Encontro com...X.H



Capitulo Cinco
Encontro com X.H
 
                                                                 XXX--XXX     


Já era sexta-feira, 4 dias depois da súbita aparição deles. As pessoas em Hogsmeade estavam um pouco mais a vontade ao ver um garoto e uma garota tão novos andando por ai como se a pequena cidadezinha bruxa fosse completamente familiar a eles, mesmo que afirmassem que não eram daqui.


Toda vez que eles viam uma coruja branca voando pelos arredores, eles sabiam que eles não estavam muito longe. Eles, primeiramente, não sabiam o que fazer aqui e o que fazer com suas vidas. Não podiam só ar para Hogwarts daquele jeito no meio do ano letivo.


Fora de Hogsmeade estava nevando, mas os bruxos residentes na cidade haviam optado por criar um escudo mágico que iria refletir a neve.
Infelizmente, ainda era muito frio lá fora então Harry e Hermione estavam sempre vestindo suas novas capas de pele de dragão com cachecóis quentes, o qual, é claro, não era o familiar vermelho e dourado.


Harry também havia tido a ideia perfeita para ocuparem seu tempo, e ser útil a pouco tempo atrás. Rosmerta estava tendo problemas para gerenciar o bar com só dois empregados, que só estavam lá para fazer a comida, então Harry conseguiu fazer Rosmerta os contratar para trabalhar no Três Vassouras. Ela logo percebeu que James e Hermione eram trabalhadores dedicados e que isso facilitava muito o trabalho, para seu grande contentamento.


James cumprimentou os habituais clientes que o conheciam enquanto ele entrava no bar lotado, voltando de uma compra tardia. Rosmerta aceitou a bolsa com um agradecido, mas cansado sorriso.


O Três Vassouras estava cheio de gente essa noite e apesar de ela e Hermione estarem dando duro, ainda era muita coisa para fazerem sozinhas. Ela deu um olhar de cachorrinho pidão para James e o garoto moreno sorri divertido e assenti subindo as escadas para se trocar.


“Eu sinto muito James. Eu sei que hoje seria o seu dia de folga, mas não conseguimos dar conta disso sozinhas. Desde que recebi esse novo tipo de cerveja amanteigada as pessoas parecem não cansar de bebê-las!” Ela explicou, quando James voltou com sua roupa de trabalho enquanto levava a pedido de dois clientes ao mesmo tempo.


Nagini havia optado ficar lá em cima, no quarto e sabia que se eles tivessem com problemas ela não estaria longe demais para ajuda-los. Harry assentiu e fez uma expressão seria.


“Não tem problema pra mim. Eu não tinha nada para fazer hoje a noite hoje a noite, de qualquer maneira. Posso muito bem ajuda-las antes que colapsem.”


Hermione o olhou agradecida, Rosmerta riu dele, mas o deixou entregar os pedidos para os clientes, o que fez com eficiência.
   “Novos empregados? Eles parecem meio jovens, não acha?”


Rosmerta pulou por causa da voz e se virou para encarar uma das professoras de Hogwarts.


“Xiomara! Você me assustou! Problemas com os primeiranistas, né?”
A professora fez uma careta bebendo um grande gole da sua cerveja amanteigada.


“Essa é outra maneira de dizer isso, sim.” Ela não falou mais sobre o assunto, então Rosmerta a deixou e caminhou em direção a Harry, que estava transportando três pedidos ao mesmo tempo e procurando pra quem eles pertenciam.


“Ei, James! Precisa de ajuda?” Rosmerta pergunto, com uma risada brilhante nos olhos.


James girou seus olhos azuis pra cima, mas assentiu mesmo assim. Rosmerta apontou para os clientes certos e o olhar do garoto moreno gelou no ultimo. Rosmerta acenou com a mão na sua frente e olhou para a professora.


