O passado de Dakota



15° capítulo: O passado de Dakota


 


“Você sabe como é esconder um segredo, terrível, rezando todos os dias para que ele continue esquecido? Eu sei. É ainda pior ainda quando quem você mais odeia descobre tudo... especialmente o sentimento sendo recíproco. E agora eu realmente estou arrependida do que fiz, porque se eu tivesse esquecido... deixado Gina e Draco juntos, então isso não estaria nas mãos dela. E eu não estaria perdida.”


 


-Dakota Sommerled.


 


 


Dakota ficou olhando a comida distraída. Ela não sentia fome, frio ou sequer prestava atenção no que acontecia ao seu redor. A única coisa que estava ali era o vazio, terrível... voltando a tomar conta de tudo. Ela tinha fugido daquilo com todas as forças, mas o passado não queria ficar esquecido. O passado estava querendo voltar.


 


- Você está bem? – Scarlett parou do lado dela. Ela nunca tinha ido na mesa da Grifinória, mas Dakota realmente parecia mal.


 


- Quer ir na enfermaria? – Pansy perguntou. Ela e Draco tinham tido uma noite maravilhosa, então seu humor estava nas alturas.


 


- Está tudo bem – Dakota conseguiu dizer, o rosto tão branco que as sonserinas conseguiam ver umas pequenas veias azuis – Mesmo.


 


- Está nada – Scarlett a puxou pelo braço – Vamos lá na Madame Pomfrey agora mesmo. Você precisa de um remédio.


 


- Vem – Pansy segurou os materiais de Dakota.


 


As três meninas deixaram o salão principal.


 


 ***


 


- Isso é uma boa coisa, certo? – Faith perguntou enquanto observava Pansy e Scarlett saíram com Dakota – Ela parece mal.


 


- E deveria – Zéllie sorriu – Quer dizer, o que foi que essa garota fez no ano passado? Isso foi um escândalo terrível. Não sei como ela conseguiu esquecer.


 


- E eu não sei como foi que o Tad descobriu – Gina suspirou, procurando Tad com os olhos. Como acontecia com freqüência, ele tinha se atrasado e nem sequer aparecera para o café da manhã ainda.


 


- Não há nada que o Tad não descubra – Zéllie comentou – Vocês viram o meu irmão? – ela perguntou, soando meio irritada – Dá para acreditar que ele está saindo com a Dominique? A francesinha amiga da Granger.


 


- Não dá para negar que eles combinam – Gina sorriu, divertida com o ciúmes de Zéllie – Silêncio, Colin e Hayden está vindo para cá.


 


- Como vão meninas? – Hayden abriu um lindo sorriso, sem saber se o destinava a Faith ou sua nova paquera, Zéllie – Oi Gina.


 


- Oi garanhão – Gina zombou, deixando a cabeça pender confortavelmente no ombro de Colin – E sua namorada? Ainda lá dentro?


 


- A Elisha demora um século – Colin explicou, passando o braço nas costas dela – Ela e a Lexie ficam conversando e fazendo social, essas coisas de meninas irritantemente populares. Eu não tenho paciência.


 


- É estranho ver você e a Branca de Neve amiguinhos – Faith falou, ignorando Hayden de propósito – Ela é tão horrível quanto parece?


 


- Não, na verdade – Colin segurou um sorriso – Não depois que você a conhece.


 


Hayden cruzou os braços e suspirou irritado. Ele sabia que Faith estava fazendo aquilo de propósito, falando sobre Lexie. Se ela soubesse como ele se sentia mal, agora, com o que tinha feito... talvez não espezinhasse. Ou então esse é o jeito das meninas lidarem com a traição.


Zéllie observou Hayden em silêncio. Ela conhecia o tipinho dele... e não ia nem dar chance para uma amizade. Ela abominava os meninos que agiam como ele.


 


 ***


 


Hermione já tinha acabado de comer, mas continuou na mesa. Ela tinha uma coisa importante a fazer. Falar com Harry. Assim que ele levantou, ela o seguiu, achando que não estava levantando suspeita nenhuma. Aparentemente Hermione não aprendeu nada nos últimos meses.


Tem sempre alguém de olho.


 


- Harry! – ela chamou, quase correndo até ele.


 


Harry se virou curioso para Hermione, imaginando o que ela poderia querer com ele. Os dois não tinham trocado nem uma palavra nas últimas semanas. E ele não podia dizer que sentia falta dela, porque a raiva o consumia todo. Como se cada poro de seu corpo a rejeitasse.


