Emília Bagnold



Abril passou veloz e imperceptivelmente. Dessa vez Tiago e Sirius se juntaram aos demais alunos na perspectiva dos N.I.E.M.'s, que agora estavam mais próximos que nunca.


- Certo. Mais uma vez. – falei a Maria, enquanto continuávamos a revisar a matéria na biblioteca. – Quais são os principais métodos do Feitiço de Comando?


- Er... – ela hesitou, dando uma leve espiada no livro.


Eu suspirei.


- Maria, eu acho que já te disse a resposta umas dez vezes só hoje.


- Não tenho culpa! – ela protestou. – É muita coisa pra guardar!


- Então tente acompanhar o que eu vou falar. Primeiro: concentração. O lugar e a forma do objeto. Segundo: destinação. O lugar e a posição que o objeto estará depois de comandado. Terceiro: aceno da varinha. Sacudir duas vezes e girar no sentido anti-horário. Quarto: a palavra principal, o nome do feitiço.


- Ah! Já perdi tudo! – ela suspirou exasperada.


- Tente então anotar tudo no pergaminho e decorar.


- Vou tentar, mas não é nada garantido. – ela respondeu. – Eu queria ter a sua boa memória.


- Não tenho culpa se quando McGonagall revisou essa matéria você estava aos amassos com o Dougie.


- Eu prestei atenção sim! Eu só não consigo guardar.


- É melhor você guardar logo, falta menos de um mês para as provas. – comentei. - E espero tirar "Ótimo" em Poções, Feitiços e Transfiguração.


- Você vai se sair bem. – Maria disse e então acariciou a barriga. – É melhor irmos almoçar. Meu estômago já está roncando e não é a toa, estamos desde cedo aqui.


Saímos da biblioteca, recebendo como sempre olhares desconfiados de Madame Pince.


- Essa mulher já está na hora de aposentar, não? – Maria comentou, lançando-lhe um olhar irritado por cima do ombro.


Eu não estava escutando direito. Estava muito interessada em um grupo de homens vestindo longas capas de viagem. Eram pelas minhas contas uns cinco, todos sérios e com ar superior. Caminhavam apressados pelo corredor, e pela direção pareciam estar saindo agora do castelo.


- Ei, quem são eles? – Maria perguntou acompanhando meu olhar.


- Não sei.


- Eu acho que são aurores. Dumbledore deve ter chamado alguns para proteger a escola.


- Eu já tinha visto aurores em Hogsmeade, mas nunca em Hogwarts. Os feitiços de Dumbledore são muito eficientes.


- Mas é sempre bom ter alguns deles por perto. – ela disse.


Dei de ombros, e ainda observando os homens virarem o corredor, fomos em direção ao Salão.


Logo encontramos os garotos sentados na longa mesa, e como não é novidade, estavam falando sobre quadribol.


- ... claro que vou torcer para a Corvinal. – Aluado comentava.


- Eu sou Lufa-Lufa. – Almofadinhas disse.


- Por quê? – Tiago perguntou, enquanto acenava para mim quando sentei.


- Porque eu quero ver a cara de derrotados dos sonserinos mais uma vez.


- E se perdemos para a Sonserina? – Dougie indagou.


- Não vamos perder. – Sirius disse cheio de si.


- Eu também vou torcer para Corvinal, é uma equipe mais fácil que a Sonserina. – Rabicho disse, com a boca cheia de comida.


- Do que vocês estão falando? – Maria perguntou.


- Sobre o jogo de amanhã. – Tiago respondeu. – Corvinal contra Lufa-Lufa. Se Corvinal ganhar ela vai enfrentar a gente na final. Se perder quem vai nos enfrentar vai ser a Sonserina.


- Como podem pensar em jogo com tantos deveres pra fazer? – perguntei.


- Lá vem a Lílian enchendo nossa cabeça de novo. – Almofadinhas disse revirando os olhos.


Eu lhe lancei um olhar de desagrado.


- Só estou preocupada com as notas. Agora se você pouco se importa com o seu futuro o problema é seu.


