Festa de Páscoa



A chuva estava impossível. Os raios iluminavam o céu escuro; eu estava com o temor que de repente um trovão caísse nas arquibancadas. A chuva estava tão violenta que eu não enxergava nada além do céu nublado e as grossas gotas.


Eu estava desesperada buscando por algum sinal dos jogadores, mas eu apenas via tudo embaçado. Maria estava do meu lado toda encolhida, os olhos semicerrados. O jogo de Grifinória contra Lufa-Lufa estava mais desagradável do que nunca com o temporal violento e a grande tempestade.


Acho que todos os espectadores estavam ausentes ao jogo; não dava pra ver nada e os gritos de Kingston no megafone saíam abafados e longes.


- O que será que tá acontecendo? – Maria perguntou com um grito, e mesmo assim não pude escutar direito. O que eu achei estranho foi que ela estava conversando com um aluno do primeiro ano da Corvinal sentado a sua direita, que pelo que eu sabia ela nunca conversara com ele.


- Maria, eu tô aqui. – gritei, virando ela para meu lado. – Eu não sei o que tá acontecendo também.


Olhei no meu relógio a prova d'água que meu pai uma vez me dera; pelas minhas contas estava completando uma hora de jogo.


Tirei meu cabelo ensopado do rosto, ao mesmo tempo que eu avistava Dougie passar com dificuldade entre os alunos.


- Noventa a setenta para a Grifinória. – ele informou, também gritando. – Se bem que acho que já deve estar muito mais do que isso.


Continuei a procurar pelos ares algum sinal de Tiago, mas a única coisa que eu avistava eram guarda-chuvas estilhaçados voando por aí.


- É sério, não vejo a hora desse jogo acabar. – falei pra Dougie.


- O quê?


- Não vejo a hora desse jogo acabar! – gritei.


- O quê?


- Não vejo a hora desse jogo acabar!


- Hã?


- Ah, deixa pra lá. – suspirei, desistindo.


O tempo se prolongava e eu senti que meu corpo ia congelar. Às vezes eu via de relance um borrão vermelho e amarelo passar rapidamente, mas logo sumia em meio à névoa.


Houve um grito no meio de um relâmpago, que foi seguido pelas arquibancadas.


- O que aconteceu? – perguntei espantada.


- Pelo visto Tiago capturou o pomo! – comemorou Dougie.


Que bom, agora eu podia sair dali. Eu jurava ter sentido minhas pernas adormecerem.


Desci correndo as arquibancadas junto aos outros alunos ainda encharcados (eu tentei usar o Feitiço Impermeabilizante no corpo inteiro, mas não obtive muito sucesso).


Chegamos ao Saguão de Entrada e logo nos secamos com um feitiço, pois não adiantaria muita coisa nos secar na tempestade sendo que íamos nos molhar de novo.
Imaginei que os jogadores já estivessem na torre da Grifinória festejando, então eu, Maria e Dougie rumamos direto para o retrato da Mulher Gorda.


- Senha? – ela perguntou.


- Chifre de erumpente. – respondeu Dougie; na verdade eu havia me esquecido da senha, como às vezes acontecia.


Quando adentramos a sala, estava claro que os jogadores se encontravam ali. Eles estavam sendo erguidos pelos alunos, principalmente por Sirius que parecia disposto a fazer um deles cair.


- Bom jogo, Pontas! – cumprimentou Dougie.


- Valeu. – ele sorriu, bagunçando o cabelo. Mesmo molhado ele continuava rebelde. Devo admitir que gosto dele assim.


- Parabéns! – eu o abracei.


- Obrigado. Cerveja amanteigada? – ele ofereceu.


E assim foi pelo resto do dia; enquanto a chuva batia no telhado, a sala comunal da Grifinória ecoava de conversas entusiastas e comentários sobre o jogo. Muitas pessoas inventavam mentiras ou acrescentavam fatos não ocorridos, já que ninguém pôde ver muita coisa direito.