“Ela tem olhos legais, não é mesmo?” Disse Rosmerta se referindo aos olhos amarelos de falcão pertencentes à Xiomara. Harry saiu de seu devaneio e piscou, respondendo com um devagar. “Sim!”


“Quem é ela? Eu nunca a vi por aqui antes.” Perguntou Hermione, que havia se aproximado e agora estava ao lado de Harry, fingindo uma expressão curiosa.
Interiormente o coração de Harry estava batendo furiosamente. Era sua primeira instrutora de voo, mas Merlin! Era bom finalmente ver uma face familiar de Hogwarts em Hogsmeade.


“Hum, Vocês provavelmente verão mais ela já que agora trabalham aqui. O nome dela é Xiomara Hooch e ela é a instrutora de voo de Hogwarts. Eu sei que estamos no meio da semana, mas ela só vem aqui quando os primeiros anos a irritam durante as aulas. Isso deixa ela relaxar e esquecer sobre os pequenos capetinhas. Eu tenho certeza que ela vai beber mais um par de cerveja amanteigada antes de voltar pro castelo, ela sempre faz isso.”


Rosmerta suspirou e mexeu a cabeça.
“É melhor você entregar esses pedidos antes que fiquem frios, James.” Ela lembrou Harry. O garoto se assustou e correu para um casal impaciente, Hermione deu um pequeno sorriso divertido e também voltou ao trabalho.


“Desculpe pela demora!” Ele tinha um olhar de desculpa no rosto e a bruxa não resistiu.


“Tudo bem!” Ela se empertigou, enquanto seu marido girava os olhos pra ela e começava a comer. “Ai! Você é um jovem tão bonito! Espero que esteja aqui da próxima vez que viermos!” Ela falou alegre.


Harry deu um sorrisinho e assentiu. “Bem, será um prazer servi-los novamente. Se vocês me derem licença, eu tenho este ultimo prato para servir. Se precisarem de alguma coisa, é só chamar.”


Ele se desculpou educadamente ao casal e seu coração começou a bater contra suas costelas mais uma vez. “-Pelo o amor de Deus Harry! Só é a Hooch! Sai dessa!” Ele mentalmente se sacudiu e pôs o prato na frente da professora mal-humorada, fazendo esta pular por causa do súbito movimento.


“Oh! Desculpa! Eu não te vi aqui!” Xiomara ficou vermelha e trouxe o prato mais pra perto dela.


Harry riu. “Dia difícil?” Hooch deu a ele um pequeno sorriso e começou a comer a sua refeição.


O garoto moreno queria desesperadamente tira-la do seu mau humor e perguntar a ela sobre os habitantes de Hogwarts, mas isso ia parecer muito suspeito. Ele sabia que algumas pessoas em Hogsmeade ainda não confiavam neles, ele só deu a volta e entregou novos pedidos pelas próximas horas, claramente com a intenção de falar um pouco mais com a professora de voo quando o bar esvaziasse.


Era por volta de dez horas quando as pessoas começaram a voltar pra casa para uma boa noite de sono. Rosmerta dispensou James e Hermione do trabalho com um grande sorriso, o lucro havia sido particularmente bom hoje.


Hermione pediu ao cozinheiro duas cervejas amanteigadas e entregou a um Harry com um sorriso maroto. Harry pegou as canecas, entendendo o seu plano e lhe devolvendo um sorriso sapeca que prometia uma recompensa. Ele andou até uma Xiomara Hooch ainda irritada que estava sentada sozinha num canto.


A professora se assustou quando uma caneca de cerveja amanteigada foi colocada a sua frente, e ainda mais quando o jovem ajudante de Rosmerta se sentou a sua frente, também bebendo uma caneca.


Harry deu um pequeno sorriso para tranquiliza-la. “É por conta da casa, mas pra você é o ultimo da noite. Eu acho que você esta desesperadamente precisando de uma companhia para te animar.”