- Calma Lilianzinha. – Sirius riu.


Não adiantou muita coisa meu comentário. O resto da refeição eles continuaram discutindo o jogo e começaram a fazer apostas. Sirius e Tiago apostaram dez galeões, um falando que Lufa-Lufa ganharia e o outro Corvinal, respectivamente.


- Corvinal. – Tiago insistia. – O apanhador do time é muito bom.


- Lufa-Lufa. – Almofadinhas respondeu.


- Corvinal.


- Lufa-Lufa.


- Corvinal.


- Lufa-Lufa.


- Corvinal.


- Lufa-Lufa.


- Tá, tá! – suspirei impaciente, fazendo-os rir. – Interrompendo sua interessante discussão... – falei com ironia; eles riram mais ainda. – Vocês também viram aqueles homens estranhos por aí?


- Homens? – Aluado perguntou.


- É. Uns caras de capas andando pelos corredores.


- Não vimos não. – Dougie disse, intrigado.


- A gente viu eles quando estávamos saindo da biblioteca. – Maria contou. – Nosso palpite é que são aurores.


- Aurores em Hogwarts? – Tiago falou.


- Isso é estranho. – Almofadinhas completou. – Nunca tinham chamado aurores pra cá durante todo esse tempo de Você-Sabe-Quem a solta.


- Eles devem só ter vindo conversar com Dumbledore. – Rabicho arriscou.


- Se é que são aurores mesmo. – falei.


Pelo visto nós éramos os únicos a terem visto o tal grupo de homens pela escola, já que ninguém mais havia comentado. Se tivessem visto com certeza não haviam achado interessante o bastante para espalhar pela escola inteira.


Eu tinha que admitir que estava ficando incômodo os garotos o tempo todo só falarem do jogo de amanhã, e então eu e Maria continuamos a estudar na Sala Comunal. Maria finalmente estava conseguindo decorar a matéria e estava excelente nos Feitiços.


- Não sei por que você está tão insegura, Maria. – comentei quando ela executou com perfeição um Feitiço de Desilusão. – Você é ótima em feitiços. Sem falar naquela vez do Clube de Duelos. Você foi realmente bem.


- Obrigada. – ela disse, satisfeita. – Quando decoro as teorias tudo fica muito mais fácil.


Enfim, no dia seguinte, a Sala Comunal estava totalmente barulhenta com as conversas e os cochichos animados. Mas tinha alguma coisa estranha ali. Eles não pareciam estar falando do jogo de quadribol, pois suas expressões estavam todas curiosas e interessadas.


- Lílian, ainda bem que te achei. – Tiago veio a meu encontro.


- O que aconteceu aqui? Porque tá todo mundo assim?


- Eu te explico tudo no caminho.


- Eu não vou ao jogo, Tiago. Acho que vou ficar e estudar um mais um pouc...


- Não. Não é o caminho para o campo de quadribol. – ele disse; ergui as sobrancelhas. – É para a sala do Dumbledore.


- O quê? Mas...


- Vem. – ele me interrompeu, me puxando para fora da sala. Senti os olhares curiosos na minha nuca.


- Tiago, dá pra você me contar porque estamos indo para a diretoria?


- Mulciber. – ele disse, simplesmente.


- Mulciber? O que tem ele?


- Pelo visto só agora caiu nos ouvidos do Ministério a Maldição Cruciatus que ele lançou em mim.


- Só agora? – perguntei.


- É. Acho que Dumbledore tentou abafar o caso para poupar confusão, mas acabou não adiantando.


- E porque estamos indo falar com ele?


- Não sei. Só mandaram nos chamar.


- E o que eu tenho a ver com isso? Quero dizer, você foi o atingido, não eu.


- Você presenciou muita coisa. Todo mundo sabe que ele sempre confrontou a gente, acho que é isso.


Chegamos à gárgula de pedra e depois de Tiago dizer a senha (Diabinhos de Pimenta) uma grande escada espiral surgiu diante de nós.