 


- O que? – ele respondeu, a voz soando dura.


 


- Eu vi você com a Alexandra Parkinson – Hermione começou a falar, gaguejando, insegura – Eu só queria dizer que... que...


 


- Hermione você não percebeu? – ele estava ficando perigosamente vermelho de raiva. Qualquer garota esperta já teria fugido. Mas não Hermione, ela não conseguia mandar embora de seu coração aquela sensação amarga que a dominava sempre que pensava em Harry.


 


- Harry me desculpa – ela murmurou – Magoar você... Harry, aquilo me matou. Você não sabe como me sinto mal.


 


- E você deveria – os olhos dele se estreitaram – Você é repulsiva Hermione, sua inteligência não pode camuflar toda a sua maldade. Não se faça de coitada, não finja que se arrepende.


 


- Você nunca vai me perdoar? – ela chorou.


 


- Nunca – aquilo era definitivo. Mais do que qualquer um dos dois tinha imaginado que seria.


 


Eles se observaram, em silêncio. Ela ainda chorava baixinho e a raiva dele ainda transbordava dos olhos verdes, felinos. Eles não tinham mais nada em comum além do passado. Hermione estava com Terrence Grant, o garoto pelo qual trocara Harry Potter, o grande amor de sua vida.


Harry estava com Lexie, a doidinha maldosa cheia de respostas para tudo. Ela era o que Hermione não era. Impulsiva, cruel... Lexie enchia a vida de Harry com risadas e ares novos.


Então agora, vendo essa cena, não posso deixar de me lembrar da vez em que Dominique disse que Harry era o grande amor da vida de Hermione, mas que ela precisava descobrir isso. E Hermione estava finalmente descobrindo, vendo tudo... mas era tarde demais. Ela tinha escolhido uma estrada sem volta.


 


- Adeus – Harry virou as costas para ela, andando calmamente e sem rumo.


 


Hermione viu que ele estava diferente, muito mais arrumado e lindo. Então ela só tinha feito bem quando terminou, e isso machucava mais ainda.


 


- Muito lindo isso – Terrence disse raivoso atrás dela – Não pense que eu não vi tudo Hermione. Eu vi quando você o seguiu.


 


- Terren – ela suspirou cansada, os olhos brilhando por causa das lágrimas – Nós fomos amigos muito antes de nos tornarmos namorados. Dói perder um amigo.


 


- Não, dói perder um namorado – ele estava ficando com mais raiva ainda.


 


- Você não entende – ela balançou a cabeça, morrendo de vontade de fugir. Se esconder em seu quarto até que toda a dor sumisse.


 


- Eu não quero entender – ele ergueu os ombros e depois os soltou – Conversamos depois.


 


Hermione não teve nenhuma reação quando Terrence voltou para o salão principal. Ela ainda estava ali quando ele saiu de novo. Mas dessa vez estava meio abraçado com Scarlett Sorley.


E pela primeira vez ela não sentiu nada. E aquilo a preocupou, muito.


 


 ***


 


Rony estava com Wynter quando Dominique apareceu nos jardins. Ele inventou uma desculpa qualquer e deixou a namorada de lado. Seguiu Dominique até o pequeno lago perto do Salgueiro Lutador.


 


- Dominique! – ele chamou, andando até ela – Algum problema?


 


- Oi Rony – ela abriu um lindo sorriso quando o encarou – Nenhum problema não. Eu só vim dar uma voltinha no lago.


 


- Voltinha? – ele riu – Ele está congelado.


 


- Eu sei – ela suspirou – Por isso mesmo.


 


Ela andou pelo lago, o sapato deslizando na superfície dura e lisa. Rony a seguiu, quase caindo quando finalmente pisou no lago.


 


- Isso é horrível – ele reclamou, mas estava rindo.


 


- Medroso – ela disse divertida, deslizando até ele – Vamos aproveitar esses raros momentos de solidão – Dominique sussurrou, puxando-o pela mão em seguida.


 


Os dois correram no lago, deslizaram, escorregaram. E então estavam dançando ali. Rony girando-a em seus braços, os pés dos dois deslizando com cada vez mais perfeição. Ele a segurou no alto e girou, pousando Dominique em seguida sem nenhum dano.


E ela correu, deslizando com uma perna só tocando o chão. Ele correu até ela, puxando-a pela mão e deslizando mais ainda.


 


- Eu não sabia que você poderia ser divertido Rony Weasley – ela disse entre risos, enquanto deslizava de um lado para o outro.