Hooch assentiu agradecida e deu um gole. “Obrigada. Me desculpe pela minha grosseria mais cedo, mas eu tenho tido alguns problemas com as minhas aulas em Hogwarts. A proposito, meu nome é Xiomara Hooch.”


Harry apertou sua mão. “Prazer. Rosmerta me falou sobre o seu dilema. Meu nome é James Evans. Então, que tipo de problemas você tem?” Ele perguntou curioso. Ele não sabia se a sua Hooch tina aqueles pequenos episódios depressivos então queria saber o que podia possivelmente incomoda-la desse jeito.


A mulher de olhos de falcão deu um grande suspiro e bebeu outro gole da sua cerveja.


“Bem, você provavelmente já sabe que sou uma professora em Hogwarts; eu sou a instrutora de voo e eu os primeiranistas como voar numa vassoura corretamente. Eu sempre tive alguns problemas nos anos anteriores, mas as crianças que eu estou instruindo agora não sabem nada sobre voar. Oh, alguns sabem, mas não da maneira que eu quero que elas saibam. Elas não sabem o que eu quero dizer quando peço pra elas para entender a beleza do voo.” Hooch parecia embaraçada. “Eu não estou fazendo nenhum sentido, né?”


Harry negou com a cabeça.
“Oh não. Eu entendo perfeitamente o que você quer dizer. Eu mesmo adoro voar, então você não esta falando com um ignorante no assunto. Eu amo a excitação do voo, de flutuar entre as nuvens e então mergulhar numa manobra e puxar a vassoura no ultimo segundo antes de colidir com o chão. Virar e guinar com o vento e me deixar cair livremente e então subir rapidamente, esta é uma experiência muito divertida e uma vez que você tente não dá pra parar. Você é livre pra ir onde você quiser você esquece seus problemas e só sente o vento despenteando o seu cabelo...”.


Quanto mais ele falava, mais seus olhos sonhadores se fechavam, e ele se movia gentilmente na cadeira como se realmente estivesse em uma vassoura,  esquecendo tudo ou seu redor. Ele tinha uma expressão excitada e veemente em seu rosto, que tocou profundamente Xiomara.


Quando ele terminou, ela ficou sem fala por um momento e Harry finalmente abriu seus olhos, corando diante do olhar encantado da professora.


“Eu... Eu nunca tinha ouvido alguém falar sobre voar de um jeito tão apaixonado antes...” Ela sussurrou. “Isso é exatamente o que eu sinto exceto que eu nunca seria capaz de descrever esse sentimento da maneira que você fez. Eu queria que meus alunos entendessem isso. Os primeiros anos estão assustados ou querem se mostrar, e eles frequentemente vão para a enfermaria por causa da sua negligencia. Do segundo ano para o sétimo, eles só querem jogar Quadribol pela maneira difícil e geralmente ficam competitivos demais; as casas da Sonserina e da Grifinória principalmente. Essas duas casas nunca vão se entender, eles nasceram para odiar uma a outra eu juro. O diretor, Alvo Dumbledore tentou por muitos anos reconcilia-las  mas não teve sucesso. O que não ajuda é a rivalidade entre dois alunos do sétimo ano da Grifinoria e da Sonserina: Ronald Weasley E Draco Malfoy. Desde o primeiro dia eles são inimigos mortais por causa da rivalidade entre as duas famílias.” Xiomara pôs uma mão na frente da boca. “Eu estou balbuciando de novo me desculpe.”


Harry novamente negou com a cabeça, mas sua mãos, que agora estavam escondidas embaixo da mesa, estavam tremendo. “- Então, Ron está aqui. Graças a Deus. Eu não ligo muito pro Malfoy, mas parece que todos que eu conhecia na minha própria dimensão estão aqui. E quanto a rivalidade entre Grifinória e Sonserina...”


