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O céu amanheceu cinzento, e a luz do sol que sempre entrava pela janela despertando-o, não chegou. Ele já estava acordado – aliás, quase nem dormira – quando batidas gostosas irromperam a porta.


- Alvo querido, venha tomar café. – disse Gina na soleira da porta. – Hoje tem bolo. – Gina sorriu para o filho antes de deixar o quarto.


Alvo se atirou mais uma vez na cama guardando em sua mente cada parte de seu quarto. Os pôsteres dos Canhões que ficavam na sua parede, exibiam homens fortes e grandes. No meio se encontrava Peter Hayter, um homem forte, loiro de olhos pretos intensos, ele era o apanhador, e o melhor jogador do time. Apesar da má fama que os Canhões estavam enfrentando, eles sempre seriam o time com a maior torcida bruxa de toda Grã-Bretanha. Em baixo de onde os pôsteres se encontravam, havia uma cômoda marrom de seis gavetas cumpridas. Em cima da cômoda havia sua varinha, acompanhada de Boris que dormia em cima da madeira dura.


Alvo levantou e deu uma ultima olhada no guarda-roupa, checando se não havia esquecido nada. Ao perceber que estava tudo em seu malão, pegou sua varinha na cômoda e colocou-a no bolso, pegou Boris, e uma foto de seus pais, Tiago, Lilian e ele, em sua primeira ida ao zoológico. A foto era trouxa, mas mostrava uma Gina abraçando Tiago, enquanto Harry segurava Lilian nos braços, e levava Alvo nos ombros. Ele encarou a foto por mais alguns segundos, depois a colocou em seu malão junto com todo o resto das coisas.


 


- Isso é realmente ótimo. – disse Gina sorridente encarando Harry. – Quando ele te disse?


Alvo entrou na cozinha e se sentou ao lado do pai na mesa. Tiago e Lilian já estavam por ali.


- Recebi a coruja dele hoje de manhã. – disse enquanto esfriava seu chá. – Ele parecia realmente feliz.


- O que foi que eu perdi? – Perguntou Alvo ao perceber que não conseguiria chegar sobre o que os pais conversavam sozinho.


- Ana Abbott está grávida – Gina sorriu olhando para Alvo -. Neville vai ser papai.


- Mas isso é demais. – Exclamou Alvo, deixando alguns farelos de bolo caírem de sua boca. Ao ver a cara de reprovação da mãe, terminou de mastigar e voltou a falar. – Fico muito feliz por ele, quero ver a cara dele de felicidade. – Alvo sorriu ao imaginar a cara de alegria do padrinho.


- Hermione já ligou. – disse Harry passando manteiga de búfalo em seu pão. – Perguntou que hora iríamos. – riu baixo e encarou Gina. – Ela sempre pontual e certinha.


- Rose também é assim. – comentou Lilian entrando na conversa. – Hum, pai? Pode me passar a manteiga? – Harry entregou o pote alaranjado. – Obrigada. Como dizia, Rose é politicamente correta. Ela não dispensa uma diversão de vez em quando, mas só depois de todas as tarefas e estudos, claro. - Gina riu.u


Gina deu uma mordida no pedaço do bolo de chocolate que havia feito. Olhou para o relógio na parede, ao lado da imitação do relógio da casa dos Weasley que tinha fotos de todos os integrantes da família nos ponteiros e onde ficariam as horas, estavam escrito coisas como “Escola, voltando para casa e perigo mortal”.


- Merlin – exclamou Gina dando um pulo da cadeira. – Olha só a hora, já são 10h. – ela levou seu prato e seus talheres até a pia sacou sua varinha do bolso, e lançou um feitiço que fez com que a louça fosse lavada sozinha. Com o uso da magia, a luz da cozinha piscou algumas vezes e voltou ao normal.


- Terminem de comer e esperem na sala. – Gina estava perto da porta que ia em direção a sala. – Vou colocar os malões no carro. – Harry fez um movimento de quem iria se levantar, mas Gina o cortou. – Não, não precisa, eu faço isso, vou usar magia mesmo. – E saiu da cozinha.


