Aparição.




Hermione estava no hospital apreensiva. Nunca, até aquele dia, ela teve vontade de sair do trabalho, local onde sempre fora seu refúgio, só pensava no loiro saindo do restaurante...como queria tê-lo alcançado.


Sua mente vagava até o relógio mostrar a hora de ir para sua casa. Ela saiu apressadamente sem motivo, sem ideias e aparentemente sem rumo, a não ser o da sua casa. Aparatou no quarto, como sempre, largou a bolsa na cama, tirou os sapatos e seguiu para o banheiro desabotoando a blusa enquanto andava. Suas mãos suavam sem ter motivo algum e tudo parecia mais sufocante. Faltava pouco para acabar os botões e ela deu um suspiro fechando os olhos.


Tudo foi rápido, só fechou por pouco tempo e já estava sendo aprisionada pelo pescoço, uma varinha em seu queixo saindo uma fina luz prateada. Tentou gritar e nada saía de sua garganta. Procurou sua varinha e se deu conta de que estava na bolsa. Tentou se desvencilhar, mas não tinha força suficiente para derrubar o homem que a segurava. Seu coração acelerado, sua cabeça girava procurando respostas para aquilo, para entender como alguém entrara em sua casa. Viu o homem jogar a própria varinha no chão e rir pelo nariz. Ela se apavorava com o que poderia vir acontecer e se debatia como podia. O homem segurou um dos braços dela e a arrastou para a cama, ela o empurrou contra a parede com o próprio corpo. Ele gemeu e riu baixo a puxando para si e apertando. Hermione não acreditava que ele tinha gostado, já não sabia mais o que fazer. O homem começou a cheirá-la, a passar o rosto nas costas dela, e uma das mãos a escorregar pelo braço indo de encontro à barriga. Ela lutava com todas as forças ainda sentindo sua garganta presa, as lágrimas se formavam em seus olhos, e vários arrepios percorreram o corpo.


O homem sentindo o desespero dela parou por um momento para tão logo brincar com a língua na orelha dela, a mesma começava a chorar em silêncio.


E a mão, que antes estava na barriga, subia para o rosto e foi então que percebeu as lágrimas descerem. Parou novamente. Paralisada também, Hermione estava muito chocada e não sabia o que esperar. O homem falou baixo com a voz grave um tanto entediada com uma ponta de preocupação.


-Para quem era louca por mim, você parece estar muito bem. Logo com o pobretão, Granger? Isso me deixou decepcionado.


Hermione grunhiu e tentou se virar, mas ele ainda a mantinha presa em si. Ele riu mais alto dessa vez.


-Não acredito que não sabia que era eu, sabe-tudo, depois de ter aparecido pra você por duas vezes.


Ele deu um beijo no pescoço dela e a soltou abaixando-se para apanhar a sua varinha. Hermione o puxou e lançou-se ao pescoço enquanto ele fazia um floreio com a varinha para ela poder falar.


-Você não presta, sabia? Ah, eu sabia...sabia disso, sabia que você estava vivo, sabia...


-E então? Por que o choro?


-Eu não raciocinei...


-Eu sou o único que pode entrar aqui, sabe-tudo, não imaginei que você tivesse me esquecido tão facilmente.


Hermione o encarou por alguns segundos e completamente sem graça explicou:


-Eu esperei você aparecer, dias, meses, mais de ano, todos os dias eu deitava na cama – e nessa hora ela baixou o tom de voz. - e esperava você aparecer, assim do nada, pra me tirar do abismo que eu me encontrava sem você.


Draco estava perto dela e sentia uma profunda tristeza por vê-la falar aquilo. Então alisou o rosto dela e parou a mão no queixo o segurando. Ela deu um meio sorriso e continuou:


-Até um dia, todos da família Weasley virem aqui e me tirar a força pra passar um tempo com eles. Eles diziam que eu tinha de seguir, de parar de me apegar ao passado, e foi aí que comecei a namorar o Ron.


-Aproveitador! - Draco fala enciumado. Hermione o encarou.


-Ele não foi aproveitador, foi até paciente comigo, devagar...


-Chega! Não quero saber como foi seu namoro com ele, quero que acabe, isso sim. - Draco reclama passando os dedos nos lábios dela.