Eu estava achando aquele fim de semana muito corrido em geral. Hoje, sábado, teve o jogo de quadribol e amanhã já era páscoa, o que significava a festa na sala de Slughorn.


Acordei com vários ovos de páscoa no pé da cama no dia seguinte. Esse ano eu tinha recebido uma quantia considerável; meus pais, Maria, Dougie, Tiago (o seu era em formato de coração, o que eu achei muito fofo), Sirius, Aluado, Rabicho e até mesmo Petúnia. Ri com desdém quando vi que o sabor era chocolate amargo.


Eu e Maria passamos a tarde nos empanturrando de chocolate, o que me deu preguiça para ir à festa mais para o fim do dia.


- Vá se divertir um pouco, Lílian. – comentou Maria, rindo. – Deve ser muito divertido aguentar Slughorn puxando o saco seu toda hora.


- Com certeza vai ser muito agradável. – ri também. – Mas até que gosto dele.


- Porque não gostaria? – respondeu, dando petiscos para Felix. – E sobre o Ranhoso?


- Que tem ele?


- Ele vai na festa também, não vai?


- Ah, é. – falei; eu havia me esquecido disso. – Espero que não aconteça nada. Se bem que Tiago me prometeu que nunca faria mais nada contra ele.


- Vamos ver se ele cumpre a promessa.


- Espero que sim.


- E que roupa você vai?


- De vestido mesmo. Pedi pra mamãe me mandar na semana passada.


- Já o cabelo, eu mesma dou um jeito.


- Então decidiu ser cabeleleira agora? – perguntei, divertida.


- O que é isso? – ela indagou, com as sobrancelhas erguidas.


- É uma profissão trouxa.


- E o que faz?


- Tem a função de deixar os cabelos das trouxas mais bonitos.


- Ah. – ela disse e então deu uma risadinha. – Estranho isso. Tudo é mais fácil com feitiços. Minha mãe me ensinava feitiços ótimos.


- Por onde ela anda?


- Não sei. Uma vez ou outra ela me manda uma carta e talvez ela me visite nesse verão.


Os pais de Maria eram separados; ela vivia com o pai no sul do país enquanto a mãe viaja por vários lugares. Maria me explicara que ela gostava muito de viagens e já seu pai queria ter uma vida fixa em algum lugar. Então esse foi o motivo da briga. Apesar disso, ela era bem feliz com o pai e tratava tudo com muita naturalidade.


A noite foi caindo e eu e Maria subimos para o dormitório após o jantar para já me vestir. Eu achei isso meio bobo, mas ela insistia que o feitiço era demorado.


Por volta das onze horas (eu achei realmente estranho o horário tão tardio) eu desci para a sala comunal meio hesitante. Por sorte não estava muito cheia, pois eu sentiria meio sem graça com vestes tão diferentes.


Localizei Tiago sentado numa mesa junto com Aluado e Sirius. Supus que Rabicho já estivesse dormindo.


- Vamos? – falei pra ele, me aproximando.


Ele não respondeu; me olhou de cima a baixo, meio boquiaberto. Senti o rubor subir pelo pescoço.


- Está muito bonita, Srta. Evans. – comentou Sirius, rindo junto com Aluado da cara abobada do Tiago.


- Obrigada, Sr. Black. – falei, também rindo, fazendo uma reverência segurando as pontas do vestido.


- Er... – começou Tiago, se pondo de pé. – Vamos.


- Tchau. – falei para os dois e segurei Tiago pela mão.


Ele só voltou a falar quando andávamos pelo corredor.


- Você está fantástica, Lílian. – ele falou, dando um sorriso enorme.


- Você também.


A veste a rigor preta de Tiago dava certo destaque a seus olhos meio castanhos e esverdeados – na verdade até hoje não descobri a cor verdadeira.