 


 


 


- Você vai fazer testes para o quadribol esse ano Hugo? – Perguntou Rony dando uma colherada em seu cereal.


A cozinha branca de azulejos era realmente espaçosa. A mesa de quatro lugares ficava no meio dela, ao lado dos armários de madeira branca. Rony estava sentado na cadeira de assento amarelo, que combinava com os detalhes espalhados pela cozinha.


- Vou, eu e a Lilu. – Ele estava de pé ao lado da pia de mármore, virando a água que estava em um copo de vidro. – Michael Joper se formou ano passado, deixou a vaga de goleiro aberta. – Rony sorriu ao ouvir que Hugo faria teste para goleiro. – Afinal de contas, também sou um Weasley, e sabe como é – ele deu um tapinha no braço do pai. – “Weasley é nosso rei”. – O sorriso de Rony agora estava completamente aberto.


 


- Vamos, já para o carro vamos. – gritou uma Hermione nervosa. – Não vão querer perder o trem não é mesmo? Hugo pegou sua varinha? – Ele tirou do bolso mostrando para a mãe. – Ótimo, agora entre no carro, vamos.


A estação Kings Cross estava cheia, eram pessoas usando ternos carregando maletas e falando no celular. O caminho até as plataformas 9 e 10 foi acompanhado de olhares curiosos das poucas pessoas que não passavam por eles apressados, porém não os davam muita atenção. Eles chegaram á uma parede de tijolos que continha o numero dez na esquerda e o nove na direita, e Hermione logo falou:


- Hugo você vai com seu pai primeiro, eu vou com Rose em seguida. – Ela deu uma olhada em volta para ver se ninguém observava. – Pode ir, ninguém esta olhando.


Rony empurrou o carrinho de Hugo, que segurava em seu braço. Eles correram contra a parede como se fossem colidir. Hugo fechou os olhos como se a parede resolvesse ficar sólida, e logo sumiu da plataforma.


- Vamos Rou, nossa vez. – Rose assentiu e pegou no braço da mãe e elas correram por onde Hugo e Rony haviam desaparecido.


A Plataforma 9 ¾ já estava lotada, e o grande relógio que lá estava marcava 10h30. A Maria fumaça vermelha já estava cheia de alunos que entravam para segurar uma cabine. Eles seguiram até mais a frente, chegando perto do quinto vagão. Alguns alunos ao lado já se despediam dos pais e entravam nos vagões.


Os olhos de Rose percorriam a plataforma, tentando reconhecer qualquer pessoa familiar. De longe ela conseguiu enxergar suas primas Molly e Lucy se despediriam de seus pais.  Seus olhos continuaram a olhar pela plataforma. Eles pousaram em um garoto de cabelos loiros que entrava acompanhado por uma garota – também de cabelos loiros, um pouco mais escuros que do menino. – em um vagão mais a sua frente. Eles deram um ultimo aceno para os pais e desapareceram no vagão.


Rose permaneceu encarando o ponto em que eles desapareceram. Um aperto no coração fez com que suspirasse. Ela sabia que ia encontrá-lo aqui, andou-se preparando emocionalmente nos últimos dias, mas a sensação de conforto e alivio deixaram-na em transe. Ela estava matando a saudade apenas com a lembrança.


- Alguém aqui está apaixonada. – Hugo sussurrou no ouvido de Rose, fazendo com que ela desse um pulo de susto.


- HUGO! – Rose virou e encarou o irmão, uma das mãos pousada no peito. – Você me assustou.


- Fica calma maninha. – Ela passou o braço por cima dos ombros de Rose. – Eu não vou contar pro papai o que você estava olhando.


Rose tirou o braço dele de suas costas e deu-lhe um soco no ombro.


- AI! – exclamou Hugo. – Tá ficando forte em maninha. – Ele deu um sorriso maroto enquanto acariciava a região atingida pelo soco.


- Você consegue ser insuportável quando você quer ser Hugo. – disse Rose brava.


- Eu só estou brincando, desculpa. – Hugo pegou no braço da irmã e puxou-a para um abraço. – Você sabe que eu te amo. – Rose bufou, mas abriu um sorriso de canto de boca ao apertar seus braços nas costas do irmão.  


