ATAQUE NO MINISTÉRIO



CAPÍTULO 16 – ATAQUE NO MINISTÉRIO


—Quem foi que azarou a Parkinson? Foi perfeito! – Rony perguntou, guardando a varinha no bolso e descendo a escada atrás de Luna.


—Fui eu. – Valentina disse, saindo debaixo da escada e pegando os outros de surpresa. —Ela ficou ridícula, não ficou?


—Ah, então aí está você! – Cecília disse, enquanto os outros riam. —Pensei que fosse ficar escondida onde Draco mandou e honrar a filosofia da sua Casa.


Valentina sacudiu os cabelos negros para trás, fechado a cara.


—Não seja idiota. E Draco não manda em mim.


Cecília revirou os olhos e guardou a varinha. Gina foi quem assumiu o comando.


—Tudo bem, galera. Vamos atrás do Harry e da Mione. Eles devem estar precisando da gente.


Eles correram pelos terrenos da escola ao encontro dos dois amigos. Tinham chegado à entrada da Floresta Proibida quando viram Harry e Hermione se aproximarem. Hermione tinha os cabelos cheios de folhas e gravetos, e Harry estava banhado de sangue dos pés à cabeça.


—Porque você está cheio de sangue? – Neville perguntou, assustado.


Harry tentou contar toda a história do ataque dos centauros, de Grope e do rapto de Umbridge quando, para seu espanto, os Testrálios começaram a se aproximar bem devagarzinho, um a um.


—Acho que o cheiro do sangue atriu eles, Harry.


Hermione olhou para Luna, incrédula com sua observação. Cecília e Neville, ao contrário, admiravam com curiosidade os cavalos alados de ares reptilianos.


A chegada dos Testrálios tirou de Harry a dúvida de como fariam para chegar a Londres e salvar Sirius das mãos de Voldemort. Luna, Neville, Cecília e o próprio Harry montaram os bichos com mais confiança do que Rony, Hermione e Tina, que não conseguiam enxergá-los. Gina, por sua vez, montou seu Testrálio com bastante confiança para alguém que não conseguia ver o que a estava sustentando.


O vôo até Londres foi gelado e desconfortável. Tina percebeu que se mantivesse os olhos fechados, a viajem era menos desagradável, mas percebeu também que ela precisava ficar alerta para não se perder dos amigos. Se ao menos ela tivesse coberto o dorso do animal com um pano ou tapete!


Os pensamentos da garota eram os mesmos de Rony, que seguia ao lado dela, absolutamente aterrorizado. Era nítido, mesmo naquelas péssimas circunstâncias para fazer observações, que o amigo preferia muito mais o calor de uma viagem na Rede Flu do que voar no dorso de um animal que ele não enxergava.


Quando eles aterrisaram, Rony saiu cambaleando e se agarrou no ombro de Tina, que também estava feliz em ter os pés novamente em terra firme.


—Quando voltarmos, posso voltar no mesmo que você, Tina? Não seria nada mal ter em quem segurar, desde que eu possa ver onde estou pegando.


—Er... – ela fez sem graça. —OK, Rony. Sem problema.


Tina pareceu embaraçada e, ao invés de discutir com Rony as chances que eles tinham de voltarem para Hogwarts voando em testrálios depois de um possível confronto com Voldemort, ela preferiu se colocar ao lado de Cecília e Luna, e seguir Harry para o interior do Ministério.


A jornada até a Sala das Profecias não foi nada fácil, e uma vez lá, Harry percebeu, se sentindo muito idiota, que sua visão não passara de uma peça pregada pelos Comensais da Morte em sua mente, para atrai-lo até ali.


Uma vez em posse da profecia que dizia a respeito dele e de Voldemort, o confronto de Harry e seus amigos contra os Comensais teve início. Eles correram juntos, quebrando todas as prateleiras com as profecias, fazendo-as cair nas cabeças dos Comensais; e lançaram azarações por todos os lados. Cecília segurou Tina pelo braço e a jogou no chão no exato momento em que uma luz violeta passou pela cabeça dela e acertou uma parede.


—Obrigada por essa!