-Como? - ela pergunta olhando os lábios dele também, seu peito começando a subir e descer rapidamente.


Draco a olhou nos olhos, todo desejo transparecendo e ela se sentiu totalmente despida como sempre se sentia quando ele a olhava daquele jeito. Draco encostou seu corpo e mexeu no cabelo dela, a respiração quente em seu pescoço. Parecia não ter nada a pensar, só sentir. Hermione levantou a face e colava sua boca no rosto dele o desenhando com a língua. Ele a apertou pela cintura e foi de encontro sentir o gosto dela nunca esquecido.


Ela o beijava com um prazer de um orgasmo longo, seus gemidos entrecortados pela respiração. Suas mãos nas costas tentando arrancar aquela capa preta que parecia insistir em ficar ao corpo dele. Draco a segurava firmemente. Passeando pelas costas, pescoço, braços, rosto. Era calmo e forte ao mesmo tempo. Ao prensá-la na parede sentiu o volume aumentar em suas calças e Hermione começou a mordiscar seu pescoço. Draco a suspendeu a encaixando no seu quadril para levá-la a cama enquanto as mãos dela "dançavam" em seu corpo. Suspirou. Retirou a camisa e desabotoava a calça e ela arranhava seu peito apertando cada músculo que ela conhecia tão bem. Beijaram-se mais depravadamente, suas línguas enroscadas, seus corpos colados e Draco roçando nela. Livrou-se da calça e ela teve a visão da sua perdição, do seu homem, a boca seca e a intimidade úmida desejando a união dos corpos quentes e suados.


Draco retirava a roupa de Hermione delicadamente e suas mãos tocavam em cada parte desnuda por ele e isso a deixava arfando e se contorcendo obviamente pedindo por mais e sempre mais. Ele a beijou por inteira descendo em sua intimidade para. entre beijos e sugadas. falar que era ela o desejo dele. Hermione arqueava o corpo mostrando sua vulnerabilidade a ele, ele a dominava sempre. O calor espalhava-se pelo seu corpo mostrando que atingira o clímax, mas nem por isso ela o deixaria parar. O puxou pelos cabelos para beijá-lo e pôs seu peso para ficar em cima dele. Ela queria mais. Draco, erguendo-se um pouco, conseguiu chupar o pescoço dela com suas mãos apertando as nádegas que ele tanto explorou. Voltaram ao beijo nada singelo e ela o deixou sentar para então encaixar-se como queria, como deveria. Ela, apoiada nos ombros másculos, começava a rebolar dando o prazer merecido ao loiro que um dia fora seu. Os corpos molhados, juntos, abraçados. Cada um sentindo a respiração pesada do outro. Tantos medos, tantas perguntas, só agora revelados com clareza para os dois.


Hermione sentia o peso dos olhos, o sono lhe atingira. Desde o restaurante ela não dormia direito, e agora, ao tê-lo ali tão perto ela podia descansar em paz. Draco traçava uma linha imaginária no braço dela com seus dedos e sentia uma mistura de alegria e pavor. Notou que ela ainda não dormia.


-Você ia aceitar? - ele pergunta meio choroso.


-Aceitar o quê? - ela fala se aninhando mais nele.


-Casar... Ele estava te pedindo, não foi?


-Fiquei apavorada. Não sei o que eu iria dizer. Ainda bem que você apareceu.


Draco calou-se por um minuto.


-O que te fez sumir durante esses anos? Aliás, e a morte? - ela perguntou confusa.


-Draco Malfoy não existe mais. - ele sorriu. - Eu morri, lembra?


-Se está tentando ser engraçado, não está funcionando. - ela retruca um pouco aborrecida.


-Você estava lá, no enterro. Eu sei cada passo seu, até você começar a ficar com os Weasley, aí te perdi.


-Eu vi seu caixão, estava fechado. O que tinha dentro?


-Um corpo, sabe-tudo, é o que se tem em caixões.


Hermione revira os olhos.


-Sua família foi embora... - ela comenta tentando entender.


-Sim. Depois da minha morte, eles se foram. Daí meu tio resolveu vir para a mansão agora.


-E então você veio também?