Quanto a mim, eu vestia um simples vestido rosa – simples mesmo, nada de brilhos ou muito decote, com uma sandália de salto. Pelo menos assim eu ficava quase do tamanho dele. Foi realmente frustrante quando Maria errou o feitiço do meu cabelo; por um instante achei que eles chegariam a cair, tanto era a quantidade de nós que haviam surgido. Mas enfim ela deu um jeito e um elegante rabo-de-cavalo ficara pronto e reluzente.


Chegamos às masmorras, que estavam bem frias e me faziam me arrepender de ter esquecido o casaco. Porém quando entramos na sala de Slughorn estava tudo muito aquecido e também havia músicas agitadas no fundo e várias pessoas conversando ou comendo.


- Lílian! Potter! – exclamou Slughorn, com um abacaxi cristalizado em uma mão e um copo de hidromel na outra. – Que bom que chegaram! Fiquem a vontade!


A sala de Slughorn era como sempre muito aconchegante e elegante. Era rodeado por poltronas carmins e mesas, as paredes tinham uma tapeçaria púrpura e antiquada, o que não deixava de ser bonita; uma grande e longa mesa fora depositada a um canto cheia de comidas e bebidas, além dos garçons estarem por aí distribuindo cerveja amanteigada e suco de abóbora. Em outro canto tinha uma grande mesa cheia de retratos de seus antigos alunos. Isso me fez lembrar de uma coisa.


- Vem. – falei pra Tiago, puxando sua mão, enquanto ele se esticava para pegar uma taça de uísque de fogo em uma das bandejas.


Cheguei perto da mesa a fim de observar os porta-retratos; eram muitos, mas não foi fácil localizar um vazio.


- A-há! – exclamei. – Eu sabia que era daqui que você tinha pegado.


- Ah, é. – ele disse, meio corado. Talvez fosse também pela bebida flamejante que ele bebia. – Acho que Slughorn nem sentiu falta.


- Estão vendo as fotos, hein? – falou o professor as nossas costas, sobressaltando com sua repentina aparição. – Esse porta-retrato tinha uma foto sua, Lílian. Sumiu misteriosamente. Acho que deixei ela cair por aí. Mas nada do que uma nova para substituir, não?


Slughorn levou eu e Tiago até um canto onde um homem barbudo e magricela estava a posto com sua câmera bruxa.


O flash cegou meus olhos e antes que eu desse mais uma piscadela, Slughorn já nos levava para outro lugar.


- Olá, Borrow! – saudou Slughorn a um homem alto e musculoso, com a aparência de um trasgo, meio gasta e cicatrizada. – Lílian, esse é Rogério Borrow, ele é auror e tem muita responsabilidade com Poções. Ele foi um dos meus melhores alunos há uns oito anos atrás. É claro que você não o conhece muito, você nem entrou na escola ainda. Mas ele trabalha na Seção dos Aurores também.


Borrow deu um ligeiro aceno de cabeça, e estava muito claro em sua expressão que ele estava entediado.


- E você Potter? Se bem me lembro disse que gostaria de seguir essa carreira, não?


- Sim, senhor. – falou Tiago, sorrindo e também dando um aceno de cabeça para Borrow, que voltou a atenção para a festa, olhando tudo aquilo, sem emoção.


- Acho que por suas habilidades sem dúvida terá muito sucesso! – Slughorn disse, acariciando a barriga. – Ah, Rocco, que bom que veio!


Slughorn fora saudar o outro professor que acabara de chegar, enquanto Tiago e eu nos sentávamos a uma mesa.


- Não gostei. – comentei, bebendo um copo de suco de abóbora.


- Do quê?


- Daquele Borrow. – falei; Tiago ia responder, mas eu interrompi. – Não da pessoa dele. Dele mesmo, sabe? Ele está todo cicatrizado e machucado! Tá parecendo mais o Olho-tonto Moody!


Tiago riu, apesar de eu não achar nenhuma graça.


- Qual sua preocupação exatamente?


- Você quer ser um auror. E eu não quero te ver assim.


- Nos dias de hoje até quem não é auror está assim, Lílian.