- Alô Família. – disse uma voz familiar.


Harry, Gina, Tiago, Alvo, Lilian e Teddy estavam se aproximando deles empurrando seus carrinhos. Harry vinha conversando com Gina, enquanto Tiago estava mais a frente, puxando papo com os primos e tios, Lilian, Alvo e Teddy conversavam.


- Até que enfim. – disse Hermione impaciente apontando para o relógio. – Faltam 15minutos para o expresso sair. Imagina o que acontece se eles perdem o trem e...


- Hey Mi, já estamos aqui ok? – disse Gina sorrindo fazendo com que Hermione ficasse vermelha. – Acontece que na hora que estávamos saindo o Teddy apareceu por lá. – Ela olhou carinhosamente para Teddy, que sorria. – E sabe como é, toda vez que o Teddy vai lá, eles enlouquecem. – Gina disse apontando discretamente para Tiago.


- Não é bem assim mãe. – exclamou Tiago enquanto cruzava os braços.


- Ah, então tente da próxima vez não mostrar toda sua coleção de cartas de garotas para ele. – Disse Harry com um sorriso no rosto. – Não quando estivermos com pressa. – Harry sussurrou no ouvido do filho que soltou uma risadinha.


A plataforma foi ficando vazia. Os alunos foram entrando e se acomodando enquanto os pais se despediam e iam embora. O som do primeiro apito ecoou pela plataforma, e os garotos foram se despedindo dos pais. Aquele sempre era um momento triste. Por mais que gostassem de Hogwarts, deixar a casa dos pais sempre será assim.


A sessão abraço começou, e em seguida as recomendações costumeiras: “Não vá se meter em encrencas” “Você pegou sua varinha?” “Não faça nada que o Tiago disser, ele só arruma confusão.” Essas foram ouvidas e assentidas pelos garotos, que abraçaram mais uma vez seus pais e Teddy e entraram no expresso.


Ficaram acenando da janela até o trem entrar na curva e não vissem mais eles. Eles então foram procurar uma cabine vazia. Tiago foi o primeiro a se separar do grupo inicial. Ele entrou em uma cabine aonde havia duas meninas, uma delas era loira, seus cabelos caiam em ondas perfeitas ate seu ombro. A outra estava sentada em sua frente, seus cabelos eram castanhos claros, e ele caia liso até o meio de suas costas. Ao verem Tiago entrar sorriram e se entreolharam.


Lilian soltou um riso abafado enquanto Rose bufou. Alvo pousou as mãos no ombro de Lilian e a guiou até o fim do corredor, onde havia uma cabine vazia. Eles entraram e logo acomodaram suas coisas. Rose sentou ao lado de Lilian e Alvo e Hugo sentaram na poltrona da frente.


Morgana e Boris dormiam lado a lado no banco ao lado de Rose, enquanto Lilian acariciava Frida, e Hugo procurava Meleca.


- Eu não o deixei em casa eu tenho certeza disso. – Hugo procurava por todas as partes o rato cinza dele.


- Vai ver Morgana o pegou. – Disse Rose tentando irritar o irmão.


Hugo ficou vermelho de raiva, ele se levantou e pegou a gata que dormia no banco da frente.


 -HUGO, PARA. – Rose gritava. – ELA NÃO PEGOU, SOLTE-A SEU IDIOTA. – Rose pegou Morgana dos braços de Hugo, que se aninhou perfeitamente nos braços dela. Ela se aproximou do irmão e colocou a mão no bolso da camiseta dele, tirando de lá um rato cinza que dormia tranquilamente. – Satisfeito?


Hugo estava mais vermelho que nunca, ele sentou-se no banco emburrado. Suas mãos acariciavam Meleca que ainda dormia, enquanto encarava janela a fora.


- Eu vou dar uma volta. – Disse Rose levantando-se. Olhou para Lilian que piscou para ela.


- Vai mesmo? – disse Hugo ainda encarando a janela. – Ou vai dar uns beijinhos no Scorpius?


- Fica na sua Hugo. – Lilian encarava-o brava. – O que você tem haver com o namoro de sua irmã mesmo? – Ela voltou seu olhar para Rose e disse. – Vá dar sua voltinha e deixa que eu cuido deles aqui.