 


- Eu digo o mesmo – ele respondeu, correndo atrás dela.


 


 ***


 


- Que horas são? – Zéllie perguntou preguiçosamente para Faith enquanto as duas e Gina andavam pelo jardim. Os pés afundando na neve fofa.


 


Ela viram Wynter deprimida e sozinha enquanto voltava para o castelo. Gina viu Luna e Zacarias. Ficaram conversando por uns vinte minutos e depois ela foi se sentar no banco que Faith havia escolhido.


 


- Chega logo primavera – Faith murmurou, observando o céu nublado.


 


- Céu mais triste – Gina observou.


 


Não tinha tido muito contato com Tad o dia todo, o que era um grande milagre. Mas ele devia estar fazendo alguma coisa. Tad nunca a deixava sozinha agora. Estava sempre ali quando alguém fazia um comentário ruim, sempre com uma resposta pior ainda para dar.


 


- Namorados vindo – Zéllie sussurrou.


 


As três meninas observaram Noah e Nash atravessarem a neve para chegar até elas. Gina ainda se divertia quando dizia o nome deles juntos, porque eram ridiculamente parecidos.


 


- Oi, Gina – eles disseram juntos um segundo antes de se virarem para suas namoradas.


 


- Você desapareceu – Noah reclamou enquanto dava um beijo rápido em Faith.


 


- Já vou – Gina disse rindo – Vejo vocês depois meninas.


 


Ela não tinha muita vocação para ficar no meio de dois casais novos. Todo mundo sabe que casais novos têm mais hormônios, e isso é completamente constrangedor quando se está solteira e todo mundo sabe que seu último caso era o pior tipo de garoto da região. Provavelmente do país.


Ela foi andando devagar, embrenhando-se na mata. Tudo parecia branco e confortadoramente silenciosos. Gina ouviu os passos rápidos e se virou, tendo tempo de observar Draco correndo até ela. O cabelo loiro deslizando deliciosamente no rosto perfeito. Ela ainda o odiava com todas as forças, mas isso ficava cada vez mais difícil.


 


- Porque você veio tão longe? – ele perguntou, soando meio bravo.


 


- E porque você está falando comigo? – ela cruzou os braços, irritada – Eu não estou falando com você.


 


- Não seja criança – ele revirou os olhos, retirando sua capa e colocando nela antes mesmo que Gina pudesse protestar – Você acabou de se curar de uma pneumonia. Você podia ter morrido.


 


- Exagerado – ela suspirou, mas não tirou a capa. Porque era delicioso sentir o cheiro dele tão pertinho, de novo – Vá embora.


 


- Eu não posso – ele confessou.


 


- Não pode? – ela o olhou curiosa.


 


- Eu sei que eu errei – Draco começou a falar – Eu estraguei tudo, sei disso. Mas você não pode andar com o Nott, não ele Gina. Você não o conhece.


 


- Eu sei que ele está sempre lá por mim. Sempre me ajudando de alguma forma – ela suspirou de novo – Vai embora.


 


- Olha – ele respirou fundo – Você pode me odiar, continue fazendo isso. Eu não sei o que foi aquilo que houve entre nós, aqueles encontros... mas eu não consigo deixar nada para trás. Eu não consigo deixar você para trás como você me deixou.


 


 Ela quase riu, ou chorou. Como ele podia pensar que ela o esquecera? Como?


 


- Você não está pronto para nada – ela o observou, tão lindo no meio de toda aquela paisagem branca.


 


E então os sentimentos estavam ali, expostos, jogados no ar. O vento os bagunçou, lançando-os de volta para seus donos. Mas havia algo mais. Até aquele segundo nenhum dos dois chegou a imaginar o quanto estariam ligados, mas os sentimentos não tinham parado de crescer quando eles pararam de se encontrar.


E tudo aquilo os sufocava.


 


- Eu sei – ele respondeu simplesmente.


 


E o beijo aconteceu. Explosivo, intenso. Os lábios dele pareciam duros e gelados contra os dela. As mãos de Draco firmemente presas na cintura fina de Gina, os dedos dela deslizando pelos cabelos loiros. O vento os abraçava suavemente, os pequenos flocos de neve que estavam caindo agora dançavam ao redor deles.


Os mesmo flocos que se embolaram em meio às fotos que acabaram com tudo. Draco a abraçou com força, beijando cada vez mais intensamente. E Gina correspondeu tudo com perfeição. Ela ainda o odiava, mas não podia negar o que sentia. De jeito nenhum. Então se agarrou nas migalhas que ele lhe jogava. E enquanto o beijava e era beijada não podia pensar em nada além daquilo.