Meio trêmula, eu e Tiago batemos na porta, que se abriu com um estalo.


Havia um grande grupo de pessoas ali. Dumbledore se encontrava na escrivaninha, rodeado por McGonagall, Slughorn e Martim. Mulciber estava a um canto ao lado de um homem grande e carrancudo, que logo identifiquei como seu pai. Ele tinha as mesmas feições que o filho, sua cara sombria e tenebrosa mostrava uma mistura de tédio e irritação. As outras pessoas reconheci imediatamente como aqueles cinco homens que eu e Maria tínhamos visto, e na sua frente ninguém menos que a Ministra da Magia,Emília Bagnold, uma mulher gorda com seus cabelos castanhos meio brancos enrolados num coque e escondidos embaixo de seu chapéu magenta, sua capa azul berrante dando contraste aos objetos esquisito de Dumbledore ao redor da sala circular.


- Que bom que chegaram, Lílian, Tiago. – cumprimentou Dumbledore; ficamos surpresos que ele tinha nos chamado pelo nome.


- É, que bom. – adiantou-se a Ministra. – Veja bem, estamos com pressa, então só queremos ouvir a história de vocês. Precisamos saber exatamente o que aconteceu aquele dia, senhor Potter.


- Er... – Tiago disse, meio perdido. Mulciber nos encarava com a fúria evidente nos olhos. – Estávamos no Clube de Duelos e...


- Já sei, já sei. – interrompeu Bagnold. – Pule logo pra parte que você fora atingido pela Maldição.


- Eu já ia chegar lá. – Tiago respondeu com rispidez. – Não sei nem porque estou contando a história, sendo que o senhor já sabe de tudo.


- Mas tenho que saber pela boca da vítima. Nesse caso, a de vocês dois. É a lei.


- Certo. Eu tinha vencido Mulciber num duelo e quando me virei para sair do palco ele me atingiu com a Maldição.


- E como foi?


Tiago suspirou e revirou os olhos.


- Foi como uma Maldição Cruciatus deve ser. Você é torturado e sente uma dor horrível. É óbvio.


- Só isso? – a Ministra perguntou. Sua impaciência chegava a irritar, e acho que Tiago estava pensando o mesmo.


- Eu apaguei, o que achava que ia acontecer?


- Tudo bem então. – ela se virou para mim, me encarando com seus olhos negros. – O que você tem a dizer depois que Potter desmaiou?


- Bom, Mulciber foi impedido pelo Professor Martim. – contei.


- Mulciber continuava a usar o feitiço mesmo depois de Potter ter caído no chão?


- Sim.


- Estão esquecendo da parte que ele me chamou de lixo assim que me derrotou! – interpôs Mulciber, não se controlando.


- Quem é você pra protestar alguma coisa, Mulciber, já que a vida inteira jogava na minha cara que eu era uma sangue-ruim? – respondi com desdém.


Alguns ofegaram.


- Isso é uma grande ofensa, meu rapaz. – um dos homens de capas comentou. Ele era alto e negro. Se bem me lembro ele estava no sétimo ano quando entrei na escola.


- Não pedi sua opinião. – Mulciber respondeu.


- Paul, controle-se. – o pai dele disse com a voz rouca também, puxando o filho para o assento, já que ele parecia prestes a se levantar.


- E depois do ocorrido, senhorita Evans, o que houve? – Bagnold perguntou, ignorando a discussão como se nem tivesse acontecido.


- A gente o levou para enfermaria. – falei com o mesmo tom "não é óbvio?" que Tiago havia usado antes.


- Mentira! – Mulciber entrou na conversa novamente. – Esqueceu também o que aquele Black fez?


- Ele não fez nada! – Tiago protestou.


- Ele tentou arrebentar a minha cara!


- Você faria isso se alguém torturasse seu amigo! – Tiago disse. – Ah, esqueci. Esqueci que você não é humano suficiente para não ter amigos de verdade.


- Black? Que Black? – Bagnold perguntou.


