Assombração.



Olá a todos. A ideia é fazer uma short com 4 capítulos, mas dependendo da minha loucura farei mais... :P
Boa leitura!!!
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Era de longe que ela olhava o funeral. Chapéu, óculos escuros, uma roupa fechada a protegeriam de que alguém a reconhecesse. Nem uma lágrima manchava sua pele e nem por isso não sentia uma dor perpassar seu coração. Ficou até descerem o caixão, não veria mais nada, não queria.


Do outro lado em uma parte mais elevada do cemitério, uma outra pessoa apreciava a cena que se desenrolava mais abaixo: pessoas chorando, jogando flores, outras somente observando. Esta sorrira com a ideia da morte.

Era improvável que alguém não questionasse a morte de Draco. O sobrenome Malfoy foi valorizado, desprezado mas, o nome DRACO foi imortalizado com o que ele fez logo após a guerra de Hogwarts.


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Hermione virara uma medibruxa famosa. Seus cabelos mais longos, seu sorriso radiante e seu olhar...mais frio. Para quem não a conhecesse, pensaria que ela estava normal, como sempre. Porém pra aqueles mais achegados sabiam que tinha algo de errado com ela, que tinha algo diferente.


Após a guerra, Rony a tinha pedido em namoro e hoje fazendo dois anos pode-se dizer que ela tenha algum sentimento por ele. Os dois foram comemorar, Rony levando algo a mais no bolso e visivelmente nervoso, ele a pediria em casamento, e tudo teria saído conforme planejado se não tivesse acontecido o que aconteceu.


Estava tudo decorado com rosas brancas, a mesa com um arranjo específico mostava algo especial e foi nela que Rony e Hermione se sentaram na noite comemorativa de seus 2 anos de namoro.


Rony vestia uma camisa branca com um blazer azul escuro, enquanto Hermione esbanjava sensualidade em um vestido verde água decotado nas costas. Ela não parecia se impressionar com a decoração caprichada no tal dia no local onde costumavam jantar, apenas sentou e sorriu simpaticamente para o garçom que chegava à mesa.


-Boa noite, madame! Boa noite, senhor!


-Boa noite! - respondeu Rony olhando nervosamente para o garçom – Eu quero um hidromel e o prato especial do dia.


Hermione suspirou e observou o garçom fazer aparecer a garrafa de hidromel rapidamente e lançou um olhar para janela. Hidromel não era o que ela gostaria de beber, preferia cerveja amanteigada, mas não tomaria com Rony, cerveja amanteigada só traria lembranças há muito reprimidas. E Rony derramando a bebida em seu copo lhe tirou dos devaneios ao perguntar se faltava algo pra ela.


Ela sorriu de leve e embora sua mente gritasse que sim, que lhe faltava algo, ela respondeu que não, que tudo era perfeito e espantando os pensamentos tentava se concentrar na ocasião. Rony conversava sobre uma casa que havia visto perto da antiga casa dos Dursley na vila trouxa. Falou quão grande era e simples ao mesmo tempo.


Hermione só concordava e falava “hum” e deixou-se cair no devaneio novamente. Assim passou o jantar, com Rony falando praticamente e Hermione sorrindo quando achava necessário. Ela levantou-se para ir ao banheiro pensando em como despistaria Rony para não passarem a noite juntos e quando voltou à mesa já tinha em mente toda a história que serviria de desculpa para ir pra casa sozinha. Ao sentar, Rony segurou sua mão firmemente e se ajoelhou meio desconcertado com as outras pessoas que olhavam curiosamente para eles. Hermione prendeu o fôlego, não poderia acreditar que ele iria pedir, não acreditava que seria ali e, como um estalo, se deu conta da arrumação, do garçom sempre a olhar dispostamente para a mesa. Enquanto Rony falava as primeiras palavras, Hermione torcia fortemente para que algo atrapalhasse a ocasião.


Rony sorria e respirava fundo tentando lembrar-se de todas as palavras que escolheu dizer e ao começar a proferir a tão famosa pergunta, o episódio a seguir só pode ser explicado pela força da mente de Hermione que de tanto pedir fez algo acontecer, sentiu um calafrio ao ver Rony paralisar e apontar para o bar logo atrás, ela acompanhou com o olhar e escutou de leve o nome: Draco...


Hermione levantou-se e num impulso correu. Rony arrastava os pés na tentativa de acompanhá-la, porém suas pernas trêmulas atrapalhavam bastante.


Hermione ao virar para correr viu o homem de cabelos platinados ir em direção à porta e ela tentou alcançá-lo, e ainda chegou a chamá-lo baixinho ao vê-lo aparatar do lado de fora do restaurante. Ela parada, chocada, surpresa, abismada, sem saber o que fazer e Rony chegava lentamente ao lado dela nada satisfeito mas bastante assustado para absorver tudo.