 


- Não acredito – Pansy olhou os dois, abraçados e se beijando – Não acredito – ela murmurou.


 


E estava magoada, e sofrendo. O coração apertado parecia expulsar suas lágrimas, e a única rota de fuga eram seus olhos. Ela não conseguia mais se enganar, fingir não saber que Draco amava Gina Weasley. Pansy deu as costas aos dois, irritada porque eles nem mesmo haviam parado de se beijar ainda.


E correu o máximo que pode na neve fofa. Só precisava se esconder, e chorar tudo o que tinha para chorar.


 


 ***


 


Lexie riu do comentário de Colin. Ela nem mesmo se dava conta de como sua risada revirava todo o estômago dele, voltas e voltas de ansiedade. A única coisa que Lexie realmente queria era se livrar de Hayden, que parecia cada vez mais colado nela. Então ela fazia assim agora.


Conversava com Colin e Elisha que se virasse com Hayden. A biblioteca não era seu lugar preferido no mundo, mas estava começando a anoitecer e o frio dificultava um fim de tarde agradável no jardim. Ela meio que sentia falta do calor, e das tardes tomando sol com seus tops e as saias curtas.


 


- Foi meio estranho ficar publicamente – ela se viu dizendo para Colin – Mas Harry é incrível, entende? E ele é tão popular quanto Draco ou Terren e Blaise.


 


- Você gosta dele? – Colin fez a pergunta com ar casual, mas ele estava morrendo para ouvir essa resposta.


 


- Sei lá – ela riu, imaginando que nunca tinha falado disso com ninguém além de Elisha – Ele me diverte, só.


 


- Enquanto for suficiente – Colin deu de ombros, se perdendo nos olhos azuis e no cabelo preto, que estava cada vez maior. Se crescesse mais aí sim ela ficaria um clone vivo da irmã mais velha, Pansy Parkinson.


 


Mas não vamos nos ater em detalhes.


 


- Eu sei que não é sua culpa – ela suspirou – Mas o seu amigo me dá nos nervos. Eu não acredito que o beijei de novo, sério – e Lexie parecia realmente revoltada consigo mesmo. O que era uma coisa boa... Colin achava.


 


Colin riu, porque Elisha e Hayden só estavam do outro lado da mesa e não há metros de distância, então era lógico que eles tinham ouvido tudo. Elisha segurou uma risadinha e segurou a mão do namorado por debaixo da mesa.


 


- Não se estressa – Colin disse, ainda rindo – Vocês realmente deviam se acertar, resolver isso de alguma forma.


 


- Nunca! – Lexie disse resolvida. E quando ela se decidia... era melhor sair de perto.


 


 Então não está mais aqui quem falou.


 


 ***


 


Quando Dominique e Rony voltaram rindo do lago, Huxley estava no jardim. Rony se despediu meio sem jeito e foi atrás da namorada.


 


- Me procurando? – Dominique perguntou com um sorriso divertido.


 


- Você sabe que sim – ele a puxou pela mão, os lábios dos dois se chocando com força.


 


Huxley passou as mãos nas costas dela, o beijo cada vez mais intenso. E então o inevitável aconteceu, a imagem que ele vinha tentando esquecer voltou. Ele viu Gina, e os olhos verdes maldosos dela.


Abriu os olhos, sem interromper o beijo, mas a imagem continuava ali com força. Então fez o melhor que pode, fechou mais uma vez os olhos e beijou mais e mais, fingindo com tamanha perfeição que talvez conseguisse se enganar.


Ou não.


Porque ninguém esquece uma namorada realmente, ou um namorado. Eles só são jogados nas caixas de lembranças passadas. Mas a caixa não é jogada fora e é como dizem, o passado sempre volta para te assombrar.


 


 ***


 


Blaise viu Pansy passar como um foguete pelo saguão, então ele a seguiu. Não posso dizer que os meninos do time da Sonserina, que estavam com ele, acharam aquilo estranho. Pansy era a namorada de Draco, o melhor amigo de Blaise. É intitulado que melhores amigos não se traem. Mas é claro que não.


 


- Hey, Pansy! – ele gritou, correndo até ela.


 


Pansy parou no meio do corredor, só estava uns vinte metros longe do salão comunal. Logo poderia se jogar em sua cama macia e se acabar se chorar.


