - Sirius disse.
Remus olhou feio para Sirius:
- Pare com esse apelido estúpido. Eu odeio!


Assim quando Sirius abriu a boca para retrucar, uma coruja pousou na frente do Remus com um envelope vermelho no bico.


- SIM! - Sirius aplaudiu, fazendo muitas cabeças se voltarem para o primeiro ano.
- Sirius, você é terrível - Remus murmurou enquanto alcançava o envelope.
Sirius sorriu para ele.
- Relaxe. Não vai ser tão ruim assim, eu aposto. Eles só vão gritar com você e então...será tudo.
Remus olhou para ele, mas abriu o envelope. Mesmo que sua mãe não fosse uma bruxa, seu pai era e, obviamente, a apresentou aos famosos berrados. Por isso, foi a voz dela ecoando no berrador para todo o Grande Salão:
"Remus John Lupin! NO PRIMEIRO DIA! Pensei que tinha ensinado a você boas maneiras e responsabilidade! ARRUMANDO DETENÇÃO NO PRIMEIRO DIA! DESRESPEITANDO OS PROFESSORES! O que você estava pensando? ENFEITIÇAR UM AMIGO? ME RECUSO A ACREDITAR...VOCÊ TEM SORTE QUE EU NÃO ESTEJA INDO PARA SUA ESCOLA AGORA MESMO! Auva... Auva venha aqui! Diga alguma coisa ao seu filho!"
"Huh? Ah, sim querida, claro...Eu deveria gritar com você, Remo, mas eu não quero. Então, em vez disso eu vou dizer, bom trabalho, filho! Bom trabalho por ganhar a primeira detenção do ano! Divirta-se na escola. Vá em frente e entre em mais problemas, mas não tantas, porque se não sua mãe irá nos matar. Oh não, eu tenho que ir agora. Parece que sua mãe vai me matar."
"AUVA, VOLTE AQUI!"


E então o berrador explodiu. Remus estava com o rosto vermelho, mas não de constrangimento. Quando o berrador explodiu, ele caiu de sua cadeira e começou a rir. Seus amigos seguiram o seu exemplo e começaram a rir também.
- Eu...amo...seu...pai...Remus...! - Sirius disse entre as gargalhadas.


O resto do Grande Salão riu tanto quanto eles.


Depois de alguns minutos de riso incontrolável, os quatro rapazes subiram de volta em seus lugares e voltaram ao café da manhã como se nada tivesse acontecido.
- Isso foi divertido. - comentou Peter - Seus pais são hilários.
Remus encolheu os ombros.
- Eles são ótimos. Mas eu nunca tinha visto esse lado deles, para falar a verdade.
- E você aqui todo preocupado. No final você ganhou boas risadas.
Remus sorriu genuíno.
- Bom, ela não pode me pegar aqui!
Sirius e James sorriram.
- Verdade. Mas você se esqueceu de um detalhe, Remy. As férias de Natal.
- Oh não - Remus disse. Seus olhos começaram a contrair-se, fazendo os meninos a iniciarem uma nova sessão de risadas.

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Comentários (5)

  • leenee Black Orion

    UAOW *-------* ISSO AKI TEH PARECI UM LIVRO DE VERDADE :DMARAINHIOSO 

    2012-04-16
  • i luv the marauders

    MAIS UM CAP :DDDDDDDDDDDDDDDDDDD amei msm e mal posso esperar pro prox!!!! 

    2012-04-05
  • Lunna Evans

    LIIIIIINDO CAPITÚLO <3 todos que eu acompanheio até agora, vc me surpreende com essa criatividdade toda *-* continua postando eu to sempre de olho nas suas fics sz'

    2012-04-05
  • li li k wood

    os marotos como eles sao *.* muito perfeito tudo isso amo muito! 

    2012-04-04
  • leleticia Le Parckinson

    YOU ARE MY WONDERWALL >3a fic está me surpreendendo mais e mais e mais!só que eu queria mais sobre o sev :// mas não podemos ter tudo neh, iojasaiosjaiojto amando mesmo, bjus 

    2012-04-04
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