Harry quase teve que esconder um sorriso sombrio de aparecer em seu rosto. Voldemort, sem saber, não havia só transferido alguns de seus poderes para ele quando era um bebê, mas também um pouco de sua herança, fazendo Harry ser o herdeiro tanto da Grefinória COMO da Sonserina. Ele não era o herdeiro de Sonserina, é claro, mas de uma maneira Tom Riddle era como um ‘pai’ para ele em um estranho, doente e inoportuno ponto de vista.


“Você não esta falando demais. Eu não me importo a mínima. Melhor libertar suas emoções do que aprisiona-las. E de qualquer maneira, o castelo meio que me deixa curioso. Mas esse não é o caso. O que você pensa em fazer com os primeiros anos?”


Hooch deu de ombros. “Eu ainda não sei. Diga-me James, quando foi a ultima vez que você voo?”


James deu um olhar distante e um sorriso triste. “Já faz um tempo. Muito tempo para falar a verdade, eu sinto muita falta. Eu realmente não posso voar na área da vila e está nevando fora da barreira. Eu já não voo tanto quanto eu gostaria.” Ele ganhou aquele olhar sonhador novamente e Hooch sorriu maliciosa, seus olhos mostrando um brilho renovado.


“Diga, talvez nós possamos fazer um pequeno jogo, um pequeno um-contra-um qualquer dia? Eu tenho certeza que Alvo, nosso diretor, não se importaria a mínima se o convidasse. O que você sabe sobre Quadribol?” Ela perguntou com um olhar astuto em sua direção.


Harry percebeu isso rapidamente e também sorriu com um brilho misterioso nos olhos azuis. “Eu sei o suficiente, e isso é tudo o que você precisa saber.”


Ela se inclinou na cadeira, seu mau humor agora completamente esquecido. “Ooh? É isso então? Qual posição?”


“Me falaram que eu daria um bom batedor... Mas eu provavelmente nasci com um pomo-de-ouro nas minhas mãos, então isso não deixa duvida sobre qual posição eu tenho.”


Xiomara assobiou. “Um apanhador, eh? Eu me pergunto o quanto você é bom. Bons apanhadores que realmente sabem manobrar uma vassoura são raros em Hogwarts. O melhor que nós temos agora é o sétimo ano sonserino Draco Malfoy, mas ele realmente não compreende a beleza de voar. Tudo o que ele quer fazer é derrotar o time da grifinoria desde que Olivio Wood, o melhor capitão que a grifinória já teve graduou dois anos atrás. A atual apanhadora grifinoria Gina Weasley, irmã mais nova do capitão do time Ron Weasley, não está conseguindo dar conta do recado desde que o pai de Malfoy,” Ela disse com uma desgostosa no rosto. “comprou novas Nimbus 2004 para todo o time da sonserina... Eu estou falando demais, deve ser a cerveja.”


Harry riu dela, mas mentalmente sorriu desdenhoso. “- Eu vejo que o velho Malfoy ainda esta vivo e irritado por aqui. Provavelmente ainda no ministério. A maioria dele deve estar corrompido já que Voldemort ainda está vivo. Isso vai ser uma merda de problema.”


Ele deu um sorriso quando Hooch perguntou a ele se queria jogar um-contra-um com ela só para se divertir, é claro. Harry internamente ficou em pânico. Ele estava pronto pra voltar para Hogwarts agora? Eles estavam? Logo depois da batalha final ainda fresca, fixa nas suas mentes?


“Eu acho que não.” Ele não foi capaz de disfarçar seu nervoso. Ele não queria dar um de idiota e abraçar alguém quando eles não sabiam nada sobre ele aqui. E como ele desejava que a atenção de Tom ficasse voltada para ele ao invés de Hogwarts, era melhor ficar tão longe quanto possível por enquanto.


“Eu sinto muito, mas não posso. De qualquer jeito, não agora. Ainda há varias coisas para eu fazer aqui e...”.


Hooch deu a ele um olhar desapontado, mas assentiu compreensiva.
“Oh. Tudo bem então. Mas se alguma vez você quiser jogar só venha para Hogwarts e me procure, eu estou certa que não será nenhum problema.”