- Sirius Black. – Martim informou. – Está no sétimo ano e presenciou isso também.


- Espere um pouco. – a mulher coçou o queixo. – Black? Tem alguma coisa a ver com Régulo Black, aquele que ultimamente foi visto com Comensais da Morte?


- É, são irmãos. – Dumbledore disse, com a voz calma. – Mas saiba Emília, que eles são totalmente diferentes um do outro. Sirius nunca se envolveu com Artes das Trevas o tempo todo que esteve neste castelo.


- Ora, mas nada justifica...


- Que eu saiba Emília, estamos aqui, perdendo nosso precioso tempo e devo dizer, uma grande partida de quadribol, falando não de Sirius Black e sim de Paul Mulciber, que por um infeliz acontecimento, usou uma Maldição em um aluno. – Dumbledore falou.


O Ministro parecia ter percebido agora que a conversa já havia se prolongado com um leve sobressalto.


- Por Merlim, é mesmo! – ela exclamou, endireitando o chapéu na cabeça. – Bem, já que ouvimos o senhor Potter e a senhorita Evans, só nos resta aguardar sua audiência, senhor Mulciber. A data será avisada em breve ao senhor, e posso afirmar que será durante as férias de verão, já que ainda está de aulas. Agora, eu e meus homens estamos de saída, temos muito trabalho a fazer ainda, e não apenas esse caso aqui na escola.


Ela falou com tanta rapidez que além de eu não ter entendido nada com nada, ele parou um pouco para respirar, já que estava ligeiramente ofegante.


- Até a vista, Alvo. – ela acenou com a cabeça, seguida pelos homens. O grupo saiu pela porta e sumiu de vista.


- Receio que todos nós queremos assistir o resto do jogo, não? – Dumbledore disse.


Eu e Tiago assentimos. Acenamos para os outros e fomos até a porta de maçaneta de prata. Vi Tiago dar um último olhar irritado a Mulciber antes de descermos à escada.


- Quanto blábláblá. – Tiago comentou, bufando. – Nem sei pra que chamou a gente.


- Como o Ministro disse, é a lei.


- Lei. – ele bufou de novo. – Vai assistir o jogo?


- Vou pra sala comunal estudar um pouco.


- Lílian, pare um pouco com essa rotina doida de estudos, senão você vai acabar pirando. Você tem que se distrair um pouco.


- Os N.I.E.M.'s estão muito próximos, Tiago.


- E daí? O jogo não vai ocupar o dia inteiro.


- Eu vou estudar e ponto final. – falei, dando-lhe as costas.


Senti meu corpo subir.


Tiago me pegara novamente pelas pernas, me deixando de cabeça para baixo em seu ombro.


- Tiago! Me põe no chão! Me solta! ME SOLTA!


- Não senhorita, Evans. Você vai acabar morrendo de tanto estudar e eu estou aqui para certificar que você não vá ficar sem nenhum pingo de distração.


- Estou falando sério, Tiago. Me põe no chão agora.


- Também estou falando sério. – senti ele rir.


Ele agora caminhava pelo campo em direção ao campo. Dava para escutar gritos e a narração de Kingston. Pela sua voz, Corvinal, que era sua casa, deveria estar perdendo.


- Tiago, por favor, me põe no chão senão vou ficar enjoada. – falei por fim, depois de muitos chutes e socos.


- Promete que não vai voltar pra Sala Comunal e fazer deveres?


- Prometo.


- Você me dá sua palavra?


- Sim.


Ele me colocou no chão cautelosamente e me olhou triunfante.


- Vamos. – falei indo para o estádio.


Ele segurou minha mão e começamos a caminhar pelo campo.


"Murilo da Corvinal está com a goles", ouvi Kingston narrar.


- Que bom que posso confiar em você, Lílian. – Tiago disse depois de um tempo, sorrindo.


- Ah, é? – falei com o mesmo sorriso. – Eu não diria isso se fosse você.


Soltei sua mão e desatei a correr de volta para o castelo.


- Ei! – ouvi Tiago falar.