Hermione pediu a conta e não deu tempo nem para Rony se oferecer a pagar, ela já havia saído do restaurante sem pegar o troco e ao chegar à porta do restaurante olhou para trás procurando Rony, afobada. Mal ele chegou e sua mão foi praticamente esmagada pela mão de Hermione aparatando para a Toca.


-Eu o vi! - grita Hermione assim que enxerga Gina na sala.


Rony saiu tonto a procura de algum canto para vomitar.


-Viu quem? - pergunta Gina assustada.


-Ele, Gina, ele – Hermione responde passando a mão no cabelo. Uma expressão de terror passou por Gina reconhecendo o olhar de Hermione.


Rony volta à sala e balança a cabeça sem acreditar que ele esteve tão perto... Se jogou no sofá e tomou a atenção de Gina – É. Eu também o vi. Tudo bem que não vi o rosto mas era ele sim, impossível não ser. - terminou inconsolado.


Gina olhou de um ao outro sem fala alguma e nesse momento Harry ia de encontro a Rony para cumprimentá-lo. Rony apertou a mão e voltou a se sentar, parecia num conflito. Harry olhou para ele estranho e foi de encontro a Hermione a abraçando. Ela apertou Harry, praticamente o matando sufocado e sussurrou: eu o vi, Harry, eu vi Draco.


Harry por hora não fixou a mente no aperto da amiga, ficou surpreso assim como todos.


-Ele está morto, Hermione. - ele falou tentando entender.


-Pergunte ao Rony, ele também viu. Foi ele. Não sei como é possível, mas era ele sim.


-Parecia muito com ele. - Rony falou um tanto incomodado.


-Você disse: parecia? - intervém Harry procurando explicação.


-Não Harry, não parecia, era ele sim. - Hermione reclama olhando para Rony.


-Eu não o vi de frente. - continua Rony parecendo gostar do rumo da conversa – E nem você viu, Mione.


-Não preciso disso, Rony, sei muito bem o que vi. - Hermione fecha a cara para Harry ao vê-lo desacreditar e puxou Gina para o quarto.
Rony sorriu baixo e Harry sentou-se junto para saber de todo o ocorrido.


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Mais uma noite passava, já fazia uma semana desde o restaurante. Hermione não dormia direito e sempre se culpava por não ter alcançado o homem loiro. Cabelos conhecidos...


Ela olhou Rony ao seu lado dormindo profundamente e quis mais do que nunca não desejar o que o seu íntimo ansiava. Ela desistiu de tentar dormir e foi para a cozinha fazer um chá talvez ou qualquer outra coisa que a mantivesse longe do quarto. Colocava a xícara no pires e se apoiava no banquinho perto da janela olhando o jardim escuro só iluminado pela lua. Tomando o terceiro gole da bebida meio amarga, olhou novamente para o lado de fora da casa e avistou um borrão na rua encostado, um vulto de capa preta que olhava fixamente para onde ela estava. Hermione tentava discernir mas a luz não ajudava e ainda tinha algumas plantas no jardim que empatavam de ver completamente quem estava no meio da rua. Ela xingou baixo e apertou seu casaco se pondo de pé, foi simples o pensamento de ir ao encontro da pessoa, e ela se deu conta que não raciocinava direito, ela não sabia quem era, mas nada tirava da cabeça que era ele. Só um sentimento a fazia querer correr para fora porém a sua precaução a deixava indecisa. O vulto se mexeu lentamente, parecia impaciente e mesmo assim não tirava os olhos da direção da cozinha onde Hermione igualmente observava.
Ela mordeu o lábio e decidiu por sair pelo menos até as plantas, de lá poderia olhar melhor. Andou depressa e abriu a porta sem medo do barulho, o que implicou em Rony acordar e acender a luz e o vulto desaparecer assim que a claridade surgiu no quarto.
Rony desceu as escadas com a varinha em punho e olhando para porta viu uma Hermione frustrada cruzando os braços.


-O que você está fazendo aí fora?


-Só estou tomando um ar.


-Essa hora? Nesse frio? Só pode estar brincando.


-Eu vou deitar. - Hermione fala sem dar muita atenção e sobe para a cama deixando Rony desconfiado olhando ao redor da casa.


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Mais uma manhã nascia e Hermione tinha aparência de que não dormira, sua cabeça doía e ela se decidiu por tomar um longo banho para melhorar.
Rony desceu para a cozinha e sua cara era de poucos amigos. Gina estava sentada lendo o jornal enquanto sua mãe pegava os pratos, xícaras e panelas para preparar o café da manhã. Os gêmeos planejavam novas ideias para a loja e assim que Rony sentava em sua cadeira eles se apoiaram na mesa e Gina jogou o jornal na direção dele. 