- Mesmo assim. É arriscado pra você.


- Eu não quero acabar como meus pais e trabalhar enfurnado no Ministério.


- Pelo menos é seguro.


- Mas não é o que eu gosto.


- Tá, vamos dar uma volta. – tentei mudar de assunto.


Demos um passeio pela festa e por vezes encontramos alguns conhecidos nossos; outros eram apenas alunos do primeiro ano que estavam muito perdidos e portanto ficavam escondidos em um canto.


- Eu avisei que era monótona às vezes. – comentei, enquanto tentávamos voltar na mesa de antes.


- Na verdade, eu estou me divertindo.


- Sei como se... – comecei, mas esbarrei em alguém. – Ah, me desculpe...


Era Severo. Ele estava conversando com um aluno da Sonserina também e nos olhou deprimido quando viu quem o batera.


Como era pra ser, fiquei atenta caso algum mostrasse desavenças, mas simplesmente Tiago passou despercebido por ele, o que me deixou aliviada e feliz.


- Muito bem! – falei, enquanto nos sentávamos.


- Eu cumpro minhas promessas, Lil.


- Do que me chamou?


- De Lil. Não gosta?


- Gosto. – falei, rindo.


- Saiba que não esqueci do Tiaguinho ainda. – ele comentou, me fazendo rir mais.


Acho que já se passavam da meia-noite quando comecei a bocejar e minhas pálpebras ficaram pesadas.


- Não, senhora. – Tiago disse, rindo quando ameacei me debruçar na mesa. – Você não vai dormir.


- Então vamos fazer alguma coisa.


- Já sei. Vamos dançar.


- Dançar não! – falei, assustada.


- Ora, porque não? – ele disse, pondo-se de pé.


- Eu não sei dançar.


- Claro que sabe. Todo mundo sabe.


- Eu vou pisar no seu pé, isso sim. – murmurei cruzando os braços. Ele se pôs na minha frente e estendeu a mão.


- Me dê a honra dessa dança?


Eu ri.


- Não, obrigada.


- Ah, qual é, Lílian. Quer coisa mais animada que essa? – ele disse, enquanto uma música dançante tocava ao fundo.


- Eu não sei dançar, nem vem. Não vou ficar pagando vexame por aí não...


- Tem gente dançando, Lílian. Vamos?


Na verdade só tinha uns três casais e olhe lá; sem falar que um deles parecia bêbado.


- Não.


- Por favor?


- Não.


- Faço o que você quiser.


- Não. Olha, eu não durmo, mas também não danço.


- Mas agora eu quero dançar.


- Vai ficar querendo.


Ele deu um longo suspiro.


- Não me faça eu te obrigar.


- Senão vai fazer o quê? Me azarar? – ri com desdém.


- Não. Mas eu posso te obrigar. – seu sorriso era malicioso, o que eu não gostei; sinal que uma idéia idiota e insana passava por sua cabeça.


Eu bufei.


- Tente só pra você ver.


- Tudo bem. – ele suspirou de novo e com um movimento rápido segurou minhas pernas e me carregou sobre o ombro.


- Tiago! Tá louco? Me solta! Me solta! – eu falava enquanto lhe dava murrinhos nas costas; os presentes riam vendo a cena. – Eu estou de vestido se você não percebeu! Me. Põe. No. Chão. – eu dizia pausadamente, cada palavra um soco.


Ele me pôs de pé no meio da "pista de dança", sua expressão divertida e triunfante. Eu revirei os olhos.


- Não vou dançar. – falei lhe dando as costas.


- Você vai querer que eu te trague de novo? – ele disse, rindo perverso.


Eu o fuzilei com os olhos.


- Só essa música. – respondi, enquanto uma música agitada começava. Eu estava com uma idéia vingativa de pisar em seus pés de propósito.


Tenho que admitir que não tive muitas oportunidades; Tiago dançava bem e era impossível não acompanhar seus passos. A canção era símbolo dos anos 70; eu nunca ouvira essa música antes, então deduzi que era alguma banda bruxa.