 


- O que Blaise? – ela se virou para ele, os olhos tão vermelhos que Blaise quase pensou que ela estivesse chapada ou coisa assim. Mas Pansy não fazia essas coisas.


 


- Porque você está chorando? – ele perguntou sério, observando-a atentamente – O que o Draco fez agora?


 


- Não fala para ninguém – ela suspirou, cansada – Mas eu vi ele beijando a Weasley, quase dentro da Floresta Proibida... não adianta Blaise, ele já se envolveu com essa garota horrível. Eu não sei o que fazer.


 


- Até quando você vai insistir nessa relação fracassada? – ele perguntou, nada cuidadoso.


 


- Você não sabe de nada – ela retrucou furiosa – Não fique me julgando Blaise, você não me conhece.


 


- Eu gostaria de conhecer Pansy, realmente gostaria – ele a segurou pelo braço e abriu a porta de uma sala qualquer – Mas você não deixa.


 


- Porque me trouxe aqui? – ela cruzou os braços e o fitou.


 


- Você precisa de paixão Pansy Parkinson – ele quase sorriu ao dizer isso – Você precisa de alguém que se importe de verdade. E eu vou te dar isso.


 


- Como é?


 


- É assim – ele murmurou.


 


E então a segurou pelos braços, beijando Pansy com tanta força que ela sentiu o estômago todo se revirar. E meu Deus! Há quanto tempo ela não sentia isso? Uma eternidade. Ela sempre procurava Draco, estava atrás dele como uma patética namoradinha.


Blaise a ergueu, colocando-a sentada em uma mesa. E Pansy correspondeu com toda a paixão que estava reprimida. Foi ela quem desabotoou a capa dele, e depois a camisa. Os lábios percorrendo pescoços e todo pedaço de pele a vista. E ele estava em cima dela... Pansy não parou em nenhum momento.


Ela não ia pensar, analisar nada. Nem se arrepender. Poderia fazer isso no dia seguinte.


 


 ***


 


- Draco pára! – Gina espalmou as mãos no peito dele e o empurrou. A consciência estava voltando – Eu preciso ir.


 


- Não vai – ele pediu, olhando meio desolado para ela.


 


- Isso foi um erro imenso – ela suspirou, penteando nervosamente o cabelo com os dedos trêmulos – Sério, eu não sei por que me deixei levar. Olha só, anoiteceu. Como vamos sair daqui?


 


- Eu conheço esse lugar – ele assegurou e mesmo sob protesto dela, passou seu braço protetoramente nas costas de Gina, guiando-a para fora dali – Eu já vim muito aqui. Muito mesmo.


 


- Não vou nem perguntar para que – ela o observou, sentindo a pele queimar de vontade dele. Sim, ela queria desesperadamente continuar beijando-o, mas já tinha feito isso por mais de uma hora então era o momento certo de parar.


 


- Você provavelmente não ia querer saber – ele sorriu, feliz por ter finalmente conversado com ela sem nenhuma briga. Sem hesitações – Faz um tempo que eu quero falar com você – ele começou.


 


- Não confunda nada – ela disse friamente – Isso foi um impulso, eu ainda te odeio. E vou continuar te odiando por muito tempo.


 


- Então isso não foi nada? – ele perguntou sério.


 


- Nada.


 


Draco ficou em silêncio, sem saber o que fazer. Ele queria lutar por ela? Ou ia deixar tudo ser enterrado naquele inverno pavoroso? Não era hora de se preocupar, não naquele instante.


 


- Se você prefere assim – ele disse, parecendo não se importar muito.


 


Mas que grande mentira.


 


- Nós somos incompatíveis – ela murmurou.


 


- Você se engana aí – ele riu de novo, o bom humor voltando – Na aula de Aritmância os nossos números bateram. Nós somos o número nove, completamente compatíveis Gina Weasley – Draco e Gina já estava quase nas escadas – Então invente outra desculpa para si mesma – ele disse baixinho, no ouvido dela.


 


Gina parou de andar, olhando chocada enquanto ele subia as escadas rapidamente.


 


- Hey, Malfoy – ela chamou e ele parou de andar.


 


- O que? – ele perguntou.


 


- Sua capa – ela jogou para ele, um sorriso inesperado nos lábios – Obrigada.


 


- Não foi nada – ele sorriu antes de ir embora – Hey, você disse que tinha coisas para fazer agora. Alguma coisa ruim? – Draco perguntou brincando, então não esperou por uma resposta como a que Gina lhe lançou.