Com tudo isso, estava ficando muito tarde. Hooch bocejou ruidosamente e Harry achou que essa era a dica para voltar ao castelo.
“Você quer que eu te acompanhe no caminho de volta? Você parece um pouco trêmula pra mim.”


A professora negou com a cabeça e pareceu perfeitamente consciente, se não um pouco cansada, mesmo depois de ter um bom número de cervejas amanteigadas.


“Naah, eu ficarei bem.” Ela encerrou o assunto com um movimento de mão, mas Harry não iria deixa-la sozinha especialmente a esta hora, na escuridão e percorrendo o caminho até Hogwarts com a Floresta Proibida nos arredores da trilha. Se Voldemort estava a ponto de atacar, como Harry ouviu tantas vezes por ai, o Menino-que-sobreviveu novamente estava lá para dar a ele uma grande luta!


“Rosmerta, eu já volto. Eu só vou acompanhar Madame Hooch de volta a Hogwarts.” A dona do bar assentiu enquanto limpava a mesa. Ele se virou para Hermione que também estava limpando uma mesa.


“Você quer vir Hermione?”
Hermione olhou para ele e depois para Rosmerta com uma expressão indecisa no rosto.


“Ah, não se preocupe, você pode terminar isso depois!” Disse Rosmerta, com um sorriso gentil, ao ver a expressão de Hermione.


“Certo, então eu vou!” Disse Hermione.


“Que gentil da parte de vocês! Mas tomem cuidado no caminho. A neve está bastante espessa lá fora.”


Harry assentiu e omitiu contar a segunda razão em voz alta: os seguidores de Voldemort estão em todo lugar.


Xiomara vestiu sua capa de inverno e esperou James e Hermione voltarem, descendo as escadas com roupas mais quentes. James voltou com uma coruja branca pousada no seu ombro e, desconhecido pelas duas mulheres, uma grande serpente escondida sobre a sua capa de pele de dragão.
“Estamos pronto!”


O vento frio os atacou no segundo que eles puseram o pé para fora da barreira magica. A neve estava profunda então Hooch lançou um feitiço nos três para ficarem mais leves e poderem andar sobre a neve.

Hooch olhava curiosamente para Hermione, e ela percebeu isso.


“Oh! Que indelicadeza. Prazer, eu sou Hermione Granger!” Se apresenta Hermione.


“Prazer, Xiomara Hooch!” Disse Hooch.


“Madame Xiomara é professora de Hogwarts, Hermione.” Disse Harry


“Mesmo? Que legal, eu acho esse castelo magnifico!” Disse Hermione, fingindo ignorância.


“Por dentro é ainda mais. Estava tentando persuadir James para fazer um pequeno um-contra-um comigo, ele me disse que também era apanhador. Você também joga Hermione?” Perguntou Hooch.


Harry deu risada, para logo depois transforma-la em uma tosse, ao ver o olhar que Hermione o estava lhe lançando.


Ela deu um pequeno sorriso.
“Não, eu não jogo Quadribol. Na verdade eu tento ficar o mais longe possível de uma vassoura, ou qualquer coisa que me faça tirar os pés do chão.”


Hooch deu um sorriso compreensivo.
“Entendo. Mas quando você ou James quiserem conhecer o castelo, e quiserem um tour venham me ver.” Disse Hooch alegremente, olhando ainda mais curiosa para eles.


O caminho para o castelo estava silenciosamente e às vezes Harry pegava Hooch dando um olhar desconfiado na direção dele. No começo ele não ligou, mas isso começou a incomodar depois de longos quinze minutos.
Sem nem mesmo olhar pra ela, ele perguntou.


“Tem alguma coisa no meu rosto?” Eu uma maneira educada de dizer a ela para parar de fazer isso.