Tiago me rodopiava e me girava, e eu não me senti muito bem quando com um passo rápido ele me erguera do chão – isso me fez sentir um pouco enjoada, sinal que comi muita torta de abóbora. Tentei esquecer logo disso e comecei a corresponder aos passos; as outras pessoas também dançavam – na verdade algumas chegavam a tombar e cair no chão.


A música parecia não terminar, mas eu estava gostando. Fazia tempo que eu não dançava assim. Só quando minha mãe decidia dar uma verdadeira festa de Natal e juntavam vizinhos e parentes e acabavam um dançando com o outro.


Olhei ao redor; praticamente todo mundo estava dançando agora. O professor Slughorn com certeza exagerou no hidromel, pois dançava sozinho a um canto, abraçado a um pote de abacaxi cristalizado.


Depois veio uma música lenta e romântica, e deixei pra lá a idéia de dançar só uma música.


Eu abracei Tiago e ficamos ali dançando, os outros casais também dançaram e foi uma cena bizarra. Tiago reprimia o riso.


- Olha o que você foi fazer.


- Eu?


- É. Foi inventar de dançar, agora tá aí o resultado.


Ele soltou uma risada baixa.


- Pelo menos estão aproveitando a festa.


Deitei a cabeça em seu ombro, com a certeza que se continuasse naquele ritmo eu dormiria ali mesmo, sentindo seu perfume.


- Eu não sabia que você dançava tão bem. – comentei sonolenta.


- Meus pais às vezes dão essas festas e eu acabo aprendendo a dançar.


- Com quem você dança? – perguntei, meio desconfortável.


- Com primas. E às vezes umas garotas bonitas lá perto de casa. – ele riu; eu pisei no seu pé com o salto da sandália. – Ai! Tô brincando!


Eu ri em seu pescoço, seguida por ele.


- Eu tô com sono. – falei, bocejando.


- Quer ir embora?


- Já já. – respondi, fechando os olhos. Era uma sensação boa.


A música romântica continuava e eu sentia que ia dormir ali mesmo, até mesmo em pé.


- Hora de ir pra cama, Lílian. – Tiago riu. – Já passam das uma.


- Hum. – murmurei ainda de olhos fechados.


- Vou levar você pra cama.


- Sem chance. – respondi, com a voz tão baixa que nem sei se ele escutou. – O dormitório das meninas é proibido... – parei pra bocejar. – para os meninos.


- Vamos dar um jeito.


A maioria das pessoas já tinha ido embora. As que restaram ainda estavam dançando ou largados na mesa.


Sai acompanhada de Tiago da sala, meio cambaleante. Meus pés já estavam dormentes com o salto então tirei as sandálias e andei descalça.


- Vem aqui. – Tiago riu, me pegando no colo. – Acho que você bebeu muito suco de abóbora.


- E desde quando isso dá sono?


- Minha mãe diz que bebido em excesso dá sono, mas acho que é mentira. Ela deve ter confundido com maracujá.


Não sei por que, mas ele gostava de me pegar no colo. E tenho que confessar que eu gostava também.


- Chifre de erumpente. – ouvi ele dizer. Já estávamos na sala comunal? Eu nem percebi.


Ele me colocou em uma poltrona.


- Acha que consegue subir as escadas sem cair?


Apenas assenti, esfregando os olhos.


- Tem certeza?


Assenti de novo.


- Então, boa noite.


Murmurei alguma coisa que eu nem mesma entendi.


Eu me coloquei com dificuldade em pé. Tenho que admitir que meu sono era muito excessivo. Eu o beijei, e meio tonta fui subindo as escadas ainda com as sandálias na mão.


Cheguei ao dormitório, joguei as sandálias de um lado e escutei um barulho; acho que eu havia acertado o gato da Alice, mas não me importei.


Me joguei na cama e adormeci no segundo seguinte.

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