Hugo encarou Rose emburrado, cruzou os braços e virou o olhar para a janela. Rose saiu da cabine bufando, a mania de proteção de seu irmão a irritava mais que tudo. Ela continuava a andar apressada pelo corredor, olhando rapidamente pelas cabines que passava. Seu coração pulsava fortemente. Ela estava quase no fim do corredor e nenhum sinal de Scorpius. Suas mãos suavam, e a ansiedade de vê-lo só aumentava.


Em seu pensamento veio a cena de seu primeiro encontro com Scorpius. A lembrança de tal acontecimento, fez com que Rose abrisse um sorriso.


 


Rose e Scorpius caminharam juntos até Hogsmeade, nenhum dizia uma única palavra. Alvo havia ficado no castelo, mas precisamente na enfermaria, já que o quadribol estava lhe rendendo uma boa quantidade de machucados. O dia estava frio, e a neve caía fraca do céu. Os cabelos ruivos de Rose estavam decorados com pequenos flocos brancos de neve que ainda não haviam derretido. Scorpius a encarava sempre que percebia que ela não estava olhando. “Como pode ser tão linda e tão distante?” pensava.


Chegaram a Hogsmeade e foram ao Caldeirão Furado, sentaram-se numa mesa ao fundo e pediram duas cervejas amanteigadas.


- Porque mesmo que estamos em silêncio? – Perguntou Rose arqueando uma sobrancelha fingindo não estar nervosa.


- Ora, não fui somente eu que não proferi nenhuma palavra Rosinha. – Scorpius sorriu de canto de boca fazendo Rose ficar vermelha. – De qualquer forma vamos conversar então. Já começou a estudar para os N.O.M’s?


Rose soltou um riso abafado, depois encarou Scorpius.


- Você falando sobre estudos Scor? O que está acontecendo por aqui? – Disse rindo.


 


Eles tomaram suas cervejas amanteigadas e jogaram conversa fora. Logo após saírem de lá foram dar uma volta.


A Rua de Hogsmeade estava tomada pelo branco, deixando-a ainda mais bonita. As lojas estavam com seus telhados pintados de branco, alguns alunos do primeiro ano faziam guerras de bolas de neve mais a frente.


Alguma coisa bateu nas costas de Rose, ela virou para olhar e sentiu outra bola de neve bater em sua barriga. Ao olhar para cima, viu Scorpius rindo.


- Você precisava ver sua cara. – Disse entre palavras e risadas. – Sério Ro...


Uma bola de neve acertou a cara de Scorpius fazendo com que ele caísse para trás. As risadas de Rose eram altas e gostosas, ela tinha uma das mãos na barriga como se não agüentasse mais rir.


- Ah, é guerra? – Scorpius se levantou limpando sua roupa e pegando mais neve do chão. – É bom você correr Rosinha.


Rose correu rindo, ficando cada vez mais sem fôlego. Sentia algumas bolas acertarem seus calcanhares e ouvia os passos de Scorpius bem atrás dela.


Enquanto tentava se desviar das bolas que Scorpius jogava, Rose tropeçou em uma pedra que estava escondida por entre a neve branca, caindo no chão fofo. Scorpius estava logo atrás dela, e a parada repentina de Rose fez com que ele caísse por cima dela.


Eles ficaram alguns minutos parados naquela posição, Rose caída de costas na neve e Scorpius por cima dela. Ela tentou se mover, mas ele não permitiu. Uma das mãos de Scorpius percorreu o rosto vermelho de Rose.


- Não podemos continuar fingindo que não sentimos nada um pelo outro. – Disse Scorpius que tinha agora sua mão afagando o cabelo ruivo de Rose.


- Eu nunca estive fingindo. – Disse Rose em voz baixa, encarando os olhos cinzentos de Scorpius. – Sempre deixei que você soubesse o que se passava aqui dentro. – Sussurrou.


Levado pelo impulso Scorpius girou-se na neve, fazendo com que Rose ficasse por cima. Seus olhos ainda estavam fixos uns nos outros, era possível sentir a respiração dela tão perto.