A professora ficou ainda mais vermelha (a temperatura fria não ajudou) e olhou para outro lugar.
“Desculpa-me sobre isso. Mas enquanto eu continuo a olhar para você James, eu não consigo parar de pensar que você se parece com um dos professores de Hogwarts. Eu sei que é ridículo...”


Harry tropeçou na neve e se não fosse por Hermione em um movimento rápido ter segurado o seu braço, ele teria seu rosto dentro da grossa e gelada camada branca que cobria o chão.


Hermione lhe lançou um olhar de advertência. Enquanto Xiomara lançava a ele um olhar questionador, mas ele se recuperou e continuou a caminhar como se nada tivesse acontecido, então ela não tocou no assunto.


“Oh! Muito curioso. Mas eu não tenho nenhuma família, então é impossível que eu possa ser parente de quem quer que você esteja pensando!” Ele disse com indiferença.


Ela deu a ele um olhar de pena, mas ele o ignorou; ele detestava quando as pessoas sentiam pena dele. Sua mente continuava gritando:
“SIRIUS ESTA EM HOGWARTS!”, mas havia muito pouco que podia ser feito nesse momento, sendo que ele tinha que ficar longe para a segurança de todos. Era seu plano derrotar Voldemort novamente, e então ele viria para a luz.


A trilha estava quase acabando, e Harry agora podia ver Hogwarts, fracamente, por que a neve caindo e a escuridão ao redor deles fazia difícil de ver.


Hooch parou e olhou para ele com um sorriso agradecido.
“Eu posso andar o resto do caminho sozinha. Foi realmente legal me acompanharem até aqui, mas agora vocês é que estão longe de Hogsmeade.”


Harry deu a ela um sorriso reconfortante e acariciou a coruja.
“Ficaremos bem, e de qualquer maneira temos companhia. Só se cuide pelo resto do caminho.” Disse Hermione, olhando para Harry e Edwiges, também sorrindo.


Ela assentiu. “Obrigada Hermione. Vocês são muito simpáticos! Espero vê-los de novo! E lembre-se! Você me deve um jogo de quadribol, James!”


Ele riu da brincadeira dela, acenaram e deram a volta. Hooch observou eles desaparecerem pela escuridão e voltou ao castelo sem nenhum problema.


“Foi para Hogsmeade de novo, não é mesmo?”


A instrutora de voo arfou e pulou de surpresa, sua mão movendo-se para o peito. “Severo Snape! Nunca mais faça isso se você não quiser que Poppy tenha que me examinar por causa de um ataque cardíaco!”


Ela olhou ferozmente para o diretor da Sonserina e quase fez bico quando aquilo não teve efeito no Mestre de Poções. “Eu juro, Severo, esse seu costume de andar sorrateiramente ainda vai me mandar pro St.Mungus um dia desses.” Ela murmurou enquanto tirava sua capa coberta de neve. Ela rapidamente lançou um feitiço secante nela antes que pudesse molhar o chão, ela sabia como Argo Filch ficava quando havia um problema com a limpeza.


Snape olhou em volta entediado enquanto ela se enfurecia com ele.
“Qualquer dia você vai se matar por ir a Hogsmeade sozinha à noite.”


Xiomara pareceu surpresa e lhe deu um sorriso brincalhão. “Ora Severo, eu nunca soube que você se importava!”


O Mestre de Poções não mordeu a isca, sendo conhecido por sua impassividade, e sorriu desdenhoso para ela. “Dificilmente. Eu só estava me referindo ao seu comportamento, o qual é intrigantemente comparável ao típico comportamento negligente dos grifinorios.” Com estas ultimas palavras, ele se afastou com um movimento da sua capa para inspecionar corredores mais importantes deixando Hooch para trás girando os olhos por causa do SEU típico comportamento sonserino.


“Ei! Eu ia dizer que não vim sozinha!” Ela disse alto, mas não sabia se ele a havia ouvido ou se importado, porque ele virou uma esquina e desapareceu por outro salao; Ela agitou a cabeça com um suspiro desesperado e voltou ao seu quarto para dormir.