—Não por isso. Agora corre!


As duas correram o mais rápido que suas pernas agüentavam, fugindo de Mulciber, o Comensal que tentara atingir Tina. Elas saíram da Sala das Profecias, passando para a Sala do Tempo, onde um comensal estava caído com a cabeça enfiada num vidro, em uma aparência grotesca de bebê. Cecília olhou para trás e agiu rápido.


Petrificus Totalus!


Mulciber desabou no chão duro como pedra.


Estupefaça!


Goyle, que vinha logo atrás de Mulciber, desviou o feitiço de Valentina com sorriso debochado. Mas a garota não desistiu e gritou outro feitiço:


Expelliarmus!


A varinha de Goyle voou de sua mão e Cecília aproveitou a deixa para estuporar o homem, que caiu ao lado de Mulciber.


—Boa, Lia!


Mas Cecília não teve tempo de agradecer. Valentina cambaleou e se escorou na parede detrás dela, os olhos fechados e a respiração pesada.


—Tina? O que... o que você tem?


Mas ela não respondeu, apenas balançou a cabeça com os olhos ainda fechados. Seu corpo começou a tremer enquanto ela parecia conter uma ânsia de vômito.


—Sede! Beber... Eu preciso beber! – falou de repente com a voz rouca.


Então ela abriu os olhos. A substância mística dentro deles parecia dançar ferozmente, e a íris azul ficou mais brilhante. Cecília viu quando os olhos da amiga se fixaram nos Comensais caídos no chão, como uma pantera que mira uma presa.


—Tina! Nós não tomamos a poção esta noite! – Cecília exclamou alarmada, segurando a amiga pelos dos braços para que ela não saísse dali.


—Eu sei. – ela respondeu seca, sem tirar os olhos dos Comensais.


—Tina, não faça isso! Não ceda ao instinto! Você não é uma vampira, você tem um coração humano!


—Minha garganta está ardendo! QUEIMANDO! como fogo!


Ela começou a se debater, os olhos fixos na presa.


—Valentina, NÃO!


Mas Cecília não conseguiu conte-la. Valentina arranhou seus braços com as unhas afiadas, abrindo cortes que começaram a sangrar e arder, e ela foi forçada a solta-la. A garota correu para Mulciber, agachou ao lado dele e ergueu-o na altura dos lábios entreabertos. Seus dentes afiados rasgaram a pele do pescoço do homem com a mesma facilidade que uma agulha penetra numa camada de manteiga.


O sangue jorrou, aliviado a ardência na garganta e saciando a sede. Um filete vermelho escorreu pelo canto da boca de Valentina.


Cecília sentiu o cheiro ferroso do sangue que a amiga deixou escapar e que agora pingava no chão. Foi o suficiente para despertar nela a mesma sede, a mesma ardência na garganta. Seu corpo começou a tremer, a respiração ficou pesada e profunda. A sede era muito forte para suportar. Ela precisava beber, simplesmente precisava. Sua vida dependia daquilo, do sangue que corria nas veias do outro Comensal da Morte...


Sem conseguir raciocinar, ela se colocou ao lado do outro homem e rasgou sua garganta com os dentes afiados. À medida que bebia o sangue, o frenesi dentro dela se acalmava, lentamente se acalmava...


Cecília escutou um baque surdo: Valentina largara Mulciber no chão, pálido e fraco. Agora, mesmo que o efeito do feitiço estuporante passasse, ele não conseguiria se levantar. A garota limpou o sangue da boca com o punho, parecendo uma criança que se empanturrou demais.


Parecendo voltar à razão, Valentina recuperou a varinha, ciente de que ainda estavam no meio de uma batalha. Cecília largou o outro Comensal e olhou a amiga. Seus lábios estavam tintos de carmim quando ela abaixou os olhos para o pálido homem.


—Meu Deus! O que foi que nós fizemos!


Valentina se colocou de pé.


—Eles vão ficar bem. Se não ficarem, são menos dois servidores de Voldemort.


Cecília se levantou também, limpando o sangue da boca com uma mão e segurando a varinha com a outra.