A ansiedade de ambos chegou ao fim quando os lábios dos dois se encostaram, dando inicio ao um beijo terno e apaixonado. As mãos de Scorpius pousaram na cintura dela, enquanto Rose tinha um braço dando apoio e o outro na nuca dele, fazendo carícias.


O beijo foi cessando e os dois puderam se encarar, aos risos eles se levantaram, caminhando de volta para o grupo de mãos dadas.


 


Rose havia perdido as esperanças não o encontrava em nenhum lugar. Deu mais uma olhada nas cabines e virou-se desapontada voltando em direção a sua cabine. Seus olhos fixos no chão não a permitiram ver que havia alguém vindo, fazendo com que ela trombasse.


- Ah, desculpe-me, não vi que havia alguém vindo. – Disse Rose ainda encarando o chão.


- Que coisa feia Weasley, precisa prestar atenção por onde anda. – Ao reconhecer a voz, Rose levantou a cabeça vendo que Scorpius já exibia um lindo sorriso brilhante. – Oi meu amor. – Disse ao ser esmagado pelo abraço de Rose.


- E-eu estava te procurando. – Disse Rose dando espaço para encará-lo. – Onde você estava? Eu você entrando por aqui. – disse apontando.


- Fui te procurar. – Scorpius deu um sorrisinho. Suas mãos estavam presas na cintura de Rose, fazendo com que ela ficasse muito próxima. – Eu estava com tanta saudade. – Uma de suas mãos passou a acariciar o rosto de Rose.


Rose deu um sorrisinho de canto de boca e enlaçou seus braços pelo pescoço de Scorpius. Eles se beijaram ternamente, uma mistura de saudade e paixão os envolvia. Scorpius a levantou, fazendo com que ela ficasse sem os pés no chão, e a levou para uma cabine vazia onde os dois poderiam matar a saudade sossegados.  


 


- Ela está demorando muito. – disse Hugo emburrado.


- Quer parar Hugo? – disse Lilian por trás d’O Pasquim que lia. – Bem que a mamãe falou que se você puxasse para seu pai, a Rose ia sofrer muito. – disse fazendo Hugo revirar os olhos.


Hugo fazia algumas faíscas saírem de sua varinha, tinha sua cabeça encostada na janela e seus olhos procuravam algo interessante no teto da cabine. Suas pernas estavam esticadas pelo banco e essas balançavam sem que ele ao menos notasse.


- Vocês sabiam que têm hipogrifos grafados nos cantos do teto? – disse Hugo de repente – Eu nunca havia reparado.


Alvo e Lilian se curvaram para que pudessem ver. Lilian encarou por mais um tempo os desenhos, enquanto Alvo já tinha sua atenção voltada para o Profeta Diário em suas mãos.


- Dêem uma olhada nisso. – Disse Alvo mostrando a o Profeta, que tinha uma foto do ministro da magia Kingsley Shackebolt. A manchete dizia: “MUNDO BRUXO EM AMEAÇA NOVAMENTE?”


Hugo sentou-se ao lado de Lilian e Alvo para poder ver o que a matéria dizia.


Em 1998 o mundo bruxo sofria uma crise nunca sofrida antes. Lord Voldemort, seus comensais e seguidores travavam uma guerra contra Harry Potter e todos aqueles que o impedissem de encontrar a imortalidade. Suas buscas, no entanto foram interrompidas. O menino que sobreviveu, como era conhecido derrotou Lord Voldemort e fez com que a sensação de paz reinasse mais uma vez no mundo bruxo.


Vinte e dois anos depois da guerra denominada “Guerra de Hogwarts”, vivemos da forma que fomos acostumados. Aqueles que presenciaram a batalha vivem hoje tranquilamente junto com suas famílias, sem nada a temer. Entretanto, acontecimentos recentes fazem-nos acreditar que ainda existam alguns seguidores do Lord das Trevas praticantes. Isso se deve a onda de mortes contra trouxas que vem acontecendo, como aconteceu no passado.