Harry sabia por experiência que nada ou ninguém iria ataca-los no caminho de volta. Seus sentidos indicavam que não havia nenhum perigo e sua cicatriz não estava latejando. Ele descobriu, depois de chegar, que estava de fato conectado com o Voldemort desse mundo. Ele tinha retirado a barreira mental permanente que havia posto por só um minuto e teve que fecha-lo quando sua cicatriz começou a doer.


Voldemort estava muito bem vivo aqui, isso não havia duvidas, mas ele não tinha nenhuma pista da existência de Harry Potter, vivo, em algum lugar capaz de ver pelos olhos, que ainda eram azuis ao invés da cor vermelho-sangue que Harry estava acostumado, porque Riddle continuou vivo todo esse tempo.


Harry sentiu algo se movendo pela sua pele e Nagini colocou sua cabeça fora da sua manga esquerda; sendo uma cobra, ela não gostava do ar frio, mas estava começando a se sentir sozinha enquanto seu mestre falava com Edwiges.


“Você quase deu com a cara no chão algum tempo atrás, mestre. Alguma coisa errada? Eu quase sai do meu esconderijo naquela hora”


Harry olhou para Nagini e suspirou suavemente. “Não se preocupe Nagini. Eu só me assustei com algo que a professora disse. Eu lhe contei sobre Sirius Black tempos atrás, e que eu senti muita falta dele quando ele morreu no meu mundo. Bem, aparentemente, ele é um professor aqui em Hogwarts.”


O garoto sorriu tristemente, não sendo capaz de falar mais. A serpente compreendeu e ficou em silencio, entrando novamente pela manga para se enrolar em volta do seu pulso confortavelmente. Hermione ao seu lado o olhava com compreensão.


Quando chegaram ao Três Vassouras, Rosmerta estava limpando o balcão do bar parecendo exausta.


“Ainda trabalhando Rosmerta?” Perguntou Harry


Rosmerta solou um grande suspiro de alivio ao ver que eles haviam chegado.
“Finalmente! Eu estava começando a me preocupar!”


“Estamos bem! Eu vou subir pra trocar de roupa e já desço para ajudar você!” Disse Hermione, recebendo um sorriso muito agradecido de Rosmerta. 


“Muito obrigada Hermione! Não vejo a hora de terminar aqui para descansar um pouco para amanha!” Disse Rosmerta.
Harry e Hermione pararam de subir as escadas, ao ouvirem aquelas palavras. 


“O que tem amanhã?” Perguntou Harry.


“Oh! Devo ter esquecido de dizer. Esse é um dos fins de semanas em que os alunos de Hogwarts vem para Hogsmeade, aqui vai estar cheio de novo amanha.”
Ao ouvirem isso Harry e Hermione se entreolharam e voltaram a subir as escadas. 


Assim que entraram no quarto, Hermione rapidamente lançou os feitiços silenciadores necessários enquanto Harry deixava Nagini deslizar de seu braço para a cama, e Edwiges voava até a escrivaninha.


“Ele esta aqui! Ele esta em Hogwarts Hermione!” Disse Harry, olhando diretamente para ela.


“Eu sei Harry, precisamos ter cuidado, você quase caiu quando Hooch mencionou Sirius. Isso não pode se repetir Harry, não apenas com relação a Sirius, se acontecer, as pessoas vão perceber e vão...”


“...achar suspeito, e começaram a fazer perguntas, eu sei Hermione, Sinto muito.” Completou Harry, passando a mão pelos cabelos, fazendo-os ainda mais rebeldes. Ele sabia quem eram “as pessoas” a quem ela se referia.


“Vigilância Constante, Harry!” Disse Hermione, em um tom de zombaria, com um pequeno sorriso nos lábios, afinal, ela o conhecia muito bem, sabia o que ele estava sentindo, e que ele entendia muito bem a situação.