Elas escutaram gargalhadas de prazer ali perto e gritos Lúcio Malfoy distribuindo ordens diversas. As duas se olharam e, mesmo sem dizerem nada uma à outra, entenderam que ficar ali não resolveria muita coisa. Cecília fez um aceno de concordância com a cabeça e as duas correram atrás dos gritos, novamente prontas para combate.


Elas saíram desabaladas e, quando perceberam, tinham ultrapassado uma porta que as lançou na sala do arco. A cena era épica. Neville lutava febrilmente embora tivesse o nariz quebrado e ensangüentado; e Harry, agarrado à profecia, lançava feitiços e azarações ao seu redor, repelindo as maldições.


—AAAAAH!


Cecília gritou e caiu no chão. Seu rosto bateu contra um dos degraus de pedras quando ela rolou, petrificada. Belatriz Lestrange gargalhou ensandecida.


Valentina correu até a amiga e viu que ela havia quebrado o nariz na queda. A menina chorava de dor, sem conseguir se mover.


—Eu posso te ajudar. Aqui, calma. Episkey!


—Aaaah, que amor! – Belatriz falou as costas de Tina. —É linda amizade entre duas mocinhas. Que coisa mais...


Levicorpus!


Impedimenta!


Belatriz se defendeu do feitiço de Valentina com a mesma rapidez que a garota lançara. Ela riu, com um brilho doentio no olhar.


—Ora ora, a menininha quer brincar.


Ela fez um movimento rápido e chutou Valentina no rosto, atingindo seus lábios que começaram a sangrar e inchar na mesma hora. A menina levou as mãos a boca, gemendo de dor, os olhos cheios de lágrimas.


—Já está chorando? Vou te ensinar uma brincadeira de verdade agora, bonitinha. Cruc...


Mas Belatriz não terminou de proferir a maldição. Um homem se materializou atrás dela e a calou num abraço forte, cravando os dentes em seu pescoço. Belatriz desabou de joelhos no chão, enfraquecida e assustada, quando Andrea a largou.


Embolada no chão, Belatriz se arrastou para longe, mas Andrea pegou-a pelo pescoço antes que ela se afastasse, e num movimento simplório ergueu a mulher no ar. A força de seus dedos ao redor da garganta de Belatriz era tão grande que a mulher arregalou os olhos para ele, alarmada.


Pensando se deveria ou não esmagar o pescoço de Belatriz ali mesmo, Andrea acabou por decidir em lança-la longe. Ela bateu de costas nos degraus de pedra opostos, tonta e sem ar.


—Pensei que espremer o pescoço dela na sua frente seria uma cena demasiada chocante para você, minha flor. – Andrea disse a Tina.


Valentia abriu a boca numa exclamação muda. Era a primeira vez que via seu mentor desde que fora mordida, mas reconheceu-o de imediato por causa dos cabelos assanhados de querubim. Ele sorriu para ela com os lábios sujos de sangue, exibindo os caninos longos e afiados.


Antes que pudessem dizer mais qualquer coisa um ao outro, Pierre se materializou ao lado de Cecília e tomou-a nos braços, decidido.


—Ora vamos, seu romântico incurável! Isso não é hora para cortejos! Pegue logo a garota e vamos sair daqui! Ordens de Ramsés!


Valentina se levantou segurando a mão de Andrea quando seus olhos se arregalaram. Ela apontou alarmada para as costas dele e gritou "CUIDADO!"


Andrea desviou no exato momento em que uma língua de fogo lançada por Lúcio Malfoy passou raspando pelo seu ombro. Valentina se abaixou para não ser atingida. Andrea então se virou e apertou os olhos para Malfoy, como quem desaprova uma traquinagem de uma criança levada, e ergueu a mão na direção dele.


Malfoy deixou a varinha cair e levitou alguns centímetros do chão levando as mãos à garganta, como se tentasse afrouxar garras invisíveis. Andrea fez mais um aceno gracioso e trouxe o corpo de Lúcio Malfoy mais para perto.


—Você de novo. – Andrea disse, em tom de desaprovação e estalando a língua. —Depois de vinte anos, é você de novo. Por que diabos, Lúcio Malfoy, nós sempre nos encontramos?