Semana passada conversamos com o ministro da magia e fizemos algumas perguntas sobre tal assunto:


Profeta Diário: Ultimamente alguns assassinatos contra trouxas vêm acontecendo, todos nós sabemos que tem mão bruxa aí. O que o senhor tem a dizer sobre isso?


Kingsley Shackebolt: Sim, levadas as circunstâncias não poderiam ser assassinatos causados por trouxas. Porém já temos bons aurores cuidando desse caso.


PD: Algumas pessoas vêm dizendo que Lord Voldemort voltou. Isso, entretanto é definitivamente impossível já que este morreu a vinte e dois anos atrás. Porém esse tinha inúmeros seguidores. Existe alguma possibilidade de que algum seguidor dele esteja causando esses assassinatos?


KS: Essa é uma das possibilidades discutidas por nós. Sem duvida ainda existem os seguidores do Lord das Trevas. O número de seguidores dele no ano da batalha era enorme, e por mais que tentamos nem todos foram pegos. Porém, por mais que seja definitivamente um seguidor, temos aurores capacitados que darão conta, o que inclui Harry Potter e Rony Weasley, dois grandes bruxos que lutaram contra o Lord Voldemort no passado, por isso, não temos o que temer.  


De que Harry Potter e Rony Weasley derrotaram o Lord das Trevas no passado nós sabemos, mas será que os conhecimentos passados que esses carregam são suficientes para derrotar um novo bruxo das trevas? Será que eles, assim com todo o corpo de aurores são suficientes para nos livrar de uma possível ameaça? Devemos ou não nos preocupar?  De uma coisa temos certeza: Lord Voldemort  ainda fará vítimas, somente por ter ensinado o mal á seus seguidores.


Eles ficaram encarando a matéria por um tempo. Eles sabiam sobre o que havia acontecido em Hogwarts em 1998. Sabiam que seus pais haviam lutado contra o Lord das Trevas, porém nunca perguntaram detalhes sobre isso.


- Isso não é verdade – disse Hugo – o Profeta Diário sempre forja noticias.


- A entrevista com o ministro me parece bem convincente. – disse Alvo


Lilian que estava sentada no meio deles levantou e guardou o jornal dentro de sua bolsa. Depois sentou no banco na frente deles.


- Seja lá o que for eu não vou estar tranqüila sabendo que nossos pais estão tendo problemas novamente com alguém assim. – disse Lilian entre suspiros. – Me lembre de mandar uma cara para o papai assim que chegarmos a Hogwarts Al. – Ele assentiu.


Alvo sentou-se ao lado de Lilian e ela deitou no colo dele. Ela tinha um livro em suas mãos, e parecia não prestar atenção na conversa dos meninos.


- Ei, Al. – disse Hugo. – Vou fazer teste para o quadribol esse ano. – disse sorrindo.


- Que ótimo Hugo. – disse com um sorriso no rosto. – Em que posição você anda pensando?


- Goleiro.


- Seu pai te incentivou não é mesmo? – riu – Tia Mi já sabe disso?


- Rose contou – disse fechando a cara. – Mamãe fez de tudo para que eu não entrasse. Até contou as desventuras de meu pai, e quantas vezes ele foi parar na ala hospitalar. – disse rindo.


- Isso só faz parte da adrenalina. – disse Alvo – Não há nada melhor do que ouvir os gritos das pessoas comemorando quando se ganha um jogo. – riu. – Só que temos um pequeno problema...


- E qual é? – perguntou Hugo.


- Tiago é capitão. – disse arrumando o cabelo. – Ele não vai sair de nosso pé.


Hugo bufou e abriu seu sapo de chocolate.


- De qualquer forma, nele a gente pode bater. – disse Hugo sorrindo.


As horas foram passando e o sol foi sumindo. O entardecer exibia um céu de alaranjado maravilhoso. Rose, Scorpius e Tiago haviam voltado para a cabine, e conversavam com Alvo e Hugo. Enquanto Lilian dormia.


Não demorou muito para que mais conhecidos aparecessem. Louis, Lucy e Molly foram os primeiros a passarem para cumprimentá-los, seguidos por Fred, Dominique e Roxanne. Conversaram por um tempo até que resolveram se trocarem.