Olhei para trás e ele vinha rápido atrás de mim.


- Como é Potter? – gritei. – Não pode correr mais que isso?


Alguma coisa me pressionou e eu caí estatelada no chão; senti algo por cima de mim.


- O que você disse mesmo? – ele perguntou, com um sorriso ofegante.


- Nada não. – arfei.


- Como um bom jogador de quadribol tenho certa rapidez. – ele riu, ainda em cima de mim.


- Não sabia que a mesma velocidade no ar sua era a mesma no chão. – comentei.


- Nunca subestime um bom apanhador.


- Ok. Agora dá pra sair de cima de mim? Como um bom apanhador de quadribol você está meio pesadinho.


Ele riu e me beijou demoradamente antes de se levantar.


Antes que eu fizesse algum comentário escutamos grandes vozes vindas do estádio.


- Pelo viso o jogo acabou. – Tiago disse meio desapontado, me ajudando a ficar de pé.


E tinha razão. Milhares de pessoas saíram agitadas do estádio, levantando jogadores vestidos de preto e amarelo.


- Grifinória contra Sonserina na final. – Tiago falou para mim. – Porque será que não estou surpreso?


Logo nos juntamos aos outros no meio da multidão.


- Duzentos e dez a quarenta para a Lufa-Lufa! – Dougie exclamou. – Ótimo jogo. Eu achava sinceramente que Corvinal ganharia.


- É, eu também. – Tiago disse desolado, passando dez galeões para Almofadinhas.


- E então, o que eles queriam com vocês? – Aluado perguntou.


- O Ministro achou que era necessário a gente contar a história. – respondi. – Muita enrolação. Mas agora Mulciber vai ser julgado.


Maria, Dougie e Sirius comemoraram.


- Que a justiça seja feita. – Maria disse. – Quando será a audiência?


- Não sei. Só sabemos que vai ser depois das aulas. – Tiago disse.


- Quem sabe até lá eu não esteja trabalhando no Ministério e então eu mesma poderei julgá-lo. - Maria brincou.


- Eu não sei se essa audiência vai servir pra alguma coisa. – Aluado falou.


- Aluado como sempre atrapalhando nossa festa. – Sirius revirou os olhos.


- Por quê? – Dougie perguntou.


- Vocês acham sinceramente que até lá Mulciber poderá ser julgado?


- Como assim? – perguntei.


- Pensem comigo. – disse Aluado, com seu tom inteligente. – Se Mulciber realmente está se tornando um Comensal da Morte ele não terá chances de ser julgado até lá. Com certeza ele vai estar por aí nos cartazes "Procurado".


- Isso é verdade. – Maria disse.


- Que droga. – Dougie murmurou.


- E por falar nisso... – Tiago comentou de voz baixa, pois estávamos andando no corredor em direção a Mulher Gorda. – Falaram sobre você, Almofadinhas. Pra ser mais exato, sobre o seu irmão.


- E daí? – Sirius respondeu, não se dando ao trabalho de sussurrar.


- E daí que Mulciber falou que você tentou brigar com ele depois de eu ter apagado, e o Ministro reconheceu você pelo sobrenome do seu irmão.


- Pouco me importa. E falo mesmo que tentei socar aquele otário.


Nós rimos, adentrando na Sala Comunal.


Acontece que Sirius não sabia que no dia seguinte a fofoca havia se espalhado. Pelo visto Mulciber deu com a língua nos dentes e contou a quem quisesse ouvir sobre o irmão Comensal de Sirius Black.


Até o fim do dia, Mulciber parecia realmente arrependido do que fez, pois Sirius soube reagir muito bem ao acontecido.


Ele saía pelos corredores da escola fazendo ameaças, dizendo que mandaria o irmão matar quem ousasse cruzar seu caminho, o que todos achavam engraçado e logo se esqueciam o porquê da fofoca. O pior para Mulciber, também, foi que Sirius contara que ele adquirira a informação sobre Régulo por que "ambos eram amigos de longa data".

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