 


- Horrível – ela respondeu, sorrindo enquanto passava por ele – Horrível.


 


 ***


 


Gina entrou no salão comunal decidida. Ela não ia falar lá, não naquele momento, mas percebeu que as fofoqueiras de plantão estavam ali, então aquele seria o momento para se espalhar qualquer coisa. Dakota estava amuada em um sofá, parecendo miserável. Faith, Lyss, Brooke, Colin e os meninos olharam curiosos quando Gina andou, toda poderosa e confiante, até Dakota.


 


- Como você se sente? – Gina perguntou com uma fingida cara de preocupação, falando alto – Muito mal Dakotinha? Lembranças ruins?


 


- Não faça isso – Dakota implorou, ficando de pé – Não faça isso.


 


- É tarde demais – Gina sussurrou para ela, os olhos verdes tão intensos que Dakota se sentia queimar – Mas me fale Dakota, como foi perder um filho? – Gina disse pausadamente, recebendo a atenção total do salão comunal – Foi por isso que veio para Hogwarts, não é? O pai do seu bebê era um professor, casado.


 


- Caramba! – Lilá e Parvati arfaram, eletrizadas com a notícia.


 


Dakota chorou enquanto sentia o chão sumir de seus pés. Ela sabia o que ia acontecer agora, tudo voltaria a ser tão ruim quanto em sua outra escola. Ela era a vadia mais uma vez e a dor queimava seu peito.


Dakota subia as escadas correndo, desesperada.


 


-x-


 


Nota da Autora: Gininha má má! Gente dois caps postados! Adorei as análises que vcs fizeram dos personagens, é sempre bom ler como as leitores entendem o q eu escrevo. COntinuem tah! E comentem q eu mereço neh!


bjoooooooooooooooooooooo


 


Nota da Beta: C H O Q U E I... essa não era uma das minhas suposições, ou era? Elas eram tantas... mas eu quero mais, mais, mais, maaaaaaais... *-* E claro, o D/G foi simplesmente muito cute, assim como o PP/Blaise *0*... DEMOROU BLAISE, DEMOROU!


 


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (5)

  • Ana Slytherin

    Finalmente a vingança começou , Dakota muito vadia e ainda tinha coragem de falar da GinaD&G lindinho como sempre , OMG Pansy&Blaise juntos tb tava na hora dele começar a agir   Pensei que o Hux já tinha desistido da Gina faz tempo bem que podia aprecer alguem pra ele Nossa , o fora que o Harry deu na Hermione foi mais que perfeito Que venha o proximo capitulo e a proxima vingança bjs  

    2012-03-09
  • Rhannah B.

    O segredo de Dakota foi exatamente o q eu tinha imaginado.. u.u'Gininha muito má.. perfeito!! e esse é só o começo, quero ver o q ela vai fazer com Blaise e Scarllet.. U_UD/G foi muito liindo! adoro eles juntos! *-* essa vingança vai ser a melhor de todas, com a ajuda de Tad então.. c:Blaise e Pansy ficaram até legais juntos.. e nem gosto muito deles.. na verdade sinto pena deles e de Scarllet.. u.u Preciso muuuiiitoo de novos capítulos.. ;* 

    2012-03-09
  • Spencer Malfoy

    Cara, era exatamente o que eu imaginava da Dakota! ;O hahahahah The bitch is back! o/ Adorei muito o momento D/G, mas acho que o Draco ainda precisa sofrer um pouco mais. Só um pouquinho.. (:

    2012-03-06
  • Jully Padfoot Malfoy

    Vingança é um prato que se serve frio...fiquei super feliz que a Pansy viu a Gina e o Draco, ela mereceusó espero que a gina acabe com todos eles 

    2012-03-03
  • Amanda Prado

    Dakota pior do que eu imaginava, e ainda falava da Gina, que vadia total! Vingança é algo maravilhoso não? Claro que quando vem de Gina e Tad tem um sabor todo especial. Momento DG de doer meu coração, sério, fiquei com o emocional frágil com essa recaída tão reveladora. Deixou as coisas claras, mesmo que ambos não queiram pensar nisso tão cedo. E Blaise e Pansy foi bom demais, haha adoorei a paixão toda que ele ofereceu e covenhamos ela estava precisando. É engraçado pq eu odeio tanto esses dois, mas juntos eles conseguem me agradar muito. Como sempre capítulos impecáveis. Volto pra comentar em breve, espero. bjo bjo

    2012-03-01
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.