Harry esboçou um pequeno sorriso ao ouvir aquelas palavras.
Hermione se aproximou, colocou a sua mão no rosto dele e o beijou. Eles nunca precisaram de muitas palavras para se comunicar, isso não mudou através dos anos e certamente não mudaria, apenas ficaria cada vez mais forte com o passar dos anos.


“Vou descer e ajudar Rosmerta, antes que ela durma enquanto limpa uma mesa. Não, eu vou sozinha!” Emendou ela, ao ver que Harry iria querer acompanhar. “Descanse Harry e se prepare, amanha será um longo dia, não me espere acordado, não sei quanto vai demorar lá embaixo.” Terminou Hermione, lhe dando um rápido beijo e saindo do quarto antes que ele pudesse protestar.


Harry balançou a cabeça meio inconformado e meio divertido com a saída rápida de Hermione. Em seguida caiu na cama com um gemido.


“Droga! Eu não pensei sobre os fins de semana em Hogsmeade...”


Edwiges voo para a cama de Harry e Nagini se enrolou no final da sua cama.


Harry começou a se virar na cama, incapaz de dormir tranquilamente. Seus pesadelos sobre a morte de seus pais, Sirius atravessando o véu, Lupin correndo para a sua frente para protegê-lo do Avada Kedavra e seus amigos morrendo ficaram lhe assombrando e não importava o quanto poderosa era a sua Oclumência, ele simplesmente não conseguia dormir.


A Poção para Dormir que ele havia tomado não era forte o bastante para parar os pesadelos e, em momentos como esse, é que Harry sentia falta do seu conhecido Mestre de Poções. Por sorte, havia um feitiço silenciador em volta do seu quarto porque com certeza ele iria ter uma forte dor de garganta e de cabeça no dia seguinte.

                                                                 XXX--XXX


Ei pessoal!!! Eu sei, faz uma eternidade que eu não atualizo essa fic. Mas é que eu estou um pouquinho enrolada, e reescrever uma fic não é exatamente fácil.


Obrigado pela paciência pessoal, eu sei que eu demoro um monte.


Débora Granger Potter Malfoy, Rosana Franco, Alysson Lima, Bruneca Granger Weasley, Angeline G. McFellou  e PamyPotter, obrigado pelos comentários, eu adoro receber os comentários de todos vocês.


Eu sei que o primeiro nome da Hooch não é Xiomara, mas na fic original esta assim, se eu mudasse, eu acabaria me confundindo, mais tarde.


E obrigada também a todos que leem, mas não deixam comentários.


Não sei quando vai sair o próximo cap, mas farei o meu melhor.


Caso alguém queira falar alguma coisa comigo, algum comentário, critica, dica, ou alguma duvida, eu vou deixar o meu e-mail, se mandarem perguntas elas serão respondidas ou por e-mail, ou no final do próximo cap. (Coloquem qual fic vocês estão falando)
 [email protected]
 
No PROXIMO CAPITULO, teremos mais pessoas conhecidas.


Espero que gostem.
Deixem seus comentários.
Qualquer dúvida ou crítica é só falar.                

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Comentários (4)

  • Venatrix

    Adorei Essa Fic!!!!!!!!

    2013-01-10
  • meroku

    belo capitulo!!!!!!!!!!!!!!!!to doida pra ver como vai ser esse passeio dos alunos!!!!!!!!!!!!posta o proximo logo!  

    2012-10-23
  • Déborah Rogers Poynter Potter

    ISSO AÍ! Faço essa mesma pergunta que a Rosana, onde tá a Hermione hein? O.O Adorei o capítulo e estou louca pra ver quem seram as pessoas conhecidas, hehehe. Beijos!

    2012-07-22
  • rosana franco

    Nossa imagino como vai ser dificil para os dois rever todo mundo!!!!Bom o Harry deste mundo morreu mas e a Hermione?

    2012-07-15
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