Família Smith Rosier

Família Smith Rosier



-       GIULIA SMITH ROSIER*! LEVANTE-SE AGORA OU VOCÊ QUER PERDER O TREM PRA HOGWARTS?


Escutei o grito de minha mãe vindo da cozinha no primeiro andar. Como se eu precisasse acordar, estava de pé há uma hora, depois de um sonho muito esquisito. Como sempre meu pai me aguardava na ponta do corrimão da grande escada de madeira clara, sorri e subi no corrimão, desço direto nos braços de meu pai.


-       Bom dia papai!


-       Bom dia pequena Giu!


-       Ei! Não sou mais tão pequena! Estou indo pra Hogwarts!


-       E daqui a pouco eu não consigo mais te pegar na beirada do corrimão – ele com diz com um sorriso misto: de alegria e tristeza


-       Não se preocupa papai, vou aprender um feitiço pra que eu fique bemmmm levinha e você consiga me segurar sempre! – meu pai ri de maneira sincera, vejo em seu rosto o mesmo sorriso que dos meus espelhos.


Acho que meu pai é um homem bonito, ele é bem alto com ombros grandes, tem o cabelo castanho bem escuro e comprido, parece que ele é membro de uma daquelas bandas trouxas que a mamãe adora! Seus olhos tem uma cor que me fascina, queria ter o mesmo tom de castanho avermelhado, mas só herdei da família o formato de olhos ligeiramente felinos, o sorriso muito branco com dentes todos certinhos, o cabelo castanho escuro e claro, o sobrenome de uma das mais tradicionais famílias do mundo bruxo: Rosier.


Cheguei na cozinha e dei um beijo em minha mãe. Ela fazia waffles para o café-da-manhã, o meu favorito.


-       Você parece cansada, não dormiu direito?


-       Tive um sonho esquisito, mas não lembro muito bem... Acho que tinha algo relacionado ao menino que sobreviveu...


-       Você sonhou com Harry Potter? Acho que esse ano ele deverá começar em Hogwarts, fazem 10 anos da queda de Você-sabe-quem, ele deve estar com a sua idade...


-       Caramba! Será que eu vou conhecer ele?!


-       Possivelmente...


-       Será que ele é legal? Será que ele vai gostar de mim – baixei um pouco a voz de forma inconsciente – mesmo eu sendo uma Rosier...


-       E qual o problema de ser uma Rosier minha filha?


Ninguém em casa falava muito da família do papai. Ele era considerado um traidor por ter se casado com a mamãe, mas eu nunca entendi isso: ela é maravilhosa! Tem a pele branca como a minha, cabelos castanhos claros, olhos cor de chocolate... Tudo bem, seus dentes não são lindos, mas o sorriso dela contagia qualquer um que o veja, é sempre tão sincero... Mamãe vem de uma família tradicional também, mas do mundo trouxa, desde sempre sua família tem membros na Câmara dos Lordes, acho que isso significa que eu tenho um título real do mundo trouxa, mas não entendo muito bem dessas coisas.


-       Problema nenhum mãe... é que a família do papai é tão estranha. – Falei da família dele, mas a única pessoa que eu conhecia era a Tia Andrômeda e a Tonks, minha prima mais velha, que realmente era esquisita, mas era legal.


-       Bom – disse meu pai na porta da cozinha – sua prima Tonks é realmente esquisita, afinal ela fica se transformando por aí...


Eu ri, mas não era em Tonks que eu pensava. Vinha em minha cabeça o nome de Evan Rosier... não sei por que, mas aquele nome me causava um certo mal-estar, acho que isso estava no sonho estranho, tinha um tribunal e alguém falava o nome de Evan Rosier com uma voz desesperada*. Mas jamais mencionaria o nome em casa, papai ficaria zangado comigo, sempre que um Rosier era mencionado ele ficava de mau - humor.


-       Giulia, GIULIA! – minha mãe falou mais alto – Posso pegar seu malão para irmos?


-       Pode! Aliás, já tá na sala! O papai convocou ele quando eu entrei na cozinha... Eu ouvi ele falando “accio”. Só tenho que buscar a Perséfone* no corujal!


Busquei Perséfone, minha coruja preta e branca, coloquei na gaiola dourada e fui pra sala me preparar para a aparatação acompanhada, detestava aquilo e ao mesmo tempo achava o máximo, pois de uma hora para a outra mudávamos de lugar. Meus pai chegaram e demos as mãos, meu pai segurava meu malão e minha mãe uma sacola marrom, que provavelmente teria o meu lanche para o trem. Fechei os olhos e chegamos em uma rua vazia perto da estação Kings Cross.

 ---------------------------------------------------------------------------------------------
 1. O pai de Giulia é o filho mais novo de Cygnus Black com Druella Rosier, ou seja, ele é irmão de: Bellatrix Lestrange, Andrômeda Tonks e Narcisa Malfoy. Primo de Sirius Black.
Giulia é prima de Ninphadora Tonks, e Draco Malfoy
(o pai de Giulia não existe na árvore genealógia da família Black exposta na casa de Sirius por que a personagem foi criada por mim.)
2. Evan Rosier aparece como um ex-comensal da morte, já morto, durante o julgamento de Igor Karkaroff. Igor Karkaroff é quem fala o nome de Rosier com a voz desesperada, ele estava tentando ganhar sua liberdade dando nomes de comensais. 
Evan Rosier seria primo de Druella Rosier.
3. Apenas curiosidade pela escolha do nome da coruja: Pérsefone é a deusa grega obrigada a passar parte da sua vida com o rei do submundo, Hades, os outros seis meses na terra. Por isso a coruja é preta (submundo) e branca (vida na terra).

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.