Valentina viu quando Pierre revirou os olhos e fez um muxoxo.


—Andrea, não é hora de brincar com a comida. Largue-o aí e vamos embora.


No exato momento em que Pierre falou aquilo, os membros da Ordem da Fênix começaram a se materializar por todos os lados. Andrea ainda pensou durante mais dois segundos antes de largar Lúcio no chão. Ele caiu todo amassado, e tateou nervoso catando a varinha que rolara para os pés de Pierre. O vampiro chutou-a para longe e riu vendo Lúcio engatinhar atrás da varinha.


—Onde vocês vão nos levar? – Valentina perguntou quando Andrea tomou-a em seus braços.


—De volta para o castelo, é claro.


—Não! – Cecília exclamou. O efeito do feitiço havia passado e ela conseguia se mexer e falar de novo. —Viemos com nossos amigos e vamos ficar com eles!


A garota se debateu para voltar ao chão, mas Pierre não a soltou. Belatriz, em algum ponto, soltou uma gargalhada doentia. Eles olharam e viram que ela duelava com Sirius.


—Temos que ajudar! – Lia disse.


—Não!


Mas não foi Andrea ou Pierre que falaram. A voz viera de Dumbledore, que descia as escadas até eles, decidido.


—Há mais quatro na Sala dos Cérebros se vocês forem até lá. Peguem-nos também e levem todos de volta para o castelo, direto para Madame Pomfrey. Eles estão precisados de seus cuidados com urgência.


Dumbledore não esperou pela resposta dos vampiros. Passou por eles de varinha em punho, uma expressão feroz em seu rosto, e rumou direto para o centro do combate.


Valentina e Cecília olharam o Diretor caminhar em passadas largas e decididas para os Comensais da Morte, fazer um floreio com a varinha e imobilizar todos eles, que caíram no chão amarrados por grossas cordas que se conjuraram no ar. Suas varinhas voaram direto para as mãos de Dumbledore.


—Dumbledore está aqui. Finalmente, vai ficar tudo bem. – Cecília murmurou, aceitando a ajuda de Pierre para subir os degraus.


Foi tudo muito rápido. Eles já estavam chegando à porta da Sala dos Cérebros quando Belatriz Lestrange gritou e gargalhou triunfante. Harry urrou ensandecido. Valentina, Cecília, Andréa e Pierre se viraram juntos e na mesma hora, e se depararam com uma cena avassaladora.


O corpo de Sirius acabara de sumir por detrás do véu, que balançou melancolicamente após engoli-lo. Lupin tentou segurar Harry, mas ele correu desabalado atrás de Belatriz, que sumira, às gargalhadas, por detrás de uma parede.


Eu-matei-Sirius-Black! – cantarolava, enlouquecida. —Eu-matei-Sirius-Black!


Valentina e Cecília se olharam muito rápido.


—Não! Não! Não pode ser! – Lia esganiçou.


A gente tem que ir lá! – Valentina gritou, agarrando a varinha a frente do corpo.


Ela deu um safanão em Andréa, que também estava abobalhado demais com a cena, e puxou Lia pela mão. As duas recomeçaram a descer as escadas de dois em dois degraus, correndo na direção em que Harry sumira. Contudo, antes de chegarem ao último degrau, Andréa e Pierre se materializaram na frente delas e, sem dizerem uma só palavra, agarraram-nas e, num movimento rápido que elas não souberam dizer que fora um rodopio um salto, elas foram transportadas para Sala dos Cérebros.


—Sem negociação! Nós viemos tirá-las daqui e faremos isso! – Pierre falou, pela primeira vez em tom hostil.


Elas não responderam. O susto do transporte inesperado somado com a cena que acabavam de presenciar, havia sido demais para que Lia e Tina conseguissem dizer qualquer coisa. Caladas e pensativas, elas seguiram os vampiros como sombras inanimadas.