Rose e Lilian vestiram saias que caiam soltas até o meio de suas coxas, acompanhada por uma camiseta branca, uma gravata vermelha e dourada e uma capa preta com o brasão da Grifinória. Os meninos vestiram uma calça preta uma camiseta branca com as gravatas soltas – Hugo usava um colete cinza por cima da camiseta – e capas pretas diferente da de Scorpius que ao invés do da Grifinória, possuía o brasão da Sonserina.


Não demorou muito até sentirem que a Maria fumaça havia parado. O movimento nos corredores aumentou até que conseguiram descer. Os primeiranistas já se direcionavam para o canto direito da estação, aonde se encontrava um Hagrid sorridente e grisalho que acenou ao vê-los.


Tiago, Alvo, Scorpius, Rose, Hugo e Lilian seguiram até onde se encontraram as carruagens enfeitiçadas.


- As carruagens não são enfeitiçadas de verdade. – disse Lilian para Hugo. – São Testrálios. Tia Luna disse que parecem cavalos só que com os olhos brancos.


- E porque não posso vê-lo? – disse Hugo arqueando uma sobrancelha.


- Segundo ela, apenas as pessoas que já presenciaram alguma morte podem vê-los.


- Não acho que seja verdade. – disse Rose entrando na conversa e desencostando do ombro de Scorpius. – Mamãe e papai comentariam sobre eles se fosse assim.


- Que assunto interessante. – disse Tiago revirando os olhos que encaravam a paisagem. – Vamos mesmo discutir sobre o que são e se existem ou não esses tais de testaralhos?


- São Testrálios Tiago. – disse Lilian revirando os olhos. – De qualquer forma, já chegamos mesmo.


Os seis presentes olharam para o lado onde um grande castelo aparecia por entre as folhas das árvores. Alguns alunos desciam das carruagens enquanto algumas ainda chegavam e uma grande quantidade de alunos foi se juntando. Era possível ver os primeiranistas chegando, vindo em direção ao castelo de barcos.


- Olá Hogwarts, sentiu nossa falta? – Disse Tiago passando o braço pelas costas de Lilian e seguindo  com os outros, a turma para dentro do castelo. 

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N/A: ~LUMOS~
Eu sei que muitos estão querendo me matar pela minha imensa demora - eu tenho meus motivos, e a não ser que vocês queiram, não vou partilhar meus dramas com vocês - mas ai está o capitulo 2. Imagino eu que menos interessante do que ele podia ser, mas estou guardando alguns acontecimentos para o próximo capitulo - que provavelmente demorará menos que esse.  -.
Como não tenho ninguém que lê a fic antes de postar aqui, não tenho muitas opiniões sobre como meu trabalho ficou, então vou pedir mais uma vez um desconto para vocês, ainda assim sou uma principiante em escrever.

Queria agradecer TODOSSSSSSS os comentarios. Vocês não sabem como é bom saber que vocês gostaram da fic, é confortante demais. Dá mais incentivo a escrever. Espero que ainda gostem e continuem seguindo ela apesar da minha lentidão.
 hahahahhahaha

OBRIGADA MAIS UMA VEZ, A TODOS VOCÊSSSSSSS!

beijos e até o próximo cap :)

~NOX~ 

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Comentários (5)

  • Leticia Depiro

    Luuluuuu lindaa ..... eu ameei sua fic, de verdade verdadosa. hihihih Na verdade nem sei pq demorei pra começar a ler. Mas vc escreve lindamente. To até orgulhosa, pq muito muito fofa ~~pisca olhinhos~~ hahahhaa esperando ansiosamente o proximo capitulo.   PS: achei muito vc esse ''lumus - nox'' no final!!

    2012-01-09
  • matthew malfoy

    capítulo excelente, se continuar a escrever desse jeito vai ficar melhor ainda abraços

    2011-12-02
  • LiarGranger

    Awn que lindo! Rose e Scorpius são maravilhosos juntos não? *uu* Continua logo! Está lindo, own

    2011-11-22
  • Luana Bernardo

    Obrigada Hanna, eu estava super insegura sobre esse capitulo :)

    2011-11-21
  • hcm

    Amei!

    2011-11-21
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