  • Você deveria ler isso. - Gina fala apontando para uma reportagem. - Deve lhe interessar.




  • Eu não quero saber, Gina. Tenho coisas pra resolver. - Rony responde rabugento.




  • Isso é coisa da Ordem e tem a ver com Malfoy. - os gêmeos falam juntos.




Rony olhou para cada um e pegou nas pressas o jornal e logo na capa havia uma foto enorme da mansão que estava fechada por muito tempo e uma pergunta logo abaixo da foto: Assombrada?


Rony olhou para Gina sem entender e ela impacientemente falou para abrir na página do artigo.


Hermione chegava na cozinha nesse momento e antes de Rony chegar à página desejada, Hermione deu um grito e puxou o jornal para ela. 




  • Isso é falta de educação, sabia? - fala Rony com raiva.




  • Desculpe. Mas essa é a prova que eu não estou louca, que vi realmente Draco.




  • E como você sabe? Nem sequer abriu no artigo.




  • Não preciso. Aqui mostra que a mansão com luzes acesas e pouco depois apagada. É óbvio que há alguém lá.




  • E pode ser qualquer um da família Malfoy. - Harry falava por trás de Hermione a fazendo se assustar.




  • Não, Harry, eu sei o que vi.




  • O que sei, Hermione, é que ele morreu, foi enterrado! Então, se você não criou nada que faça os mortos voltarem, é ponto final nisso.




  • Eu vou ao ministério.




  • O pessoal da Ordem já foi vasculhar essa história. - Fred comentava. - e você precisa correr para chegar ao hospital, está atrasada.

    *Merda! - grita Hermione pondo logo após a mão na boca e se desculpando com a senhora Weasley. Fred, Jorge e Gina sorriram.

    *Não vá deixar de comer. - Harry comenta a fazendo sorrir.

    *É. Vai que você dá de cara com a doninha e termina desmaiando. - Rony alfineta batendo os talheres no prato. Hermione o encara e a senhora Weasley o recrimina pela atitude.

    *Não foi grosseria minha. - retruca Rony agitado. - Ela pirou, pirou depois disso e tem mais, ela é minha namorada, como pode agir assim?

    *Rony, se acalme. - Gina tenta apaziguar.

    *Deixa, Gina. - Hermione fala. - Eu devo estar errada mesmo, sendo a namorada dele. Afinal de contas, o que importa, não é? Eu era noiva de Draco quando ele morreu, ou pareceu morto. Eu tive que superar com muita dificuldade. E agora que ele aparentemente não está morto, não posso “pirar”.

    *Então você não superou! - grita Rony furioso.

    *E se fosse o contrário? Se eu aparecesse morta e depois de um tempo realmente não estivesse, como você ficaria? Normal? Ah sim, você ficaria normal sim, porque o seu grande amor não fui eu, foi Lilá!

    *Não ouse falar dela!

    *Por quê? Por que não posso falar dela?

    *Ela morreu na guerra, morreu!

    *E ele também estava morto! - Hermione bate a porta saindo para trabalhar com os olhos cheios de lágrimas.

    *Parabéns Rony, você sempre consegue piorar as coisas. - fala Jorge balançando a cabeça negativamente.

    *Chega! - grita a senhora Weasley nervosa. - Isso está passando dos limites, vocês não tem que trabalhar? - ela aponta para todos na cozinha.


    Harry saiu da cozinha acompanhado por Gina e Rony subias as escadas batendo os pés como uma criança.




    • Ele não aprende. Se ao menos tivesse dado uma olhada no jornal. - Gina fala.




    • Hum...e o que tinha no jornal? - Harry pergunta curiosamente.




    • Veria que Draco Malfoy realmente está morto.

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      N.B.: primeiro que é um luxo estar betando a fic da minha querida mainha. Segundo que essa história está por demais de interessante. Estou adorando ler, betar e receber a fic td enquanto ela é produzida! transmissão ao vivo! Comentem que ela merece! Mainha brava é um ser perigoso! beijão, Ártemis.


      N.A.: eu comecei faz um tempão escrever essa fic e relendo o início veio toda a história na minha cabecinha nada normal. Lá fui eu me entreter nas maluquices, novamente, de uma fic Dramione. Então, minha querida filha resolveu betar e eu fiquei super happy!!! (Pra não dizer lisonjeada).


      Todos sejam bem vindos! E comentem, claro. Kkkkk





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Comentários (2)

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