Ali, na Sala dos Cérebros, encontraram uma Gina com o tornozelo quebrado, uma Hermione e uma Luna desacordadas e um Rony que ria abobalhado com um filete de sangue escorrendo por um canto da boca. Pierre deixou Cecília passar a sua frente e ela correu para as amigas desacordadas. Valentina espiou Rony, cautelosa. Ele começou a rir dela quando ela chegou mais perto.


—Tina... Ei Tina... O que aconteceu com você? Você está engraçada... está sangrando. Não sabia que meio vampiro sangrava, ha-ha-ha...


—Como vamos levar todos eles? – Cecília perguntou com a voz rouca. —Vocês sabem fazer aparatação acompanhada com tantas pessoas?


Aparatação acompanhada! – Pierre riu. —Isso é para bruxos. Nós nos transportamos no espaço com muito mais suavidade do que essa coisa brusca e medieval que vocês fazem. Aparatação, francamente...


Pierre se agachou para pegar Gina nos braços, já que a garota não conseguia ficar de pé. Andrea pegou Hermione. Valentina passou um dos braços de Luna pelos seus ombros e Cecília fez o mesmo com Rony.


—Agora você, ma cherie, trate de segurar firme em mim. – Pierre murmurou para Cecília, um tanto sedutor demais para a ocasião.


Percebendo que o único espaço livre em Pierre eram as suas costas, Cecília passou o braço livre pela cintura do vampiro (suas bochechas estavam muito vermelhas quando ela fez isso) e grudou nele o máximo que pôde. Andrea pediu a Valentina que fizesse o mesmo e ela obedeceu, sem jeito.


—Mais perto, minha flor. E mais firme. – Andrea murmurou, com um sorriso pressuroso.


Valentina apertou-se mais contra seu vampiro.


—Muito bem. Agora fechem os olhos. – Pierre pediu.


Gina, Lia e Tina fecharam os olhos, e de repente tomou conta delas uma sensação de estarem voando sem tirar os pés do chão. Seus cabelos esvoaçaram ao redor de seus rostos como se estivessem de frente para um ventilador. Uma brisa suave lhes acariciou a pele. Era uma sensação maravilhosa.


Mas de repente, tudo parou. O ar voltou a ser o ar morno de verão, e elas sentiram que estavam em um local abafado, mas não ousaram abrir os olhos.


—Chegamos. – escutaram a voz de Andrea falar. —Podem abrir os olhos.


Elas olharam ao redor e se viram na enfermaria do castelo. Madame Pomfrey correu até eles. Ramsés seguiu atrás dela, em passos largos.


—Uaaaau, isso foi maneiro! – Rony espantou-se, para depois rir demente.


Juntos, os vampiros e Madame Pomfrey, colocaram Luna, Hermione e Gina em camas limpas que já esperavam por elas. Rony relutou um pouco em largar de Cecília, estava achando tudo muito engraçado, mas Madame Pomfrey foi enérgica e o fez deitar também. Lia e Tina, mesmo sob protestos de estarem OK, foram forçadas a se deitarem de qualquer maneira.


A bruxa curandeira se aproximou de Tina e examinou seu lábio machucado. Murmurando que conseguiria consertar aquilo num instante, ela fez um aceno com a varinha e uma bandejinha com gaze e um frasco com ungüento vieram voando até ela. A bandejinha ficou pairando no ar ao seu lado.


—Aqui, minha querida. Vai arder só um pouco, mas você estará boa num minuto.


Valentina aceitou a gaze embebida no ungüento e levou aos lábios, voltando a lacrimejar de dor.


Madame Pomfrey se dirigiu então para Gina e num simples movimento consertou o tornozelo quebrado. E assim, em meio aos cuidados urgentes da bruxa, seus corações pareceram se acalmar. Pierre sentou numa cadeira ao lado da cama de Cecília e Andrea fez o mesmo ao lado de Valentina.


—O que vocês ainda estão fazendo aqui? Elas precisam descansar! – Madame Pomfrey exclamou.


E enxotando os dois vampiros da ala hospitalar, ela fechou as cortinas ao redor das camas e ordenou aos ainda acordados que tratassem de dormir. Como se dormir, depois de tudo aquilo, ainda fosse possível.

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