-Sim e não. Eu estava por aqui já.


-E por que só agora apareceu pra mim? - ela pergunta meio magoada.


-Porque agora era a hora certa, com meu tio aqui.


-Entendi. Se Draco Malfoy morreu, quem acabou de fazer esse maravilhoso sexo comigo?


Ele riu.


-Escolha um nome... - ele responde a provocando.


-Depois eu penso. Fala uma coisa, tudo isso foi por que os aurores estavam atrás de você?


-Não só eles, os comensais eram os que mais me preocupavam. Eu delatei todos, entreguei muitas cabeças e mesmo assim fui condenado por ter sido seguidor, por ter desarmado Dumbledore naquela noite... Uma história intrigante. E então numa certa hora estava eu de cara com dois aurores de um lado e do outro alguns comensais. Foi interessante a luta.


Hermione fazia cara de choro. - Não podiam ter feito isso, Snape o matou, foi ele, e a pedido de Dumbledore. Não tinham o direito de incriminar você.


-Vai entender, Hermione. No meio da luta, apareci morto, eu e alguns dos comensais, sei que muitos fugiram, não se dariam o trabalho de ficar pra pegar os que morreram.


-Você fala como se realmente estivesse morto... - ela fala o olhando atentamente. - Então o corpo que está enterrado sob sua lápide é de um dos comensais, é?


-Se você diz.


-Pare com isso. E sua família? Como os enganou?


-Ah, Hermione. Nem tudo é enganação, sabia? Eles também não viram meu caixão aberto.


-Isso está me deixando louca! Como você fez isso tudo? Que ideia maluca foi essa?


-Ei. Eu nunca tive ideia de morrer. Eu soube que avisaram a minha família que era melhor não abrir, já deram a notícia com o caixão lacrado.


-Nossa! O ministério foi verificar a mansão. Deram de cara com seu tio. Vai ficar aqui essa noite?


-Claro, minha linda. Sempre ficarei com você.


-Promete?


-Agora, prometo mais que tudo.


Hermione fechou os olhos tranquilamente. Passou o braço em volta do corpo dele enquanto ele mexia nos seus cabelos. Assim, ela adormeceu.


 


---


N.B.: fato.... que m**** aconteceu?! Mainha, como Draco se fingiu de morto? Corpo de quemno caixão? Ai ai ai.... to tão curiosa... Amei cada cena... e coitado do Ron... quando aparatar tem um chifre para levar junto! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


N.A.: Tem horas que nem eu sei o que aconteceu com Draco, se está vivo mesmo. Fato que Hermione é louca por ele. Mas essa história toda só vou descobrir mais a frente. kkkkkkkkkkkk


Quero agradecer a Artemis, minha filhinha, por betar e me acalmar nessas horas de insanidade minha. Rsrs


Sarah-Malfoy - Seu Draco realmente sabe como puxar Hermione. Em todos os sentidos! ^^

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Comentários (4)

  • Angel_Slytherin

    Pera, agora eu estou muitoooo intrigada! Correndo para o proximo capitulo! =D BeijosAngel_S

    2012-09-27
  • Larissa do Amaral

    quem é no caixão? E ele morreu mesmo? tipo...ele disse q morreu...entao ele voltou a vida?!Putz to curiosa!beijoo

    2011-10-01
  • Her Granger Malfoy

    kkkk Sarah, eu não sei como ficar com raiva dele. Mas ele só apareceu por causa do tio e morreu porque os Aurores e os Comensais estavam atrás dele. kkkkk O problema é o depois...=*

    2011-09-23
  • Sarah-Malfoy

    AAAAAAAAAAAAAH! ELE ESTÁ VIVOOOO! ~* pulandoo de alegriaa*~ Esse é o meeu Drak! Me diiz como ficar com raivaa delee? Msm fingindo estar mortoo e só aparecendo anooos depoiis , como ficaar com raiiva desse sonserinoo?!! Maas eu realmente estou curiosa,  pq ele fingiu estar morto?por que ele só se revelou a Mione agora? De quem era o corpo que enterraram? AAh sãoo tantas perguntaas! Maas eu vou tentar aguentaar esperar...=D Beeijooos♥

    2011-09-23
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